Gritos Fulminantes escrita por Isabela


Capítulo 7
Capítulo 7- Mais desespero e Myranda é sequestrada


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, fiz com muito carinho ;)
Nesse capítulo há mais uma morte, mas não de vocês seus lindos, boa leitura!



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POV Alessa

Tudo de mais precioso para mim havia sucumbido à escuridão; Arthur, meu único irmão havia sido assassinado na minha frente. Nada mais fazia sentido, nada poderia salvá-lo. Se eu não tivesse deixado ele sozinho, se eu tivesse o protegido. Cater não era nenhuma irmã legal como Arthur, tinha olhos vibrantes e maníacos e meu irmão poderia não ser a única vítima. Tudo que pude fazer foi ficar paralisada jogada ao chão com o que sobrara de Arthur. Nada mais interessava, me retive a simplesmente gritar uns xingamentos doloridos, mas as lágrimas não me deixavam falar direito, eu tremia muito e pensava no que seria de nós. Ciúmes de irmã, tragédia, infelicidade era só nisso que eu pensava. Foi quando Alex segurou a irmã de Pietra com força, mas a mesma o jogou longe.

- Alex!- Eu disse tentando me levantar com dificuldade

Eu não poderia ficar parada vendo meus amigos serem atacados. Fiz uma oração baixa a Arthur e levantei-me bruscamente.

- Hei desgraçada, deixe-os em paz!- Eu disse enxugando as lágrimas que não paravam de descer

 Pietra havia nos dito para fugir e que ela cuidaria da irmã, mas nenhum de nós se mexeu. Como se fôssemos deixa-la com uma garota psicopata como aquela.

 As coisas só pioraram quando o palhaço reapareceu e agarrou Myranda pela manga com uma faca em seu pescoço. A loira se remexia xingando e tentando se soltar, mas ao mesmo tempo parecia muito assustada e sua força não era boa contra um assassino daquele tamanho.

- Myranda!!- Gritou Alex tentando se aproximar

Porém Alex levou um grande empurrão vindo do assassino. Cater ria histericamente enquanto tentava acertar Pietra com sua faca.

- Fique parada irmã!- Ela dizia tentando de todos os modos acertá-la

- Por que está fazendo isso?!- Pietra perguntava desviando dos golpes com lágrimas nos olhos

- Quero a sua morte, não disse? E meu amigo tratará de seus colegas haha

Pietra era boa em esquivar de facas assassinas, mas não era hora para pensar nisso; Myranda estava prestes a ser degolada.

- Solte-a seu assassino imundo!- Disse Johnnatan

- Ela é meu novo “brinquedo”- Responder o assassino mostrando seus dentes podres com um sorriso nojento

- Como se eu fosse deixar desgraçado!- Alex disse investindo para cima do palhaço

 O assassino pareceu ficar tonto por cinco minutos, o que foi o suficiente para soltar Myranda que correu em nossa direção não tendo tanta sorte, escorreu no sangue de Arthur e caiu no chão. Nancy foi ajudar, mas um grito a parou. O palhaço havia acertado a faca no ombro de Alex.

- Merda- Alex dizia colocando a mão no ferimento

- Levarei você primeiro e após isso sua amiga- Disse o assassino lambendo a faca- Sangue, tem gosto bom

 Ele se aproximava cada vez mais, junto a Cater que vencia Pietra pelo cansaço. Estávamos perdidos, porém um barulho vindo do outro lado do shopping despertou os assassinos, parecia algo como uma janela se abrindo. Parecia que alguém tentava escapar; olhei ao redor e vi que Mark não estava.

- Droga, Mark!- Eu disse olhando para Alex- Para onde ele foi?

- Ele havia sumido a um tempo atrás- Disse Alice

Em questões de segundos, Cater falou algo baixo para o palhaço e os dois soltaram uma risadinha.

- Nós voltaremos, tentem sair desse inferno se conseguirem. Voltarei para te buscar- Disse Cater olhando Pietra

E rapidamente eles haviam sumido. Juntamente com Myranda. Não havíamos conseguido salvá-la.

