Zettai Kareshi No Sandman. escrita por Oribu san


Capítulo 10
Capítulo 10: O lacre rompido.


Notas iniciais do capítulo

DoRgAs!! hehehe eu sei que não é um bom modo de começar o capitulo final, mas isso é porque eu pretendia postar esse cap no natal que infelizmente foi ontem :/

MAS TÁ TUDO NUMA BOA!!! b^0^d com ou sem natal, este é o cap final da trama romantica/comedia/drama/muita coisa que estavamos esperando. Mas não fique triste, eu peguei o embalo dos mangas e ainda postarei junto com este o cap !!!! BONUS !!!!! viiiivaaaaaa!!!!!



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Seiga havia realmente me encurralo naquele corredor e em fração de segundos me arrastado aforça para dentro de um elevador. Assim que as portas se abriram novamente tive de usar todo o peso do meu corpo para o empurrar contra os botões do painel e tentar correr por mais um corredor vazio.

"Ninguém trabalha nesse lugar, não?!"

Porém antes que pudesse pensar em qualquer coisa ele se jogou sobre mim, tapando minha boca já para retomar seu controle da situação.

Como viu que mesmo estando todos na cobertura, alguém ainda poderia aparecer, assim como eu desejava que acontecesse, ele tratou de abrir a primeira porta que viu, me jogar lá e a tranca-la do lado de dentro.

– Tchc... Você é um menino muito mau, sabia?

– Você não faz ideia do quanto.– Respondi me esgueirando aos cantos da sala como um cão ladrador encurralado que sentia tanto medo quanto ódio de seu encurralador, o ameaçando com os olhos.

– Claro que faço.– Desabotoava as mangás da camisa social, as enrolando enquanto andava sem a menor preocupação. Só acelerando um pouco para derrubar da mesa naquele pequeno escritório, o troféu que eu usaria pra me defender de seu assedio.

O troféu caiu no chão, eu sobre a mesa ao tentar alcança-lo e Seiga sobre mim para me prender os pulsos com sua mãos as quais nunca pensei que tivessem tanta força, enquanto me olhava fixamente com um sorriso serpentino para me ouvir dizer.

– Você está bêbado! Vai se arrepender disso como da ultima vez!

– Bêbado? Quem?– Disse ele recobrando a postura e a voz normal.

– Estava fingindo?! Você..!

– Nós poderíamos ter resolvido isso há muito tempo se não fosse por causa de duas coisas. Primeira...– Debochava ele de mim ao enumerar como faço.– Não esperava que você fosse ter tanta.... Atitude depois do meu noivado, e, segunda... Aquele seu namorado. Porquê aquele maldito foi aparecer justo naquela hora? Não esperava que fosse ter um.

– E eu eu não esperava que você fosse ser um gay pervertido!– Rugi para ele que só gargalhou dessa colocação como se eu tivesse perdido alguma parte da história.

– Gay?– Riu mais um pouco.– Você é mesmo muito criança. Não tem nada haver com opção sexual, tem haver com o que me pertence. Eu não sou gay, só não vou aceitar quieto que pare de me idolatrar.

De mesmo instante em que houvi aquilo, eu entendi. Ele sabia. Desde o começo, ele sabia que eu o amava e ele gostava disso. Gostava de me ter encantado por sua beleza, sempre ali agradecendo suas migalhas.

Quem diria que um homem tão "aparentemente"culto e elegante como Seiga, fosse de se render a uma loucura tão Grega. Assim como os antigos gregos que sentiam prazer em possuir seus inimigos derrotados de guerra só pra se sentirem grandes, montados na humilhação que o outro sentia por estar sendo submetido a isso.

Ele não me queria... Ele queria minha honra. A honra de alguém que ele sabia que podia ser tão grande ou até maior do que ele, mas que se humilhava à seus pés.

Analisando agora, imagino o tanto de prazer que ele sentia em me fazer suspirar, o tanto de prazer que deve ter sentido em ler e reler as minhas cartas.

Imaginar tudo isso agora, reascendeu o fogo que acordava o meu demônio interno. Aquele que é visto em meus olhos e que passará a atormentar os sonhos de Yamada sempre que ouvir falar de mim.

