The Sister Gilbert escrita por Dindih


Capítulo 1
Prefacio


Notas iniciais do capítulo

Então minha segunda historia e eu estou fazendo com a
Niníve Pendragon bem vamos lá!



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Ponto de Vista Emily

"Querido diário, é mais um dia normal...

Nem tanto, fazia exatamente seis meses que meus pais haviam morrido, seis meses que não reconheço mais meus irmãos, seis meses que me sinto sozinha na escola, que deixei de ser a garota popular e rainha da escola, passando para o status de quase nerd.

Depois que seus pais morrem o pior não é me sentir sozinha, diferente e muito menos a dor de perde meus pais. O que realmente me deixa mal, são as pessoas perguntando: "Se estou bem?” “Se vou melhorar?" e para elas, para cada pessoa que conheço que vem com uma dessas perguntas, eu ergo a cabeça, e dou um sorriso, e sempre digo: “Estou bem, obrigada por se preocupar". Mais isso não e fácil, não é fácil sorrir para as pessoas demonstrando que superei quando tudo o que mais quero e me enterrar em baixo dos meus cobertores e chorar toda a dor existente em meu peito, tendo a ilusão que minha mãe ira entrar no meu quarto e passar a mão sobre os meus cabelos perguntando o que tenho e se eu preciso conversar. Não é fácil ser a irmã mais velha e ter de ser forte para que seus irmãos se espelhem em você e assim consigam suportar a mesma dor pela qual você está passando.

Sei que tia Jenna não se adaptou a ter de tomar conta de 3 adolescente, ao mesmo tempo que tenta lidar com a perda de sua única irmã; mais por ela, por Elena e Jeremy eu ponho todo dia ao acorda o meu melhor sorriso e tento mostrar para eles que mesmo em meio a toda a dor e sofrimento que estamos passando, nos quatro juntos iremos superar. Mesmo eu acreditando em algumas horas que não irei suportar e deixarei a tristeza tomar conta de mim.

Jenna gosta quando aparento estar alegre, pois isso traz animo a Elena, mesmo sendo gêmeas idênticas e possuindo personalidades tão distintas e ao mesmo tempo tão semelhantes, um simples sorriso de uma e que bastar para a outra ter forças.

Agora acho que nossa conversar será brevemente encerrada, pois Jenna ira arrancar meus cabelos!”.

Rapidamente fechei o diário de capa vermelha que ultimamente ando escrevendo, nunca fui muito de escrever em um pedaço de papel o que sinto, isso e mais coisa de Elena, mais desde que nossos pais morreram me sinto na necessidade de desabar com alguém tudo o que estou sentindo e como sei que todos me veem como a pobre menina órfã, assim como os meus irmãos. Segui o conselho de Elena, de expor minhas ideias em um papel e assim conseguir por para fora tudo o que estou sentido.

– Emily Gilbert! Venha tomar café mocinha, só falta você na mesa. – gritou Jenna do andar debaixo enquanto eu encostava a porta do quarto.

– Já estou descendo! – gritei de volta caminhando pelo corredor em direção a escada.

Desci rapidamente descendo dois degraus de uma única vez, pois sabia que se demora mais um pouquinho Jenna iria fazer um pequeno escândalo, pois não gosta nem um pouco de ser deixada esperando. Assim que cruzei a soleira da porta encontre meus irmãos sentados à mesa e Jenna encostada no batente de madeira amarelo terminando de por a mesa do café.

– Bom dia a todos. – cumprimentei forçando um sorriso que sabia ser necessário naquele momento

– Dinheiro? – pergunto-me Jenna estendendo uma nota de 20 dólares enquanto, eu passava ao seu lado.

– Não, obrigada eu já tenho – agradeci educadamente indo me sentar ao lado Jeremy e na frente de Elena na mesa do café.

– Elena? – perguntou novamente Jenna estendendo a mesma nota de 20 dólares para a minha irmã, enquanto colocava uma jarra de suco de laranja sobre a mesa.

– Obrigada Jenna, mais também já tenho – agradece Elena colocando geleia de uva em sua torrada.

Jenna nem precisou pergunta ao meu irmão se ele iria querer o dinheiro, pois assim que ouviu nossas recusas Jeremy levantou-se de sua cadeira e foi logo pegando a nota de 20 dólares da mão de nossa tia. Eu já sabia o que aconteceria com aquele dinheiro, mais mesmo assim precisava confirmar com ele minhas suspeitas.

