A Herdeira de Ravenclaw escrita por Bruna Gioia


Capítulo 17
Sem mais enigmas por hoje




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Mesmo três semanas depois, as pessoas me parabenizavam pela vitória contra a Sonserina. A única amiga que não parecia feliz era...Victoria.

Ela sempre tinha a mesma expressão de tédio no rosto quando se falava no assunto. Revirava os olhos e procurava mudar de assunto. É claro que, se eu estivesse no lugar dela, acho que faria a mesma coisa, ou até pior.

Agora, ela passa a maior parte do tempo com Charlie ou com aquele amigo dela, o Louis. Isso me deixa bem chateada.

Enfim, o próximo jogo de quadribol será depois de amanhã. Se estou nervosa? Acho que não. Mas as pessoas esperam que a minha performance seja no mínimo, espetacular, mas mesmo assim, acho que não tenho o que temer.

Estou sentada nos jardins, com Isaac, Charlie, Victoria e Louis.

–Eu vou arrancar a sua cabeça fora se você não calar a boca. -Disse Victoria.

O negócio é o seguinte: Louis está irritando a Victoria, contando coisas que não deveriam ser contadas sobre os livros que ela está lendo.

–Louis, para com isso. Chega. -Eu disse.

–Agora, a Miss. Perfeita vai reclamar? -Ele retrucou.

–Louis, chega. -Eu falei.

–Miss.Perfeita, Miss.Perfeita. -Ele provocou.

Uma parte da minha mente falava para eu bater na cara dele, e foi isso que eu fiz.

Na verdade, foi um tapa. Mas todos ficaram me encarando, como se eu fosse maluca.

Me arrependi na mesma hora.

Louis se levantou, sem dizer uma só palavra, e entrou no castelo. Victoria foi atrás dele, me fuzilando com o olhar.

Suspirei.

–Só faço besteira, eu sei. -Disse.

–É... Mas... De um jeito ou de outro, ele mereceu. -Falou Charlie.

–Eu não digo nada... Só acho que Rowena Ravenclaw está... te afetando. Mas, por favor, não se ofenda. -Disse Isaac.

Não me ofendi, porque, eu também concordava.

O resto do dia foi bem chato, tirando o fato de que a Poção da Amber Cooper explodiu na cara dela, e Snape não pode lhe dar uma boa nota, por mais que quisesse.

Nem mesmo Isaac e Charlie falavam comigo direito. Meio que... Me evitavam. Isso me deixava muito, muito triste.

Entrei na sala comunal, e peguei meu livro de "Quadribol através dos séculos." Eu já estava quase no final, era um livro muito divertido.

Fiquei lá por uma hora, até que me senti muito solitária, vendo todos conversando, e até alguns, se agarrando.

Enfim, Mirella Barner não deu nenhum sinal, e eu praticamente tirei a ideia da minha cabeça de que ela possa invadir Hogwarts em busca do Diadema.

...

Acordei no dia seguinte como se alguém estivesse martelando minha cabeça.

Minhas colegas de quarto já tinham se levantado, e eu estava sozinha de novo.

O jogo era hoje. Corvinal versus Lufa-Lufa. Aposto qualquer coisa que, quando eu chegasse no Salão Principal, todos me olhariam com toda a pressão possível, mesmo não percebendo.

Mas, eu tinha uma fome de trasgo, então, tive que descer.

Todos já estavam lá, inclusive Isaac, Charlie, Victoria e... Louis.

Me sentei do lado de Isaac.

–Não vou nem perguntar, vai que ela me dá um tapa? -Disse Amber Cooper, do outro lado do salão.

–Fique... Calma... -Começou Isaac.

–Não...Tudo bem... Eu... Não ligo. -Respondi.

–Você não pode se irritar, tem jogo hoje, lembra?

–Eu sei, coisa loira. Não vou bater na cara dela. -Eu respondi.

–Bom saber, coisa morena. -Ele retrucou.

Depois que tudo tinha acabado, e que os outros alunos já tinham subido, eu me dirigi a Victoria e a Louis.

Eles estavam sentados na mesa da Sonserina.

–Er... Louis? -Disse.

–Fala. -Ele disse, virando o rosto e mexendo no cabelo curto.

–Me... Desculpe pelo... Tapa. É que... Ás vezes você faz umas coisas idiotas... e... Eu... já estava de cabeça quente. Me desculpe. -Eu falei.

–Tudo bem, tudo bem. Está desculpada. -Ele respondeu. -Posso ganhar um beijo para sarar?

–Não.

–Já esperava por essa resposta. -Louis disse.

Nós rimos.