- Droga! Myrandaa!- Disse Alex arrasado

- Precisamos acha-la! Não podemos deixar esse maníaco desgraçado mata-la!- Disse Alice

- A culpa é minha- Disse Pietra com lágrimas- Ela vai matar vocês por minha causa! A culpa é toda minha!

- A culpa não é de ninguém, esses doidos não vão nos deixar sair assim tão facilmente, precisamos achar Myranda e uma saída ou pedir ajuda!!- Falou Matthew tentando sem sorte usar o celular

POV Mark

 Senti meu corpo se estraçalhar no chão. Eu certamente havia quebrado alguma coisa; minhas pernas latejavam, doíam como nunca antes. As olhei, estavam sangrando e senti que um de meus ossos parecia sair da pele. Droga, eu havia quebrado a perna. Pensei em gritar por socorro, mas o assassino podia vir atrás de mim. Ele havia sumido novamente, mas em seu lugar eu conseguia ver um vulto ruivo me encarando com raiva.

- P-pietra?- Perguntei com dificuldade

Ela não respondeu, soltou um sorriso amargo e pareceu de longe afiar alguma coisa metálica, uma faca.

- Não!- Eu disse a olhando- Não toque neles!

 E ela havia sumido. Eu não poderia mais demorar, precisava procurar ajuda mesmo com dor; fui me arrastando pelo chão duro e úmido de uma noite escura e sem luar. Gritava às vezes procurando alguém na rua, andava muito lentamente, havia conseguido ficar de pé com apenas uma perna boa e outra estraçalhada, mas eu iria até o fim para procurar ajuda. Um frio aterrorizador na rua, tudo deserto; dava a impressão de que o palhaço estaria me esperando na esquina. Não dava para saber quem seria a próxima vítima, estávamos todos cansados de fugir e pareciam brincar com a gente.

 Consegui ver com dificuldade uma luz forte vermelha e azul. Um carro de polícia?

- Ajudem-me...- Foi o que consegui dizer

Um senhor de idade vindo do carro me ajudou e perguntou meu nome.

- Mark... por favor você tem que ajuda-los!! Aquele shopping!! Ele vai mata-los... – Eu disse nervosamente

- Calma garoto, diga-me os detalhes e irei ajuda-los!

 Contei tudo desde o início e disse que não tínhamos tempo a perder com hospital, minha perna não importava mais, precisávamos acabar com aquele monstro. Fui ao carro indicando o local do shopping e estava trancado é claro.

POV Alice

 Estávamos assustados, sem saber o que fazer e para onde ir. Não existiam tantos lugares assim para se esconder em um shopping velho. Andamos em direção a uma outra praça de alimentação; não comíamos a horas e mesmo sendo impossível, se tivesse algo para comer.

- Hei, eu tenho isso- Disse Alexa me entregando uma barra pequena de chocolate- Eu amo chocolate, por isso vive sobrando, meu irmão... também gostava

- Eu sinto muito- Eu disse tristemente- mas obrigada, eu também gosto

- Está tudo bem, nós vamos sair dessa! Eu prometo!- Ela disse voltando a sorrir como antes

 Sorri ao pensar que eu deveria tentar ser mais positiva, teríamos uma chance. Acharíamos Myranda e sairíamos do lugar. Johnny também tinha algo para comer um pacote de biscoitos.

- Haha o meu é melhor- Ele disse rindo

- Exibido!- Disse Alex roubando um dos biscoitos

 Era surpreendente como todos tentavam ser positivos mesmo tão assustados. Eu também só de pensar que poderia nunca mais ver minha mãe, ficada aterrorizada, mas em ao menos um momento agiríamos como amigos recém conhecidos. As coisas estavam bem agitadas e ainda mais quando Lena acordou de seu estado perigoso.

POV Marlena

 Eu não me lembrava de muita coisa; Eu estava no banheiro escuro e de repente alguém acendeu a luz, alguém assustador com uma faca. Senti algo perfurar meu pescoço e me jogar contra a parede. Um grito fino fez a pessoa fugir do banheiro me deixando inconsciente e sangrando. Era só do que me lembrava. Acordei lentamente e quando vi que estava no colo de um garoto me assutei.

