Sal e Açúcar escrita por Solarynn


Capítulo 1
Primeiro Golpe: O começo da loucura


Notas iniciais do capítulo

Olá, tudo bem com você? :3

Obrigada por ter curiosidade o suficiente para ler essa humilde fanfic. Eu não faço a mínima ideia de quantos capítulos ela vai ter, mas não pude esperar pra postar *sadface*

Essa fanfic não gira em torno de reviews, mas estes sempre serão muitíssimos bem vindos por minha pessoa. Se possível, poderia deixar um assim que acabar esse capítulo? Aceito críticas construtivas e elogios sempre, não tenha medo de ser sincero ♥



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O moreno caminhava pacificamente pela cidade, observando, como sempre, cada detalhe desta. A camisa suja de terra assim como as mãos evidenciava que estivera mais uma vez na floresta pesquisando plantas, animais e monstros, como sempre. Os cabelos castanhos que chegavam bem próximos ao preto estavam bagunçados como o habitual e os olhos verdes brilharam quando viu um trio de senhoras em frente à fruteira falando animadamente, seu lugar preferido para pegar informações. Precisava mesmo saber do que tinha acontecido na cidade enquanto tinha passado 2 semanas fora dela, e urgentemente! Sua sorte era que as senhoras o conheciam e ele era querido por elas pela educação, caso contrário seria muito mais problemático para Lotres.

- Bom dia, senhoras. – cumprimentou gentilmente, atraindo a atenção delas.

- Lotres! Há quanto tempo! – falou uma com cara de espanto.

- Sua pesquisa saiu com resultados bons? – perguntou uma segunda.

- Você precisa saber das novidades!

Ele sorriu. Saber das novidades era exatamente o que queria. As três fofoqueiras eram sua melhor fonte de informações por não guardarem o segredo de ninguém, portanto era fácil saber agir diante delas e saber construir sua reputação na pequena cidade.

- Muito tempo mesmo, já começava a sentir falta de vocês. Minha pesquisa saiu como sempre: algumas espécies novas, algumas espécies comuns e nenhuma espécie incrível. – respondeu com um riso silencioso. – E eu adoraria saber das novidades, senhora Amin. Quem sabe vocês não me contam enquanto eu carrego as compras pras senhoras? – Lotres fez um gesto cortês ao pegar as sacolas cheias de verduras das três com o consentimento delas, arrancando sorrisos.

- Ah, Lotres, o senhor é sempre tão cavalheiro! Eu desejava que minha filha se casasse com o senhor...

Ele deu um sorriso tímido, levemente constrangido com a situação. Ter uma esposa ou mesmo namorada seria muito problemático para o rapaz neste momento. Provavelmente sua companheira se sentiria solitária em meio à tantas pesquisas que ele fazia e eventualmente acabaria terminando o relacionamento. Não, era melhor não. Sua única paixão no momento era o trabalho.

- Com toda certeza, o senhor faria um genro maravilhoso! Mas deixando esse assunto de lado.. Você viu a garota que está hospedada no hotel?

- Oh, como ela é estranha!

- Sim, deve ter uma espécie de problema! Fala consigo mesma em tons diferentes, age de uma maneira em um tempo e um minuto depois parece outra pessoa.. É tão imprevisível!

- Mal chegou aqui e nem dá um cumprimento, apenas vai para a floresta assim que acorda! Não fala nada e apenas mata monstros.

- Aposto que deve ser péssima.

- Sim! Será que todos os caçadores jovens são assim ultimamente?

Lotres franziu o cenho. Uma nova caçadora no local? Bem, isso era consideravelmente bom já que a cidade só tinha saída para a cidade vizinha e ao redor era cheia de bosques, atraindo vários tipos de monstros. É claro que nem todos eles destruíam coisas, mas todos botavam o caos na cidade quando apareciam por causa da aparência. Isso assustava as pessoas e, naturalmente, um caos se instalava no local que apareciam. Antigamente só tinha um caçador mais velho no local, um homem de meia idade chamado Bagense que não conseguia acompanhar todos os monstros que apareciam. Além dele, apenas tinha seu filho, Erium, que treinava para ser como o pai ou até melhor. Erium era um bom amigo de Lotres além de ser o único real amigo do pesquisador que o entendia, apaixonado pela natureza assim como ele.

- Ela deve apenas ter alguns problemas pessoais. Me parece interessante. – comentou o rapaz, dando de ombros.

- Oh, não se aproxime dela, Lotres! A loucura pode ser contagiosa!

- Sim! Uma vez que você vê-la, não irá aguentar ficar do lado dela. Você é como um filho para nós, não pense em tentar a encontrar.

- Não se preocupem, eu não irei mudar meu comportamento com vocês. Mas me digam, qual o nome dessa moça? – perguntou com interesse. Não gostava muito de conviver com moças normais, porém esta lhe despertava a curiosidade. Era uma caçadora, o que era raro, e ainda não parecia se dar tão bem assim com as mulheres, a tornando misteriosa.

- Não sabemos. Ninguém sabe, ela não fala com ninguém. Mas você pode a encontrar no hotel em frente à praça. Não sei em que quarto fica, porém creio que não terá problemas em encontrá-la já que só tem três quartos lá. – a mais prestativa das três respondeu com um sorriso.

