POV   Natalie Hudson

Eu me sentia ridícula, jogada na minha cama e chorando. Mas não podia evitar que as lágrimas escorressem pelo meu rosto. Nutella passara a tarde inteira tentando me consolar, com labidinhas carinhosas no meu rosto, mas nada adiantava. Eu estava sem chão, o garoto que eu amava me traiu com a minha melhor amiga, essa era uma frase que se repetia diversas vezes na minha cabeça. Chorei mais um pouco, enquanto Nutella me olhava, sem entender o porquê de tanto choro. Escutei alguém bater na porta. Mas não abri a porta, não quero que ninguém me veja tão fraca e desprotegida como estou agora. E qualquer possibilidade de me levantar da cama, foi embora quando escutei a razão dos meus sofrimentos falar:

-Hey, Nati! Abra a porta, eu posso explicar!- disse Kyle Banner.

-Não.- disse, curta e grossa. Ele era a pessoa que eu menos queria ver. Pelo menos agora.

-Vamos, Nati! Se você não me deixar entrar, juro que arrombarei seu quarto.- disse ele, provavelmente com um sorriso presunçoso no rosto.

-Arrombe meu quarto. Eu não me importo. Me dê mais um motivo que me afirme que você é um idiota. Fui otária em te amar, fui otária por achar que você correspondia esse sentimento, fui mais otária ainda por achar que você sempre estaria aqui para mim, consegui ser mais otária ainda pensando que isso seria uma promessa verdadeira, fui otária por ter me sentido culpada em beijar o Hazza, quando meus dois ex-melhores amigos me traíram. - disse, irritada. Toda a minha tristeza havia ido embora. Só restava raiva.

-Mas....- disse ele, mas eu o interrompi.

-Mas nada, Kyle Banner. Suma da minha presença e nunca mais volte. - bufei, irritada. Percebi que ele não iria embora até que eu tomasse uma atitude mais drástica. Rugi de raiva. Escutei um berro através da porta. Uma parte da minha vingança tinha sido cumprida. Mas ainda queria mostrar á ele que não preciso mais dele!

Tomei um banho quente. Vesti uma camiseta que imitava a armadura do Homem de Ferro, uma calça jeans, um All Star de cano médio multicolorido e um Ray Ban para disfarçar os meus olhos, que estavam inchados de tanto chorar. Deixei meus cabelos soltos e fiz uma maquiagem básica. Saí do meu quarto, andando até o refeitório, onde seria a festa. Estranhei pelo fato de tudo estar escuro, mas deve ter pifado todas as luzes.

(N/Autora: Não seria por que assim dá um clima mais de Halloween?)

O que? Nah, deve ser porque o Fury é pão duro e não comprou novas lâmpadas. Cheguei no refeitório, mas vi uma coisa horrível: Lá estavam 30 dragões de Asgard, me olhando ameaçadores.

Saquei minha espada e tentei ataca-lós. Mas um deles se aproximou de mim e conseguiu fazer um corte profundo no meu braço. Invoquei uma tempestade e comecei a eletrocutar todos os dragões, mas isso só pareceu deixa-lós mais furiosos. Duelei com eles, mas eu estava em uma desvantagem numérica enorme. Pensei em Taylor e Kyle e imediatamente, me senti incrivelmente mais forte. Ataquei todos os dragões e em meia hora, só restava uma nuvem com cheiro de carne podre. Mas fazendo cosplay de Jason Grace, desmaiei.

                     POV  James Barton

Vesti minha fantasia, uma camiseta de Jack O´Latern, calça jeans e All Star preto. Saí correndo até o refeitório,onde seria a festa de Halloween. Entrei no refeitório e vi o meu medo mais temido me olhando e piscando seus olhos sedentos de sangue: Um pônei maldito!

(N/Nati: Pode isso, autora? Medo de pôneis?)

(N/Autora: Sim! Por que sou eu que mando nessa bagaça!)

Peguei uma cesta de Halloween e comecei a atirar os doces na cabeça dos pôneis. O único problema é que eles ficavam mais fortes cada vez que comiam um caramelo e agora estavam tentando me matar com seu focinho rosa adorável. Já que eu vou morrer mesmo, peguei meu Ipod e coloquei minhas músicas favoritas para tocar, tipo Piradinha. A cabeça dos pôneis começou a inchar até que explodiram.

-Há, ninguém vence o poder do funk!- disse, sorrindo. Passei a mão pelos meus lindos cachinhos e me sentei na mesa do refeitório, pegando alguns doces para comer. Só que devia ter alguma coisa estragada naqueles doces, por que eu comi um  e desmaiei.

