Amor Doce Do Inicio escrita por Elisa Chan


Capítulo 1
Mal Começo


Notas iniciais do capítulo

Olá,começando essa fic hoje espero que tenham gostado,aceito sugestões e por favor comentem >



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Sabe aquele momento em que você percebe que sua vida esta indo por água a baixo e você não pode fazer nada para mudar isso?Estou me sentindo assim,desde que mamãe se decidiu a me matricular nesse maldito lugar.Sempre fui uma boa filha,notas altas,nenhum problema envolvendo brigas,nada que uma aluna de escola particular pudesse ter no currículo que a impediria de entrar na faculdade. Deveria ir arrumar minhas malas, não quero que ela grite comigo mais uma vez.Como se eu ainda fosse uma criança fazendo birra pra não sair da loja de brinquedos,Com Marry sempre foi assim,autoritária, mandona,faz tudo ao pé da letra como se sua decisão fosse a única que estivesse em jogo.Questão de trabalhos.Esse ainda era o incrível motivo pelo qual ela estava que exportando pra uma escola na capital da França na casa de uma amiga,a qual eu tive o prazer de conhecer quando tinha três anos,já tenho dezessete,como se eu me lembrasse.O máximo que eu sei e que ela tem um filho na minha idade,deve ser horrível,mamãe não estaria me mandando pra um lugar com um príncipe encantado me buscando no aeroporto em um cavalo branco.Sim ele iria me pegar no aeroporto.

Minhas malas já estavam prontas a dois dias quando recebi a noticia de minha mãe que eu não poderia acompanha-la em sua viagem a negócios na Ásia,foi desanimador saber que teria de ir pra casa de uma amiga que sequer eu conhecia até minha mãe conseguir o apartamento próximo a escola para eu poder me mudar.Paris cidade luz.Parei em frente a porta do meu quarto me despedindo de todos os momentos que passei nele,alias boa parte da minha vida,nunca fui do tipo festeira,sempre preferi livros.Desci as escadas devagar como se não quisesse que ela terminasse.Mamãe estava sentada no sofá branco manchado por chá inglês no inverno passado.Se fazia de durona,não queria demonstrar o sentimento de estar mandando sua única filha para longe.

–Não quero ir -falei com a esperança de que ela ainda mudasse de idéia

–Katy,já conversamos sobre isso.Não quero ficar longe de você mas no momento e o que temos de fazer,e alias você sempre quis morar sozinha,e o momento perfeito.

–Sozinha?Fala serio to indo morar com essa Anna e nem a conheço,e pra completar ela ainda tem um filho,como e mesmo o nome,Rafael?

–É Castiel.E a Anna e uma ótima pessoa confio você a ela ate seu apartamento tiver pronto,não vamos mais discutir sobre isso – Abaixou os olhos como se estivesse prestes a chorar,desde que papai se foi e sempre a mesma coisa,emotividade além da conta.

Tudo bem,acho que posso agüentar alguns meses com esse tal de Castiel,mais me promete que ira me visitar?

–É claro que irei,te telefonarei todos os dias também.

–Fico feliz em saber disso.

Dei adeus a nossa pequena casa na Virginia onde passei minha infância e boa parte da adolescência também,mas agora e outra historia,destino aeroporto encostei minha cabeça no vidro do carro e liguei meu Ipod com uma musica leve da One Republic,sentia que a partir daquele momento minha vida mudaria drasticamente e o que era fato viraria desconhecido.Ela estacionou na primeira vaga que achou e eu desci com minha mochila velha nas costas.minha bagagem já avia sido enviada um dia antes,e provavelmente já estaria na minha nova casa temporária.Mamãe sabia que eu não estava feliz com a partida mais fazia de conta que não suspeitava de nada.

–Acho que agente se separa aqui moçinha.

–Aqui acaba minha vida e começo outra quando eu pisar para dentro do avião.

–Lembra do que conversamos?

–Claro,seja boazinha com os Welts,continue responsável,te ligar se precisar de algo ou quando sentir saudades.

