É Preciso Perder Para Ganhar escrita por Alba
Sandor ajudou Gendry a instalar-se num barracão onde se faziam as espadas e onde consertavam as jaulas. Gendry iria ficar ali escondido a trabalhar sem que ninguém soubesse exatamente a sua origem.
Quando teve oportunidade Sansa mostrou a mensagem que haviam recebido acerca do casamento do Rei. Ele parecia insatisfeito com o convite e o casamento seria em cerca de uma semana e isso implicaria mais dois dias de viagem.
- Vá andando para o quarto passarinho. Feche a porta que eu já lá vou ter. Preciso tomar providências para a viagem.
Sansa fez o que o seu marido havia ordenado e trancou-se no quarto. Ela vestiu a sua camisa de dormir e penteou o cabelo até ouvir baterem a porta, abrindo-a ao reconhecer a voz de Sandor.
- Já está tudo tratado. Prepare o seu melhor vestido. Vamos para kinsglanding em breve. – Sansa apenas acenou com a cabeça. Entristecida de ter de voltar para quele lugar.
Cada um sentou-se de um lado da cama, de costas um para o outro. Sandor ainda estava a descalçar as suas botas e tirar o casaco de couro quando Sansa se arrastou pela cama até ao seu lado parando de joelhos perto dele. Ela pousou a mão sobre as costas dele, revestidas por uma camisola de linho escuro.
- Não provoque, passarinho. Muito menos se pretende chorar até soluçar sempre que lhe toco. – Dito isso Sansa tirou a mão das suas costas pousando-a sobre o seu próprio colo.
- Só queria agradecer o que fez pela minha irmã. Eu tinha tanta esperança que ela tivesse viva. – Sandor apenas sorriu como resposta ao agradecimento permanecendo sentado na mesma posição com um ar pensativo.
- No que está a pensar? – Sansa perguntou e ele virou-se rapidamente para ela.
- Nada de especial.- Ele pousou a mão na cintura dela e puxou-a para ele.
Sansa continuava sobre a cama de joelhos e ele continuava sentado mas desta vez de lado para a poder observar. Ele aproximou-se dela devagar enquanto a respiração dela aumentava de velocidade. Ele havia feito o mesmo na noite da batalha em que quase a beijou, naquela noite ela não sabia se esse era realmente a intenção dele ou não mas na presente noite essa intenção estava bem clara. Sansa começou a tremer e então quando os seus lábios se estavam quase a tocar ela afastou a cara. Sandor começou a rir.
- Alguma vez foi beijada passarinho?
- Joffrey beijou-me uma vez como pedido de desculpa por me ter batido. – Sandor olhou para ela com cara de nojo enquanto ela olhava envergonhada para baixo,
- Vou assumir essa resposta como um “não”. – Sandor soltou a cintura dela e usou a mesma mão para lhe levantar a face.
Logo ele apenas pousou os seus lábios nos dela e depois afastou-se para a observar.
- Joffrey é uma criança, não sabe o que faz. - E dito isso Sandor a beijou com ferocidade apoderando-se completamente dela. Sansa tocou na sua cara, a parte queimada já não lhe fazia impressão, ela já se tinha acostumado com aquele rosto.
Ele pousou novamente a mão na cintura dela e interrompeu o beijo quando percebeu que ambos estavam a ficar sem ar. Ele riu ao ver que ela estava corada e ofegante. E então deslizou a mão sobre a lateral do corpo dela até para-la sobre a sua coxa. Isso a deixou nervosa mas ela não o afastou.
- Aquele rapaz. Gendry. Tenho quase a certeza que é um dos bastardos do Rei. – Parou olhando para ela. – Era isso que eu estava a pensar.
- Então se aquela história foi verdade Gendry é verdadeiro herdeiro. – Sansa disse ainda ofegante.
- Sim. – Respondeu. – Agora vá para o seu lado da cama e durma passarinho.
Sansa obedeceu sem dizer mais nada mas naquela noite ele não esperou ate ela adormecer para a abraçar. Ela sabia que mais cedo ou mais tarde teria de cumprir com os seus deveres de esposa e percebeu que ele tentava ganhar a sua confiança para isso.
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