                         POV Taylor Rogers

Eu estava me sentindo um lixo depois de ontem. Escovei os dentes e vesti a minha fantasia, calças jeans manchadas de sangue falso, camiseta branca rasgada e ensopada de sangue falso, uma camiseta xadrez vermelha e rasgada e um tênis velho e surrado. Fiz uma maquiagem de zumbi. Baguncei meus cabelos para deixa-lós bem desgrenhados. Abri a porta do meu quarto e fui me arrastando até a sala de armas, onde seria a balada. A sala estava iluminada apenas por uma luz pálida. Deve ser para dar um clima de terror. Sorri e olhei para os lados, mas não havia ninguém. Affs, gente atrasada. Escutei passos á longe.

-Uhuuuu! Vamos agitar essa festinha sem graça!- exclamei, esperando a pessoa chegar.Mas os passos de repente pararam.

-Ér, pode vir que eu não mordo!- disse, sorrindo. Deve ser algum dos alunos novos. Mas a tal pessoa não respondeu nada. Abri a porta e não vi ninguém. Mas onde está todo mundo? 

-Hey, onde está você?-perguntei, rindo nervosa. Esse joguinho estava me deixando extremamente nervosa. Eu odeio filmes de terror! Escutei o som de alguma coisa pingando. Me aproximei do local do barulho. E vi uma coisa que revirou meu estômago. Lá estava uma poça de sangue fresca. Segurei a vontade de vomitar e continuei andando. Vi pelo canto do olho um vulto preto passar correndo.

-Espera! Quem é você?-perguntei, com a minha voz tremendo de medo. Olhei para a parede e lá estava escrito com sangue: Seu pior pesadelo! Respirei fundo, tremendo de medo. Queria poder ter algum dos meus amigos para me proteger. Mordi meu lábio, sufocando um grito. Saí correndo, indo o mais rápido que conseguia até o meu quarto. Cheguei no meu quarto e tranquei a porta. Respirei, ofegante. Meu coração batia acelerado. Respirei fundo, mal contendo minha vontade de vomitar. -Está tudo bem! O pior já passou.-pensei, quase vomitando. Vi um vulto vindo em minha direção...

                                    POV  Kyle Banner

Eu me sentia idiota por ter feito isso com Nati. Tentei ignorar esse pensamento e vesti minha fantasia de Halloween. Vesti uma camiseta de esqueleto, calças de esqueleto e uma máscara. Sorri, me olhando no espelho. Cara, eu estava muuuuuito gato. Joguei meu cabelo para trás e saí correndo até a sala de armas. Tinham me dito que havia uma balada e eu queria me divertir até que a madrugada. Talvez até tivesse algumas bebidas alcoólicas. Cheguei na sala de armas. Abri a porta, lentamente. Entrei na sala. Alguém tinha desligado todos ás luzes. Sorri e acendi as luzes. Peguei um punhado de doces que estavam em um pote. Me senti vigiado. Olhei para trás e vi que duas garotas gêmeas, de cabelo loiros cacheados, olhos azuis e que podiam muito bem ser anjinhos, mas seus sorrisos psicopatas desmentiam essa imagem.

-Ér, vocês aceitam?- disse, oferecendo um punhado de doces ás garotas.

-Brinque conosco.- responderam elas, negando com a cabeça.

-Tem certeza de que não querem esses doces? Eu sou meio velho demais para brincar...- disse, sorrindo envergonhado.  Elas sorriram.

-Brinque conosco.- disseram elas, dando um sorriso mais assustador ainda e se aproximando mais de mim.

-Ok, do que vocês querem brincar?- perguntei, sorrindo. Trincando os dentes.

-De morrer.- responderam elas, com um sorriso macabro.

-Ér, que tal de pega-pega? É uma brincadeira bem mais divertida!- disse, sorrindo.

-Brinque conosco. Para sempre- disseram elas, dando um sorriso extremamente macabro.

-Ok, eu já vou indo!- disse, saindo correndo. Me tranquei no meu quarto e comecei a me lembrar daquele filme, O Iluminado. Escutei algumas batidas na porta e vi meu pai enfiando sua cabeça por uma abertura na porta. Dando um sorriso igual ao do Jack.

-Pai? Você tá bem?-perguntei, já sacando uma seringa com um tranquilizante.

-Sem laboratório e Loki, Hulk fica louco.- disse ele. Um raio iluminou o quarto e vi que essa mesma frase estava escrita nas parede do meu quarto, em carvão. Esse é o Halloween mais estranho da minha vida. Berrei e saí correndo. Berrei, amedrontado.