I Don't Wanna Fall In Love escrita por Ghostwriter


Capítulo 4
Adivinha Quem Veio Para o Jantar...


Notas iniciais do capítulo

Oiie gente! Eu gostaria de ter publicado esse cap. ontem, mas passei o dia inteiro fora. Como só pude escrever durante a noite, e estava muito cansada, não consegui terminar de escrever.
Na semana que vem começam as minhas provas, e por isso eu não vou postar novos capitulos. Pensando nisso eu caprichei nesse aqui! Agradeço por continuarem a ler! Aproveitem



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Yume POV

Eu já estava a menos de cinco metros de distância da minha casa, quando vi o meu irmão conversando com ninguém mais ninguém menos que...

– Castiel? O que você tá fazendo aqui? - Indaguei pasma.

– Você? Por acaso está me seguindo? - Ele respondeu

– Ora, ora! Vejo que já se conhecem! - disse Hajime, com um sorriso.

– VOCÊ CONHECE ELE/ELA? - perguntamos eu e Castiel ao mesmo tempo.

– Sim e sim. Castiel, Yume é a minha irmã mais nova! Yume, Castiel é filho de um grande amigo meu, e ele mora a três casas à direita da nossa!

-COMO É QUE É? -  - Gritamos juntos novamente. Nenhum de nós dois conseguia acreditar no que acabara de ouvir.

- Isso mesmo, vocês estão lerdinhos hein!? - Hajime disse fazendo uma cara irônica, ele provavelmente não tinha percebido que eu e aquele Bad Boyzinho não íamos nem um pouco um com a cara do outro!

- Não consigo acreditar... Então quer, dizer que além de colega de classe, eu vou ter que te aturar como vizinho? - Disse eu, para Castiel.

- Eu é que deveria estar reclamando! Francamente... Um cara legal como o Hajime, não pode ser irmão de uma chata briguenta como você! - respondeu ele friamente.

- Melhor ser uma chata briguenta, do que um valentão metido a besta!

- Quem é o valentão metido a besta? - Disse ele cerrando os punhos.

- Quem mais? É claro que é você!

- Ora sua...

- Ei, ei! Chega de discussão vocês dois! - Disse Hajime, se colocando entre nós. - Não me obriguem a fazê-los se abraçarem para fazerem as pazes!

- Como se isso fosse acontecer! - Falei irritada. Passei reto pelos dois, e fui para dentro de casa, por que, justamente esse mala tem que ser o meu vizinho?

- Ei Yume-chan, volte aqui! Vamos resolver isso como pessoas civilizadas! - Esse era obviamente Hajime falando, afinal ele é o único que se refere à mim desse jeito. Sem falar que o Bad Boy nunca iria me dizer para resolvermos isso civilizadamente! - Castiel, vamos lá, diga alguma coisa!

- O que quer que eu diga? "Desculpe por não querer e nem conseguir, conviver com alguém irritante como você"? - Castiel parecia ter ficado ainda mais irritado do que antes.

- Calma, não quero que vocês briguem! Por favor, vamos conversar! - Hajime estava muito aflito, até senti pena dele, mas eu definitivamente não iria me desculpar novamente com aquele idiota.

Eu continuei andando em direção a porta da frente, sem me importar com as tentativas de Hajime de nos influenciar a fazer as pazes. Castiel tomou a mesma decisão que eu e foi para a sua casa.

Subi até o meu quarto e me tranquei lá. Coloquei meus fones de ouvido e liguei a música no máximo, enquanto pegava minhas tintas e pincéis e, depois de tudo pronto, extravasei toda a minha fúria em uma pintura incrivelmente realista. Hajime bateu inúmeras vezes na porta do meu quarto, mas eu não me importei e continuei meu trabalho, um dragão! Ah, como eu queria que esse dragão saísse da tela e devorasse certas pessoas...

Passei o resto da tarde trancada no quarto, pintando, desenhado, escutando músicas, escrevendo e xingando. Quando já eram 18:30 eu decidi sair do quarto, para comer alguma coisa. Desci até a cozinha e me deparei com o meu irmão sentado à mesa, com a cabeça apoiada nas mãos e olhando para baixo.

- O que foi? Quem morreu? - Perguntei friamente, tirando-o de seu devaneio. Eu ainda estava muito irritada.

