Me Apaixonei Por Um Imbecil escrita por eduarda


Capítulo 7
Você acha que pode confiar?


Notas iniciais do capítulo

Miiiinhaaaaa gentee, eu volteei!!! E animada como sempre!! Bom, creio que alguns de vocês devem ter criado hipóteses sobre o meu "desaparecimento". (Ou não, mas eu gosto de me achar importante!). Então, explico a vocês que essa última semana foi de provas, e eu tive que me dedicar aos meus maravilhosos estudos, e no fim de semana eu não pude por questões pessoais!
Maaas, voltei aqui com um capítulo novinho, e dedicado a uma pessoa superhipermegaultrapower especial! Mari orange, minha flor, linda, perfeita e maravilhosa, MUITO OBRIGADA MESMÃO VIU? Eu ri, chorei, pulei, tentei não acordar meus pais quando vi! Eu simplesmente amei suas palavras tão fofas e divertidas! Obrigada mesmo!
APROVEITEM O CAPÍTULO!! ENJOOY!



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P.o.v Austin

Senti meus músculos trêmulos, minha mão ficando gelada e suada ao mesmo tempo, as palavras dela me invadiam, e eu estava sem respostas. Ouvir aquilo foi como um grito no vazio, um abismo á minha frente, pronto para me devorar. Senti vontade de chorar, não sei porque. Ela me odiava com todas as forças que podia, enquanto eu estava tentando me acostumar com o sentimento de estar gostando dela. Mas isso não vinha ao caso, eu a havia magoado seriamente muitas vezes, e nunca fui capaz de perceber isso. Achei que era dela ser temperamental assim, mas não. Era apenas ela que eu incomodava, porque ela é a única. Sentimento de culpa, sinto ódio de mim mesmo. Eu fui egoísta esse tempo todo, irritava ela o tempo todo por me sentir bem com isso, ela é a única que me odeia na escola, e sempre achei que esse era um ponto bom, que eu podia viver com isso, mas ela não podia. E vejo agora, que eu também não.

Deixei a lágrima cair involuntariamente, e repeti aquelas palavras inúteis. Saí daquele lugar e voltei para o quarto dela, fui até a pequena sacada de seu quarto, que tinha a vista para toda a praia. Olhei para baixo e a vi, sentada no mesmo lugar e na mesma posição. Sentei no chão de lado para a vista e para as pequenas grades. Enterrei meu rosto em minhas mãos e deixei a culpa e o arrependimento me consumir. Eu me sentia um completo idiota! Por que fiz isso? Ela não merecia, e não merece. E por que só agora eu vim perceber tudo isso? Como eu não enxerguei que por trás de toda a zoação, ela sentia várias outras coisas, além do ódio?

– Burro! - Xinguei-me - Imbecil! - Levantei do chão e saí do quarto, desci as escadas e olhei para todos os lados, vendo se alguém me reparava ali. Não, as duas mulheres pareciam estar na cozinha, enquanto meu pai e o Senhor Dawson conversavam sobre alguma parceria de negócios na sala. Passei pelo canto das estantes onde ficavam os porta retratos, havia deixado o meu violão encostado ali. Dei uma última olhada na foto da Dawson e saí de casa, totalmente despercebido.

P.o.v Ally

Fiquei mais um pouco sentada ali, pensando em motivos para o Austin ter chorado, e na minha frente! Bem, não foi realmente um "choro", ele deixou escarpar uma lágrima, e agora só me falta descobrir o que se tem por trás dela.

A noite já havia caído. Me perguntava onde ele devia estar, com certeza não estaria aqui em casa. Veio-me a mente pedir desculpas, mas isso seria muita burrice. Ele me enche, me humilha e me faz sofrer com seus argumentos imbecis todos esses anos e eu é quem peço desculpas? Por outro lado, ele também se desculpou, mas por que? Depois de todo esse tempo, por que só agora?

– Filha? - Ouço a voz da minha mãe e olho instantaneamente para trás.

– Oi mãe. - Respondo baixo. Ela se aproxima de mim e me olha com aqueles olhos verdes escuros. Todos sempre diziam que eu não pareço nadinha com a minha mãe fisicamente. Ela é uma mulher alta, com os cabelos curtos e ruivos. Seus olhos são verdes brilhantes, e seu corpo curvado. Com seus trinta e nove anos, que aparenta ter trinta. Dizem que possuo todas as suas qualidades, sua doçura, a generosidade e a sua sinceridade sem limites; mas também seus defeitos, como o temperamental forte e a fonte de ironia inesgotável.

Mamãe sentou na beira da espreguiçadeira, a qual eu estava sentada.

– O que aconteceu, meu bem? - Sua voz era meiga e confortável.

– Nada mãe, só pensando. - Menti. Eu estava fortemente abalada e intrigada com o que havia acontecido mais cedo.

– Você sabe que não consegue me enganar. Pode contar! - É, eu sabia disto.

– É que eu contei algo para uma pessoa, e eu vi que essa pessoa se decepcionou com o que eu disse. Eu não queria, mas eu me senti mal com isso. A reação da pessoa me surpreendeu mais do que eu esperava. E agora eu não sei o que fazer, sinto que a magoei, sendo que já fui muito magoada pela mesma. - Acabei contando, mas emitindo o nome do individuo. Mamãe sorriu.