Me retirei para a aula de História da Magia, que, como sempre foi um tédio.

...

Tinha chegado a hora. O jogo da Corvinal contra a Lufa-Lufa. Ainda bem que, dessa vez, nenhum garoto estranho veio falar comigo. Pelo menos não sobre o jogo.

Botei o uniforme. Sentia a águia quente sobre me peito. Pensei em meus pais, em meus amigos e em todas as pessoas que nos esperavam do outro lado do estádio.

–Tudo bem, pessoal. Mesmo esquema de sempre. -Começou Benjamin. -A Lufa-Lufa perdeu para a Sonserina, que também perdeu para a Grifinória. Daqui a dois dias, como vocês sabem, será o jogo da Lufa-Lufa contra a Grifinória. A minha opinião? A final será Grifinória contra nós, Corvinal. Então, vamos ganhar deles, assim como ganhamos da Sonserina. Preparem suas vassouras e boa sorte a todos.

Aplaudimos seu pequeno discurso.

Fui a última, como sempre. Mas não me importava.

Saímos dos vestiários, e, imediatamente, ouvi todos os gritos da multidão enlouquecida.

Metade das arquibancadas torcia para a Corvinal. (Grifinória e Corvinal.) Já a outra metade, torcia para a Lufa-Lufa.

Madame Hooch apitou, e a partida começou.

–E o jogo... Começa! -Disse George. -A posse está com Lewis, ops! Agora está com Jude, capitã e artilheira da Lufa-Lufa. Agora...

Disparei para o céu. A primeira coisa que percebi foi, que o apanhador da Lufa-Lufa, Josh, não me seguia. Ele não era tão burro quanto o apanhador da Sonserina.

Em vez disso, ele voou para perto das balizas, exatamente na direção contrária de mim.

Olhei para todos os lados, procurando pelo pomo e... Nada.

–Sparks está com a posse... E... Ponto para a Corvinal! -Exclamou George.

Meu coração deu um salto por dentro. Mas, eu deveria continuar procurando.

–Murphy quase defendeu... Ponto para a Lufa-Lufa! -Disse George.

Fique calma, Ally. É apenas um empate, pensei.

Mas, depois de estar 70 a 60 para a Lufa-Lufa, depois de uma hora inteira de jogo, fiquei aflita.

A sorte foi que Josh não viu o que eu consegui ver.

Ele estava bem abaixo das balizas, onde Jack tinha conseguido defender a goles.

E... Ele estava lá, o pomo.

Sobrevoando dentro da baliza mais alta. Mergulhei da melhor forma possível até lá, de uma forma que Josh não conseguisse ver o que eu via.

Fingi que iria contornar as balizas, mas, virei depois da primeira, agarrando aquela esfera dourada e brilhante.

Só depois que o apanhador do time inimigo percebeu, e fiquei aliviada de ver no seu rosto a frustração.

Desci até o gramado e depositei o pomo de ouro lá.

Como no jogo da Sonserina, pensei.

–A Corvinal vence a partida! -Disse George.

Tomara que todos os outros sejam assim, tomara. Os abraços já eventuais ocorreram, pessoas me parabenizaram, até que tinha chegado a hora de entrar no castelo.

Subi com Isaac e o resto do time até a sala comunal da Corvinal, para comemoração. Só que havia um grande grupo de alunos em frente à águia de bronze com os enigmas.

Todos à frente tinham expressões espantadas e assustadas.

Cheguei mais perto.

Ah, não pode ser.

A águia... Estava... quebrada.

Havia somente a cabeça dela e uma parte das asas. Encarei ela, perplexa. Até que...

A águia criou vida, de uma forma diferente. Parecia... a voz de uma... mulher.

–Um recado de mim, Mel, à Herdeira: Estou tão perto quanto você pode imaginar. Sou quem você chama de amigo, quem você acha que é leal a você. Tome cuidado, estou chegando. e vou recuperar o que é meu, e fuzilar a falsa Herdeira.

Mel...

Mirella. Mirella Barner.

Por favor. Não, por favor.

A única coisa que fiz depois disso foi olhar para o Isaac. Ele estava boquiaberto, com o terror espantado no rosto.

Suspirei, com os olhos marejados. Sentia a águia muito mais quente agora, ou era a minha adrenalina que estava nas alturas.

Eu não queria aquilo. Já não me bastava ter um objeto tão poderoso em mãos.

Agora, havia um assassina sanguinária atrás dele.

E queria me matar.


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Notas finais do capítulo

Muita ação para um só capítulo..haha..sqn. Enfim, eu espero que vcs gostem, e desculpe se está igual ao último capítulo.:D



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