Jonathan...

Eu fiquei com medo, já que ele nunca respondia.Ele me encarava e balançava a cabeça de um lado pro outro.

– Claro que eu concedo, se até a minha mulher deixou eu não tenho motivos para não deixar, ainda mais agora que a Sabrina já aceitou – ele disse dando um sorriso e vindo me abraçar.

Todos bateram palmas e eu fui até minha princesa que ainda chorava. Sequei as lágrimas dela e selei nosso compromisso colando nossos lábios em um beijo que foi imensamente aplaudido.

Logo que nos separamos os irmãos dela vieram até mim.

– Se você fizer minha irmã sofrer te mato – disse Fabiano com voz séria.

– Pode ter certeza que ele não vai fazer, não é mesmo? – perguntou Cláudio ameaçando.

– Pode ter certeza que se eu fizer isso eu mesmo me mato.

Os dois abriram um sorriso e me deram os parabéns e me agradeceram mais uma vez.

– Esse é dos meus – disse Cláudio se afastando.

...

Depois que todos foram embora e foram se deitar, ficamos só eu e a Sabrina sentados no sofá da sala.

Me aproximei mais dela encerrando o mínimo espaço que tinha entre nós. Fui dar um beijo em sua boca, mas ela pôs o dedo indicador nos meus lábios.

– Lembra o que meu pai disse?

Balancei a cabeça em negativa, porém eu lembrava a frase.

– Nada de amaços mocinhos – disse ela em uma tentativa falha de imitar a voz grossa do pai.

– Não estamos nos amaçando, eu só estou dando um beijo em minha namorada.

Tirei o dedo dela da minha boca com muito carinho e nossos lábios se encontraram em uma total perfeição.

...

Depois que fui embora eu sabia que tinha mais um problema: a aceitação dos meus pais.

Quando cheguei em casa eles por um milagre me esperavam.

– Quem você pensa que é mocinho? Sai e não da notícias o dia inteiro, olha as horas que são – disse meu pai se levantando do sofá e já gritando comigo.

– Você nunca na vida se importou comigo, quem você pensa que é para querer ser meu pai agora? Depois de tudo que eu já enfrentei sozinho na vida, eu não preciso mais de vocês agora que a minha vida está perfeita – gritei também pra ele e para minha mãe.

– Você esta de castigo, não vai poder sair de casa pro resto da vida.

– Não vou? Vamos ver quem vai me impedir. E outra, só pra avisar, eu estou namorando com a Sabrina. E isso não é um pedido, é só um aviso pra vocês já estarem sabendo quando ela vier aqui.

Eles ficaram estáticos, sem fala, subi logo para meu quarto, ninguém vai estragar minha felicidade.

...

Sabrina ...

Agora minha vida estava perfeita, depois de ler a carta da minha mãe eu pude ver a burrada que tinha feito em relação ao Jonathan.

Mas agora estávamos namorando e isso já era o suficiente. Ele foi cedo em casa me pegar para irmos a escola, fiquei surpresa, mas feliz.

– Amor, agora só tem um problema. - eu disse.

– Qual? – perguntou assustado.

Nós estávamos de mãos dadas, isso era tão lindo, mas eu acho que estava transpirando de nervosismo.

– Você não tem aliança.

– Eu não preciso de aliança pra provar que sou só seu.

– Então eu também não preciso – disse zangada, pois ele não queria usar por vergonha de provar que era meu namorado. Soltei nossas mãos e estava tirando a aliança do meu dedo.

Ele me impediu de concluir o movimento, pegou minha mão carinhosamente e colocou novamente a aliança.

– Você precisa, para mostrar aos urubus que é só minha.

– E você precisa para mostrar as vadias que é só meu – disse zangada.

– Que namorada mais teimosa, depois da aula nós vamos comprar uma pra mim. Pode ser?

– Pode – disse saindo andando, ele pegou minha mão e entrelaçou nossos dedos mais uma vez. Isso me fez sorrir e ele percebendo sorriu também.

...

Nós chegamos na escola e todos nos olhavam. Me sentia orgulhosa por ter um namorado como ele. Algo entre a multidão me chamou a atenção: Meredith e Felipe. Eles estavam juntos. Isso doeu um pouco, pois eu já gostei dele e ver que ele não se importou com meu sumiço magoou, porque eu mal sumi e ele já foi correndo para os braços de outra.

Mas eu fingi que não vi e nem me importei, até porque, agora tinha um namorado que amo mais que tudo. E o que senti pelo Felipe não é nem um milésimo do que sinto pelo Jonathan. Ao contrário de mim que ignorei, o Felipe ficou nos encarando com surpresa e raiva, assim como a vadia da Meredith.

Passamos reto pelas pessoas e fomos em direção a sala.

...

O dia inteiro eu fiquei dando explicações para minhas amigas que estavam felizes pela minha volta, agora elas aceitavam meu namoro com o Jonathan. Também dei satisfações para professores, diretora, funcionários, colegas falsos e etc.

Nem sequer sobrou tempo para lembrar que tinha um namorado, que estava sentado atrás de mim em sua mesa, observando e esperando tudo pacientemente.

Assim que o sinal bateu ele me puxou para fora da sala.

– Posso ter um tempo com a minha namorada?

– Sou toda sua.

Nós fomos para uma parte mais reservada da escola e nos sentamos em um banco.

Assim que íamos nos beijar chegou o Felipe.

Jonathan se levantou rapidamente.

– Calma, eu não quero briga – disse na defensiva – só vim ver se você está bem Sabrina -disse se virando para me olhar.

– Ela está ótima, agora já pode ir – ele nem me deixou responder.

– Estou bem Felipe, obrigada por se preocupar.

– Parece que é mentira, mas eu fiquei muito preocupado, fico feliz em saber que está bem. Eu desejo felicidade pra vocês dois de coração. E Jonathan, valorize muito ela, porque mesmo namorando comigo ela nunca deixou de te amar.

Ele disse isso e foi embora eu fiquei pasma com aquilo. O que foi essa mudança?

– Por que você falou com ele? - perguntou Jonathan.

– Não acredito que você perguntou isso.

– Eu já tinha respondido que você estava bem.

– Senhor Jonathan, eu não acredito que você está com ciúmes.

– Eu tenho ciúmes do que é meu.

Ele fez biquinho quando falou isso. Ficou tão lindo e fofo.

Me aproximei dele, soltei suas mãos que estavam em punho. Peguei seu rosto e dei um beijo em seus lábios, que eram os melhores que eu podia provar na Terra.

...