Distâncias escrita por Erykiller


Capítulo 5
Separação


Notas iniciais do capítulo

Queria agradecer muito à Satsuki Chan pela recomendação, fiquei muito feliz mesmo!!! Espero que gostem.



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Tsuna's POV

Vim desde Namimori até Tokyo atrás dela.

Mesmo que por um segundo, era a Haru. - pensou, lembrando-se de momentos atrás que a tinha visto na janela.

Eu compreendi a situação, mas de alguma forma... Parecia que ela estava chorando.

Assim como naquele momento.

Tsuna's POV off

FLASHBACK

Chovia muito na cidade de Namimori, com aquele céu escuro, e também, a água batia no chão e nas plantas fazendo um barulho calmante, confortável. Plantas e árvores encharcadas, assim como o guarda chuva que o moreno segurava, que, devido ao vento, caiu sobre o chão.

-  Sem o Tsuna-kun... Se o Tsuna-kun não estiver ao meu lado... - Haru dizia, enquanto estava encolhida no chão, tampando o rosto com as mãos, lágrimas desciam por sua face. -  A Haru não consegue fazer nada! - gritou, estava toda encharcada, assim como ele, pela chuva. Tsuna a encarava com uma expressão séria, era como se ele quisesse dizer algo, mas, pensasse que seria errado fazê-lo.

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Já era manhã, ouvia-se o canto de pássaros logo cedo. O Sol brilhava no céu, que tinha algumas nuvens presentes. Também era primavera, a pequena cidade estava enfeitada por lindas flores de cerejeiras, que encontravam-se em todo o canto, tanto em árvores, quanto em pétalas espalhadas pelo asfalto.

Haru arrumava-se para ir até a escola, com o uniforme, que era composto por uma saia um pouco acima dos joelhos, preta, uma blusa de mangas compridas branca e por cima, uma blusa da cor azul-marinho. E para completar, uma gravata avermelhada perto da gola da blusa. Olhava-se no espelho para conferir se estava tudo feito, logo, saiu do banheiro.

Enquanto isso, Tsuna preparava o bento dos dois, na cozinha. Eram bem simples, tinham apenas tomate, algumas verduras, carne e um pouco de takoyaki.

- Tsuna-san, se não terminar logo, vamos nos atrasar! - chamou a atenção do mesmo, preocupada. - Quer que a Haru ajude também? - entrou na cozinha, olhando para ele.

Está tudo bem. - virou-se novamente para os bentos, terminando de embrulhá-los.

- Ah, não, não. Está colocando tomates de novo. - resmungou, fazendo-o revirar os olhos.

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- Se for colocar tomates de novo, a Haru vai preparar seu próprio bento amanhã! - resmungou novamente. Já haviam saído de casa, agora, estavam na bicicleta, como de costume, indo para a escola. - Está ouvindo? - Tsuna parecia cansado, tinha olheiras em seu rosto, normalmente, tinha de acordar mais cedo quando tinha que fazer dois bentos, estava acostumado a preparar apenas o dele.

- V-Você é barulhenta. - Haru o olhou um pouco confusa, seus cabelos castanhos esvoaçaram-se um pouco, devido à brisa. 

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Tsuna, ao chegar ao colégio, foi logo lavar o rosto, o sono estava o matando e, de alguma forma, as olheiras eram visíveis.Abriu a torneira, pondo suas mãos abaixo dela, as enchendo de água e a jogando contra seu rosto.

- De alguma forma, parece que meu corpo está pesado. 

- Ei, Sawada. Está ouvindo? - Ryohei apareceu, chamando sua atenção. Tinha as mãos nos bolsos do uniforme, entediado. - Você foi com aquela garota à uma fonte termal, não foi? Como você me faz isso!? Ao extremo!

- Q-Quem se importa com isso, onii-san?

- Como eu disse, eu me importo! - disse, brincalhão.

- Ah, você é chato. - fechou a cara, detestava quando ele demonstrava esse tipo de interesse por aquela garota, não que ele se importasse...

- Pare, Ryohei. - Hana olhou para os dois, um pouco entediada. Segurava sua pasta de uma forma desajeitada.

- Tsuna-kun não parece estar bem, aconteceu alguma coisa? - Kyoko perguntou a Haru, as duas assistiam tudo do terraço.

