Me Apaixonei Por Um Imbecil escrita por eduarda


Capítulo 9
"... Ele está sim mexendo comigo."


Notas iniciais do capítulo

Oh, hei hei hei. I'm back guys! E voltei com um capítulo bem grandinho para recompensar a minha sumida. E um dos motivos dela, é que eu estava com um puto bloqueio criativo, e acho que muitos de vocês já passaram por isso, não é?
Novamente, o título do capítulo é bem sugestivo, perceberam? E ele - o capítulo - é dedicado, além de todas as minhas fantásticas leitoras, que sempre deixam seus reviews lindos, á Larissa60847. Garota, eu simplesmente xonei em suas palavras. Xonei, chorei, pulei, sério, muito lindo. Obrigada mesmo pela sua recomedação. Não sabe o quão feliz eu fiquei, amor! Avisado que o capítulo é dedicado a você!!!
Espero que gostem deste capítulo!! Enjooooy amores!



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P.o.v Austin

Ela moveu sua boca um pouco mais para o lado, depositando um beijo estalado no canto de minha boca e se afastou. Caminhou lentamente de costas e sorriu.

– Mamãe mandou avisar que o jantar está pronto! - E piscou para mim, virando-se e voltando para casa.

Fiquei ali, parado. Toquei em meus lábios, atordoado com aquela sensação incompleta. Sorri e peguei meu violão, correndo em direção a garota. Consegui alcançar ela e a puxei pela cintura com uma mão só, o que a fez colidir-se com meu corpo.

– Será? - Sussurrei em seu ouvido e dei um beijo também no canto de sua boca. Percebi ela estremecer e eu sorri com aquilo. Fiquei em sua frente e pisquei para ela. - Você vem? - Pergunto.

– Imbecil. - Pragueja e passa em minha frente, subindo a duna. Caminhamos lado a lado, até que chegamos aquela entrada, por onde provavelmente ela veio. Entramos de novo em casa, deparando-nos com quatro adultos sentados á mesa de jantar, com os pratos a frente deles, e vazios.

– Onde estavam? Há horas que os chamamos para jantar! - Minha mãe abordou-me ao me ver.

– Hã... Estávamos na praia. - Respondi rezando para que ela aceitasse apenas essa explicação.

– Sei, fazendo o que na praia a essa hora? - Bebericou o vinho em sua taça. Eu olhei de soslaio para a Ally, pedindo alguma explicação óbvia e que ela caísse. Se não, eu iria dizer a minha mãe que estava contando da minha vida e chorando na frente de uma garota, e que eu tinha cantado uma música um pouco deprimente demais para ela e que nós quase nos beijamos?

– Não se preocupe Mimi, eles não deviam estar fazendo nada demais. - Sra. Dawson disse a minha mãe, e sorriu para mim. Minha mãe assentiu um pouco relutante. - Conseguiu? - Ela pronunciou-se á Ally, que olhou para mim e tornou a olhar para a mãe, confirmando com a cabeça. - Veiam, sentem-se, eu vou buscar o jantar. - Ela sorriu e levantou-se.

Fiquei intrigado com aquilo. Conseguiu o que? Deixei meu violão perto do sofá e acompanhei a Ally a mesa, sentando na cadeira vazia ao lado dela.

Sra. Dawson trouxe a comida e jantamos calmamente. O ambiente estava realmente confortável e relaxante. Eu me sentia bem ali. Ria das piadas sem graça do meu pai e do Sr. Dawson. Cutucava a Ally, em busca de explicações para aquele "Conseguiu?". Desfrutava da comida saborosa da minha mãe e da mãe da Ally. Eu nunca achei que me sentiria assim. E nunca pensei que isso fosse tão bom!

