Duas Doses De Amor E Uma De Conto escrita por lailamt


Capítulo 2
O pássaro azul


Notas iniciais do capítulo

Mais uma, espero que gostem.
Essa é uma das minhas favoritas *o*



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O sol mal havia nascido e os pássaros já estavam a cantar no peitoral da janela do quarto. Imaginei ser por volta das 4:30h e pensei que a natureza poderia ter me deixado dormir mais alguns minutinhos.

Exausta da noite anterior, na qual fiquei trabalhando até tarde, levantei sonolenta e fui dar bom dia aos bem-te-vis que faziam de minha manhã uma orquestra agradável. Qual não foi minha surpresa ao perceber que um dos pássaros parecia olhar fixamente para mim, e era diferente, sua cor era… Azul. Sim, isso mesmo, aquele pássaro era azul exatamente onde deveria ser amarelo, mas… Por quê? Daria uma ótima piada no trabalho dizer que “hoje eu vi um passarinho azul”, mas estava tão assustada que nem pensei nisso no momento, apenas queria aquele passarinho.

Aproximei-me dele e ele de mim, era como se ele me conhecesse, não tinha medo de mim, embora meu tamanho fosse predador diante do dele. Pus meu dedo para ele subir, surpreendentemente ele subiu e cantarolou. Tudo o que eu quis foi que o tempo parasse.

Ele me olhava de um jeito diferente, humano, familiar. Pensei até ter ficado maluca, a idéia de ver um pássaro nada convencional estava mexendo comigo e eu não quis assustá-lo.

Era como se eu o conhecesse, como se ele fosse uma parte perdida de mim.


*****


Após vários dias procurando a casa dela eu finalmente encontrei. Viajei com um grupo de bem-te-vis em direção à cidade e procurei por ela de todas as formas possíveis para mim. Na forma que estava, as possibilidades não eram assim tão possíveis.

Enfim a encontrei e foi para mim o momento mais emocionante de minha vida, ou quase isso. Da janela eu pude ver que ela ainda dormia, mas minha emoção era tão forte e grande que não me contive e cantei até que ela acordou. Observei cuidadosamente cada um dos seus movimentos. Tudo estava igual, exatamente como eu deixei, até mesmo ela estava igual, exatamente como eu deixei.

Vi que ela vinha em direção a janela. Eu tinha que chamar a atenção dela, eu tinha que fazê-la prestar atenção em mim, me ver e foi o que aconteceu, pouco a pouco fomos nos aproximando, como da primeira vez. Ela me deu a mão, era o único jeito que tinha para ficarmos ainda mais próximos, segurei seu dedo como se tentasse fazer com que meus pezinhos e seu dedo se tornassem um, assim nunca mais nos separariam.

Era ela, e meu coração batia tão forte que naquele corpo indefeso, frágil cheguei a pensar que morreria, novamente. Não. Se morresse ao menos deveria aproveitar a visão daqueles olhos, daquele olhar.

Era ela, a mulher da minha vida a qual amei enquanto vivi e graças a Deus, nem a morte pôde me tirar.


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Notas finais do capítulo

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