- Só o meu humor! - Respondeu ele tão carinhosamente quanto eu.

- Ei! Não me culpe! Foi ele quem começou!

- E você decidiu continuar?!

- Por que está me acusando? Você não tem o direito de fazer isso... Não sem saber o que aconteceu!

- Eu sei perfeitamente que Castiel é um cara difícil, mas você também tem se mostrado bastante intolerante!

- Espera aí, me deixa contar primeiro o que aconteceu!

- Não quero saber, você vai se desculpar com ele amanhã mesmo! Você é exatamente como seus antigos tutores haviam me dito, indisciplinada e rude!

- Que seja! Pense o que quiser! - Disse e saí correndo porta a fora.

- Espere aí! Onde pensa que vai? - Ele estava gritando, sinal de que estava realmente bravo!

Continuei correndo, sequer sabia para onde estava indo, mas continuei correndo. Droga, por que nem mesmo o meu irmão, que é sempre tão gentil e amável, consegue acreditar em mim? No final ele é como todos os tutores que eu tive até hoje, eu realmente cheguei a acreditar que ele confiava em mim, mas pelo visto...

Corri até um parque que tinha um grande lago, e teria continuado a correr, não fosse pelo fato de minha visão ter ficado embaçada por causa das minhas lágrimas.

- Mas que droga! – Pensei irritada e triste.

Eu já estava cansada de correr e parei, apoiando as mãos nos meus joelhos, para tomar fôlego. Andei até o lago, e me sentei na beirada, já que lá não tinha muita iluminação ninguém iria me ver chorar.

Hajime POV

Quando Yume sai correndo, eu fui atrás delas, mas não esperava que ela corresse tão rápido e acabei perdendo-a de vista. Voltei para casa e subi até o quarto dela, eu estava muito bravo, mas resolvi procurar por alguma pista de algum lugar que ela pudesse ir. Procurei em cima da escrivaninha e nas gavetas, quando abri a ultima gaveta achei um desenho: era meu, ou melhor, eu estava nesse desenho! Ela tinha me desenhado! Nesse desenho eu estava sentado debaixo de uma das árvores da casa e estava sorrindo, o desenho estava tão bem feito, que eu cheguei a pensar que se tratava de uma fotografia. Ela tem mesmo muito talento e paciência para fazer um desenho tão perfeito...

Comecei a me sentir muito culpado, por tê-la acusado daquele jeito, sem nem mesmo deixá-la falar. Eu sou mesmo um idiota! Estava tão estressado por causa do meu trabalho, que descarreguei nela toda a minha raiva. Droga, a essa altura ela já deve estava bem longe, e corri para alcança-la, mesmo sem saber onde ela estava.

Ao sair de casa, me deparei com Castiel, que veio se desculpar comigo. Contei a ele que Yume tinha fugido e que eu não sabia onde ela estava, e pedi que ele me ajudasse a achá-la.

- O que? Por que ela fugiu? – Indagou Castiel espantado.

- Porque eu disse que ela é indisciplinada, intolerante e rude! Mas ela definitivamente não é nada disso, eu acabei descontando todo o meu stress nela!

- Fugir só por isso? Que garota idiota!

- Eu não a culpo! Depois de tudo pelo que ela tem passado...

- Isso não é desculpa! Ficar zangada eu até entendo, mas fugir já é muito exagero da parte dela!

- Você não entenderia... E eu também não vou explicar, ela me odiaria ainda mais se soubesse que eu contei sobre o passado dela!

- Que seja! Eu não vou muito com a cara dela, mas já que você é meu amigo, eu vou te ajudar a achar aquela... Aquela pessoa!

Eu e Castiel fomos até uma rua, onde combinamos que aquele seria o nosso ponto de encontro, depois disso cada um de nós foi para uma direção procurar pela Yume. Isso é basicamente uma missão impossível, já que desde criança, ela se esconde muito bem e só aparece quando quer que a vejamos. 

Se passaram três horas desde que iniciamos nosso "busca" pela Yume ás (começamos a procura-la às 18:45), e não encontramos nenhum sinal dela. Assim decidimos que o melhor era voltar para casa e chamar a policia.