– Porque está fazendo isso comigo?!– Me agito novamente, mas o controle não muda de mão.

– Porquê? Porque você teve de ficar tão teimoso e arranjar um namorado? Você gostava tanto de mim.– Se insinua e passa a chegar a boca no meu pescoço que eu decidira pertencer só à Ren. Então viro a cabeça e mostro isso ao morder sua orelha e não solta-la o quanto pude.– Droga, você me mordeu!– Grita se exaltando ela primeira vez antes de por a mão na orelha, ver o sangue e me bater no rosto, só para logo depois voltar a falar manso e com loucura.– Veja o que você me obrigou a fazer... Vai ficar uma marquinha no seu rosto.

Se meu demônio era assustador por ser explosivo, o dele era ainda mais por ser frio e calculista, montado na seda de uma insanidade obsessiva, como um vampiro.

Como o gelo, ele apagava a chama da unica arma que eu dispunha me levando a cair nos fatos. Ele era maior, mais forte, tinha o total controle da situação e eu seria estuprado.

Não muito longe dali, Ren descia do táxi no qual inocente, veio imaginando o tanto de felicidade que teríamos após aquela noite que deveria ser nossa.

– Ren? É você?

– Ah! Anny-kamisama.– Se curvava.

– Ainda me chama assim? Eu já sei de tudo agora, lembra?

– Ah, sim.. Mas... Sem você eu não teria conhecido Lenny.– "Você o levou à paria aquele dia."– É mesmo um anjo da guarda.

– Para com isso. Estou ficando toda estranha por dentro.

Mesmo da entrada do Lucivéus já era possível ouvir a musica que o deu a ideia de esticar a mão tirando-a para mais uma dança.

– Esta cidade está cercada de cavalheiros.– Ela diz aceitando.

Nem tantos se quer saber já que enquanto ela dançava com ele, eu estava preso com um que deslustrava baixamente a sua patente suja por natureza.

– Por favor, Seiga, não faça isso.– Enfraquecido de minha fera, eu implorava ao vê-lo desabotoar a camisa e as calças.

– Olha só como estamos mudados.– Pensei que estivesse ironizando, mas a verdade é que ele gostou. Aquela criatura na qual ele se converteu, parecia se alimentar das minhas forças e desfrutar de ver minha fraqueza.– Fique quietinho está bem. Você vai gostar, vai sim.

Quando pôs a mão livre em meu sinto tentando tira-lo eu me desesperava na certeza de que ninguém viria. Como poderiam? Demoraria muito para darem pela minha falta, e, mesmo quando isso acontecesse, levaria um bom tempo para estranhar a demora e mais ainda pra me encontrarem.

Enquanto Seiga abria minhas roupas tão puras, mais uma vez minha mente me sacaneava com seu dom imaginativo.

Via em minha cabeça a cena da porta se abrindo. Ren me encontrava largado em um canto qualquer acolhido à minhas pernas, sangrando no coração e entre as pernas.

Prever o futuro tão próximo assim, só trazia lagrimas aos meus olhos. Me perguntava como não havia percebido tudo isso ate agora e também onde estaria o meu amado Ren. Por mais que pensasse só o via sorrido esperançoso, olhando pro relógio, mas feliz por pensar que logo estaria com ele, sem saber onde realmente estava.

Meu doce herói. Quando lemos um livro ou assistimos um filme, nós sabemos que aquele casal ficará junto. Quem dera pudéssemos ter essa certeza de telespectador em nas próprias historias. Se pudéssemos eu saberia que Ren era o meu par assim como você sabe, o teria amado mais, o teria feito sofrer menos... Teria entregado à ele o que agora me seria tomado.

"Perdão Jack. Não consegui tomar cuidado como me pediu. Sempre achei que era tão esperto."

Se fosse mesmo, teria sentido o cheiro do lobo e cravado a espada em seu coração cruel. Teria deixado minha flor desabrochar na areia do sandman.

"Eu fui tão idiota, Ren. Eu só queria poder voltar no tempo..."