- A Haru não sabe de nada. - apenas saiu andando, deixando a ruiva ali, confusa. - Ah, gomen. - virou-se para trás, se desculpando, achando que tivesse a deixado triste devido à sua expressão.

- Não foi nada. - Kyoko saiu andando a sua frente, despreocupada.

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Ouviu-se o sinal do recreio, bastou isso para vários alunos comemorarem, instantaneamente.

- Estou morrendo de fome. - Haru espreguiçou-se, cansada.

Haru-chan, vamos almoçar. - a ruiva a chamou, parando ao lado de sua cadeira e Hana na frente.

- Ah, sim. - após aceitar o convite, olhou curiosa para o lado, onde Tsuna parecia dormir na mesa. - Ah, Tsuna-kun.- chamou-o, sem obter resposta. - Tsuna-kun... Tsuna-kun, vamos almoçar juntos? - chamou novamente, abaixando-se ao lado dele.

- E-Eh? - corou, sem jeito. - Gomenasai... N-Não estava prestando atenção. - levantou sua cabeça, ainda com olheiras. 

- Hã? - Kyoko aproximou-se do rosto dele, o fazendo corar ainda mais. - Seu rosto não está um pouco vermelho?

- S-S-Sim... T-Tem estado um pouco desde de manhã... - ficou vermelho novamente, aquela proximidade toda... Não estava acostumado com isso! - Estou be- - quando ia terminar de falar, levantou-se, e caiu no chãodesmaiando.

- Tsuna-kun! - Kyoko exclamou, preocupada. 

- Dame-Tsuna! - Hana também se levantou, vendo o que tinha acontecido.

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Tsuna acordou um pouco zonzo, reconheceu que estava em sua casa, deitado em um futon. Bocejou, sua cabeça doía um pouco, logo, olhou para o lado, onde tinham lenços e alguns remédios. Sentou-se com dificuldade, pegou seu celular, preocupado.

- Será que a Haru vai conseguir vir embora sozinha? - perguntou-se, sendo que ele a trazia de volta todos os dias, com a bicicleta.

- Cheguei! - a voz da própria se fez presente, o fazendo se assustar. Ela subiu as escadas correndo, ouviam-se os passos dela batendo nos degraus. - Estou entrando. - avisou, abrindo a portado quarto onde ele se encontrava. - Tsuna-san, o que está fazendo? Tem que descansar!

- Você está bem? - Kyoko perguntou, aparecendo logo ao lado.

- Ehh... - corou, ao ver que ela estava ali. - E-Entrem. - disse, escondendo suas revistas, tudo estaria perdido se Kyoko soubesse que ele lia aquele tipo de coisa.

Como a Haru disse, o Tsuna-san precisa dormir!

- Sim, durma. - Tsuna sorriu sem graça para a ruiva, que estava preocupando-se com ele. Enquanto escondia as revistas em seu armário e também guardava os remédios e lenços.

- C-Como voltou pra casa, Haru? - perguntou, deitando-se novamente.

- A Haru voltou de bicicleta com a Kyoko-chan. Além disso, por que não disse que não estava se sentindo bem!? 

- Se eu faltasse, você ficaria sem almoço. E também não poderia ir para a escola. - desviou o olhar, envergonhado.

- Você tem um senso de responsabilidade bem forte, não é, Tsuna-kun?

- É-É bom ter você me visitando... Gomen por fazer... Você vir até aqui. - sorriu para ela, sem jeito.

- Bem, eu estava preocupada, você desmaiou de repente. Você foi ao hospital?

- E-Eu... Acabei de voltar de lá, disseram que é um resfriado.

Ouviu-se um toque de telefone, Kyoko, no mesmo momento, olhou para trás.

- Ah, é o onii-chan, com licença. - pegou o celular em sua pasta, saindo do quarto e fechando a porta. - Onii-chan? - a voz dela foi abafada no momento em que a porta se fechou.

Um silêncio constrangedor estabeleceu-se entre a Miura e o Sawada, o fazendo desviar o olhar, com vergonha.

 - A-Ainda... Tem alguma coisa que quer dizer? - perguntou, vendo que ela parecia certamente, nervosa.