– Espera um momentinho, rapazinho. Ontem à noite eu lhe dei 20 dólares, o que você fez com ele para estar precisando de dinheiro novamente agora? – inquire querendo saber aonde Jeremy havia gasto o dinheiro que eu havia lhe dando na noite anterior

– Precisei gastar com umas coisas! – informou-me Jeremy dando-me as costas e pegando sua mochila que estava sobre a banqueta que Jenna se apoiará anteriormente.

– Jeremy Andrew Gilbert – bradei no mesmo tom que nossa mãe utilizava para nos repreende, fazendo a mesma cara de brava da senhora Miranda Gilbert, sabendo que me portando como ela Jeremy não teria porque me desobedecer. Fique parada me mesma posição que estava na mesa, apenas estique a mão esquerda esperando ele devolver o dinheiro.

– Precisava mesmo agir feito à mamãe? – questionou Jeremy raivoso devolvendo o dinheiro e saindo da cozinha a passos duros e rápidos, sem olhar para trás.

Elena e Jenna que haviam assistido toda a cena sem se intrometer uma única vez, agora me encaravam atrás de uma resposta ou reação minha que pudesse dar uma brecha para elas duas assim começaram os questionamentos. Sabendo que isso logo iria ocorrer deixei a nota em cima da mesa e esperei o falatório começar.

– Nossa você foi demais, parecia que eu estava vendo a Miranda na minha frente novamente. - afirma Jenna entusiasmada com a minha performance de irmã mais velha e autoritária.

– Obrigada, eu acho. – brinquei tentando descontrair o ambiente enquanto devolvia o dinheiro a ela.

(...)

Depois do pequeno espetáculo protagonizado por mim e Jeremy terminamos de tomar café, mais tranquilamente, estava terminando de por a louça na lavadora quando escuto uma buzina e sei que o sinal de que Meredith Fells está lá fora me esperando.

– Vamos? - pergunto-me Elena pegando sua bolsa de couro do encosto da cadeira.

– Claro, vamos – anunciei pegando minha mochila que estava sobre a mesa.

(...)

Nos despedimos rapidamente de Jenna e seguimos em direção ao carro de Meredith, um mini-cooper vermelho conversível. Bonnie Bennett, a melhor amiga de minha irmã Elena já estava no carro no banco do frente ao lado do motorista, restando assim sentarmos atrás.

– Olá meninas, cumprimentei ao entrar no carro sentando-me atrás de Meredith que sorri ao me ver.

– Bom dia Emily, bom dia Elena. – cumprimenta Bonnie educadamente sorrindo para nos duas.

– Bom dia garotas. – cumprimenta Elena sentando atrás de Bonnie e logo sendo bombardeada por perguntas de sua melhor amiga.

– Buenos Días Chicas Gilbert. – cumprimenta Meredith carregando no sotaque espanhol, uma vez que ela vinha fazendo aulas ultimamente.

(...)

– Então... Minha avó me falou que eu sou um vidente – explica Bonnie virando um pouco para trás para que Elena e eu pudéssemos ver sua face. - Nossos ancestrais eram de originários de Salém, bruxas ou alguma coisa assim... E louca não para de falar nisso. Pensei um pouco e falei, nossa é para ir pro hospício, agora ou primeiro tenho que ver eles vindo me buscar! - brinca Bonnie fazendo Meredith rir, Elena a olhava sem entender a piada, e eu preferir olhar a paisagem que estava ao meu lado, e foi ai que avistei o cemitério

– Mais então comecei a me dar conta... Eu previ o eleição do Obama e previ a morte do Heath Ledger, e também acho que... Elena! Emily vocês estão ai? - perguntou-nos Bonnie em seu tom brincalhão, fazendo nos duas darmos atenção a ela novamente.

– Eu estava pensando em outras coisas desculpa-me Bon. – pedi Elena sem graça por não ter dado importância às besteiras ditas por sua amiga.

– Eu não estava prestando a menor atenção mesmo. – afirmei encarando Bonnie com uma sobrancelha arqueada a espera de sua reação.

– De novo no país das maravilhas Alice, ops Emily. – brinca Meredith me zoando por não estar muito presa as coisas ao meu redor.

– Calada Fells, que o meu assunto aqui e com a Bennett, então sobre o que você estava falando Bonnie? – questionei realmente interessada no que ela poderia ter dito.

– Que eu sou um vidente, agora - explica Bonnie ainda descrente em suas habilidades.

