Estarei Sempre Aqui escrita por Angel


Capítulo 30
Capitulo 30


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem
Boa leitura.



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Jane andava pelas ruas com Adam que mesmo cheio de perguntas esperava pacientemente que ela começasse a contar o que estava acontecendo, andaram até a praça onde sempre levavam Adam, quando a conversa era difícil. O menino já não se aguentava de ansiedade segurava apertado na mão da mãe reconhecendo o lugar onde sempre ouvia historias complicadas.

– Vem filho. Senta aqui vamos conversar. Jane se sentou no banco e chamou Adam para sentar-se ao seu lado.

– Ma. O que esta acontecendo? Eu não entendo, porque viemos aqui? É outra conversa difícil? Adam se sentou ainda segurando a mão de Jane, com um olhar preocupado.

– É um pouco filho, mas eu sabia que mais cedo ou mais tarde teríamos que contar essa historia para você. Jane olhava para Adam sem saber como ir direto ao assunto mesmo sabendo que ele entenderia tudo com facilidade. Bem, lembra quando a mamãe e eu contamos como você entrou em nossas vidas?

– Lembro! Eu estava no hospital porque era doente e como não tinha família porque fui abandonado no orfanato vivia sozinho, ninguém me visitava. O menino falava com tranqüilidade. Então como você também tava doente e vivia no hospital fazendo trabalho voluntario começou a cuidar de mim com a mamãe. E depois quando vocês voltaram para a casa, mamãe me adotou e me trouxe também. Mas o que isso tem a haver com a moça que ficou lá em casa com a mamãe?

– Tudo. A mamãe foi adotada pela sua avó Constance quando ela era bem pequena igual a você. E quando ela cresceu sentiu curiosidade de conhecer os pais de verdade, depois de muito tempo ela conseguiu encontrar e descobriu que a mãe dela achava que ela tinha morrido assim que nasceu e no inicio foi difícil mais depois de um tempo elas começaram a se entender. A mamãe estava feliz com isso, sonhou muitas vezes em conhecer a verdadeira mãe dela e viu seu sonho realizado. Nessa época mamãe e eu éramos super amigas e eu a apoiava em tudo e me sentia feliz em ver como a relação das duas estava melhorando. Adam ouvia a historia atento a todos os detalhes não ousava interromper a mãe, guardaria as perguntas pro final. Mas eu fiquei doente, e a mamãe ficou preocupada demais comigo e mesmo tentando me apoiar no fundo eu sabia que ela estava quebrada. Sabe... Quando fiquei doente sua mãe percebeu antes de todos, ela ficou me chateando durante dias para que fizesse exames, mas eu não quis minha vida estava ótima eu iria me casar em pouco tempo e tudo parecia bem, minha vida estava perfeita...

– Você ia se casar com a mamãe? perguntou interrompendo Jane, curioso.

– Não! Sorriu para o menino. Eu iria me casar com Casey, ele era meu namorado a distancia porque nunca podia estar comigo, mas então ele conseguiu voltar e me pediu em casamento. Eu era apaixonada por ele e quando aceitei me casar me senti a pessoa mais feliz do mundo porque eu tinha tudo... Tudo que eu precisava para ser feliz tinha a vovó Ângela seus tios Tommy e Frank, T.J, Maura e o Casey. Com toda certeza era a pessoa mais feliz e mais completa do mundo. E de uma hora para a outra meu mundo virou de cabeça pra baixo, eu descobri que estava doente e que poderia morrer e naquele momento senti o chão se abrir, eu estava perdida. Sentia medo de tudo que poderia acontecer não sabia como seguir em frente, e a mamãe com aquele jeito que só ela tem foi me ajudando a lutar, mas então eu senti vergonha de todo o tratamento e de como ele estava me deixando. Eu estava acabada. Jane se controlava para não chorar, mas as lagrimas já começavam a rolar por seu rosto. Então eu fugi para que ninguém me visse daquele jeito principalmente a mamãe, e como ela temia que eu parasse o tratamento arrumou tudo em Nova York para que eu fosse com Casey. Jane já não tentava segurar o choro e Adam se aproximou em silencio secando as lagrimas do rosto da mãe. Eu fugi filho, abandonei todos que eu amava e confiei que Casey seria o suficiente para mim e que eu seria para ele, durante muito tempo não entendia porque tudo aquilo tinha que acontecer comigo, achava que aquela doença estava destruindo a minha vida, mas eu estava errada aquela doença me salvou e me fez ver que eu estava errada, me casar com Casey seria o maior erro da minha vida.

– Ma, se você foi para Nova York com esse Casey, e deixou a mamãe aqui como ela me conheceu e me adotou lá? Adam questionou.