- S-Sim. - olhou para a sacola que tinha em mãos, corada. - A Haru pediu para você não colocar tomates no bento, mas, mesmo assim o Tsuna-san colocou. Tsuna-san... Está sempre estressado, então... A Haru pensou que estava bravo com isso, então, por isso ficou calado. Se não fosse pela Kyoko-chan, eu não teria sido capaz de vir embora!

- O-O que está dizendo? - sentou-se, um pouco confuso com as palavras da morena.

- O quê!? E-Eu... - suas bochechas adquiriram um tom rosado no mesmo instante, aproximou-se do rosto dele e seus lábios se tocaram... Desejara fazer isso à um tempo, mas, ele só parecia ter olhos para Kyoko... Ele arregalou os olhos, não acreditando no que estava fazendo, correspondendo o beijo de uma forma inesperada. 

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- Ah, aquela revista sobre boxe? - Kyoko perguntou a seu irmão, pelo telefone. - Sim, ela é incrível. Não foi a Kaa-chan que te deu de presente? 

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Haru entrelaçou seus dedos com os dele, deliciando-se com o momento.Ao mesmo tempo, Kyoko girou a maçaneta, fitando Haru sentada ao chão e Tsuna virado para o outro lado, aparentemente, dormindo.

- Terminou de falar no telefone?

- Sim. E o Tsuna-kun? 

- Parece que o Tsuna-san dormiu.

- Entendo. Então, estou indo para casa. - a ruiva despediu-se, deixando a residência dos Sawada.

- Qual é... O-O seu objetivo? - Tsuna perguntou a Haru, no exato momento em que Kyoko saiu.

- Com o que?

- V-Você me... - corou. - Beijou. 

- É apenas para que o resfriado do Tsuna-san melhore rápido. Espero que melhore. 

- H-Haru... V-Você realmente vai tão longe pra me fazer de idiota!? - perguntou, aos prantos. 

- Claro que não, Tsuna-san! Na verdade, foi um agradecimento, afinal, o Tsuna-san se esforçou pela Haru! - sorriu, olhando para ele.

- Q-Quem você pensa que é!? - olhou para o chão, com, ao menos, uma ponta de raiva. - Você acha que... Se beijar alguém, qualquer homem do mundo, ficaria feliz!? E-Eu não sei que tipo de coisa você andou vivendo em Tokyo, mas, n-não fique se achando!

- N-Não...

- Pensa como eles? Que é divertido brincar comigo só por que sou um bom-em-nada!?

- N-Não, para com isso! Então, a partir de amanhã, se esqueça da Haru!

- E-Então... É isso mesmo que eu vou fazer!

- I-Idiota! - o empurrou, fazendo-o cair sobre o chão, logo, correu para a porta, a fechando e saindo do quarto.

- P-Por que... Ela me empurrou? - perguntou a si mesmo, confuso. 

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Ouvia-se novamente o canto dos pássaros pela manhã, como de costume. 

- Tsu-kun ainda está com febre, falte a escola hoje. - disse Nana, preocupada, fitando o termômetro, que marcava aproximadamente trinta e sete graus.

- E quanto a Haru? - perguntou, preocupado enquanto comia um pedaço de pão com queijo.

- Ah, a Haru-chan? Seu pai foi levá-la de carro. Pedimos para o irmão da Sasagawa-san trazê-la de volta. Descanse bem.

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Já estava anoitecendo em Namimori, por volta das cinco da tarde, Tsuna ainda estava dormindo, devido ao resfriado, estava cansado.Ouvia-se o barulho da chuva caindo do lado de fora, o que dava ainda mais sono. Seu celular começou a tocar, mas, não houve resposta, já que ele não o ouviu no início. Mas logo, seus olhos se abriram lentamente e ele pegou o telefone, com preguiça.

- Ei, Tsuna, como está? - perguntou, enquanto comia um pacote de batatinhas, desinteressado.

- Gokudera-kun não parece estar bem, aconteceu alguma coisa? 

- Er... A Haru não pareceu muito bem hoje. Então eu fiquei preocupado, e perguntei se podia levá-la embora. Mas ela respondeu, o Tsuna-san vai vir me buscar, então, está tudo bem. Aquela voz irritante... Não aguento isso! - resmungou, fazendo bico. Nesse momento, Tsuna arregalou os olhos, mesmo depois de todas as coisas horríveis que ele tinha a dito, ela ainda tinha acreditado nele... Até o final!