Ninguém pode. O tempo passado está fora de alcance, foi perdido, foi lacrado, nós sempre o perdemos. Mas é como dizia a abrupta mulher. "Sei que não dá pra mudar o começo, mas se agente quiser, vai dar pra mudar o final."

Ele não sabia o que estava fazendo pois se preparava para forçar a entrada, sem ao menos me preparar. Não que fosse um perito, mas era de meu conhecimento que para fazer aquilo sem dor, era preciso um preparo com os dedos. Mesmo que nem isso que eu queria que ele fosse o primeiro a fazer.

Quando percebeu que estava chorando, Seiga apenas se mostrou mais perdido na psicose. Parou o que estava prestes a fazer e com um sorriso falou passando o dedo na minha boca.

– Shi... Não chore, não chore. Vai ficar tudo bem. Vai, vai, vai sim. Você vai voltar a me amar eu prometo.– Beijou minha testa.

De certo. Estava completo fora da realidade. Via isso em seus olhos. Este Seiga à minha frente, realmente acreditava que estava me fazendo o bem. Seiga havia se perdido.

– Desde que aquele tal de Sunahama apareceu que você ficou longe.– Agora deitava a cabeça em meu peito como uma criança.– Mas eu vou te trazer de volta pra mim.

Foi então que me veio. Se ele estava fora de si, mesmo que seu corpo fosse mais forte, sua mente estava mais fraca que a de Miia. Então, nela eu entrei.

Me pus a chorar mais, fiz uma doce expressão que só vi em garotinhas e abrir asas para uma fragilidade digna de um "anjinho".

– Seiga-san, tem razão. Me desculpe.

O senti cair na isca, ao ver que no mesmo momento ele arrepiou e se deu a acreditar que havia me rendido, pois soltou minhas mão e me abraçou.

– Sim, eu tenho! Ainda bem que você entendeu. Está pronto pra ser submisso?

– Não nessa vida, idiota.

– O quê?

Se fosse possível explicar o quão rápido a bravura se reacendeu em mim, diríamos que o meu anjo namora com o monstro em meu peito e esse monstro não gostou de ver Seiga se aproveitar das puras penas, ou que ambos são a mesma pessoa. Eu.

Acertei-o com a primeira coisa que me veio a mão. Um abajur que fui puxando as poucos do chão pelo fio. O objeto se quebrou em vários pedaços antes de voltar para o chão, levando Tomoiko Seiga com ele como seu passageiro ao reino dos sonhos.

Ainda tremulo, peguei minhas roupas, saí da sala e a tranquei do lado de fora.

– "Agora sei porquê Ren fica tão bobo. Aquele idiota deve me ver assim como um anjinho o tempo todo."– Ren.

Lembrar dele entregou à mim um sorriso de felicidade e satisfação, porque eu havia mesmo conseguido sair de uma situação que parecia sem saída e agora ainda podia lhe dar o que só a ele pertencia.

– Anjinho! Anjinho cadê você?!– Dizia a voz que me procurava e encontrava.

– Ren?

– Lenny, onde estava!

– Chegou atrasado dessa vez, imbecil.– Puxei sua orelha pelo corredor, no que parecia ser meu normal amoroso.– Esqueça... Está acabado.– "Eu precisava ser meu herói... Pelo menos dessa vez."

– Pra onde estamos indo?– Perguntava o rapaz alto que se submetia à meus maus-tratos, mas isso por amor.

– Pra casa.

Eram meus planos, mas isso até ele me enganar e eu me ver em mais um dejavu, por estar de frente para tanta gente quando se abriram as portas do elevador na cobertura. Entre elas, Yuu Watase que me apareceu ainda mais respeitável, vindo de encontro à nós enquanto brigava com o ex-sandman.

– O que fez? Eu disse que íamos pra casa.

– Essa é a sua chance de ter tudo o que sempre quis. Não ia tirar isso do Lenny.– Sussurrou. Estendeu um sorriso à ela e aguardou ao meu lado o enlace do futuro.

– E então? Espero que tenha bos noticias para me dar sobre o cargo que lhe ofereci.– Ela retribue o sorriso que não fui eu quem lhe deu até esta frase.

