Rivais... Ou Amantes? escrita por HeyLuce


Capítulo 27
Tudo vindo á tona


Notas iniciais do capítulo

Tem tantas coisas para falar que nem sei por onde começar, vocês realmente participaram muito esses últimos dias, mds
Vou começar pela coisa que fez minha semana: A recomendação divosa da Misake Mei chan, sério garota, meu coraçãozinho se encheu de alegria ao ler, por isso esse capítulo é dedicado a você, e eu me sinto honrada
Agora... CARA, ATINGIMOS OS 200 COMENTÁRIOS, 55 LEITORES E 28 FAVORITOS, pra alguns autores pode nem ser muito e blá-blá-blá, mas eu não sou esses autores, e realmente acho uma perfeição vocês contribuindo cada vez mais para a estória continuar divosamente, haha
Recebi um pedido para o jantar que o Nate e a Payne fizeram ser entregue á alguém, e então vou avisar que já enviei via SEDEX, ok, Princess Jujuba? Aproveite, porque os pais do Nate e Payne não aproveitaram HUEUHEUHEUH
E vou mandar um beijo pra Katerina Kat por ter deixado de almoçar (comida, omg) para ler a fanfic, entre outras coisas, ehehueuhe
ALÉEEM DISSO, vocês precisam ler Hereafter, e eu deixei o link nas notas finais, APROVEITEM E ENCHAM O SACO DA SUZANNAH A PARA ELA RESSUSCITAR O NATHANIEL, OU ENTÃO VAMOS LINCHAR ELA O, E DEPOIS ME DIGAM SE SÃO TEAM NELLY (Nathaniel+Jullie) OU TEAM ALLY (Adam+Jullie).
E, eu sei que esse capítulo tá pequeno, mas o próximo vai compensar MUAHMUAHMUAHMUAH
~e, putz, essa foi a maior nota inicial que já fiz haha



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"Eu não entendo, apenas sinto. Tenho medo de um dia entender, e deixar de sentir."

— Caio Fernando de Abreu.

POV Nate:

Depois de tomar banho com Payne, entro no meu quarto e pego uma camisa polo listrada de azul com branco e uma jeans preta confortável. Penteio meu cabelo e me deparo com um garoto sorridente na frente do espelho.

— Merda, isso é tudo por ela. Aquela garota... — falo sozinho, ainda sorrindo.

Deixo o cabelo como sempre, despenteado, e ainda por cima molhado. Passo perfume e saio do quarto, direto para o da Payne. Verifico se nem meu pai nem Cate estão por perto, e então bato na porta. Ouço uma confirmação e entro.

Payne está de pé, usando uma saia jeans e uma camisa cor-de-rosa com alguma coisa em inglês escrito. Só de olhar para sua roupa me sinto mal.

É quase a mesma roupa que ela usa quando eu tenho sonhos aterrorizantes, nos quais estamos presos e não conseguimos escapar. Devo ter ficado pálido, porque ela vem na minha direção com um olhar de preocupação.

— Tudo bem, Nate? — pergunta.

— Eu... — hesito.

Não posso contar á ela do sonho, essa é nossa noite. Tem que ficar tudo bem. Então sorrio.

— Tudo bem. Você está linda.

— Você tá elegante. — rebate, sorrindo. — Vamos ver o tal frango.

— Ah, então você sabia o que eu estava cozinhando?

— Você comprou frango, limpou o frango, e ainda quer que eu não tenha sabido? — desdenha Payne, rindo.

Saímos do seu quarto de mãos dadas direto para a sala. Decidimos ir de mãos dadas até lá embaixo mesmo, para começar á prepará-los. A mãe de Payne já estava sentada em uma das cadeiras, mexendo no seu celular. Quando nos vê, ela solta o aparelho e abre um sorriso.

— Seu pai está tomando banho, mas já deve descer. — avisa. — Vamos esperá-lo conversando, então.