- Mas o que?! Quem é você? Por que ele está me segurando?!!- Perguntei emburrada olhando para Alice

- Não lembra de quem te salvou? Você é mesmo uma ingrata!- Disse Alice me olhando feio

Dois minutos depois lá estava ela me abraçando como se eu fosse a última pessoa da Terra.

- Idiota! Eu fiquei com medo que você morresse!!- Ela disse com lágrimas

- Tudo bem, eu estou aqui...- Eu disse a abraçando

Olhei para o meu suposto herói, não parecia má pessoa; um loiro de olhos claros sorridente, Johnny.

- Que bom que está bem – Ele disse sorrindo

- Hunf!... Obrigada por me carregar por tanto tempo- Eu disse pedindo desculpa

- Nem foi ruim, você é leve haha

Olhei em volta, sangue no chão e um clima meio tenso. Eu havia perdido muita coisa. Olhei para um cadáver no chão e gritei, era Arthur morto.

- O-o que está havendo nessa droga de lugar?!- Perguntei saindo de perto do cadáver

- Descobrimos que Pietra tem uma irmã gêmea, ela matou o Arthur e tentou nos matar- Disse Alice

Eu não imaginava Pietra com uma irmã gêmea, mas as coisas nesse shopping só ficavam mais estranhas.

- Myranda foi levada- Disse Alex de cabeça baixa

- O que? Como?!!- Perguntei assustada

 Era triste pensar que uma boa amiga fora levada quando você não estava acordada. Eu queria ter feito alguma coisa, tê-la ajudado. Por mais que ela fosse uma garota muito estressada, afinal como eu e a Alice, ela era uma boa amiga e pessoa. Tínhamos que salvá-la e rápido. Aquele palhaço iria com certeza mata-la se demorássemos. Meus pensamentos foram interrompidos por um bater de porta, a entrada central do shopping estava sendo arrombada.

- Estamos salvos!- Disse Nancy feliz

- Isso!- Disse Matthew olhando a porta

A porta foi arrombada e pudemos ver Mark junto a um cara mais velho, um policial. Ficamos felizes só por vê-lo, estávamos salvos e poderíamos finalmente sair daquele lugar.

- Gente! Ele veio ajudar, saiam logo daqui!- Disse Mark nos olhando

 Estávamos indo em direção ao elevador quando escutamos um barulho, o teto acima do policial havia desabado em cima dele, fazendo um grande estrondo. O teto era antigo e pesado, logo uma grande poça de sangue foi formada abaixo dos destroços do teto. Deixei um grito fino se espalhar pela área. Nossa única salvação havia sido morta.

- Merda!- Mark disse se afastando e olhando para cima

Uma risada maléfica vinha de algum canto do shopping e de repente a porta se fechou e trancou-se sozinha. Estávamos presos novamente.

- Não abre!- Disse Mark tentando arrombar a porta- Não desçam! É perigoso, subirei até vocês

 Nancy estava encolhida chorando assustada, havia sido uma cena chocante. Um homem esmagado no primeiro andar e mais uma garota esfaqueada, Mary.

Estávamos perdidos e sem saber o que fazer.

POV Myranda

Não me lembro de ter desmaiado, não me lembro de ter vindo a uma masmorra fedorenta.

 Algo estava errado, o lugar onde eu estava não era nada agradável. Eu iria com certeza meter a pancada naquele assassino idiota, porém eu estava presa; amarrada em uma cadeira como a de dentista e instrumentos nada legais pairavam ao meu redor. Minhas lágrimas começaram a descer, estava muito escuro e passos sinistros pareciam descer vindos de uma escada. Ele se aproximava. Chegara o meu fim.

CONTINUA


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Notas finais do capítulo

Eu achei meio chato esse capítulo, maas vai melhorar!
Tratem de comentar ou farei seus personagens sofrerem! Hiahahaha