– Serio você agora virou adivinha, beleza diga-me o numero da loteria. – brinquei de forma ácida não levando muito a seria essa mediunidade repentina de Bonnie.

Ela me olhou com uma cara de furiosa e fechou os olhos pronta para pensar em alguns números para me dizer e assim manter a sua ideia de médium. Mais antes que ela proferisse qualquer numero Elena viu em sua interseção.

– Veja algo em relação ao nosso futuro, o meu e o de Emily. – pedi minha irmã de forma mais branda tentando assim acalmar a nossa amiga agora psíquica.

– Hum... eu vejo... – Bonnie pós as duas mãos sobre as têmporas e fechou os olhos, respirando profundamente mais antes que consegue-se falar algo um corvo bateu contra o vidro do carro fazendo Meredith se sobressalta e frear bruscamente, fazendo a todas se chocarem contra os objetos a frente que no caso meu e de Elena fora os bancos da frente do mini-cooper.

– Estão todas bem? – pergunta Meredith preocupada com a nossa segurança.

– O que foi isso? - perguntou Bonnie assustada enquanto ajeitava seus cabelos que foram todo para o seu rosto devido ao choque do carro.

– Estamos não foi nada além do susto. – expliquei analisando Elena enquanto ela fazia o mesmo comigo, sem nem mesmo nos mexermos.

– Eu acho que foi um pássaro, ele veio do nada! – explica Elena encarnado o para-brisa do carro de Meredith aonde anteriormente o corvo havia se chocado e agora não restava nem pó para demonstrar que ele havia passado por ali.

– Acho que você comprou a sua carteira Fells! - brinquei tentando descontrair o clima e vendo Meredith por língua pelo espelho.

As meninas sorriem ao ouvir mais uma de meninas bobagem, e Bonnie respirou fundo, colocando novamente as mãos sobre as têmporas e fechando os olhos, a melhor amiga de Elena fica naquela posição por alguns segundo ate abrir um pequeno sorriso e nos falar o que viu.

– Eu prevejo que esse ano vai ser demais! E prevejo que a tristeza e aflição acabaram e vocês vão ser mais felizes do que anteriormente! – afirma a então bruxa Bonnie, que sorri ao final de todo a sua vidência.

(...)

Chegamos na escola e o estacionamento estava razoavelmente cheio, Dith como sempre não se importou com as vagas reservadas e colocou seu carro na vaga pertencente a Tyler Lockwood, meu então ex-namorado. Eu sabia que ele iria tirar satisfações comigo ao ver o carro de Meredith em seu vaga, afinal Tyler não perde uma única oportunidade de jogar na minha cara que tudo que acontece em Mystic Falls e minha culpa.

Caminhamos em direção à escola e aquele bando de nerds estava próximo ao portal principal, sei que agora estou no mesmo nível de popularidade deles, mais ser considerada uma nerd e uma coisa, andar com eles e outra completamente diferente, e por isso eu me recusava terminantemente a ter qualquer contato com eles.

(...)

Adentramos no colégio e como de costume todos os alunos pararam para nos olhos. Mesmo não sendo mais as rainha desse lugar ainda chamamos atenção, estávamos caminhando em direção aos armário quando passamos por Linda Collins (não sei se foi uma ilusão, mais ela parecia estar vestida com uma cortina de banheiro), pisquei algumas vezes para tentar tirar aquela imagem pavorosa da minha cabeça e encarei as meninas atrás de uma resposta, pois aquela imagem não poderia ser coisa da minha cabeça.

– Vocês viram isso? - questiona Bonnie encarando a todas nós com seus intensos olhos verdes, no momento em que paramos em frente aos nossos armários.

– O que exatamente? – pergunta Elena tomando a frente, e expondo a assim a nossa duvida.

– Ora vamos Elena, Bonnie está falando da cortina do boxer que a Linda está usando, será que os Collins estão tão endividados que nem roupa mais para filha eles poderiam comprar, e Linda precisou pegar emprestada a cortina do banheiro? – questionava Meredith com seu tom de deboche costumeiro, me fazendo prender o riso.

– Parece até estampa de piscina infantil. – brinquei entrando na onda de Thide que sorriu largo ao ver que eu acompanhei sua maluquice.

– Ainda quer ser popular desse jeito!? – perguntava Bonnie, negando de forma travessa com a cabeça enquanto olhávamos Linda sumir em meio à multidão de alunos.