Eu e Payne nos sentamos lado a lado e penso em começar á dar umas indiretas, mas é bem melhor esperar meu pai chegar.

— Vocês já estão no fim do ano, não é? — certifica-se Cate.

— Aleluia! — exclama Payne, jogando as mãos para cima dramaticamente. Sorrio.

— Como sempre, vai ter aquele baile de final de ano?

O que Cate chama de baile é nada menos que uma desculpa para os alunos se pegarem no colégio já que não é permitido nos dias normais, beberem como loucos, colocarem a música que quiserem ouvir, e, claro, se comportarem feito idiotas. Essa é a melhor parte.

— Vai. — respondo. Cate bate palmas e sorri como uma adolescente.

— E vocês dois já sabem com quem vão?

Payne e eu trocamos um rápido olhar e rimos baixinho.

— Sabemos. — diz ela. — Mas não peça para falar quem é. É surpresa.

Exatamente aí meu pai chega, sorrindo e trazendo consigo o aroma do seu perfume mais forte. Ele senta do lado de Cate.

— O que é surpresa? — pergunta.

— Nada. Payne, você, como minha auxiliar, vem comigo trazer o jantar? — pergunto.

Sem esperar resposta, eu a puxo pelo pulso para a cozinha. Como é praticamente grudada com a sala, não podemos conversar, então Payne pega a salada colocada em uma tigela de vidro e eu tiro o frango do forno e levamos para a mesa.

Cate e meu pai arqueiam as sobrancelhas. Damos mais uma viagem até a cozinha, e Payne pega a Coca-Cola e quatro copos, e eu pego o molho que fiz e pratos. Levamos tudo para a mesa e enfim nos sentamos.

— Nossa, tudo bem caprichado, hein! — comenta meu pai, pegando um prato da pequena pilha.

— Não se deixe enganar, Learn. Eles fizeram isso tudo apenas para contar alguma coisa, tenho certeza. Não foi só para nos agradar. — diz a mãe de Payne, gentilmente. — Digam o que querem.

— Primeiro, sirvam-se! — pede Payne.

Quando todos os quatro pratos estão servidos, aperto a mão de Payne por debaixo da mesa. Ela me olha e sorri. Cate e meu pai nos olham curiosamente, enquanto comem.

— Hã... Agora podemos contar. — anuncio. — Você quer falar ou eu falo, Pay?

— Ahn, nós falamos juntos, ok?

— Quanto suspense. — comenta Learn.

Eu e Payne nos olhamos de novo e damos um sorriso cúmplice. Então, em coro falamos:

— Nós estamos namorando.

–--**---

Nossos pais nos encaram boquiabertos. Os olhos arregalados, sem expressão. Meu pai é o primeiro à soltar o garfo e a faca e quando ele puxa a cadeira para trás percebo que tem alguma coisa muito errada.

— Vocês perderam o juízo?! — grita ele. — Vocês são irmãos agora!

Payne, a mais esquentada de nós dois se levanta e entra na briga.

— Não de sangue! — contesta ela.

— Mas moram no mesmo teto, e veem seus pais juntos! — reclama Cate.

— Mas nós nos amamos! — afirmo, entrando na briga também.

Meu pai me olha furioso. Mais furioso ainda quando eu e Payne damos as mãos. Cate parece totalmente alterada.

— Amor? Que diabos vocês pensam que sabem do amor? Não passam de dois adolescentes loucos para burlar as regras! Vocês estão loucos. — diz meu pai.

— Nós podemos não ser adultos como vocês dois, mas sabemos bem o que sentimos! E nós sentimos! — fala Payne.

— Podemos ser jovens, mas temos sentimentos, então, por favor, nos deixem escolher. — intervenho.

— Chega! Não quero mais saber dessa conversa por hoje, e não quero mais vê-los juntos. — ordena meu pai.