P.o.v Ally

"E aí diário? Aqui estou eu escrevendo em você, o que é meio raro de acontecer, já que eu não tenho muitas coisas interessantes para escrever-lhe, a não ser sobre o quão irritada estou com o Moon, ou Austin. E é isso, mais uma vez eu vim lhe falar sobre ele.Fizemos as pazes, foi isso. Estranho não é? Mas eu não resisti em lhe dar outra chance. Diário, ele chorou em minha frente, acredita nisso? Aquele garoto arrogante que eu pensei que nem tinha sentimentos, simplesmente chorou em minha frente e se abriu para mim. Ele contou cada detalhe de quando me conheceu, e porque me tratou assim todos esses anos. Eu não conseguia acreditar que aquilo estava mesmo acontecendo, e que o próprio estava me pedindo desculpas. E novamente, eu não queria ter que admitir isto, mas rolou um clima, e não foi a primeira vez! Cara, eu odeio ter que me conformar com a ideia de que ele está sim mexendo comigo, e eu não sei até onde esse "mexendo" pode dar. Acabamos de firmar um começo de uma amizade, e já estaríamos aos beijos? Por maior que tenha sido a minha vontade, eu não posso me deixar levar. Não é o certo. Mas para falar a verdade, o que é o certo vindo de Austin Moon? Combinamos de ser amigos, e de evitarmos um pouco brigar, quer dizer, eu brigar com ele, mas o garoto também tem que aprender a ser controlar, né? Foi um choque bastante grande, quando soube que teria que passar a semana toda - feriadão, lembra? Acho que comentei isso com você há uns dias - aturando ele. Minha reação não foi das melhores, além de que nem os meus pais, e nem os deles, sabiam que nós tínhamos um relacionamento complicado. Acabei por ouvir o conselho da mamãe, e segui meu coração, que me levou até o loiro, e daí aconteceu. Ele tocou uma música muito linda, a acabamos por ficar de bem, e eu acabei enganando ele! Caralho, precisava ver a reação dele, ao perceber que não íamos nos beijar, parecia um cachorrinho implorando por aquilo. Eu sinceramente acho que vai ser legal tê-lo como amigo. É sempre bom testar coisas novas e ir aprendendo ao longo do caminho, e por que não fazer isso, sendo 'amiga' do Austin?

Boa noite diário, Com amor, Ally..."

Fiquei um tempinho encarando as palavras abaixo de mim, até que sinto uma respiração quente ao pé do meu ouvido. Olho rapidamente para o lado, vendo a cabeça do garoto por cima do meu ombro. Ele estava lendo o que eu tinha escrito! Fechei o diário na mesma hora, fazendo-o piscar sequencialmente com o susto.

– "... E por que não fazer isso, sendo amiga do Austin?" - Ele riu - Então você gostou da ideia mesmo? Vejo o inicio de uma linda amizade! - Riu novamente se afastando de mim.

– Haha, vai á merda Moon! - Joguei o travesseiro nele com toda a minha força, o que o fez cair na cama num "back".

– Fortinha você em? - Disse e deitou-se de lado, com o cotovelo apoiado em seu travesseiro, de modo que ele ficou de frente para mim. - Mas eu não tava brincando. Eu realmente quero ser seu amigo, recompensar tudo que eu fiz no passado. Eu não sei direito, mas sinto que de alguma forma, se isso der certo, vai durar. Pode confiar em mim! - Ele sorriu amigável, e sem pensar, retribuo o mesmo sorriso. É inacreditável, a cada momento eu descubro mais coisas sobre o Austin, as quais eu nem pensava que poderiam mesmo existir. E não vou negar, estou gostando desse seu lado. - Então... Não sabia que tinha um diário. Pensei que não fosse dessas.

– Dessas? - Repito ao me levantar e pôr meu diário sob a instante do meu quarto.

– É, dessas que passam horas em seu quarto, escrevendo milhões de palavras em algumas folhas de papéis, em como o seu dia foi encantador, em como o encontro com aquele "gato" foi prazeroso, em como aquele filme água com açúcar a fez chorar e blá, blá, blá. - Ele fez caretas a cada exemplo que dava. Eu revirei os olhos para a sua percepção sobre mim.

– Eu não sou dessas, se você parar para analisar o meu diário, tem mais letras de músicas e rabiscos de desenhos do que de "desabafos sobre a vida". - Fui até a minha mala e peguei minha roupa de dormir e meus pertences pessoais, caminhando para o banheiro.

– Espera! - O Austin praticamente gritou.

– Eu só vou tomar um banho, tenta não sentir tanta falta de mim! - Parei em frente á porta.

– Ah, engraçadinha. - Sorriu irônico. - Mas, você disse letras de músicas? - Daí eu vim reparar na merda que eu disse.

– Que? Não! Eu não disse letras de músicas! Tá maluco garoto? Pirou foi? Eu vou tomar banho que é o melhor que eu faço! - Entrei no banheiro rapidamente e bati a porta, encostando-me nela e soltando o ar de meus pulmões. Não acredito que falei aquilo, ainda mais para o Austin! Ninguém sabe que eu componho! Merda! Merda! Merda!

Tento esquecer isso e me dispo, prendendo meu cabelo e entrando embaixo do chuveiro, relaxando quando a água colide com meu corpo.

P.o.v Austin

Fiquei encarando a porta do banheiro fechada, esperando que do nada, a resposta verdadeira viesse a mim. Ela não teria falado aquilo por falar. Será que ela escreve mesmo letras de músicas? Ouço o barulho da água caindo e levanto-me da cama. Vou até a instante, fazendo o mínimo de barulho possível, pego o diário e o abro. Folheio algumas folhas. É, ela não estava mentindo quando disse dos rabiscos! Tinham mais de mil desenhos, eram muito feios, mas pareciam ser aqueles que fazemos quando a aula está muito chata. Eu devo ter uns mil desses no meu caderno. Dou mais uma olhada e paro em uma folha.