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Já havia se vestido, saiu de casa correndo, pegando sua bicicleta. Como estava chovendo, pôs um casaco esverdeado por cima de sua camisa e uma calça vermelha, junto de um par de tênis pretos.

- P-Por que ela não foi embora ainda!? - perguntou a si mesmo, estressado. Estava encharcado pela chuva, quanto mais ela apertava, mais forte ele pedalava. Pulou da bicicleta ao vê-la andando sozinha, com uma guarda chuva vermelho em mãos. Ouviu-se o barulho do veículo caindo sobre o chão.

- Tsuna-san, por que? - perguntou, sem entender.

- Eu vim te buscar! Vamos logo. 

- S-Se vai vir assim, então venha rápido, idiota! - reclamou, um pouco triste.

- C-Como faz alguém se preocupar tanto? 

- E-Etto... Quando o Tsuna-san não está comigo... A Haru não consegue fazer nada! - seus olhos encheram-se de lágrimas, o deixando nervoso.

- E-Ehh? O-O que aconteceu? - estava totalmente sem jeito, não conseguia lidar com garotas quando elas choravam. - N-Não chora... E-Eu... Estava errado! G-Gomenasai... - dizia, enquanto tentava acalmá-la.

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- As pernas da Haru estão doendo. Além disso... Estava com muito medo, vindo sozinha. - segurou na camisa dele, para que não caísse da bicicleta.

- E-Entendo.

- Sim.

FLASHBACK OFF

Tsuna POV

Tentando parecer forte, e chorando. Com medo, mas dando o melhor de si. Por essa pessoa, eu... Vim até Tokyo. 

Tsuna POV off

Ouviu o barulho da porta ser aberta, olhou para a mesma com um olhar esperançoso.

- Er... Desculpe, parece que ela não chegou ainda. - Taeko disse, olhando para ele.

- E-Entendo... Diga para a Haru que vou estar em Tokyo a partir de agora. - viu a garota correr até ele e parar em sua frente.

- Você pretende voltar aqui? Então, quando for fazê-lo, me mande uma mensagem.

- Certo. - apenas saiu andando, deixando a ruiva ali com uma certa raiva. Aquela idiota que chamava de irmã não merecia isso, ela sempre foi melhor que ela e mesmo assim, Tsuna teve olhos apenas para sua irmã, não suportava isso.

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Já havia anoitecido, Bianchi tomava banho em seu apartamento e Tsuna também já tinha chegado. Vestia uma camisa azulada e uma calça azul marinho, apenas ouvia Hana reclamar no telefone, enquanto estava sentado em sua cama, entediado.

- Hã? Não a encontrou nenhuma vez? Como assim?

- M-Mas... Kurokawa-san, eu já disse que não dá pra fazer tudo de um jeito tão simples!

- Será que talvez tenha achado que tem tantas garotas lindas no colégio- ia terminar de falar, quando uma voz feminina se fez presente no outro lado da linha.

- Ei, Tsuna! Pode pegar minha toalha? - Bianchi perguntou, de dentro do banheiro. Hana olhou para o celular horrorizada, não estava acreditando.

- Dame-Tsuna, de quem é essa voz!? - ele afastou o celular do ouvido, já que ela gritava. 

- É-É a irmã do Gokudera-kun!

- Ah, então você está traindo a Haru com a irmã dele!?

- Q-Qual é o seu problema!? - esbravejou, envergonhado.

- Eu simplesmente não quero que magoe a Haru! Ela é uma boa pessoa e não merece isso!

- E-Eu... Te explico isso depois.

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Se encontravam na sala de aula, Tsuna, que tinha sido um dos últimos a continuar na sala após o sinal tocar, apagava o quadro para o professor.

- De novo com essa cara emburrada. - Chrome jogou um giz na cabeça do moreno.

- Chrome? - virou-se para trás, passando a mão por onde seu cabelo havia ficado sujo de giz.

- Desse jeito, ninguém vai falar com você, não é? Tente não agir desse jeito.

- B-Bem, como eu disse... N-Não é como se eu...

- Chrome-chan, está livre no próximo domingo? - perguntou, uma garota de cabelos ruivos. - Meu amigo me deu ingressos para o festival da academia Kiyou.

"Kiyou?" - Tsuna pensou, arregalando os olhos.

