SABRINA...

Acordei, mais uma vez com minha mãe me beijando. Ahhhh, hoje ainda é terça, aff, tem português, a minha professora realmente tem algum problema, porque ela coloca medo em todos os alunos, e o pior é que ela passa muita mais muita lição de casa, todo santo dia.

– Levanta princesa - diz minha mãe.

Ai, como eu quero dormir para sempre!

...

Como sempre estamos eu e minhas amigas na sala conversando. Acho que eu ainda não descrevi elas, bem então ai vai.

Ana Maria -ela é mediana, tem cabelos escuros e encaracolados, ela sempre prende eles em um coque definitivo, pois ela sempre tá assim, ela tem olhos castanhos escuros e usa óculos, ela é um pouco morena e venho do Pará. Ela não fala quase nada, é a mais tímida e excluída do grupo. Mas é porque ela se exclui, nós tentamos enturmar ela, mas foi um fracasso.

Carla -ela é baixinha, branca, ela tem olhos castanhos, ela tem o corpo normal, nem tão gorda nem tão magra. Ela é sem vergonha, não tanto quanto a Amanda, mas é.

Amanda- ela é negra, alta, magra, tem olhos negros. Ela é muito atirada, sem vergonha na cara, ela sabe pagar um mico de mão cheia.

Regina-ela é um pouco gordinha, é da minha altura, é morena, porque os pais vão muito pra praia, tem cabelos extremamente lisos e negros. Ela já foi tímida, porque esse ano ela fala o que pensa na cara da pessoa e não está nem ai. Mas é nela que eu confio cegamente, pois é ela quem sabe tudo de mim, sabe quando eu não estou bem ou quando estuo gostando de alguém (nossa estou chorando descrevendo ela) ela é sem dúvida a minha melhor amiga, aliás são 7 anos de pura amizade.

Bem essas são as minhas amigas eu confio em todas elas cegamente, pois são verdadeiras, mas a Regina é especial pelo simples fato de conhecer ela a mais tempo.

Agora que vocês já conhecem elas, posso continuar. Estávamos conversando que essa semana irá ter um show na cidade e elas falaram que vão.

– Mano, Sabrina você vai- Amanda veio para cima de mim me “ameaçando”.

– Não vou, quero ver quem vai me obrigar- falei birrenta. Odeio festas, shows w coisas do gênero.

– Nós vamos te obrigar - reforça Carla.

– Quero ver..- pra quê que eu disse isso? Elas começaram a fazer cara de cachorro sem dono e eu como sempre acabei realizando o desejo delas - Tá bom, eu vou, que saco- digo brava, elas começaram a bater palma e gritar. Todo mundo olhou para nós, e elas pararam já que até o professor olhou nos reprovando.

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A semana passou como sempre lenta e muito chata.

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Hoje é o grande dia(só que não)todas elas menos a Ana Maria estão em casa me arrumando.

– Eu sei me arrumar - digo brava.

– Não sabe não - diz Amanda, como se aquilo fosse a coisa mais obvia do mundo.

– Não sabe nem se maquiar, fica quieta - reforça Carla. Parece que essas duas sempre combinam para discordarem de mim. Eu bufo.

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– Nooooosssaaaa- digo, sabe aquele momento que você não acredita no que vê? Pois é, eu estou nesse momento. Estou de frente para o espelho, e não consigo acreditar que estou tão bonita assim. Eu usava uma saia azul no comprimento das cochas, uma camisa xadrez vermelha e botas de salto alto preta. Meu cabelo estava solto, liso e com cachos na ponta e eu usava um chapéu de rodeio. Elas fizeram um ótimo trabalho na maquiagem, porque eu parecia uma princesa. Eu nunca me acho bonita, então, se estou me sentindo assim, é poque eu realmente estou.

– Sabrina mano, você ta linda - diz Regina com um sorriso enorme.

– E como - reforça de novo Carla.

– Pára tá, não conta vocês me arrumaram, por isso estão se gabando pelo próprio trabalho - eu nunca dou o braço a torcer.