– Sim, senhora, eu tenho.

– Fez uma sabia escolha. Você tem futuro neste ramo. Colocaremos seu nome na coluna, terá sua própria sala, claro, e...

– Minha resposta é, não.

Disse sorrindo, chocando todos os que já me viam como o mais novo diretor de redação, e se preparavam para puxar o saco, para que não fossem pisados como pensaram que eu faria.

– Espere... O que disse?

– Eu disse... Obrigado, Senhora, mas... Não, eu não quero ser diretor da Perfection.

– Bem... Nossa.– Tentava ela se regular. Creio que por sua postura, ela não estava acostumada a ouvir "não" ou qualquer outro um de seus sinônimos.– Posso pelo menos saber o porquê não?

– "Claro, é seu direito."– Não vou mentir, isso é tudo com o que eu sempre sonhei. Ter um namorado culto, sucesso, pisar em todos que me fizeram mau, mas...

– Mas?

– Mas eu descobri que... Aquilo com o qual eu não sonhei...– Tomei a mão de Ren, o surpreendendo mais do que já estava.– É ainda melhor.

– Por ver esse tipo de colocação, eu me sinto ainda mais ferida. Sinto que estou perdendo muito.– Estende a mão que beijei antes de apertar.– Já tem alguma outra revista em mente? Jornal?

– Bem.. Eu acho que não me faltarão propostas.– Disse olhando para todas as pessoas importantes que sem querer me descobriram no parque.– Minha empresaria Sakuhana Anny, irá cuidar de tudo agora, qualquer coisa que precisarem falem com ela.– Disse eu a desempregando e já reempregando sem sua autorização.

– Eu?! Ah... Calma, calma.

Sinto muito por ter deixado ela cercada entre tantos empresários anotando números e nomes, enquanto sumia levando Renaiko ainda confuso comigo. Porém eu tinha contas pendentes à acertar com ele.

A porta de casa não foi aberta, mas sim empurrada de qualquer modo pelas minhas costas que nela bateram quando Ren já me beijava ferozmente antes mesmo de entrarmos.

– Cinco minutos, cinco minutos.

Pedi. Não queria que nos tivéssemos um ao outro, com a impressão de Seiga me rondando. precisava tomar um banho e me sentir limpo. Livre de sua aura.

(CENSURA: Toda a área em itálico é exclusivamente direcionada ao publico maior de 18 anos. Se você é menor de idade; Está lendo por indicação, mas não pretende ler uma relação entre homens; Se sente ofendido ou desconfortável por tal ação; Ou apenas não quer perder a visão romântica da história; Não leia o trecho abaixo. Você não perderá dados ou fatos que contribuam para um bom entendimento da historia. PODE SER PULADA SEM PROBLEMAS.)

Saí do banho com a pele fria, o coração acelerado e mais alguns sentimentos desconfortantes. De certo queria fazer aquilo, mas não podia deixar de sentir insegurança de minha parte.

"E se eu passar vergonha? E se eu fizer algo errado? Droga, eu devia ter pensado nisso antes"

– Ou não.– Disse uma voz em minha cabeça antes de ver uma Kokoro branca surgir em meu ombro.

– É! tá esperando o quê?– Foi o que me disse uma vermelha e com chifres imergir no outro lado.

– Era só o que me faltava agora! Vocês não deviam descordar?

– Se até nós estamos aprovando, você tá esperando o quê?

Disseram minhas consciências do bem e do mau, sumindo juntas quando Ren abre a porta do quarto com um semblante ruim.

– Ren?

– Lenny, eu... Eu não sei se posso.

– O quê?!

– Eu quero! Quero muito! Mas... E se eu fizer besteira?– "É só o que eu faço."

Ver sua cabeça decair na mesma preocupação que eu estava, foi mais do que precisei para me reabilitar. Não sabia como tirar esta duvida dele, nem o que dizer. Então em silêncio, caminhei até Ren e juntei nossos lábios tão simples e vagarosamente quanto segurei sua blusa o fazendo sentar na cama, só o largando a boca quando afrouxei o nó da toalha para sentar sem seu colo e senti sua vontade crescer sobre mim no instante em que suas mãos abraçaram minhas costas e sua boca voltou a procurar a minha com ainda mais paixão de quem já havia largado a preocupação de lado.