– Impossível, nem a gente que já foi rainha nessa escola esta conseguindo ser popular esse ano. Vocês acham que Linda Collins ira consegue. – comenta Elena desdenhosa ao falar de nossa ex-súdita que agora nem se quer uma “olá” se dignava a falar ao passar por nos.

– Então esse ano estamos indo razoavelmente bem, ainda estamos no anonimato, ou melhor, as Gilbert estão. Mais isso em breve ira mudar, seremos novamente as topes dessa escola. Voltaremos a ser rainha desse lugar. - afirmei convicta de que iria retornar ao meu posto de rainha do colégio

– Mais para sermos rainhas precisamos de reis, pois senão seremos apenas reles princesas. – completa Bonnie me alfinetado como sempre, e deixando-me levemente irritada.

– Cala a boca Bennett. – retruquei raivoso ao ter meu pequeno sonho de voltar ao topo da escola destruindo pela melhor amiga da minha irmã.

Depois da nossa pequena e breve discussão decidimos ficar caladas, todos guardamos nossas coisa dentro dos nosso devidos armários, que coincidentemente ficavam um ao lado do outro. Sendo Bonnie, Elena, Meredith e o meu, pela ordem de nomes, todos tinha os seus enfeites próprios, como caveirinhas estilizadas nos de Thide, alguns anjos e bolas coloridas no de Elena, borboletas e fadinhas no de Bonnie, e o meu com nomes de bandas de rock. Meredith e eu éramos as únicas destoadas do grupo, na verdade eram idênticas em personalidade, assim como Bonnie e Elena, acredito que seja esse o motivo de nos darmos tão bem, nos quatro somos idênticas e diferentes ao mesmo tempo.

(...)

Caminhamos em direção a nossa sala de aula, o primeiro tempo seria artes, então ninguém estava preocupada em chegar nem um pouco preocupada com horário, uma vez que a senhora Richmond sempre chegava atrasada. Pobre senhor Richmond era professora de colegial e mãe solteira de 4 crianças, seu marido o senhor Richmond fugira a alguns anos com a babá de seu filhos deixando a nossa professora sozinha para cuidar de 4 pirralhos melequentos e chorões. Cruzes, acho que nunca terei filhos, crianças são terríveis.

Estávamos passando próxima a diretoria, que ficava no mesmo corredor que nossa sala de artes quando um loirinho de olhos castanhos claros passou ao nosso lado seguindo o caminho oposto feito pelo nosso grupo.

– Espera! – gritou Meredith tentando chamar novamente o novato mais ele nem lhe deu bola.

– Acredito que ele não lhe ouviu. – explicou Elena ao ver que o jovem estava com fones de ouvido.

– Queria saber qual o nome daquele gostoso, nossa senti até um calor quando ele passou do meu lado. – afirma Meredith se abanando como estivesse sentindo calor.

– O nome dele e Steve Mitchell, ele veio de New Jersey, pois seus pais se separaram, a mãe dele e a nova enfermeira do hospital. Ele não tem namorada, e esta com 18 anos, gosta de rock e não se importa com as modinhas ditadas pela sociedade. Não tem vícios e adora nadar. – afirma Bonnie de forma automática deixando as amigas estáticas com a revelação repentina.

– Você o conhece? – pergunta Elena encarando Bonnie de frente, fazendo assim a névoa esbranquiçada que cobrira seus olhos durante todo o relato da vida de Steve se dissipar.

– O que foi Elena, por que você está me olhando com essa cara. Ou melhor, porque vocês três estão me olhando como se estivessem vendo alguma assombração – pergunta Bonnie confusa com a nossa reação.

– Que tipo de birutice foi essa Bennett, como você salta a ficha corrida do tal de Mitchell e agora vem com essa de “não sei o que aconteceu?”. Serio Bonnie você nos assustou, agora acredito nessa sua historia de vidência. – afirma Emily temerosa com as habilidades psíquicas da amiga.

(...)

Havíamos assistido a três aulas naquela manhã o quarto período seria vago o que nos deixa com mais tempo para o intervalo, estamos caminhando em direção ao refeitório quando algo chamou a minha atenção. Jeremy entrava no banheiro masculino de forma suspeita, eu já sabia o que iria acontecer lá dentro e por isso o segui, Elena que também havia visto toda a movimentação feita pelo nosso irmão me seguiu, mais eu fiz um gesto a impedindo.