Yume POV

Devia ser por volta das 20:15, quando eu decido voltar para casa, afinal, eu tive muito tempo para refletir e percebi que a minha atitude de fugir correndo, tinha sido extremamente infantil e que eu deveria ter tentando conversar com o meu irmão, ao invés de sair correndo que nem uma louca.

 Voltei para casa e percebi que as luzes estavam apagadas, o que era muito estranho. Será que Hajime dormiu? Ao entrar fui até o meu quarto e tomei um banho, afinal eu estava muito suada e cançada. Depois de tomar meu banho, vesti o meu kimono favorito : Ele era preto e com flores vermelhas, o que me fazia lembrar das capas da "Akatsuki", só que o meu kimono só ia até um pouco abaixo dos joelhos, dando assim mais liberdade aos meus movimentos. 

Descia até a cozinha, e comecei a cozinhar o jantar, afinal, seria muito mais fácil conversar com o meu irmão se ele tivesse comido. É como eu sempre digo: se quer acalmar alguém dê comida a essa pessoa. Preparei um strogonoff com o resto de peito de frango que tinha na geladeira, uma salada com folhas variadas, um purê de batatas, arroz, e um uma barca pequena barca de sushi, e de sobremesa e fiz uma torta de limão. 

- Agora sim, depois dessa até eu ficaria mais feliz! - Disse eu, satisfeita.

Esse "jantar de luxo" ficou pronto por volta das 21:40, e eu decidi ir até o andar de cima, chamar o meu irmão, mas para a minha surpresa ele não estava em casa! 

- Onde diabos ele se meteu?? Calma Yume, mantenha a calma! O jeito é esperar até ele voltar, enquanto isso termine de arrumar a mesa! - Disse eu a mim mesma. Pode parecer loucura, mas conversar comigo mesma me ajuda a relaxar.

 Eu já estava ficando nervosa novamente, por isso liguei o rádio e continuei a arrumar a mesa de jantar. Em menos de 15 minutos, eu ouvi alguém abrindo a porta, mas esse alguém definitivamente não era o meu irmão.

-MÃOS AO ALTO, PIRRALHA! -  Gritaram dois caras aparentemente armados.

- Sinto muito por vocês, mas me pegaram num péssimo dia! - Após dizer isso eu aproveitei que estava guardando uma frigideira e a joguei na direção de um deles, que caiu aparentemente inconsciente no chão. Ah, como eu adoro a minha ultima tutora,  por ter me colocado em aulas de arco e flecha, isso melhorou e muito a minha pontaria!

- O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?! VOCÊ VAI PAGAR POR ISSO! - Ao dizer isso, ele avançou na minha direção.

Esperei ele se aproximar mais e peguei a outra panela, e bati com tudo na cabeça dele, que depois ainda caiu e bateu a cabeça na quina da mesinha da sala. 

- Hoje definitivamente não é o meu dia! Mas até que a aparição desses dois me ajudou, e muito, a relaxar! - Suspirei enquanto arrumava a franja, que tinha ido parar bem em na frente dos meus olhos, por conta do "Festival de Arremesso de Panelas". - Bom, agora eu vou ter que chamar a polícia! Quero só ver o que Hajime vai dizer sobre isso...

Depois de ligar para a polícia, eu tomei o cuidado de revistar os dois e ver se não tinham nenhuma arma. Eles tinham uma, mas era de brinquedo. Usei uma corda, que achei em um armário, para amarra-los e puxei os dois até o canto sala. 

Depois de cinco minutos, ouvi a porta se abrindo novamente. Seriam os cúmplices daqueles dois? Por via das dúvidas, peguei um vaso, que estava em cima da mesinha da sala, mirei na porta e joguei.

- O QUE É ISSO? VOCÊ FICOU LOUCA? - Gritou Hajime, ele estava pálido, por causa do susto. - ESTÁ TENTANDO ME MATAR OU O QUE?

- Ah... Desculpa, é que eu pensei que fosse outra pessoa!

- DO QUE ESTÁ FALANDO? NÃO ME DIGA QUE QUERIA JOGAR ISSO NO CASTIEL?! - Ele parecia ainda mais assustado do que antes com o que eu disse.

- Claro que não! A proposito, onde você estava?

- Eu estava te procurando! Quando foi que você voltou?

- Eu voltei por volta das 20:25!

