Depois de 2 dias e meio de caminho chegaram finalmente ao destino. Sandor e as aias carregaram as malas de Sansa até ao topo de umas escadarias que dava para o quarto que embora fosse escuro e com paredes em pedra, era relativamente maior do que ela havia imaginado.

Ele olhou para ela e mandou as aias saírem acenando com a cabeça. Sandor não era um homem muito falador, alias, desde aquele dia que descobriu que se iriam casar eles haviam trocado muito poucas palavras entre eles.

Ele aproximou-se dela devagar e agarrou numa mecha do cabelo dela mas logo largou para passar as mão pela cabeça onde o seu cabelo estava apanhado. Sansa começou a chorar, primeiro eram apenas umas lagrimas silenciosas mas foram-se tornando  soluços.

- Não devíamos tomar um banho antes? Sinto-me suja da viagem. – Sansa disse na esperança de adiar o momento.

- Se sentirá ainda mais suja depois. - Respondeu

Ele desatou-lhe o cabelo e depois passou as mão para que ele caísse solto e selvagem sobre as costas dela.

 - Prefiro assim. – disse sorrindo enquanto ela continuava a chorar.

Ele desceu as mão desde os ombros até a cintura e logo desatou os cordões do vestido e abriu para poder observar melhor a pele da rapariga, branca e suave. Ele pousou uma mão na cintura dela e puxou-a para junto dele fazendo o vestido cair para trás com a outra mão.

Mas então ele agarrou a Sansa pelos ombros com alguma raiva.

- Pare com isso. Não é o fim do mundo. Pode se dar por sortuda de ser eu e não o seu amado Joffrey. - Ele disse irritado e um pouco ciumento.

- Desculpe Senhor. – Disse limpando as lágrimas. Aquela palavra ainda o tinha irritado mais mas tentou não dar importância.

 Voltou a pousar a mão na cintura dela e a puxa-la para o seu corpo enquanto a encaminhava para a cama. Tentou beijar os lábios de Sansa mas esta havia começado a chorar novamente, então repetiu o gesto e beijou a rapariga atras da orelha e depois no pescoço mas quando estava prestes a deita-la sobre a cama reparou nos olhos cheios de lagrima.

Sandor respirou fundo e largou Sansa que o olhava confusa e chorosa. Ele olhou para ela mais uma vez e saiu batendo a porta atras dele.

Pouco tempo depois apareceu uma rapariga carregando água quente para um banho.

- Eu não pedi nada.

- Ser. Sandor mandou que viéssemos ajuda-la com o banho. – respondeu a aia.

Sansa tomou um banho quente demorado, vestiu a sua melhor camisa de dormir e penteou o seu longo cabelo à espera que Sandor regressasse mas isso não aconteceu e ela acabou por adormecer.

   Perdeu a noção do tempo que tinha dormido mas ainda era de noite quando ouviu a porta do quarto. Sandor entrou e trancou a porta e então sentou-se na ponta da cama e pousou a sua espada perto da cabeceira, tirou os sapatos e jogou-se para trás ficando deitado com a cabeça na almofada mas por cima dos cobertores.

Sansa observou pelo canto do olho todos os seus passos mas preferiu fingir que dormia. Ele cheirava a vinho e suor. Depois dele se deitar ela ficou a espera de uma palavra ou de um toque mas ele já estava a dormir num sono pesado embalado por todo o vinho que havia bebido.