– Bem o que aconteceu foi que depois de um tempo que estávamos em Nova York Casey e eu brigávamos muito a convivência era difícil, eu me sentia perdida, queria minha vida de volta, queria trabalhar, ter a mamãe por perto a vovó, mas ao mesmo tempo não queria ninguém não queria que sofressem por mim. Achei que Casey seria suficiente, mas ele não foi. Ver como ele sofria por mim me deixava triste e eu o afastava o máximo possível. Um dia passei mal fui parar no hospital e quando acordei a mamãe estava lá, mas o Casey não. Então recebi uma carta dele ainda no hospital pedindo desculpa por me deixar. Eu jamais o culparia por isso, afinal que futuro teríamos. Casey me deixou, mas a mamãe tomou o seu lugar cuidando de mim e por mais que eu me sentisse culpada por ela ter abandonado tudo para estar ali comigo no fundo eu estava feliz, perder o Casey tinha me devastado, eu só queria ficar sozinha não queria obrigar ninguém a ficar cuidando de mim, sentia como se todo mundo fosse me abandonar e não queria me iludir. Por isso brigava constantemente com a mamãe, ou pelo menos tentava, mas nós dois sabemos que a Maura é linha dura. Olhou o filho com cumplicidade. Bom o tempo passou e eu acabei aceitando todas as imposições dela, nos aproximamos ainda mais ela estava sempre ao meu lado me incentivando a continuar o tratamento, a trabalhar como voluntaria, cuidando de mim 24h por dia. Ter ela comigo se tornou a coisa mais natural do mundo com jeito ela me convenceu a voltar à Boston para visitar as pessoas que havia deixado para trás então aqui em Boston nós nos afastamos um pouco por uns dias e eu senti a necessidade que tinha de ter a mamãe comigo todo tempo. Então quando voltamos para Nova York acho que eu já estava totalmente apaixonada pela mamãe e ela por mim, as coisas aconteceram e nós ficamos juntas. Jane estava sorrindo como boba. Mas foi difícil e não tenho orgulho de falar que eu fiz a mamãe sofrer demais, tinha medo de perder a minha amiga, medo de fazer tudo errado, dela me rejeitar e com isso a fiz sofrer, quando tudo se resolveu e decidimos abrir o jogo que agora não éramos mais apenas amigas, contamos para a vovó Ângela e o tio Frank primeiro, depois a vovó Constance o tio Tommy, e por ultimo a Hope a mãe biológica da Maur. Adam prestava atenção porque aquele era o momento decisivo para ele descobrir porque suas mães estavam estranhas. Quando nós contamos todos entenderam, sempre disseram que éramos um casal mesmo sem saber, que nossos olhares não mentiam. Mas Hope não entendeu, ela disse muitas coisas horríveis pra mamãe. A magoou demais, ela só chorava, queria parecer forte, mas eu sabia que ela estava sofrendo, então fui até a casa de Hope e disse que ela não tinha o direito de magoar a Maura daquele jeito, que se ela queria ficar longe da filha tudo bem, mas que era pra ela pensar muito bem no que estava fazendo por que eu não permitiria que ela a magoasse de novo.

– Nossa ma! Ela fez isso mesmo com a mamãe? Adam estava surpreso com o fim da historia.

– Sim fez! E depois que eu fui conversar com ela, nunca mais tivemos noticias, ela não viu você crescer não foi ao nosso casamento simplesmente deixou de existir. Mas eu sei que a mamãe nunca esqueceu e por isso preciso que você entenda essa historia, para podermos voltar para casa e ver o que esta acontecendo. Me desculpe por perder o controle hoje Adam, mas acho que agora você entende porque reagi daquela forma ao ver Hope parada na minha porta.

– Sim eu entendo ma, e não quero ver essa Hope também. Adam afirmou com raiva. Não quero ficar perto de alguém que fez minha mãe sofrer.

Jane abraçou o filho com carinho o reconfortando não sabia como era possível, mas se Adam fosse filho de sangue dela e de Maura não iria se parecer tanto com as duas. As reações do menino se pareciam com as suas próprias porem ela tinha aprendido muito e não deixaria que o filho cometesse algum erro que poderia ser evitado.

– Vamos fazer assim agora que você sabe de tudo nós voltamos para casa e vemos como a mamãe esta. olhou nos olhos de Adam e segurou a mão do menino. eu também não gosto da Hope, mas a mamãe gosta e é importante pra ela então se ela tiver feito as pazes nós também faremos, pois somos uma família e temos que apoiar a mamãe no que ela decidir. Combinado? Adam ficou mudo estava parado pensativo. Ei! Filho eu sei o que você esta pensando eu também estou, nós temos que defender a mamãe sempre, a protegeremos de tudo que pudermos, mas também temos que apoiá-la em suas decisões e todos nós cometemos erros. Lembra que eu contei como fiz a mamãe sofrer sem querer, eu só não sabia como lidar com as coisas talvez a Hope também não. E então eu estou esperando combinado? Disse com a mão levantada esperando Adam bater.

– Combinado. bateu na mão da mãe e sorriu.

– É isso ai garoto que tal uma corrida até em casa, o que você acha? Consegue ganhar de mim? Perguntou se levantando do banco.

– Eu sempre ganho, ma. Deu risada e saiu correndo na frente.

– Ei! isso não vale Adam. Por isso você sempre ganha. Me espera Wikipédia mirim. Saiu rindo e correndo atrás do filho voltando para casa onde ainda não sabia o que iria encontrar, mas esperava que fosse algo bom.


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Notas finais do capítulo

Primeiro quero desejar a todos um FELIZ NATAL!
Depois quero agradecer a todas as pessoas que estão lendo a minha historia e as que além de ler também comentam, muito obrigado. bjossss



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