Ponto de Vista Emily

Era algo extremamente aconchegante, mais ao mesmo tempo duro e frio, eu sei que aquilo tudo era um sonho, mais parecia tão real. Conseguia distinguir muito bem o cheiro e a textura da pele de Damon, mais aquilo deveria ser algum tipo de sonho ou alucinação, afinal ele não seria louco de entra no meu quarto em plena madrugada. Ou seria?

Droga a quem eu quero enganar e claro que o estúpido do Salvatore entraria no meu quarto sem ser convidado. Mais aquele carinho estava tão bom, deveria ser realmente um sonho, nunca que aquele imbecil seria carinhoso com alguma pessoa, nem mesmo comigo.

Estava decidindo se despertava e descobria que tudo aquilo não passava de uma alucinação de minha mente a muito distorcida, ou se me surpreendia e via com meus próprios olhos que meu maior temor era realmente verdadeiro, e o estúpido do Salvatore estava no meu quarto, ou melhor, dizendo em minha cama.

Com delicadeza abrir meus olhos me preparando para o pior e quando estava finalmente focalizando a face da criatura que me acompanhava sou assaltada pelos lábios gélidos de Damon contra os meus, não fora um beijo afoito como estava acostumada de receber dele, foi algo doce e singelo quase como um roçar de lábios. Acredito que ele teve esse cuidado extremo acreditando que eu ainda estava dormindo, mal sabe ele que já estava desperta tendo uma batalha interna se o expulsava de minha cama, do meu quarto e quem sabe de minha vida. Ou se me deixava levar por aquela sensação maravilhosa que somente ele era capaz de produzir em meu corpo com sua simples presença e seu mais reles toque.

Deixe que o beijo termina-se para assim ataca-lo, e questionar o porquê de sua visita noturna, mais antes que eu pudesse esperar senti suas mãos gélidas, seguido o caminho dos meus seios, que devido a estar de baby-dolls estava desprotegidos sem o sutiã, aquilo me fez enfim tomar uma atitude e despertar em definitivo. Com os olhos arregalados e um grito preso na garganta, decidir ataca-lo.

– Damon! – sibilei em tom de ameaça tentando confronta-lo de forma inútil se posso dizer.

– Vejo que acordou. – brinca o imbecil dando um de seus sorrisos cínicos.

– Claro seu imbecil, como você ousa entrar no meu quarto? – questionei furiosa me afastando dele, ainda na cama.

– Sabe, a janela estava aberta. Além do que não preciso mais ser convidado para entrar na sua casa a hora que eu quiser. – explicou-me ele se esticando em minha cama como se ele fosse dele.

– Oras seu imbecil, como assim não precisa mais de convite? Você já ouviu falar da palavra privacidade? Não né, então uma vez na vida lembre-se dela! - expliquei apontando para a janela por aonde ele entrara anteriormente. - Será que agora você pode se retirar – propus me encaminhando para a janela novamente e escancarando a mesma para assim ele partir da mesma forma que chegou.

– Você quer mesmo que eu saia pela janela? – questiona Damon com a sobrancelha arqueada em tom de desafio.

– Mais e óbvio, se você entrou por ai, trate de sair pelo mesmo lugar que entrou. Caminho do feio por onde tu veio! - falei imitando minha amiga Meredith Fells que sempre falava isso quando queria irritar alguém, e dei duas batidas na ponta do sapato de Damon.

Ele me olhou de forma furiosa e não deu muita importância. Sabia que em alguns minutos ele iria cansar com esse joguinho e cairia fora. Enquanto isso, tive que começar a minha batalha matinal com meu “amado” cabelo, a qual eu sempre duelava todas as manhas. Escolhi minha roupa para ir à escola naquele dia e segui em direção ao banheiro aonde iria fazer minha higiene matinal. Depois de ter tomado meu banho e estar devidamente vestida segui novamente em direção ao meu quarto, acreditando piamente que o estúpido do Salvatore já teria desaparecido naquela hora do dia, mais para a minha infeliz surpresa o imbecil ainda estava ali, jogado de forma displicente em minha cama. Agora para piorar a situação, ele havia tirado os sapatos e a blusa tentando assim ficar ainda mais a vontade em minha cama.

“Nossa como ele consegue ser ainda mais gostoso sem camisa”. Foco Emily você não esta aqui para apreciar essa maravilha dos deuses gregos, e sim para expulsa-lo de sua cama, lembre-se que em poucos minutos Jenna e o seus irmãos estarão despertos, e seria muito difícil explicar para eles o porquê de Damon Salvatore estar em seu quarto.

– Ainda por aqui? O que falta para você ir embora? – questionei raivosa por ver que ele insistia em permanecer no meu quarto.

– Na verdade nada, mais gostei da sua cama, ela e bem macia. Acho que irie me mudar para cá em definitivo. – anuncia Damon de forma brincalhona dando um largo sorriso cínico.

– Mesmo!? E quem lhe convidou para dormir aqui, pois ate aonde me lembro, esse quarto e meu. E eu não lhe dei a autorização para dormir nele. – comecei falando de forma silenciosa mais ao final me alterando e assim aumentando o timbre de minha voz.