– Fique com as meninas aqui fora, para impedir os garotos de entrarem. Eu me entendo com o nosso irmãozinho. – afirmei adentrando ao banheiro.

Ao entra no local senti o cheiro e avistei a fumaça do cigarro a qual Jeremy já havia acendido, procurei por ele entre as cabines, e o encontrei-o na ultima sentado tranquilamente enquanto fumaça a droga de um cigarro. Furiosa dei um pontapé da porta que chocou-se contra a parede o sobressaltando.

– Emily. Você esta louca!? – repreende-me Jeremy por tê-lo assustado com minha atitude brusca.

– Não mais vou estar se você não apagar esse cigarro, agora. – ameacei apontando dedo para sua cara como forma de repreensão e tratei de falar. – O que deu na sua cabeça garoto? Fumar dentro do colégio e motivo de suspensão, o que esta acontecendo com você Jeremy porque esta tentando se matar desse jeito, drogas, bebidas e saindo a noite com aqueles seus “amigos”, fala pra mim o que houve. Pois desse jeito não sei mais se você e o meu irmão, cadê o Jeremy Gilbert que jogava basquete comigo ou pedalava com Elena? Eu quero saber aonde ele foi para, quero meu irmão de volta não esse garoto irresponsável e drogado que esta na minha frente. – desabafei tudo o que estava entalado na minha garganta desde a morte dos nossos pais. Jeremy não estava lidando muito bem com a perda, mais não precisava procurar a própria morte agindo dessa forma inconsequente.

Ficamos nos encarando de forma desafiadora por alguns minutos, até sermos interrompidos por Elena, que adentra o banheiro, preocupada conosco.

– Está tudo bem entre vocês? – pergunta nossa irmã sem jeito por ternos flagrado em um momento de duelo de olhares.

– Não. - afirma Jeremy olhando raivoso de Elena para mim.

– Está mais e melhor saímos. E porque você esta aqui dentro não pedi para você ficar junto às meninas tomando conta da porta? – questionei arqueando uma sobrancelha a espera de uma resposta.

– Tinha alguns garotos querendo entrar e Bonnie e Meredith deram uma volta neles, mais me deixaram sozinha, e agora eu vi que tinha um garoto vindo para cá, por isso vim lhe chamar, pois não tenho como enrola-lo sozinha. – explica Elena rapidamente saindo logo em seguida.

Do uma ultima olhada para Jeremy e lhe dou as costas para sair do banheiro, mais ao chegar à porta acabo chocando com Elena que estava parada estática na porta do banheiro olhando fixamente para um homem de intensos olhos verdes. De onde eu estava não conseguia ver suas feições muito bem, mais afirmo que ele era bonito e tinha um cabelo loiro escuro e um sorriso bonito que estava exibindo para minha irmã enquanto a mesma olhava para ele como uma boba.

– Licença, casalzinho mais eu preciso sair daqui. – disse dando um leve empurrão em Elena que saiu do seu transe após o meu delicado empurrão.

– Esse é o banheiro dos homens? – perguntou o novato sem tirar os olhos de mim irmã um único instante.

– E sim, mais entramos nele por uma emergência agora estamos de saída, não e mesmo Elena. – falei chamando sua atenção novamente fazendo assim ela tirar o foco de sua visão do rapaz a nossa frente.

– Claro, desculpe-nos. – desculpa-se minha irmã sorrindo sem graça enquanto coloca uma mecha do seu cabelo atrás da orelha.

– Não tem o que se desculpar, linda dama. Desculpe-me a falta de cortesia, Stefan. Stefan Salvatore. – informa Stefan nos cumprimentando educadamente.

– Emily e Elena Gilbert a sua disposição. – expliquei rapidamente querendo sair dali o mais breve o possível.

– E um prazer conhecê-las, belas senhoritas Gilbert. – comenta Stefan pegando a mão de Elena e dando um beijo sobre sua palma, como forma de cumprimento a moda antiga.

Aquilo me causou um certo arrepio, mais achei melhor deixar de lado. Vendo que o casalzinho não desgrudava os olhos um do outro acreditei que o melhor a fazer era deixa-los ali enquanto eu iria atrás de Bonnie e Meredith. E com passo apressado caminhei em direção ao refeitório, ao longe aonde ouvi as vozes de Elena e Stefan conversando, mais conforme eu ia me afastando as vozes foram sumindo.