 A cidade pequena e rural de Aksinya não tinha muita popularidade e nem mesmo a prefeitura era grande. Era composta apenas de casinhas humildes, uma estação de trem pequena ao lado de uma biblioteca empoeirada e na área mais comercial tinham um mercadinho, um centro médico e um restaurante famoso pelas bebidas que apresentava à noite, além da fruteira que ficava em frente à pracinha, do lado contrário ao hotel. Era difícil se perder ali e a cidade possuía uma tranquilidade de dar inveja aos habitantes de cidades grandes de Kaer. A maioria dos moradores ali tinham pequenos sítios com uma horta própria, onde geravam a própria comida. Alguns ainda possuíam galinhas, vacas ou outros animais do gênero, então não tinham problemas quanto os alimentos. Infelizmente Lotres não se encaixava nessa descrição por viver viajando pelos arredores e voltando três dias ou uma semana depois. Se tivesse plantas ou animais eles morreriam, então ele se limitava a ir pacatamente ao mercadinho ou a fruteira para comprar sua comida.

Se despediu das senhoras assim que chegaram próximos das casas delas e lhes entregou suas respectivas sacolas, caminhando sem pressa em direção ao hotel. Observou os pequeninos jogando bola na pracinha e não pôde evitar um sorriso de canto. Quando era moleque não se interessava por brincadeiras, mas sim gostava de observar a natureza. Anotava tudo em um pequeno caderninho que tinha ganhado do casal de médicos – seus pais – e isso tinha sido só o começo de seu interesse por coisas desconhecidas. Na adolescência já viajava para a cidade vizinha e explorava o comecinho da floresta, sempre interessado em tudo.

Estava quase chegando ao destino quando ouviu um barulho que conhecia bem: passos. Passos pesados e grandes, não muito distante dele. Além deles, ouvia o barulho da grama sendo pisada de leve, quase imperceptível. Sua curiosidade o invadiu mais rápido que um arrepio que pressentia o perigo, mas como 98% das vezes, Lotres o ignorou. Uma parte de sua cabeça falava “Fuja e salve sua vida!”, mas a que ele realmente escutava era “Vá. Corra e observe. É uma oportunidade rara.”. O barulho vinha da floresta e em poucos instantes os pés de Lotres se dirigiam para lá, os ouvidos captando os passos cada vez mais fortes e contínuos.

E então, ele viu. Os cabelos cor de fogo. A agilidade impressionante. Os movimentos rápidos e que fariam o melhor dos caçadores a invejarem. Mas, além disso, ele viu toda sua vida mudar diante de seus olhos pela loucura da moça que lutava contra o monstro, falando e xingando a si mesma.

- Pare com isso, Laty. Eu sei me virar. – falou a misteriosa estranha com a voz agressiva, em uma expressão que transparecia irritação. Em segundos a expressão mudou para uma mais dócil e preocupada, que desviou pouco tempo antes do monstro (uma criatura de 5 metros com cara de porco e pernas de bode, junto com chifres próximos ao seu nariz como um javali) disferir um soco onde a garota antes estava. – Não, você não sabe Tylah. Precisa usar a sua cabeça, precisa pensar mais. – proferiu com calma, como se não estivesse próxima a receber um golpe fatal de um inimigo que era quatro vezes o seu tamanho.

Lotres conseguia ficar paralisado diante à situação. Um pouco por causa do medo, um pouco por causa da admiração. A ruiva se movimentava tão facilmente quanto um gato, desferindo golpes que pareciam inúteis contra a pele áspera da criatura gigantesca. Infelizmente a agilidade da moça não foi o suficiente quando um soco passou raspando por seu corpo e causou desequilíbrio suficiente entre seus pés para que caísse no chão com grande impacto, ainda rolando um pouco para o lado. Permaneceu ali, parada e inerte por poucos segundos e, quando achou o momento mais oportuno para atacar, atacou. A lâmina da espada conseguiu cortar a pele do monstro o suficiente para decepar sua mão e o fazer urrar de dor, ainda mais furioso que antes. Mas o erro da moça foi não perceber que a mão restante do monstro estava próxima a atingi-la enquanto ela comemorava com um sorriso de canto, distraída com o sucesso de seu ataque.

- À sua esquerda! – as palavras escaparam da boca do moreno em um ato impensado que salvou a jovem quando esta se inclinou para a direita com o aviso, sem tempo para pensar quem a avisara. – Ataque as costas. É o ponto fraco dele, as costas! – informou ele e assim a ruiva o fez, saltando pelo ombro da criatura e cravando a espada do pescoço até o cóccix deste. Em poucos instantes o porco parou de se mover, caindo duro para frente. Ela retirou a lâmina ensanguentada das costas do animal e fitou o moreno com seus olhos lilases e penetrantes, o encarando de maneira séria.

- Quem é você?


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Notas finais do capítulo

Oh, como as cenas de batalha me amam! -sóquenão
Mirha começou a fanfic já expondo sua loucura. Ah, como eu amo personagens doidas, vocês não?

Aliás, antes que eu pudesse notar, Lotres ficou mais corajoso do que eu planejava. Mas não se animem, possíveis futuras fangirls desse nerd, ele vai ser a mulher da relação linda que vai ter com a minha ruiva ♥ Ele que vai cozinhar, lavar a roupa e resmungar durante todo o período de convivência dele com a Mirha. Lindo, não? Ok, sei que não.

Enfim, se puder, pode deixar um review? Você ganha chocolates se deixar um. Sério. E se for alérgico a chocolate, você ganha beico. Porque fala sério, quem não ama beico? Beico seu smexy ♥ ♥ ♥



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