– Sei que muitas pessoas, inclusive eu, já te disseram isso. Mas é sempre o certo a fazer, sei que sabe disto - Ela pegou em minhas mãos e continuou. - Siga o teu coração. Muitas vezes ele não te dar a resposta correta, mas sim a que você precisa. Tente entender as coisas um pouco mais, podem haver detalhes importantes e que você passou despercebida. - Sorriu novamente e beijou minha bochecha. Levantou-se e olhou para o mar, o mesmo sorriso tornou-se sapeca e ela virou-se para mim. - O jantar está pronto. Por que não vai chamar essa pessoa? - Piscou para mim e entrou de novo em casa.

Fiquei meio confusa com aquilo, e olhei para onde ela havia olhado. Vi o reflexo da Lua na água, e a uma distância considerável do mar, vi uma pessoa sentada na areia. É lógico que reconheci a pessoa, só fiquei me perguntando, como a minha mãe sabia que era o Moon?

Pensei nas palavras dela, e decidi dar uma chance ao que meu coração dizia, mesmo tentando descobrir o que aquela sensação significava.

Levantei da espreguiçadeira, cambaleando um pouco por estar numa posição por tempo demais. Saí da área, caminhando pela grama e chegando a um portãozinho que separava o terreno da praia. Abri-o e andei pela areia, descendo a duna pequena e me aproximando mais do garoto. Percebi que ele carregava um violão em seu colo, e a melodia que se fazia era realmente confortante e boa de se ouvir. Fechei os olhos, e sorri, deixando-me levar pelo som das cordas dedilhadas e das ondas quebrando no mar.

Quando reparei, já estava em sua frente. Ele me olhava interrogativo, e eu não conseguia retirar aquele maldito sorriso do rosto.

– O que faz aqui? - Pergunta finalmente. Ignoro sua pergunta, só pelo fato de não saber como responde-la e sento-me em sua frente.

– Toca? - Digo.

– Sim. - Ele fala. Passam-se uns segundos e reviro os olhos.

– Então... Vai, toca aí uma música! - Reformulo minha fala.

– Ah, acho melhor não. - Desvia seus olhos para o violão. Aquilo me incomoda, ele parece estar tentando evitar fazer contato visual comigo. Solto um longo suspiro.

– Moon, eu estou aqui, ignorando a maior parte do meu cérebro, tentando "Seguir o meu coração", para entender tudo o que aconteceu mais cedo e arranjar uma resposta para minha vontade insensata de te pedir desculpas, e você ainda me dar mais motivos para dar o pé daqui? - Falo tudo de uma só vez, e o Moon me olha desconfiado e sorri de lado. Não me respondeu, apenas encarou as cordas do violão e tocou a música.

Eu admiro o que me faz voltar
A ver a vida como eu sempre quis
Minhas verdades ninguém vai mudar
Nem apagar o que foi feito aqui

Hoje eu sou o que restou da dor
Da minha dor
Não posso me esconder
Mas que a verdade seja dita agora

Eu mudei por você
Mas não quis sofrer
Por ser tão real pra mim

Vou
Aprendo a viver
E num segundo perder
O medo de ser quem eu sou
Ser quem eu sou

...

Me envolvo na música, nunca a tinha ouvido antes, mas tinha gostado.

– Por que escolheu essa música? - Pergunto sem querer. Não sabia se tinha motivo, mas seria muito bom saber qual seria.

– "Mas que a verdade seja dita agora" - Ele repetiu o verso e me olhou nos olhos, diretamente pela primeira vez. Levei um susto, estavam vermelhos, e suas bochechas estavam molhadas.

– O que aconteceu? Por que está chorando? - Aproximei-me mais dele, esquecendo todas as minhas recentes regras de ficar o mais longe dele o possível.

– Eu não sou quem você pensa que eu sou. - Diz.

– Ai meu Deus, vai me dizer que você é um vampiro? - Ele me olha e sorri de lado.

– Você é impossível, sabia? - Ri.

– Só tentando aliviar um pouco o clima. - Rio também. O silêncio se estabelece por uns momentos, e eu tomo uma iniciativa que não pensei que iria fazer nem em um milhão de anos.

Levei minha mão ao seu rosto, e enxuguei suas lágrimas. Ele sorriu para mim.

– Então o que você é?

– Totalmente ao contrário do que você acha que eu sou.

– Bem, já descobri que você tem sentimentos. E olhe, foi uma surpresa e tanto! - Digo rindo. - O que falta?

– Posso confiar?

– Depende, você acha que pode confiar?


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Notas finais do capítulo

Curtiram? Gostaram dele? Eu realmente não gostei muito do final, mas eu não consegui criar um melhor! Eu espero que tenham curtido, está bem? Mari, valeu mesmo, heim? Você é um anjo!
Obrigada também as meninas que comentam, eu sempre choro com os reviews gente, é inevitável!
Mil beijões pra vocês, tchau tchau. ;**
Obs. Música do capítulo - Hevo84 - Passos Escuros.