Salvator Moorim - Mikeras School (fic Interativa) escrita por BelovedCherry


Capítulo 3
Isto da sorte também dá jeito!


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap acabadinho de fazer! ^^ Gomene pela demora... ^^' Espero que todas comentem onegai! o.~

P.S: relembrando que "rapariga" é o mesmo que "garota", tá?



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No cap anterior...

POV Kitsune Shiro

Dito isto ela sai do meu campo de visão, adentrando a sala de aula. Volto ao meu destino original, a sala dos DJ’s, já que agora tinha aula vaga. Só espero que os outros estejam lá...

- Afinal... até que ela sabe sorrir! – murmuro para mim mesma.

Agora...

Ao aproximar-me da sala dos DJ’s ouço uma musica relativamente alta e alguns risos. Serão os rapazes? Mas esta gargalhada é tão diferente... talvez mais feminina. Será que...?! Oh! Não, isso é impossível! Abro a porta tentando não fazer muito barulho e fico espantada com o que vejo. Saeko Ayano?! Aquela nunca sorri e agora estão a dançar no meio da nossa sala com uma bola de pêlos saltitante ao seu lado. Rio baixinho ao ver a cena engraçada. Nenhum dos dois parece ter muito talento para dança mas cada um abana-se como pode.

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Pigarreio para chamar a atenção pois a musica nem estava muito alta. A loira quase salta de susto, vira-se e quando me vê pára a música do seu telemóvel num instante. Uau! Super velocidade! Nunca me canso de ver isto! Mas mesmo que tenha voltado à sua personalidade séria o bola de pêlos continua a saltar. Abana a cauda, salta para cima do sofá, rebola no chão. Começo a rir com a dancinha engraçada do pequeno mas ele continua, mesmo sem música.

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- Rio! Quieto! Não vês que a música parou?! – reclama a loira irritada por ter sido descoberta.

O bichinho pára a dança e salta-lhe para o ombro esfregando a cara na bochecha vermelha de vergonha da sua dona. Ao fazê-lo, Aya-chan faz um beicinho infantil sem se conseguir controlar. Ai, ai... também não me canso dos efeitos secundários! Ahahaha!

- Pára com isso Rio! Odeio quando modificas a minha personalidade! – reclama séria batendo com a ponta do indicador na testa do pequeno.

- Bom, vou fingir que não vi nada – digo tentando acalmá-la.

- Acho bom mesmo! – resmunga baixinho colocando o bola de pêlos amarelo em cima da mesa de trabalho atafulhada de livros e folhas de desenhos.

- Estiveste a desenhar? – pergunto tentando ver os desenhos.

- E isso interessa-te? – retruca sem me olhar, enquanto arruma os desenhos na sua pasta e esta na mochila.

Faço um beicinho triste.

- Já somos amigas à tanto tempo e mesmo assim continuas a ser fria comigo. Não te entendo Aya-chan! – digo com uma voz chorosa.

Ela ignora-me e continua a arrumar as sua coisas acabando por se sentar num cadeira próxima.

Suspiro derrotada.

- Tudo bem... – resmungo – Onde estão os outros? Eles estão a dar-se bem?

- Primeira resposta: estão nas aulas, já que estamos em turmas diferentes. Segunda resposta: penso que estão bem, mas estou em greve de fala para contigo. Não digo mais nada! – diz sem me olhar.

- Quê?! Porque?!

Ela não responde, como me tinha dito. O bola de pêlos olha para ela e depois aproxima-se de mim rapidamente. Junta as orelhas no ar, por cima da cabeça formando um circulo com elas e do cristal na sua testa sai uma espécie de holograma com a imagem completa da Ayano.

- Tu abandonaste-me e ainda vens falar de amizade?! Os dois passaram o resto daquela tarde a choramingar e a discutir a culpa de cada um na tua ida! Nem imaginas metade do barulho que fizeram! Uhg! Que chatos! Sempre achei os rapazes confusos e agora ainda mais! – reclama a Aya-chan do holograma,

- Não sabia que eles seriam tão chatos contigo... Desculpa – peço um pouco envergonhada.

Em parte a culpa também foi minha. Meti-me naquela conversa e deu para o torto!

- Hunf! – resmunga ainda chateada, a imagem no holograma, cruzando os braços sob o peito – Onde está o teu bola de pêlos? Voltaste a esquecê-lo dentro da sala de aula?

- Ah! Pois foi! KIIROOOO! – grito saindo a correr da sala.

Antes de abandonar o local ainda ouço a imagem dizer algo como “ela nunca muda”. O Mikera baixa as orelhas e aproxima-se da dona com velocidade. Esta afaga-lhe as orelhas e cabeça.

Ah! Pois! Ia esquecendo-me... KIIIIIIIIIIIIROOOOOOOOOOOOOOOO! MEU BICHINHO LIINDOOOO! DESCULPA!

***

Enquanto isso, no outro lado da cidade...

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Uma rapariga de longos cabelos negros e aspecto fofo estava a caminho de casa. Mesmo atrás dela algo estranho acontecia... Uma sombra seguia-a pelas paredes, sem sequer ter alguém atrás da menina.