- E por que não me ligou?

- Por que eu pensei que você estivesse aqui?

- E por que eu ficaria aqui, quando a minha irmã mais nova decidiu sair correndo?

- Nunca se sabe...

- Que tipo de irmão mais velho você acha que eu sou? - ele parecia ter ficado triste com a minha resposta. - Me desculpe por ter te acusado, eu estava muito irritado, por coisas que tem acontecido no meu trabalho e acabei descontando em você

- Eu também estava errada, afinal eu poderia ter tentado ser menos chata! 

- Fico feliz de termos finalmente feito as pazes e....

O QUE ACONTECEU HAJIME? - Esse era Castiel, que chegou correndo, e estava ofegante. 

- O que carambas você tá fazendo aqui? - Perguntei confusa.

- Eu? O que VOCÊ está fazendo aqui? Você não tinha fugido? - Ele parecia ainda mais confuso do que eu e, bastante preocupado.

- Peraí, como você sabe disso?

- Quando você fugiu, eu fui atrás de você e encontrei com Castiel no caminho, e pedi que ele me ajudasse a procurar por você. Nós estávamos te procurando até agora! - Interviu Hajime.

- Ah, então quer dizer que o Bad Boy, foi procurar por mim? Mas que adorável! - Disse provocando-o.

- Não fiz isso por você, fiz pelo Hajime, afinal nós somos amigos! - respondeu Castiel, super irritado. - Mas eu só quero saber uma coisa: POR QUE DIABOS VOCÊS ESTAVAM GRITANDO? DEU PRA OUVIR DA MINHA CASA!

Depois de muita confusão, eu consegui explicar para os dois o que tinha acontecido, e os dois ficaram pasmos, principalmente depois que eu mostrei os dois caras inconscientes que estavam no canto da sala.

- Como você fez isso com eles? - Quis saber Castiel.

- Bom, quando eles chegaram, eu estava na cozinha terminando de arrumar a louça. Aí eu joguei uma frigideira na cabeça do primeiro, e depois dei uma panelada na cabeça do outro, que depois, ainda bateu a cabeça na quina da mesinha da sala!

- Como você conseguiu? - Disse e, depois voltando-se para Hajime disse: - E por que você não parece surpreso?

- Bem... Eu sei muito bem do que a minha irmãzinha é capaz, principalmente quando está irritada! Por isso sugiro que você se desculpa logo, se não quiser que ela te mande para a UTI!

- O que? Por que eu devo pedir desculpas? Ela que exagerou!

- Bem, eu já pedi desculpas para você, então suponho que agora seja a sua vez! - Respondi em tom irônico.

- Que seja! - Disse ele irritado. - Me desculpe! 

- Desculpas aceitas! Bem, agora vamos jantar! Eu cozinhei um monte de coisas, por isso é bom que alguém coma!

- Não vou comer a sua comida! É bem capaz de você ter posto algo lá! 

- Eu realmente coloquei! Uma coisa chamada TEMPERO, já ouviu falar? - Respondi, ainda sendo irônica.

 - Não me importa! Eu não vou comer, até porque não estou com fome! - Assim que ele disse isso, a barriga dele roncou alto, o que o deixou vermelho.

Simplesmente o ignorei, peguei mais um prato e fui me sentar a mesa, logo depois ele e Hajime vieram também. Os dois comeram bastante, pois estavam morrendo de fome depois de passarem três horas me procurando pela cidade.

Assim que terminamos o jantar, os policias chegaram para levar os dois bandidos presos, e não conseguiram acreditar que eu sozinha tinha deixado os dois inconscientes. Eles fizeram algumas perguntas e me disseram que eu deveria, no dia seguinte, ir até a Delegacia para registrar o BO - Boletim de Ocorrência. Depois que eles foram embora, eu fui até a geladeira e peguei a torta de limão. Cortei três pedaços, um para mim, um para Hajime e um para Castiel. Os dois comeram e adoraram. É melhor que eu não conte que fui eu que a fiz...

E assim acaba mais um dia "Super Normal" na minha vida. Quero só ver o que me espera amanhã!


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Notas finais do capítulo

Eai, gostaram do capitulo? Comentem aí! Eu queria muito saber a opinião dos leitores, para saber em que melhorar!