–Isso mesmo,e irão te buscar no aeroporto,caso se eles precisassem já tem seu numero então fique atenta ao celular. –Mal pude me conter corri para um abraço de despedida e a apertei bastante,não segurei as lágrimas que rolavam no meu rosto quente,queria que ela soubesse o quanto queria poder ficar,tinha de ir,já tinham feito a chamada para o embarque para Paris.Entrei no avião e me sentei a janela,acento numero treze.Logo depois sentou a meu lado uma senhora de ar serio e do tipo a negócios na França,percebi automaticamente que meu vôo seria silencioso,quieto e tedioso,achei que seria legal o fato de eu ir morar com pessoas novas e que pelo menos falavam minha língua.Não queria ter de gastar tempo aprimorando técnicas de mímicas para indicar as coisas.Adormeci rápido,acho que era apenas porque não dormi bem nas ultimas duas noites,ou talvez por causa de cansaço,acordei com a aeromoça pedindo para apertar o cintos para o pouso.Uma coisa não posso negar,Paris é uma cidade linda ainda mas com vista da janela do avião,tudo era magnífico e eu começara a ver a minha trágica mudança com outros olhos.Olhos de quem daqui a alguns dia iria viver sozinha em uma cidade incrível,e teria a tão sonhada liberdade.Mal podia esperar que mamãe arrumasse logo meu apartamento,não precisava ser luxuoso nem mesmo perto do centro,só queria que meu conforto tradicional voltasse logo,que eu pudesse andar pela casa de pijamas e com cabelos bagunçados,gritar minha mãe para que me trouxesse uma toalha no banheiro,coisas que eu sabia que só poderia viver em casa,até mesmo Vivian me fazia falta,suas ligações inesperadas,imensos sermões para que eu parasse um pouco de ser tímida.Desde que dei a noticia que iria me mudar temporariamente ela sabia que nossa amizade de infância seria abalada.Choradeira pra todo lado,nem quero lembrar da nossa conversa de despedida,mas assim que conseguisse meu apartamento Vee poderia vir morar junto comigo na Cidade Luz,onde estaríamos juntas de novo,gastaríamos horas e horas falando de clássicos do rock ou de garotos bonitos de sotaque francês.

Desci do avião meio tonta pelo pouso,minha visão estava embaçada,pessoas apressadas me empurrando de um canto para o outro,quando percebi torci meu pé quase cai,quase mesmo.Se não fosse por um garoto vestido de preto e jeans rasgado tivesse me segurado pelo braço.Senti minha pele esfriar com o toque gélido de sua mão e não pude deixar de notar um breve sorriso em seu rosto.Me recompus o mais depressa possível,balancei meu casaco e estava pronta pra sorrir,pedir desculpas e ir embora mais ele me puxou pelo braço.

–Deve ser Katherinne Gray certo?

–E sou eu,mas como sabe?

–Sua mãe disse que geralmente era desastrada,vive caindo mas não esperava que caísse em cima de min.-Disse o rapaz de cabelos pretos e olhos verdes esmeralda -Meu nome e Castiel mais pode me chamar de Castiel porque voce ainda não tem moral para apelidinhos.

–Áh sim,minha mãe disse que você iria me buscar,e obrigado por me segurar.

–Não conte comigo sempre,as vezes não estou perto para proteger garotinhas indefesas.

–Não sou uma garotinha indefesa,já tenho dezessete anos.

–Áh serio?tem dezessete anos e ainda é uma tabua?

–Ei quem você pensa estar chamando de tabua?

–Dá pra você ir logo pegar sua bagagem ou quer ficar aqui em pé mais vinte minutos discutindo sobre sua estrutura corporal patética?

–Ok!Já to indo,me espero aqui.

Desci o mais rápido possível as escadas para poder pegar minha mochila,não queria que ele ficasse mais impaciente,não gostei do jeito com que ele me tratou mais percebi que ele era bonito,mais bonito que qualquer garoto da Virginia que eu conhecia. Peguei minha mochila e corri de volta pro desembarque assim que me viu começou a andar em direção ao estacionamento,não pude deixar de notar que não importava o lugar onde passava ele deixava as mulheres de boca aberta,todas olhavam pra ele e Castiel não dava nenhum tipo de moral.Parou de caminhar em frente a um Impala preto de rodas cromadas,particularmente eu gostava de carros antigos e sabia o suficiente para deduzir que aquele carro era de colecionador.

–Belo carro.-Ele olhou pra min com expressão arrogante e nem se quer se deu ao trabalho de abrir a porta pra min.

–Entra logo,já demorei mas do que podia.

–Escuta aqui,não queria ir pra sua casa,não queria estar aqui,não queria ter que estar fazendo isso então se você pensa que eu estou feliz por ir morar com um riquinho mimado e metido a galã feito você esta enganado.Agora que a situação esta mais clara não quero ter que perder meu tempo falando com você,ligue a droga de carro e vamos logo.

–Eu juro que se não tivesse me chamado de galã eu poderia ter me sentido ofendido com seus insultos.

–Da para ligar o carro ou não?-Gritei mais alto do que devia,enfiei os fones de ouvido e encostei minha cabeça no vidro do carro e esperei que ele retrucasse algo,mais para meu alivio ele somente fez o que eu pedi.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado,Capítulos novos todos os dias



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