Em fim as aulas terminaram, depois de conhecer o misterioso Stefan Salvatore, ele e Elena não paravam de trocar olhares, para mim estava claro o interesse mutuo deles, mais minha irmã andava agindo feito uma pateta ultimamente e não tomava a iniciativa de ir até o garoto e chama-lo para sair. Sei que não e muito comum às garotas tomarem a iniciativa para o primeiro encontro, mais digamos que as Gilbert são conhecidas por serem garotas de atitudes, sempre lutamos por aquilo que queremos e nesse momento estava mais do que óbvio que Elena queria Stefan, eu só não compreendia porque dela ainda não ter tomado nenhuma atitude.

Sai do colégio praticamente, fugida, uma vez que nem minha amigas muito menos minha irmã estava dando muita importância para minha presença, Elena não tomava atitude, em relação a Stefan, enquanto Bonnie e Meredith estavam ajudando Steve e outro novato a conhecerem a nossa pequena Mystic Falls. Para mim sobrara apenas ir para casa a pé, uma vez que era uma das poucas moradoras desse lugar a não possui um meio de transporte que me levasse do colégio para casa. Nem mesmo a droga de uma bicicleta eu possuo, então minha única alternativa e ir andando.

Durante o percurso até minha casa, resolvi fazer uma pequena modificação de caminho e ir por dentro do cemitério assim pegando um atalho que tinha ali. Aquele era um dos únicos lugares em Mystic Falls que eu me sentia bem, pois as pessoas que ali se encontravam não ficavam me apontando como a pobre menina órfã, ali eu era apenas Emily Gilbert, a jovem que perdera os pais num acidente de carro e vinha constantemente visita-los. Elena e Jenna também vinham fazer essas visitas, acho que Elena mais do que Jenna, pois ainda era difícil para minha tia confirmar que sua irmã mais velha estava morta. Jeremy era o único que não vinha aqui, ele não veio nem mesmo no enterro dos nossos pais, acho que ele não quer ter a certeza que eles estão mortos, ele prefere ficar na ilusão de que os dois estão viajando.

Vendo que não havia ninguém ali, decidi sentar no espaço existente entra as lapides dos meus pais, colocando minha bolsa sobre ao lado das margaridas que havia colocado no túmulo de minha mãe sábado à tarde, tirei meu diário da mochila junto a uma caneta, e pensei em escrever novamente, mais ao abrir o fecho de couro que o revestia, me assustei com o barulho de um galho sendo partido. Rapidamente joguei o diário e a caneta de volta na mochila e segurei fortemente por apenas uma alça. Olhei assustada para todos os lados, mais não havia ninguém além de mim naquele cemitério, a névoa branca comum no inverno de Mystic Falls estava a meio palmo do chão cobrindo o gramado que deveria ser verde escuro aquela época do ano.

Parecia estanho, mais eu me sentia ser observada, só não conseguia intensificar quem era o meu observador, uma vez que estava sozinha naquele lugar. Olhei para todos os lados afoita, mais nada parecia incomum, todo estava no mais perfeito silencio, mais aquele incomum de deixar algo escapar ainda persistia e com ele a sensação de que meu observado estava mais próximo. Decidi sair dali e ir logo para casa, quando um grasnado alto de um corvo, deixou-me ainda mais assustada.

A ave negra estava empoleirada no galho mais baixo do carvalho a minha frente, os olhos azuis feito gelo, me causaram um tenebroso arrepio e uma voz em minha mente me gritava para fugir. Mais algo naqueles olhos me prenderem e antes que pudesse dar por mim estava parada em frente ao corvo o encarando de forma ainda mais analítica, o animal parecia fazer o mesmo comigo o que me deixo ainda mais intrigada.

– Seus olhos. – falei ao tentar tocar no corvo que possuía os olhos mais enigmáticos que eu vira na vida. Mais ao fazer esse movimento devo ter assustado o animal, pois o mesmo voou para longe de mim indo para a floresta que circundava o cemitério.

Acreditando que o animal havia fugido decidir seguir meu caminho para casa, mais não dei nem mesmo três passo e foi surpreendida por uma voz profunda e grave chamando alguém que eu tinha certeza não ser eu.

Katherine. – chamava a voz de um homem não muito longe do onde eu estava.

– Katherine, e você? – insistia o estranho a qual percebi se aproximar de mim, mesmo eu estando de costas, conseguia sentir sua aproximação e por isso apressei o passo.

