Celas começou a acordar, e ao tentar levar a mão à cabeça, percebeu que ambas as mãos estavam amarradas em suas costas. Tentou se levantar, porém fora inútil, pois suas pernas também estavam amarradas. Então, começou a olhar ao redor, e se viu dentro de um quarto, um pouco maior que o dela. As parede eram de rocha sólida, e tinham um tom de cinza, misturado com o amarelo das velas que iluminavam o cômodo. Percebeu que estava deitada de lado, em algo macio. Viu que era uma cama, grande, espaçosa. Só depois ela notou: estava nua em cima da cama.

-Aaaah! Onde estou?! Mestre! Mestre!

Nenhuma resposta de Alucard, nem de ninguém. Ouviu um estalo, e viu a porta próxima à cama onde estava se abrir aos poucos. Pela porta, passou um rapaz alto, forte, de cabelos negros e olhos igualmente escuros. Sua pele era bem clara, dando a impressão de que o rapaz era um defunto.

-Ah...acordou...

Celas olhou para o rapaz, e o viu despido de quaisquer peças de roupa. Ela logo entendeu o que estava acontecendo.

-Você...parece ser deliciosa...seu corpo tão cheio de vida...tão jovem...quando eu terminar com você, irá faltar apenas mais algumas vítimas para eu ficar mais poderoso que aquele cão de ordens da Hellsing...

Celas se mexia, tentando soltar-se, mas era inútil. Ela parecia estar sem força nenhuma para arrebentar aqueles simples pedaços de corda.

-Não adianta se debater, minha cara...essas cordas são fortes, e aguentam qualquer força que seus fracos músculos tentem.

O rapaz se aproximou de Victoria. Seu órgão sexual estava enrijecido, e isso começou a deixar a vampira mais nervosa. Quando o rapaz tocou com a ponta dos dedos no corpo da vampira, ele logo recuou. A expressão de sua face mudara completamente, e agora, ele encarava Celas, com espanto. Mas logo sua expressão mudou novamente, e ele passou a rir mais.

-Íncrivel! Então você não era apenas uma trabalhadora perdida da Hellsing! Você é mais uma das aberrações que ela cria!

O rapaz então movimentou suas mãos no ar, e as cordas que prendiam as pernas de Celas, afrouxaram rapidamente, e tornaram a apertar, porém, dessa vez, Victoria estava com suas pernas totalmente abertas, deixando exposto o seu órgão sexual.

-É melhor que nem tente fazer o que estou pensando!

-Ah...não precisa se preocupar...garanto que vou desgustar totalmente de seu corpo e de sua energia.

Subiu na cama, e ajoelhou-se, de frente para Celas. Fez mais um movimento com as mãos, e então, Victoria se viu totalmente amordaçada à cama. Sua expressão deixara de ser de medo, e se tornava cada vez mais, a expressão de raiva, ódio e fúria.

-Espero que esteja pronta...

Sem que Victoria pudesse soltar uma palavra sequer, o rapaz começou o movimento de penetração. A vampira sentia uma dor forte, e isso aumentou totalmente sua raiva. Quando o rapaz segurou seus seios despidos, os olhos de Victoria foram totalmente tomados de ódio. Puxou com toda sua força os braços, arrebentando as cordas, e golpeou profundamente o peito do rapaz. Com aquele golpe, ele parou de se mexer, e então Victoria aproveitou a chance. Segurou a cabeça do rapaz, e disse:

-Vá para o inferno!

E arremessou-o em uma das paredes. Ela arrebentou as cordas que prendiam suas pernas, e mesmo ainda estando nua, avançou na direção do rapaz, que jazia na parede, tonto pelo golpe, e com a cabeça sangrando. Quando este ergueu um pouco seus olhos para olhar para a vampira, ela desferiu um chute na direção da cabeça do rapaz, e então, seu crânio fora totalmente destruído. O corpo dele tombou para o lado, a pela da cabeça escorria mais sangue ainda, e ele parecia não estar conseguindo regenerar-se. Celas vestiu sua roupa, e saiu do aposento. Quando fechou a porta, ouviu a voz de Alucard:

-Demorou para reagir, policial...

Ela abaixou a cabeça, ainda com ódio, e seguiu em frente, para sair daquele lugar onde estava. Precisava se acalmar, e ficar ali, não seria de ajuda nenhuma.