Não precisei de palavras para dize-lo que confiava nele, nem ele para me agradecer por trazer sua confiança de volta. Apenas precisei sentir seu calor subir o corpo forte que subia sobre o meu, me deixando deitado apreciar meu namorado perfeito como nunca me permiti fazer antes. Com sinceridade.

Estava tão feliz por poder baixar minha guarda assim com alguém, que agarrei-me os braços ao seu pescoço quando a mão que não estava o apoiando sobre mim, deslizou pela parte debaixo da toalha me tocando onde não esperava.

Pensei, ou pior, nem pensei que ele me tocaria "o membro" antes de tocar no fruto de sua ambição.

Se estive frio à um tempo atrás, era impossível lembrar agora. É completamente diferente quando o toque é de outra pessoa. Minha boca ficara maluca, não conseguia decidir se queria ficar aberta ou fechada.

Adivinhando meus pensamentos de que não aguentaria aquele toque por muito tempo, ele mudou. Meus braços ainda o seguravam o pescoço mais isso não impediu que Ren chegasse ao meu, banhando-o de beijos no instante em que senti seu dedo brincar com meu corpo pela primeira vez. Foi só aí que minha boca se decidiu a ficar fechada para evitar o som que queria sair.

– Pare... Só um instante.– "Não consigo segurar."

– Não consegue segurar?

– Eu não disse isso.– Me envergonhava por ter quase que adivinhado o que pensei.

– Tudo bem.– Ele se levantou.

– Onde vai?!

– Não se preocupe... Eu não a lugar nenhum.

Me deixava ainda mais envergonhado por ver que ele "naquele estado" não iria mesmo a lugar nenhum, e também por reclamar sua presença tão instantaneamente, mas a essa altura eu não me importaria de pedir.

Foi quase tão exitante quanto todo o resto, ver ele de pé a frente da cama tirar sua blusa e jogar para mim. Passar os dedos na boca da calça, baixar levemente depois subir. Em meu costume, me vieram inúmeras coisas falsas que podia dizer, como: "para com isso" ou "Isso é pra mim, idiota?", mas dessa vez... Só dessa vez, eu não deixei que essas mentiras saíssem e apreciei o que fazia por mim.

Descidas as calças, pensei que ele se envergonharia do órgão que se estendia a levantar as roupas intimas, mas esse tipo de vergonha era pra mim, não para ele que continuou a brincar de me mostrar seu corpo agora completamente nu subindo na cama se despondo mais uma vez de cobertor sobre mim.

– Agora?– Perguntou. Minha alma que para mim era o mais difícil, eu já havia lhe entregado quando não menti mais sobre lhe apreciar, agora só faltava entregar o corpo, mas ainda decidia em permanecer de boca fechada. Algo de meu orgulho tinha de ser salvo.– Quero ouvir você dizer que me quer, Anjinho.

Apelava descendo a boca de meu ouvido para onde tocou em primeiro ao mesmo tempo em que voltava os dedos para onde tocara em segundo.

Abri a boca ao sentir duplos toques, mas tapeia com as mãos para que ainda não se saísse nada. Podia me sentir claramente dentro da sua boca e o movimento que a linha me fazia do tronco a cabeça. Logo, não resisti a experimentar fazer isso com Ren antes que fosse tarde demais.

– Ren...

– Quer parar?

– Quem falou em parar?

Derrubei seu corpo ao meu lado quando veio me provocar de perto com isso. Ignorando totalmente que estava na cama e sem roupas com Ren, desci para encarar de frente uma parte do corpo masculino qual achei que só conheceria em mim.

Não foi difícil colocar aquilo na boca, mas sim manter no lugar. Ele e à mim. Ele que latejava por minha causa e à mim que me desconcentrava por causa dos gemidos baixos que Ren não fazia questão de esconder.

