A Herdeira de Ravenclaw escrita por Bruna Gioia


Capítulo 7
Dia difícil




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As aulas estavam um completo tédio. Parecia simplesmente que o tempo havia parado, e o que parecia segundos, eram, na verdade, minutos. Eu estava contando o tempo para a aula acabar, eu gosto de Herbologia, mas tratar de mandrágoras não era a minha praia (quase esqueci de botar os protetores de ouvido), e, além do mais, tenho de levar a pista à Dumbledore.

Assim que a aula de Herbologia acabou, eu e Isaac fomos até os jardins, onde seria a aula de Trato das Criaturas Mágicas.

Hagrid já nos esperava em meio às árvores. Ele tinha um sorriso bobo, escondido pela sua barba negra.

Atrás dele, havia... Aquilo era um tanque? Sim, era. Porém, só havia um único "peixe". Na verdade, era uma criatura meio horrenda, com formato esférico e sarapintado, tinha duas longas pernas, que terminavam em pés palmados.

Eu tinha reconhecido aquele monstro assim que o vi, por conta do livro de figuras de praticamente todas as criaturas do Mundo Mágico, que eu tinha desde os quatro anos.

–Boa-tarde! -Falou Hagrid. -Hoje, vamos aprender sobre essa criaturinha aqui... alguém sabe o nome dele?

Levantei a mão.

–Er...Dilátex...-Falei

Ele tinha um aspecto meio ameaçador, e o estranho era que ele olhava para mim. Me senti fria por dentro, como se ele fosse um dementador prestes a me atacar. Você está ficando maluca, Ally, pare com isso, ou vai ter que ser internada no St.Mungus, pensei.

–Boa Alicia! Cinco pontos para a Corvinal! -Disse Hagrid. -Sim, essa criatura é um Dilátex, peixes que habitam o fundo de nossos lagos, é considerado uma praga para os sereianos. Eles...

A aula foi bem divertida, tirando o fato que O Dilátex (o nome dele era é Dixie, sim, é uma fêmea.) Quase atacou a Rosie, que tentou se aproximar dele.

Assim que a aula acabou, tentei chegar até o escritório de Dumbledore, mas Isaac me parou.

–Você tem que comer alguma coisa. Não pode ir sem jantar. -Ele disse.

–Sei que você se preocupa comigo ,mas é importante. Vamos chamar Victoria, Charlie e vamos até o escritório do diretor. -Disse.

–Não. Vamos até o Salão Principal e vamos comer alguma coisa. -Isaac insistiu.

Balancei a cabeça, decidida.

–Não vou deixar você ir. -Retrucou ele, com a mesma determinação.

No final, acabei cedendo, pois também não me aguentava de tanta fome.

Jantamos, (risoto de bacalhau!) e fomos até a mesa da Sonserina, onde Victoria e Charlie conversavam com um garoto de pele morena e cabelos loiro escuros, num corte meio engraçado.

–Isaac e Alicia, quero que conheçam Louis, ele também é da Sonserina.

–É... Olá. -Falei.

–Oi... -O garoto respondeu.

O garoto me olhava meio esquisito, era arrogante como todos os Sonserinos, mas parecia bem simpático.

–Você foi aquela garota que enfrentou o Snape não é? -Ele me perguntou.

–Pois é... -Respondi, desanimada.

–Foi muito legal o que você fez, sinceramente, ninguém tem muita coragem de resistir às ordens dele. -Louis falou.

–Obrigado, mesmo. -Respondi.

–Bom, eu acho que vou agora, Victoria amanhã, okay? -Ele falou.

Victoria assentiu. Não sei porque, mas tive a impressão que o garoto piscou para mim. Me senti enjoada.

–Amanhã o quê? -Charlie perguntou, assim que Louis se retirou.

–Estudar... Não estou muito boa em História da Magia, fico muito desatenta -Ela falou.

–Como se alguém conseguisse ficar atento às aulas do Professor Binns. -Falei.

Eles riram.

–Bom, está na hora de irmos a algum lugar, certo, Alicia? -Charlie perguntou, irônico.

–Certo... (ALELUIA!) -Respondi.

Subimos algumas milhares de escadas de mármore até o escritório de Dumbledore. Parando em frente à gárgula, falei:

–Varinhas de Chocolate.

–Que senha estranha. -Murmurou Charlie.

A gárgula permitiu que entrássemos, subimos a escadinha até a porta. Bati. Uma voz falou:

–Entre.

Abri a porta. Dumbledore estava sentado em suas escrivaninha, com um sorriso no rosto.

