– É muita coragem vir aqui depois de tudo que fez. Você não acha? Jane disse com o pouco de controle que ainda tinha. É melhor você ir embora.

Adam que olhava toda a cena sem entender muito bem o que estava acontecendo, ao ver a mãe nervosa mudou o olhar doce que tinha para a estranha, e se pôs na frente de Jane como se a estivesse protegendo.

– Minha mãe mandou você ir embora. A encarou com raiva. Vai logo! Gritou em um tom agressivo desconhecido para a mãe que se assustou com a reação do menino.

– Vá embora Hope. Jane segurou Adam que parecia querer atacar Hope e tentou fechar a porta, mas foi impedida.

– Jane. Você não pode me impedir de falar com a minha filha. afirmou com as mãos na porta a impedindo de fechá-la.

– Sua filha! Eu não acredito que estou ouvindo isso. - Abriu a porta para poder olhar Hope. - E quando você lembrou que Maura era sua filha? Vai fazer seis anos Hope, seis anos que você mandou sua filha ir embora, que a condenou e a fez sofrer. E agora você quer falar com ela, não há mais nada a ser dito. Vá embora e nos deixe em paz.

Adam que já não sabia o que estava acontecendo ficou ainda mais confuso, afinal quem era a tal Hope? Conhecia sua avó Constance. E porque sua mãe estava tão descontrolada?

– Quem é você? Perguntou mostrando sua confusão.

– Sou sua avó. Se abaixou e colocou a mão no ombro do menino.

– Não encosta nele. Puxou Adam o afastando dela. filho entra. Eu preciso conversar com ela. Mas ma eu queria... Adam, por favor, me obedece depois te explico tudo eu prometo. - O menino abaixou a cabeça e foi para a sala então Jane foi para o lado de fora e fechou a porta. - Pronto! Você quer conversar? Ótimo! Vamos conversar. Pode começar explicando porque você veio aqui.

– Jane, eu sei que você tem todo o direito de estar nervosa, mas eu realmente preciso falar com a Maura. Por favor. - Hope estava extremamente calma entendia as reações de Jane.

– Não! Não Hope há quase seis anos atrás eu disse para você pensar muito bem no que faria porque eu não deixaria você magoar a Maura de novo. Jane fez um negativo com a cabeça. E você escolheu se afastar, eu não vou deixar que você a magoe. Tentava abaixar o tom de sua voz não queria assustar Adam nem acordar Maura.

– Eu sei disso... é que eu só... só quero me desculpar. Jane eu cometi todos os erros que eu podia... não tem um dia que eu não pense no quanto eu errei com a Maura... em todas as coisas que eu perdi. - Hope não consegue conter as lagrimas. - Eu sei que você estava certa naquela época, e esta certa agora. Eu nunca fui a mãe que a Maura merecia ter. Me arrependo por tudo que disse e queria poder dizer isso a ela pessoalmente.

– Olha Hope eu sinto muito. - Ver Hope chorar sensibilizou a morena. - Maura está dormindo tivemos um chamado de madrugada. Quando ela acordar eu falo que você esteve aqui procurando por ela... Se ela quiser ver você, saberá te encontrar ela já fez isso antes. Agora é melhor você ir.

– Ok! Eu vou, por favor, diga a Maura que eu estive aqui e que quero muito conversar com ela. - Disse se rendendo.

– Eu direi. A morena ainda estava parada do lado de fora esperando que ela fosse embora.

– Espera! Hope estava indo embora quando ouviu a voz da loira. O que você quer conversar?

Assim que ouviu a voz de Maura, Hope parou e olhou para trás, sem conseguir dizer nada caminhou até a entrada da casa novamente onde Jane e Maura ainda estavam paradas.

Jane olhava para a loira surpresa, não esperava que Maura tivesse acordado muito menos que ela fosse querer conversar com a mãe biológica depois de anos sem ter nenhum tipo de contato. A loira via o olhar de surpresa da esposa e não sabia como explicar o que estava fazendo também. Estava ouvindo boa parte da conversa e não iria se mostrar, não queria ver Hope de novo, mas quando a ouviu desistir sentiu algo muito forte e não foi capaz de deixá-la ir, agiu por impulso abrindo a porta e perguntando o que ela queria conversar. Agora não podia correr Hope já estava parada na sua frente com lagrimas nos olhos, e ela não sabia ao certo o que dizer afinal não estava pensando quando decidiu abrir a porta.

– Maur... tem certeza que isso é uma boa ideia? Jane perguntou com receio.

– Não, mas preciso tentar. - Afirmou com um olhar preocupado. - Depois de anos ela esta aqui, eu preciso saber o que ela quer conversar.

– Esta bem. Então vamos entrar. abriu espaço para que Hope entrasse na casa.

Entraram e se dirigiram para a sala onde Adam estava com a TV ligada em um canal qualquer, o menino estava inquieto andava de um lado para o outro tentando entender quem era a estranha e porque suas mães estavam agindo tão diferente do normal. Assim que Adam as viu entrar com a estranha parou cruzou os braços e encarou Jane.

– Serio?! Ma porque ela ainda está aqui? Apontou para Hope. o que está acontecendo com vocês? Eu não entendo. Quando pedi pra mamãe me explicar quem era mulher que estava lá fora com você e porque ela disse que a mamãe era filha dela. - Adam estava totalmente confuso falava e gesticulava sem parar. - Ela saiu correndo pra porta e me mandou ficar aqui. Eu...

Maura se aproximou do menino e o abraçou impedindo que ele continuasse com o falatório. - Me desculpa filho? A mamãe não estava pensando direito, fica calmo esta tudo bem. Porque você não vai passear com a ma e ela te conta toda a historia. O que você acha? - Olhou para Jane sentindo a desaprovação da morena.

– Não! Vamos conversar juntas. Maura! - Fez um sinal negativo. - Não vou deixar vocês sozinhas, não depois do que aconteceu na ultima vez. Sem chance se vamos conversar podemos começar contando ao Adam quem é a Hop...

– Jane... A loira lhe lançou aquele olhar que sempre fazia com que ela se rendesse. - Por favor.

– Mas Maur... - Disse se rendendo. - Eu quero ficar aqui com você.

– Eu vou ficar bem amor, vá e converse com o Adam. Levou o menino até a morena e a beijou.

– Se você prefere assim. Pegou na mão do menino. Vamos passear filho. Maur... - a olhou com preocupação. - Me liga.

E assim Jane saiu com Adam deixando-as sozinhas para poderem conversar sem interrupções. Maura apontou o sofá para Hope e se sentou o mais distante possível ainda não entendia porque não a deixou ir embora, mas já que estavam ali ela queria saber o que Hope tinha a dizer depois de tantos anos.

– Então Hope o que você queria conversar comigo? O que é tão importante que te fez bater na minha porta depois de quase seis anos? O que mudou?