Sentindo que Ren não aguentaria muito mais e logo desistiria de me fazer pedir por ele para então ser ele quem iria me pedir para entrar, eu finalmente lhe entreguei meu coração ao lhe dar o gosto de ver seu tão precioso anjo por deitar novamente e então lhe pedir com a mais meiga voz.

– Ren-san... Você pode entrar logo dentro de mim?

Senti seu sangue correr mais rápido quando voltou a roçar o corpo sobre o meu, posicionando-se entre minhas pernas. Pensei em brincar mais com seu fervor, mas ele encarou meu pedido como uma ordem a qual estava louco para cumprir.

Quando menos esperei, senti seu amor encostrar na entrada, forçar um pouco e ir entrando exprimindo-nos.

Não tive tempo de segurar minha voz que se deu alta demais para que eu pudesse aguentar.

– Vou me mover de novo.– Avisou e eu fui preparar o silencio colocando a mão de pronto na boca, mas antes que concluísse o ato, Ren a segurou entrelaçando seus dedos aos meus e escorando-a no travesseiro da cama.– Mas dessa vez eu quero ouvir mais.

Nunca devia ter lhe mostrado aquele rosto dócil que só o deixou tão luxurioso. Ou será que deveria?

Se já estava quente antes, nos sentia ferver e suar agora. Digo assim, porque eu e Ren havíamos nos unido por completo. Era como se seu corpo fizesse o encaixe perfeito no meu, e, ambos tivessem se tornado apenas um corpo, ao qual nós dois habitávamos. Conseguia sentir seu membro se mover latejante, sem saber se todo aquele calor vinha dele para o meu interior, do meu interior para ao redor dele, ou se os dois estavam trocando calor. Só sei que tê-lo ligado à mim mais fundo que as raízes de Touya jamais chegaram, me permitia mostrar a ele um lado que eu não decidia se era o anjo ou o demônio.

– Eu sinto o Ren dentro de mim... E... É tão gostoso.

Creio que era eu. O eu verdadeiro, quem falava sem as preocupações do que achamos certo, errado ou ridículo.... apenas... Eu.

O folego arfava em nos faltar e acho que não devia ter dito uma palavra tão forte como "gostoso" enquanto se movia e olha meu rosto, ou nós teríamos aguentado mais tempo, ao invés de explodir juntos nossa essência branca ao gemido final.

(Retomada da historia. CENSURA LIVRE.)

Depois de tudo só lembro de acordar entre seus braços e o peito, vendo em seu rosto uma expressão pateticamente feliz

Acho que enquanto seu corpo foi meu e o meu foi dele, Renaiko matou algo de ruim que havia aqui dentro. porque além de não sentir mais um peso no peito, ainda não me importava de acariciar seus bíceps ao meu redor.

– Da ultima vez que acordamos assim você saiu correndo, lembra?– Ouvi sua voz dizer antes do bocejo.

– Lembro. Mas... Eu não estou mais com a minima vontade de correr.– Retruquei, antes de ver na minha janela azul uma cena ainda mais mistica do que um homem feito de areia.

Vi Kokoro nossa gata desaparecida, andar por sobre um galho de árvore e ao cruzar o ar entrando pela janela, juro que vi, por quase um segundo inteiro... Um pedaço reluzente da fita que voava pra fora fazia a curva e voltava pra dentro do quarto me fazendo dizer.

– Tudo bem. Eu acredito em você agora.– E olhei para Ren que voltara a dormir.– Não preciso do que seja perfeito. Só preciso que me deixe feliz.

Nunca descobri se foi só um sonho, ou se realmente vi a Akai ito ligar meu dedo ao desse paspalho em minha cama. Só o que descobri foi que, esse paspalho em minha vida, por mais que irritante e cheio de seus adoráveis defeitos é o meu zettai kareshi... O namorado perfeito.


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Notas finais do capítulo

ESTA É A ZETTAI KARESHI DIZENDO: acabou!!! T.T

obrigado por acompanhar a historia até aqui, espero que tenha sido divertido, inspirador e acima de todo... apaixonante. obrigado por tudo nos vemos no bonus final ;3



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