- Gomen, eu até queria ir mas... Tenho um treino marcado com o time de Softball.

- M-Me leve, por favor! - Tsuna pediu à garota,  arregalando os olhos.

- Ei, o que foi isso de repente?

- E-Eu quero mesmo ir... P-Por favor!

- E-Entendi... Tudo bem. - ela parecia confusa, aquele garoto não costumava falar muito, então, estranhou isso da parte dele.

- O que foi aquilo? - Chrome perguntou a si mesma, enquanto aproximava-se da porta, onde estava Yamamoto.

- Não foi você quem disse pra ele fazer amigos?

- Sim, mas ele quer tanto ir num festival escolar em uma academia para garotas? Ou ele quer ir junto com ela?

- Não parece ser isso.

- Hã? - Chrome perguntou, sem entender e Yamamoto saiu andando, despreocupado.

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Depois de um tempo, Tsuna já havia saído do colégio e estava indo para casa, quando topou com Yamamoto no caminho, que consertava sua moto.

- Yo, Tsuna. Seja bem vindo.

- Essa é... A sua moto?

- Isso. - levantou-se, passando a mão por cima do veículo, orgulhoso. - É LVF, Aisha.

- N-Não... Eu não entendo muito de motos.

- Ah, pode me passar essa chave? Está embaixo do seu pé. - Yamamoto disse, enquanto apontava para uma ferramenta embaixo do pé de Tsuna.

- Ehh? Ah, gomen. - abaixou-se, pegando a chave e o entregando.

- Tem uma garota que você quer ver na acadêmia Kiyou, não tem?

- Q-Quem foi que disse isso!? - ficou vermelho instantaneamente.

- É algo que pode ser facilmente notado. Se ela estiver lá, acha que vai conseguir ficar sozinho com ela? Vai estar cheio lá. Se tivesse dito, eu podia ter te arrumado um ingresso. - dizia, enquanto arrumava a moto com uma chave de fenda.

- E-Ei... V-Você devia dizer essas coisas rápido!

- Bem, eu também vou. Apenas faça alguma coisa em relação à Fukawa.

- Gomen. - em resposta, Yamamoto apenas sorriu para ele.

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Já era dia do tal festival da academia Kiyou, tinha bastante gente lá. Eram pessoas vestidas de ursos e entregando balões, lanchonetes, vendedores de pipoca, tinham várias coisas para se fazer. O Sol brilhava no céu, haviam apenas algumas nuvens, sem sinal de que choveria. Fukawa o esperava entediada à frente do portão de entrada, onde uma garota com uma fantasia de urso amarelo distribuía panfletos.

- A-Ah... Fukawa-san. - Tsuna finalmente apareceu. Usava uma camiseta branca, uma calça jeans desbotada e seu par de tênis habitual.

- Você está atrasado! - apontou na direção dele. 

- M-Mesmo achando que cheguei na hora...

- O homem deve chegar um pouco mais cedo e esperar a mulher, não é? Menos um ponto!

- Ehh? - perguntou, sem entender. Onde foi se meter...? 

- Então, vamos indo. - virou às costas e empinou o nariz.

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- Já vimos os clubes de teatro e de fotografia... Os restantes do segundo ano são... - Tsuna procurava as salas que faltavam no panfleto. - "Talvez eu deva perguntar à Taeko qual é a sala em que a Haru está." - pensou, parando no meio do caminho e deixando Fukawa a andar sozinha. Pegou seu celular.

- Aonde vamos agora? - ela perguntou, virando-se para trás.

- Hã? Ehh...

- Francamente, o que você está fazendo? Menos dois pontos! O homem é quem deve liderar, sabia? - fez uma cara emburrada para ele.

- Um minuto. - Tsuna disse quando ouviu seu celular tocar.

- Menos três pontos! O que deve ser tão importante, no meio de um encontro?

- I-Isso não é um encontr- parou de falar quando ela o interrompeu, o puxando.

- Vamos! - o puxou pelo braço. - Olha, esse parece divertido!

- Ehh? E-Espere um momento...

- Eu não vou, é um lugar que necessita visita, afinal. - disse, fitando uma placa escrito "Casa dos Horrores". Era de cor avermelhada, para imitar sangue e tinham alguns panos pendurados para parecerem fantasmas.