"You, with your words like knives

And swords and weapons that you use against me,

You, have knocked me off my feet again,

Got me feeling like I'm nothing.

You, with your voice like nails on a chalkboard

Calling me out when I'm wounded.

You, pickin' on the weaker man."

Eu nunca tinha ouvido aquela música, ou pelo menos não lembrava daquela letra. E sinceramente, era muito boa. Eu não podia acreditar que aquela música fantástica, havia sido escrito pela morena. A letra era tocante, e me pareceu um pouquinho familiar, mas eu me recusei a pensar de que se referia a mim. Folheei mais algumas páginas e acabei por parar na que estava aberta há poucos minutos. Passei os olhos pelas palavras, e me surpreendi um pouco com o que vi. " Cara, eu odeio ter que me conformar com a ideia de que ele está sim mexendo comigo, e eu não sei até onde esse "mexendo" pode dar." Sorri involuntariamente. Eu mexia com ela? Se ela soubesse a reações que eu venho tendo aos seus atos, "mexer", não seria bem o termo apropriado para o meu caso! Ouvi um barulho vindo do banheiro, e me apressei em pôr o diário em seu lugar e me jogar na cama, olhando com uma cara inocente, para a porta que estava se abrindo.

De lá saiu a garota com um pijama super curto, na verdade era um vestido, e pantufas brancas. Ela mexia no celular animadamente, batendo os dedos na tela rapidamente, parecia estar conversando com alguém. Mas a minha atenção, novamente, foi mais para baixo. Por que ela insistia em deixar aquelas pernas a amostra? Ela ficou parada na porta, e esfregava uma perna na outra, e meu olhar não conseguia se desgrudar.

– Não cansa de olhar pra minhas pernas, não? - Ela disse. Voltei ao mundo, e voltei meu olhar para cima. Ela estava com os braços cruzados no peito e me olhando com um sorriso sapeca.

– Acha que é fácil? - Acabou escapando. - Tinha pijama mais comprido não?

– Não. Quando eu arrumei minha mala, não tinha escrito no tutorial de viagem, que iria dormir um garoto no meu quarto. - Ela também se jogou na cama, pegando seu celular de novo e tornando a mexer nele. Revirei meus olhos e peguei minhas coisas para tomar um banho. Quando saí, percebi um olhar sobre mim. A garota olhava fixamente para meu peitoral, o qual estava descoberto. Levei aquilo como uma pequena vingança, estamos empatados agora.

– Assim, aproveita que está com o celular na mão, e tira uma foto. Vai durar mais! - Digo e cruzo meus braços no peito, assim como ela fez.

– Ér...Você não tinha camisa aí não? Ás vezes é bom dormir com uma! - Ela diz desviando o olhar.

– Não, é que ao contrário de você, eu não recebi um tutorial de viagem , sabe? - Ela me olha com os olhos semicerrados.

– Se sentir frio á noite, não venha apelar para mim!

– Digo o mesmo a você! Pernas não fazem parte do corpo? - Olhei para elas de novo. Porra, por que tão lindas?

– Acho que se você continuar olhando para elas, é capaz delas se esquentarem com o calor de seu olhar. - Ela ri e amostra ainda mais as pernas. Que merda! Essa menina é uma provocação!

– É, e se não for o suficiente, eu vou até aí e as esquento pessoalmente. - Digo e vou até a sua cama e sentando na beirada.

– Isso! Faça isso e acorde sem seus olhos, ou sem alguma parte mais para o sul. - Sua voz saiu sinistra e eu levantei meus braços em rendição. Ela sorriu e continuou a mexer em seu celular.

– O que tanto mexe aí? - pergunto curioso. Ela parece conversar com alguém, mas quem estaria acordado ás onze e meia da noite?

– Não interessa. - Respondeu curta e grossa.

– Ah é? - Avanço sobre ela e arranco o celular de sua mão, ela pula em cima de mim, pedindo para que eu devolva, mas antes eu leio o que tem lá. Ela não estava conversando com alguém, estava usando um aplicativo. E aquilo meio que me intrigou.

– Sério Ally?


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Notas finais do capítulo

Música: Mean - Tay Swift.
Gostaram? Curtiram? Ficou legal? Muito grande?
Obrigada de novo á todas as meninas que deixaram seus comentários e a Larissa, obrigada mesmo pela recomendação minha linda!!
Estarei em breve postando de novo!! Mil beijões para vocês, tchau tchau. :**
Look da Ally: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=100819263&.locale=pt-br