– Vamos da o fora Salvatore. Chispa... chispa. – anuncie apontando para a janela e esperando quem sabe Damon tomar uma atitude.

A reação de Damon não fora exatamente a qual eu desejava, em vez de um dos seus sorrisos zombeteiro ou mesmo mais um questionamento do porque eu insistir em expulsa-lo; com um único pulo Salvatore se pois em minha frente e antes que eu pudesse protestar ele me deu um beijo furiosa capaz de arrancar minha alma com a forma por ele empregada.

Quando dei por mim estávamos deitados em minha cama, com um Damon Salvatore sem blusa por cima de mim. Minhas mãos a muito criaram vida própria, agora puxando os seus sedosos cabelos para mim, enquanto ele parecia degustar de minha pele hora beijando hora dando leves mordidas em meu pescoço. Aquilo estava me levando à loucura e sabia que se não pusesse freios iria fazer algo que futuramente irei me arrepender.

“Mais antes deixa eu me aproveitar mais um pouco dessa situação, pois eu nunca fui santa”. – comentei comigo mesma enquanto puxava o rosto de Damon para mim e lhe dava um delicioso beijo que somente com Salvatore era capaz de dar, pois convenhamos que homem e esse, senhor!?

As coisas estavam realmente quentes entre nos dois, senti as mãos de Damon tomando novamente caminhos duvidosos, mais dessa vez em direção a minha calça jeans, estava preparada para lhe bater quando batidas na porta me fez acordar de toda aquela loucura em que me encontrava e relembra que estava em casa com minha tia e meus dois irmãos não muito longe do meu quarto. E com um único empurrão consegui tirar Damon de cima de mim, acredito que foi a surpresa que o fez se afastar de prontidão, pois nunca que eu seria mais forte que o Salvatore.

“Hello ele e um vampiro; ou pelo menos foi o que entendi da nossa ultima conversa”. Serio preciso rever meu conceito ou me internar em um manicômio ainda estou decidindo qual seria a melhor opção.

– Emily você já esta acor... – perguntou uma voz fina que logo deduzir sendo como tia Jenna.

Ao ver que fomos flagrados tratei de me por em frente ao imbecil do Salvatore. Qual é não e porque eu desdenho o mesmo que vou deixar as outras aproveitarem a visão do que e meu. Sim o Salvatore e meu afinal ele mesmo já deixou isso claro varias vezes.

– Desculpe-me eu... Eu já vou – desculpou-se Jenna fechando a porta do quarto que ela primeira vez eu havia esquecido aberta.

Aquilo fora no mínimo constranger, e o único culpado por isso tudo atendia pelo nome de Damon Joseph Salvatore, o futuro morto-vivo que a partir de agora seria mais morto do que vivo.

– DAMON. – berrei de forma estridente afinal do que adiantava esconde-lo agora que Jenna já havia visto em meu quarto.

– Pois não. – respondeu-me o imbecil com um largo sorriso que era capaz de fazer meu coração sair pela boca.

Mais foco, vamos volta ao foco da situação. Aquele vampiro idiota me pos numa baita saia justa como irei explicar agora para minha tia e tutora legal que tinha um cara no meu quarto e que ele entrou sem eu ter noção. Quem acreditaria nisso, e para completar o dito cujo se dizer vampiro e ainda e um baita de um gostoso. Foco Emily, foco não e momento de ficar analisando o corpo do Salvatore, e convenhamos que corpo. Droga, já estou divagando de novo sobre o imbecil do Salvatore, mais quem não perde a linha do raciocínio com um deus grego desse deitado em sua cama, e ainda por cima sem camisa?

– Fora! – anuncie catando sua camisa que estava jogada sobre o pequeno divã castanho que ficava debaixo da minha janela.

– Nossa como você e bravinha pela manhã. – comenta Damon enquanto vestia a camisa que eu havia jogado nele.

– Salvatore pela ultima vez, da o fora do meu quarto. – ameacei escancarando a porta do meu quarto para quem sabe assim Damon entender que daquela vez eu não estava mais brincando.

– Tudo bem, vou deixar você em paz. Por hora, afinal você precisa ir para o tormento matinal, ou seria escola tanto faz nunca gostei disso mesmo. Nós vemos depois gatinha. – anuncia Damon segurando meu queixo e me dando um beijo esmagador e profundo.

Ao nos separarmos fiquei um tanto estática, pois ele havia sumido, acredito que se transmutou[1] em corvo novamente. O que para mim foi muito útil, pois com sua presença seria ainda pior de explicar o porque dele estar no meu quarto aquela noite, eu sabia que se Damon permanece-se aqui não conseguiria arrumar nenhuma justificativa plausível para sua visitinha noturna, uma vez que ele sempre conseguia tirar minha concentração. Mais agora que o problema Salvatore estava resolvido o melhor seria enfrentar o Tribunal de Inquisição[2].

E melhor cruzar os dedos para assim quem sabe eu saia viva dessa.

[1] Transmutar é um processo de transformação.

[2] https://pt.wikipedia.org/wiki/Inquisi%C3%A7%C3%A3o