Eles nos olham severamente, e Payne é a primeira à sair correndo e subir a escada, e eu posso jurar que vi lágrimas nos seus olhos. Olho para os dois e balanço a cabeça, então subo as escadas direto para meu quarto. Quando bato a porta com força, a ficha me caí. A roupa de Payne. O pesadelo repetitivo. As algemas são nossos pais.

Nunca um sonho me apavorou tanto.

Nunca desejei que um sonho não tivesse se realizado como desejo agora.

POV Learn:

Eles só podiam estar brincando. Ainda me recuso à acreditar que meu filho e a filha da mulher que amo estão namorando. Isso não pode ser. Cate me direciona, tentando me manter lúcido o bastante para não subir aquelas escadas e sacudir Nathaniel até ele prometer ficar bem longe da Payne.

— O que vamos fazer Cate? — pergunto, afundando o rosto nas mãos. — O que vamos fazer com aqueles dois irresponsáveis?

— Ah, meu amor. Eu vou falar com a Payne, vou falar com ela e vai ficar tudo bem. Você pode falar com seu filho quando se acalmar o suficiente. Deve ter algum equívoco em tudo isso.

— E há! O nosso! Deixamos eles se confundirem e agora temos que separá-los.

— Vou trazer um copo de água para você.

Eu espero e começo á lembrar de tudo que os dois me disseram. "Mas nós nos amamos!", "Nós podemos não ser adultos como vocês dois, mas sabemos bem o que sentimos!", e outras asneiras. Cate retorna me trazendo um copo d'água e uma pílula.

— É calmante. — explica. — Vai te fazer bem.

— Vou falar com meu filho. — afirmo, me levantando.

— Primeiro, tome o calmante.

Obedeço e jogo a pílula garganta abaixo, logo em seguida tomo água. Cate me deixa subir as escadas e fica encarando a mesa do jantar. Aquele jantar, que nunca aconteceu e que foi um fiasco.

Paro na frente do quarto de Nathaniel e suspiro. Giro a maçaneta e entro devagar. Nathaniel está sentado na cama, olhando para o nada através da janela. Ele se vira e fica me encarando conforme ando e sento na sua cama. Reúno toda a paciência que me resta.

— Nathaniel. — falo. — Filho, você poderia me falar como isso aconteceu?

Ele se ajeita melhor na cama, ficando de frente para mim. Nunca o vi tão sério quanto hoje.

— Na verdade, isso vem acontecendo desde sempre. Desde que tínhamos, hm, 12 anos ou menos. Mas só agora assumimos para nós mesmos e para vocês.

— Você compreende o erro que isso é?

— Sim, um erro. Mas o erro de termos achado que vocês entenderiam.

— Como entenderíamos? Vocês são irmãos, moram na mesma casa e... — então eu me interrompo, e uma expressão de terror me domina. — Vocês... Vocês já...

— É claro que não! — exclama Nathaniel, exasperado. — Não somos tão promíscuos assim!

Suspiro aliviado.

— Melhor, não vai ser tão dolorosa a separação se vocês não tem um... Laço emocional forte, ainda. — digo.

— Só porque nunca fomos para a cama não quer dizer que não tenhamos um laço emocional forte. Nós temos! Pai, diga, você nunca foi jovem?

— Eu nunca me envolvi com minha irmã!

— Ela não é minha irmã, pelo amor de Deus!

— Ela deveria ser, se você a considerasse assim.

Meu filho bufa de raiva e se levanta, vai até a porta do seu quarto e a escancara.

— Saia! — grita.

— Eu sou seu pai, você não pode me mandar sair!

— Esse é meu quarto, e eu não o quero aqui, por favor, saia!

Fecho os olhos e massageio minhas têmporas. Mas entendo o que ele diz e saio do seu quarto, deixando-o sozinho com seus próprios pensamentos.

Mas estou mais do que disposto à não apoiar esse relacionamento.


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Notas finais do capítulo

http://fanfiction.com.br/historia/391541/Hereafter