Mesmo com a sua aparência inocente a rapariga já se tinha apercebido da sombra e continuava o seu caminho atenta a qualquer sinal de que o estranho ser fosse atacar. Nada... parecia só querer espiá-la. Nesse caso seria ela a atacar!

O caminho por onde estava a ir não era o de casa. Estava a aproximar-se de um antigo armazém abandonado e acabou por entrar lá dentro já que o cadeado do portão principal estava partido. Deixou, propositadamente, o portão entreaberto.

A tal sombra hesitou a entrar mas decidiu seguir a rapariga até lá dentro tomando a sua verdadeira forma. Um monstro, uma figura estranha, por assim dizer. Algo parecido com um tigre mas negro, com riscas verde escuras e espinhos grossos nas costas e na cabeça (mais pequenos) de onde parecia sair uma espécie de veneno.

Assim que o monstro entra dentro do armazém o portão fecha-se rapidamente atrás deste e uma rapariga com um aspecto estranho aparece encostada à parede atrás do tigre.

Cabelos verdes ondulados e compridos, até depois da cintura, com uma rosa avermelhada a adorná-los, olhos vermelhos rosados, um vestido longo verde às riscas com várias rosas desenhadas no peito e nos pés uma espécie de sandálias com umas fitas enroladas até ao joelho. Ela é linda mas cabelo verde não é algo normal.

- Pensavas que me enganavas assim com tanta facilidade? – pergunta desafiadora franzindo o cenho e sorrindo de lado.

O tigre prepara-se para a atacar mas ela é mais rápida e com gesto de mãos na vertical ela faz com que várias lianas espinhosas saiam do chão e prendam o monstro.

- Hunf – suspira entediada – pensava que seria mais difícil.

Nisto as lianas partem-se com estrondo e espalham-se por todo o armazém. O tigre, agora livre, vê uma chance de atacar e salta para cima da rapariga de cabelo verde. Esta já só percebe que estava a ser atacada quando recebe o peso do monstro em cima de si. Incapaz de se mover por ter os braços presos pelas patas do tigre opta por usar a sua “carta especial”. Começa a murmurar algo, como uma reza aos Deuses, e o tigre parece ficar atordoado porque salta de cima dela dando coices ao ar.

- Estes efeitos secundários... são bem interessantes... – murmura para si mesma levantando-se do chão.

Aproveitando que o tigre estava sobre os efeitos da sua magia ela volta a atacar. Rosas gigantes rompem o cimento velho do chão do armazém quando a rapariga volta a subir as mãos acima da cabeça mas desta vez ela cruza os braços no ar e os caules espinhosos das rosas enrolam-se ao redor do monstro. O animal urra de dor e tenta libertar-se mas quanto mais se mexe mais a rapariga aperta as roseiras ao seu redor. Poucos segundos depois o tigre desfaz-se em poeira negra e é levado dali por um vento misterioso.

- Diz ao teu mestre que ainda vão ter que suar muito para me apanhar! – grita, saindo a correr do armazém, para observar a poeira negra desaparecer com o vento.

Depois disto uma linda folha verde sai de dentro do peito da rapariga acabando por poisar nas suas mãos. A menina volta, em milésimos de segundos, a ter o seu longo cabelos negro azulado, a sua pele pálida e os seus olhos lilases. Sorri para a folha nas suas mãos e toca-lhe com doçura.

- Está tudo bem agora. Podes voltar – diz calmamente.

A folha transforma-se numa bola de pêlos verde, algo parecido com um gato, talvez. O bichinho salta-lhe para o ombro e esfrega o focinho macio na bochecha da dona.

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- Vamos para casa Milu! – diz a menina com um sorriso.

No mesmo instante em que volta ao passeio e se aproxima da estrada fica desapontada.

- Hum... vai ser difícil passar aqui algum autocarro (N/A: onibus) ou um taxi. Está um pouco tarde... – murmura enquanto olha para o céu de final de tarde.

O bola de pêlos verde solta um guinchinho e no mesmo instante aparece um taxi a descer a rua em direção aos dois. A menina sorri e solta uma pequena risada.

- Isto da sorte também dá jeito... – murmura entrando dentro do taxi.

***

Na escola...

A esta hora as aulas já terminaram mas todos os alunos continuam na escola visto que, todos os dias, depois das aulas, durante pelo menos uma hora, tinham que ajudar nos clubes da escola. Fora aqueles alunos que faziam parte dos clubes, é claro. Já os professores voltaram para casa visto que até os clubes eram geridos pelos alunos e apenas por eles. Mas claro que um ou outro professor ficou para supervisionar os clubes vez ou outra.

Mas não é isso que interessa, pois não?

POV Saeko Ayano

- Bem, vamos lá começar! Quero ver empenho neste treino! Quando derem por vocês já estaremos na época dos campeonatos! – grito, séria, para as outras me ouvirem.

Todas concordam com um aceno de cabeça e cenho franzido. Ah, como eu adoro ser a capitã da equipa de basquete feminina!