- Está com a Fukawa em uma casa mal assombrada? - Yamamoto se perguntou, os olhando de uma das lanchonetes. - O que ele está pensando?

Após entrarem na tal casa dos horrores, a garota parecia estar com medo, escondia-se atrás dele e apertava seu braço com força.

- E-Ei, não aperte tanto. - tentou repreendê-la.

- O que está dizendo? Sei que está feliz. - fechou os olhos, após ouvir barulhos de passos atrás de si, com mais medo ainda. A garota deu um grito irritantemente agudo.

- V-Você está bem? Está escuro então... Preste atenção onde pisa.

- A-Ah... Sim. Olha, você consegue se tentar.

- Hã?

A garota gritou novamente, ao ver um fantasma atrás dos dois, instantaneamente, abraçou-se à Tsuna, com medo.

-  E-Ei... Fukawa-san!

- Já chega, vamos sair daqui! - ela puxou a mão dele, o que o fez tropeçar em um fio que ali estava e cair por cima dela, pondo a mão por de baixo de sua blusa, parando na barra do sutiã, por acidente. Fukawa instantaneamente corou, envergonhada. - R-Reprovado! - acertou-lhe um forte tapa no rosto.

- Já chega, eu já entendia muito bem as suas intenções, Tsuna-kun! - a garota saiu correndo, no meio daquele corredor escuro...

- F-Fukawa-san!

- É uma namorada bem rígido... Agindo assim com seu namorado... - uma das meninas responsáveis pelo tal lugar apareceu.

Logo, a pessoa coberta pelo lençol se revelou, era Haru. Mas, já era tarde, ele já tinha ido na frente, enquanto conversava com Fukawa.

*******************************************************************

- Ei, o que estava fazendo? - Yamamoto perguntou, sem entender o por que ele foi até a casa dos horrores com ela.

- B-Bom, é que... - seu telefone tocou. 

"Parece que estão fazendo a casa mal assombrada"

Yasuhiro Taeko.

- E-Etto... E-Eu vou até a casa mal assombrada mais uma vez. C-Com licença, Fukawa-san. - saiu correndo dali, em direção à casa dos horrores. 

"Eu sou realmente um idiota!" - pensou. Ao chegar lá, pôde apenas pedir informações às atendentes.

- Haru-san não está. 

- V-Vocês... Não sabem onde ela foi?

- Quem sabe.

- C-Certo... Obrigado.

Mesmo assim, saiu correndo, no meio da multidão, ele foi até lá para encontrá-la, e era isso que tinha de fazer. Correu o quanto pôde, descansou um pouco acima de seus joelhos, cansado.

" Eu a procurei por toda a escola, mas não a encontrei em lugar nenhum" - pensou, desapontado. " Parece que as apresentações acabaram. Talvez eu nunca mais a encontre"

- Tsuna-kun. - ouviu-a o chamar, sem acreditar no que estava vendo à sua frente.

- Ehh? Haru.

- Já faz um tempo. - deu um leve sorriso.

- Er... A-Ah... - tentava escolher com cuidado as palavras, para não magoá-la de forma alguma. - E-Estava preocupado. Parou de me ligar de repente... 

- Gomenasai. 

- F-Falando nisso... E-Eu fui à casa dos horrores.

- A Haru já sabe.

- A-Aquela que foi junto comigo... É apenas uma colega de class- tentou terminar, mas ela o interrompeu.

- Por que Tsuna-kun veio até aqui?

- I-Isso é óbvio, eu...

- A Haru pensou que se... Continuasse a manter o contato cortado, o Tsuna-kun fosse capaz de me esquecer. É um pouco injusto. Devia ter dito ao Tsuna-kun logo no início. Gomenasai, e-eu... Já tenho um namorado. Por favor, se esqueça. - não pôde evitar que as lágrimas começassem a se formar, um dia ela o amou tanto... Só de pensar nisso lhe dava vontade de correr para ele, abraçá-lo e dizer que ainda o amava, que queria estar junto dele para o resto de sua vida. Mas não... Ela não podia, de jeito nenhum. - P-Por favor, não venha mais ver a Haru. - deu às costas para ele e saiu andando pelo corredor, lágrimas desciam por seu rosto, apressou-se um pouco mais, não queria que ele a visse chorando.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Reviews? :3



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