P.O.V. Tom.

Há tanto tempo que eu não me vejo no espelho e gosto do que vejo que eu nem me lembrava do meu próprio rosto.

—Nossa vovô! Você tem a idade da mamãe e do papai.

—Eu já estou com quase 60 anos querido.

—Mas, você parece um adolescente.

—É algo que eu consegui com um elixir que sua bisavó Tessa fez pra mim.

—E o que faz?

—Me mantém jovem e belo pra sempre.

—Mas, você virou um homem cobra! E era feio.

—Consigo mudar de forma querido.

—Obrigado por explicar.

—De nada.

—Sabia que a mamãe vai ter outro neném?

—É mesmo?

—É. E ela vai me levar pra conhecer a escola dela e do papai.

—Você vai estudar lá?

—Ainda não. Ela disse que tenho que crescer mais um pouco.

—Será que você vai pra sonserina?

—Não sei. Mamãe disse que é o chapéu falante que decide, mas ele vai levar a minha opinião em consideração.

—E o que você quer?

—Não sei. Não quero magoar a mamãe e nem o papai.

—Filho, vamos amar você independente do que escolha.

—Sério?

—Sério.

O meu netinho correu para os braços de sua mãe.

—Te amo mãe.

—Também te amo.

Ele ficou no colo da minha filha a tarde todinha. Não saiu nem um minuto, bom deixou ela ir fazer xixi.

—Colo! Colo!

E aqueles dois ficaram juntos assistindo desenho na televisão a tarde toda e brincaram com um monte de brinquedos coloridos.

Eu amo a minha família. Agora eu tenho uma família de verdade e acho isso incrível.

Eles são tudo pra mim.