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Nossa essa fila está horrível, nós já estamos a mais de duas horas nela para entrar no show e quando finalmente chega a nossa vez, chega um grupo de garotos e entra na nossa frente. Confesso que um deles é tipo um deus grego, mas o que tem de lindo tem de arrogante.

– Ei, vocês não podem cortar fila - protesto em voz alta.

– Quem você pensa que é pra dizer o que nós podemos ou não fazer?- diz o deus grego.

Socorro.

JONATHAN...

Logo que a garota acordou eu dispensei ela, ou pelo menos tentei, porque ela começou a chorar e dizer que eu não podia fazer isso e blá blá blá.

– Foi só uma noite de sexo, não é como se namorássemos - digo o obvio.

– Você não pode me usar e depois jogar fora como uma coisa qualquer - ela chora. Nossa, como eu odeio isso!

– Eu posso tanto fazer isso que estou fazendo, vai embora, você é só uma vadia que ficou me secando ontem a noite, por isso resolvi te dar a chance de ficar comigo, só que minha alma caridosa já se cansou, então, depois que tirar minha camisa pode se retirar -saio batendo a porta na cara dela. Dei ordem para nossa empregada tirar ela dali antes das 8:00 horas e fui pra escola.

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– Cara, você vai pro show, né?- pergunta Henrique, nós estávamos voltando da escola no carro dos meus pais.

– Claro que não, só vai ter gente pobre nesse show e eu nem gosto dos cantores.

– Mano, nem eu gosto de Jorge e Mateus, mas a questão é pegar geral.

– Já disse, não sou de pegar garotas pobres, não fazem meu tipo - digo revirando os olhos.

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A semana passou rápida como sempre.

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Já é sexta a noite e não tem nada pra fazer, ai me lembro do show e ligo pro Henrique, ele disse que ainda vai ir no show com a galera, nós combinamos a hora de se encontrar e eu vou me arrumar.

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– Que fila monstra - reclama Henrique.

– Como se isso importasse, não vamos ficar nela mesmo- digo e saio andando para o inicio da fila.

– Ei, vocês não podem cortar fila -disse uma voz, assim que me virei para ver quem era a dona, me deparo com uma garota linda me encarando irritada. Fiquei paralisado com o rosto perfeito dela, não sei o que ela usava, porque não conseguia desviar o olhar. Foi quando a ficha caiu e eu disse.

– Quem você pensa que é pra dizer o que nós podemos ou não fazer?

Ela fica perplexa com o que eu disse e eu faço cara de indiferente e passo a catraca mostrando o selo da empresa do meu pai que me permiti livre acesso a festas.

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Já faz umas duas horas que eu estou nesse show chato, já fiquei com umas quatro garotas contra minha vontade, e o que mais me assusta é o fato do rosto daquela garota vir na minha mente na hora dos beijos. Estou ficando louco, eu vou procurar ela e transar com ela logo, pra esquecer de uma vez aquele rosto perfeito.

...

– Você está louco sair caçando aquela mina no meio de tanta gente. É como caçar agulha num palheiro, pára com isso e pega logo qualquer uma pra transar - diz Henrique como se fosse fácil assim.

– Não vou fazer isso, quero transar com ela e ponto- eu digo e no mesmo instante o Henrique pára e me olha com uma cara de idiota- O que foi?

– Como assim você quer transar com aquela garota? Você nunca quis isso - diz ele desconfiado.

– Sei lá mano, ela me deu um certo interesse, tenho que saber quem ela é.

– Está louco, você nunca quis conhecer uma garota. Não me diz que você se apaixonou? - diz dando risada. Idiota.

– Pára de falar merda, está louco, nem conheço a mina, como vou me apaixonar por ela?

– Você nunca ouviu falar em amor a primeira vista?- disse com cara de zombeteiro.

– Já! Naqueles filmes idiotas -digo irritado. Como se fosse possível considerar a hipótese de eu ter me apaixonado por uma garota idiota que se acha a certinha.

Continuamos a procurar por ela até que alguém se esbarra em mim.