O medo estava tomando conta de mim, e quando mais o homem que me perseguia se aproximava mais apressada eu ia. Já estava praticamente correndo com notei me entontar dentro da floresta, sou só naquele momento que percebe o qual estúpida estava sendo. Por parecia ser exatamente aquilo que ele desejava me levar para o mais longe o possível de qualquer pessoa que pudesse me socorrer, e foi só naquele momento que deixei o pânico me dominar, corri com todas as forças do meu ser querendo chegar mais rapidamente em casa, eu sabia que estava muito longe do atalho que costumava utilizar, mais agora pouco me importava tudo o que eu queria era sair daquele lugar e chegar em casa.

A voz do homem parecia vir de todos os lados, e ele ainda insistia em me chamar de Katherine, mesmo eu tendo fugido dele na primeira vez que ele proferiu esse nome. Será que eu parecida qual essa tal de Katherine que ele tanto procurava, ou ele era apenas um louco psicótico que estava atrás de mim apenas para me atormentar, pouco me importava agora tudo o que eu precisar era sair dali.

O barulho de agua corrente estava ficando próximo, o que significava que o rio não estava muito longe, em contra partida a voz enfim parecia estar se afastando, mais aquilo não passou de um leve engano, pois ao ver a ponte que atravessava o rio a alguns metros a minha frente. Um homem de aproximadamente 1.80 surgiu em minha frente, surgido sabe se lá de onde, ele possui cabelos extremamente negros, pela claro como algodão e olhos em um estranho tom de azul gelo que agora me pareciam tão familiar. Pela primeira vez em minha vida eu não sabia o que dizer ao ver um homem tão bonito em minha frente

– Katherine! E você e você mesma!? – questionava o homem a minha frente aproximando a sua mão gélida de minha bochecha esquerda.

Era estranho eu estava ansiando por aquele toque, a temperatura gélida dele esta sentida mesmo sua mão ainda não tendo tocado em minha face. Mais aquela irritante voz que gritava perigo em minha mente me fez acordo do transe em que me encontrava desde que pusera os olhos sobre o lindo homem em minha frente.

– Não. – responde dando uma tapa em sua mão e me afastando dele.

Ao ver minha reação o homem em minha frente assumiu uma postura diferente, seus olhos que pareciam fascinados a me ver. Agora demonstravam magoa e ressentimento que logo em seguida parecia ter se transformado em ódio, e antes que eu pudesse prever ele estava tentando me estrangular, e assim como anteriormente eu fugir dele, correndo em direção ao rio mais antes que consegue-se atravessar a ponto tropecei em algumas pedras e senti uma fisgada em meu pé esquerdo. Devido ao medo não dei muita importância e continue a correr a agora mancar ate a ponte, quando já estava praticamente no meio da mesma, vi que o estranho havia desaparecido e em seu lugar agora encontrava apenas um corvo, o mesmo corvo que vira no cemitério anteriormente.

Deixei aquelas alucinações para lá e continuei a correr, não queria saber onde o estranho misterioso estava, tudo o que eu queria era chegar em casa. Corri por mais alguns minutos, mesmo sentindo meu pé latejar, e quando cheguei à estrada trate de atravessa-la mais um carro quase me atropelou, eu já iria esbravejar com a pessoa quando vi que se tratava de Jeremy.

– Emily. Emily minha irmã você está bem? – questionou Jeremy ao ver o estado deplorável em que me encontrava.

– Não, por favor, me leva para casa. – pedi suplicante deixando a dor e o medo se apossarem e mim novamente aquele dia.

– O que ouve com você, porque esta tão assustada? Parece até mais pálida do que o normal, o seu pé, o que ouve e o seu pé? - perguntou ele e naquele momento eram perguntas demais e comecei a ficar tonta

– Cala a boca Jeremy! E me leva logo para casa, minha cabeça dói, meu pé esta latejando e sinto que irei desmaiar ao qualquer minuto! - gritei pondo as mãos sobre a cabeça e sentindo a escuridão me tomar.

– Emily. – gritou Jeremy desesperado me aparando a irmã antes que a mesma fosse ao chão. – Fica tranquila agira maninha, que agora e minha vez de cuidar de você – afirma Jeremy depositando Emily no banco do carona do seu carro enquanto colocava o sinto de segurança na mesma. Antes de assumir seu lugar no bando do motorista o jovem da um breve beijo na testa da irmã mais velha.

(...)