Observo todas e vejo que falta alguém. Logo hoje ela tinha que faltar?

- Onde está a Kibõ? – pergunto cruzando os braços.

- Aqui!

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Viro-me e vejo uma rapariga de cabelos rosados vir a correr na minha direção, quase sem ar e completamente de rastos. Pára ao meu lado e apoia as mãos nos joelhos enquanto tenta recuperar o ar que gastou para correr tanto. Felizmente já está equipada.

- Hunf! Parece que a menina Kibõ se lembrou de fazer o aquecimento ao redor da escola inteira! – digo com um pequeno sorriso trocista.

Ela endireita-se e sorri envergonhada.

- Desculpa Saeko. Já sabes que a professora de História demora imenso para terminar as aulas... – explica e suspira no final.

- Hum... pois sei – murmuro com uma careta, só por lembrar a lentidão das explicações da professora Mikaze – Mas pelo menos podemos começar! – digo (apenas um pouquinho) entusiasmada – Vais substituir-me hoje Kibõ! Não me desiludas!

Estendo-lhe a fita de capitã e o seu rosto pálido ilumina-se com um sorriso.

- Vou dar o meu melhor Saeko! – diz entusiasmada dando saltinhos.

Correm todas para o centro do campo de basquete para ouvirem a rosada. Segundos depois estão prontas para começar a treinar. Sento-me num dos bancos ali perto e fico a observá-las atenta. Akari retira um elástico amarelo do seu pulso e ata o cabelo com ele num rabo-de-cavalo alto. O famoso elástico da sorte não é? Se ela assim acredita... quem sou eu para julgar, não é?

Quando começam a jogar dou-me ao luxo de fechar os olhos por um pouco. Ontem não foi nada fácil... Aquele bicho (que nem sei bem o que era) foi muito persistente! Felizmente a Shiro conseguiu assustá-lo! Mesmo assim... o meu tornozelo ainda não se recuperou. Mas ninguém precisa saber disso, não é?

De repente sinto uns braços fortes envolverem-me mas nem preciso abrir os olhos para descobrir de quem se trata.

- Acho bem que nem 5 segundos demores para me largar se não vais sair daqui com uma perna a menos, Hikaru! Acredita que não vais querer saber qual eu vou chutar... – digo tudo calmamente mas mesmo assim de forma ameaçadora.

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- Hum... deixa-me ver... – coloca um dos braços por de baixo das minhas pernas e levanta-me com cuidado.

Abro os olhos surpreendida e tento ir para o chão mas ele segura-me com firmeza. Senta-se onde eu estava e coloca-me ao seu colo. Franzo as sobrancelhas irritada mas conto até dez mentalmente. Seria muito desagradável fazer uma confusão com toda a equipa de basquete ali, a poucos metros de nós.

- Não me apetece ir embora! – termina e volta a abraçar-me.

Tento, mais uma vez, e sem sucesso, solta-me dos seus braços fortes mas acabo por desistir.

- Hoje pareces especialmente indomável, docinho! – diz com um sorriso de lado cheio de perversidade.

- Deixa-me em paz Hikaru! Não tens de ir treinar a tua equipa? O que é que fazes aqui? – pergunto séria cruzando os braços sob o peito.

- Ficas ainda mais fofa assim, séria e zangada! – diz trocista.

- Larga-me antes que eu perca a paciência – resmungo enquanto massajo as têmporas, desta vez, contando até vinte mentalmente.

- Só te queria fazer uma pergunta, docinho – diz com um sorriso tímido, algo bem raro nele.

Neste meio tempo nem me tinha apercebido que o ruivo tinha aliviado o aperto do seu abraço, mas continuei atenta às suas palavras.

- Que foi? – pergunto, só um pouco curiosa.

- A Kitsune foi falar connosco. Porque é que não me chamaste ontem?! – pergunta meio triste.

- Não é tua obrigação ir-

Mas ele interrompe-me.

- É sim! Tu sabes que o meu dever é proteger-te! – diz sério enquanto passa com os dedos pela minha bochecha.

Por uns segundos perco-me naquele momento mas depois afasto-me bruscamente do seu toque. Volto a contar mentalmente. Desta vez até 50.

- Hunf! O teu mundo não tem que girar a meu redor! Até porque, com a quantidade de admiradoras que tens deves ter muito com que te preocupar! – digo sem o olhar, tentando desviar a conversa.

O ruivo solta uma risada fraca. Desce-me do seu colo sentando-me ao seu lado e levanta-se do banco.

- Tu és o meu mundo! – sussurra ao meu ouvido e depois corre até à saída do pavilhão de desporto. – Vemo-nos mais tarde, docinho! – grita.

Aí todas as raparigas da equipa vêem de quem se trata e começam a gritar eufóricas.

- Voltem ao trabalho! – resmungo e todas se assustam mas obedecem em seguida.

Hunf! EU sou o mundo dele... até parece... Ahhhhhh! Ok, vamos contar até 100 desta vez!


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Notas finais do capítulo

Bem, tenho mesmo que sair agora então... vejo vocês nos reviews! o.~

Cherry kisses! ♥



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