–Olá, Alicia, como vai? -Ele perguntou.

–Vou bem, professor. Eu trouxe alguns amigos. Tudo bem? -Falei.

–Claro. -Ele respondeu.

Isaac, Victoria e Charlie saíram de trás da porta. Eles tinham expressões curiosas e ao mesmo tempo, assustadas.

–Sr. Harrison, Srta. Thompson, Sr. Shumpike, Boa-noite. -Cumprimentou Dumbledore.

–Boa-noite. -Eles reponderam em uníssono.

–Senhor, temos uma coisa que eu acho que vai te agradar. -Disse, entregando o papel a ele.

Depois que Dumbledore terminou de ler, ele não poderia estar menos feliz.

Meu ânimo despencou.

–Bom, estou certo de que você sabe o que é isso, não é? -Ele me perguntou.

–Uma pista... Eu acho. -Respondi.

–Isso, exatamente! Agora... A pior parte. Basta decifrá-la! -Dumbledore falava com tanto entusiasmo que chegou a me assustar...

–Riqueza marítima, riqueza marítima... -Ele ficava repetindo. -Onde os olhos não conseguem ver... Alicia, não posso decifrar a pista para você.

–Mas.... Por que não, professor? -Eu perguntei.

–Pois você é a Herdeira de Ravenclaw, não eu. -Ele retrucou.

–Mas... eu...

Era assim? Eu vinha para o escritório dele, para pedir ajuda, e ele me enxota?

–Você tem que ser forte, Alicia, sei que é difícil, mas você tem os seus amigos para te ajudar, e você também pode falar com seus pais, é importante que eles saibam o que está acontecendo. -Dumbledore falou.

–É verdade, Ally, fique calma. -Manifestou-se Isaac.

Lembrei de uma coisa. No primeiro dia, meus pais mandaram uma carta para mim, falando que estavam com saudades... e eu retribui mandando outra carta, falando que estava com saudades também... Mas, como eu iria contar a eles... Por exemplo: "Ah! Oi mãe, oi pai! Então, eu sou a Herdeira de Ravenclaw! Tenho que achar uma tiara idiota que está perdida há séculos! Junto com mais três pessoas da minha idade! Olha que legal!"

Enfim, não sei como eu vou contar para eles, mas... eles têm que saber...

–Ah, Professor Dumbledore, hoje minha detenção iria começar com o Professor Snape, mas... como eu vim aqui falar com o senhor...

–Eu sei, eu sei... -Dumbledore deu um sorriso cansado. -Falo com ele que foi uma questão importante, não se preocupe.

–Obrigado. -Falei, me retirando da sala.

–Ah. Alicia, eu realmente lamento não poder ajudar, é que você tem que decifrar a pista sozinha...-Disse Dumbledore.

–Eu... eu sei, professor, obrigado mesmo assim. -Disse, saindo de vez da sala, seguida por Isaac, Victoria e Charlie.

Assim que viramos o primeiro corredor, eu explodi.

–E agora? O que vamos fazer? Eu tenho que decifrar uma pista sozinha, para achar uma tiara ridícula, que até agora eu não sei para que serve!

–O Diadema de Ravenclaw é o simbolo de toda a sua sabedoria, Ally. Quem o tem, vai ter toda a inteligência de Rowena Ravenclaw, por isso ele é tão procurado. -Explicou Isaac.

–Mas, quantas vezes eu vou ter que falar? Eu não quero a inteligência, a sabedoria, ou todos on dons de Ravenclaw! Eu só quero levar uma vida normal! -Retruquei.

Corri em direção as outras escadas de mármore, que levavam a sala comunal da Corvinal.

Pude ouvir o suspiro distante do Isaac. Mas, nessa hora, isso já não importava.

Assim que cheguei a minha cama, deixei que as lágrimas caíssem. Eu não tinha ajuda, nem mesmo Dumbledore podia me ajudar... queria tanto falar com meus pais...

Fungando, e com as lágrimas caindo sobre minhas bochechas, comecei a escrever:

"Queridos, mamãe e papai. Tenho que contar uma coisa a vocês... Mas é particular, e muito importante. Tem algum meio de vocês falarem comigo daqui de Hogwarts?

Um abraço, Alicia."

Lacrei o envelope, e guardei em minha cômoda. Ainda chorava. Deitei novamente na cama, e me deixei adormecer...


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Notas finais do capítulo

Capítulo 7 postadoooo! hehe. Bom, espero que gostem.:D



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