Depois do incidente, acordei em meu quarto sem ter a menor noção de como havia ido para ali. Mais ao fechar os olhos novamente vi tudo o que havia me acontecido como um vídeo: o cemitério, o corvo, o homem estranho, a fuga, meu pé machucado, o meu quase atropelamento, Jeremy me salvando e a escuridão. Jeremy fora a ultima pessoa que vi antes da escuridão me tocar, e foi por ele que chamei ao perceber que havia voltado ao normal.

– Jeremy. – sussurrei sem saber se ele ainda estava por perto.

– Estou aqui Emmy. – informa meu irmão apertando a minha mão esquerda, mostrando que ainda estava do meu lado depois de tudo.

– O que ouve com você? Por que esta assustada daquele jeito? – pergunta Jery um tanto autoritário agindo como se fosse meu pai. Aquilo me deixou feliz, pois vi um resquício do antigo Jeremy naquele momento.

– Isso e estranho. – afirmei sem responde suas perguntas, enquanto afagava sua bochecha.

– O que e estranho Emily? – questiona Jeremy dando um beijo na palma da minha mão que agora estava junta a sua próximo ao seu peito.

– Você agindo desse modo. Em uma hora você o meu irmão rebelde, que bebe, fuma e sai por ai fazendo arruaça com seus amigos, e em outro momento agi assim. Todo cuidadoso e protetor como papai havia lhe ensinado a ser. E estranho não sei como agir com esses dois Jeremy tão diferentes, mais posso dizer que gosto mais desse do que do outro Jeremy esquisito. – falei brindando e dando uma leve tapa em seu ombro esquerdo, o que fez meu irmão sorrir junto comigo pela minha brincadeira boba.

Mais não durou muito nossa diversão, pois rapidamente o sorriso de Jeremy se apagou dando lugar á uma expressão serio e carrancuda que ele havia aprendido com o nosso pai, em todas as vezes que ele nos questionava sobre nossas travessuras.

– Agora conte-me o que aconteceu. Encontrei você assustada próximo ao cemitério. – afirma Jeremy em um tom autoritário como se naquela conversa ele fosse o irmão mais velho.

– Fui visitar o nossos pais como de costume, quando me assustei com algo que vi. Tive a leve impressão de ver um homem no cemitério e ele parecia estar chamando por mim. Fiquei assustada por não o conheces e sai correndo. – expliquei o ocorrido ao meu irmão ocultando boa parte da historia, como o corvo mistério que parecia estar me espionando e que o homem que eu acreditei ver havia me confundido com uma tal de Katherine.

– E seu pé? Como você o machucou? – questiona Jeremy parecendo não acreditar em minhas palavras, mais deixando para me

– Eu tropecei, vi que estava ficando tarde e se não chega-se logo. Jenna iria se preocupar. Durante o caminho pisei em falso sobre uma pedra e acredito que torci meu pé. – explique mentindo para Jeremy novamente, a única verdade que contei ao meu irmão era que pisara em falso sobre a pedra o resto era tudo mentira, desde estar atrasada para voltar para casa, até a parte que eu caminhava. Pois a verdade era que eu estava fugindo de um louco que me confundira com uma mulher chamada Katherine e ainda por cima parecia querer me matar.

– Tudo bem, agora e melhor você descansar, vou avisar a Elena que você esta bem. E ligar para tia Jenna avisando que você já acordou, estamos todos preocupados com vocês Emmy. – comenta Jeremy dando um beijo de leve sobre a minha testa após me cobrir com um coberto lilás até a altura do peito o que me deixou extremamente emocionada.

– Eu queria que fosse sempre assim. – anuncie virando o meu corpo de lado, acreditando que Jeremy já havia saído do quarto.

– Assim como Emily? – questiona meu irmão ainda na porta me encarando intensamente.

– Você sendo o como o velho Jeremy, o meu irmãozinho caçula. Carinhoso, super protetor e implicante. – expliquei sorrindo enquanto segurava sua mão junto a minha.

– Eu ainda sou ele Emily, mesmo fazendo todas essa burradas, o velho Jeremy ainda existe aqui dentro e alguns vezes ele consegue dar as caras, mais isso apenas por você e por Elena. – informa meu irmão sorrindo e dando um beijo em minha bochecha. – Agora descansa enquanto vou ajudar a Elena a fazer algo para nos jantarmos.


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Notas finais do capítulo

E ai?Grande né?Esse capih eu e ela estamos bolando a 3 dias então deem valor!
Beijjus



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