Me Apaixonei Por Um Imbecil escrita por eduarda


Capítulo 6
Garoto, eu te odeio.


Notas iniciais do capítulo

Sim, eu gritei, eu me esperneei, eu surtei, eu mal consegui dormir, eu fui abordada por várias perguntas, tipo: "Você está bem?" ou "Enlouqueceu foi?". MAIS 2 RECOMENDAÇÕES? COMO ASSIM? COMO ISSO ACONTECEU? Vocês querem definitivamente me matar de alegria e de tanto chorar, não é? Admitam! Garotas, muito obrigada mesmo. Girl Frend, que eu imagino ser uma nova leitora! Muito obrigada mesmo linda, você me deixou hiper mega feliz com suas palavras, eu derramei litros de lágrimas! E Quézia, My Little Cute, um obrigadão mesmo! Ás veezes eu cheguei a desconfiar que você ia recomendar a história, como tinha dito. Mas eu ainda não confio nessas minhas "habilidades" de escrever! Eu li chorando cada letrinha que você escreveu, obrigada mesmo! E é isso, o capítulo é dedicado a vocês duas que recomendaram, mais a More Dreams, aquele amor de pessoa, que também recomendou, e a todas as minhas leitoras que fazem questão de deixar seu review, sempre me fazendo chorar de amoção!!!
Fiquem com capítulo, espero que gostem dele! Enjooy!



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P.o.v Autora

Ally já estava cansada de ficar naquele carro, que se balançava constantemente, dando-a sensações de enjoo.

- Mãe, já chegamos? - Ela perguntava a cada cinco minutos. O caminho para ela já era desconhecido, há muito tempo ela não viajava com os pais, ou mesmo saía com eles, e era como uma sensação nova estar indo para Sunset Beach com eles. Apesar do pensamento de que não ficariam sozinhos, ela estava tentando se animar com isso. Afinal, o que poderia mesmo dar errado? Pode até ser bom ter mais pessoas naquela casa. Mostrava os dentes em um sorriso forçado toda vez que a mãe comentava sobre isso, que iria ser divertido, que ela iria gostar. Estava tentando o seu máximo para aceitar isso, e sabia que com um pouco de esforço conseguiria. Mas não por muito tempo...

- Chegamos filha! Acorde! - Penny balançava a sua filha, enquanto Lester saía do carro e retirava as malas do bagageiro.

- O que? Já? - A garota se despreguiçava lentamente e piscava os olhos em sequência, tentando se acostumar com a luz do Sol, que nesse momento se escondia nas ondas calmas do mar, lá longe.

- Sim, venha. - A ruiva estendeu sua mão para ajuda-la a sair do carro, lhe enviando o seu típico sorriso amigável e doce.

Ally saiu do carro e pegou sua mochila, já que o pai havia levado todas as outras bagagens. Mãe e filha caminharam lado a lado para dentro de casa, matando aquela saudade que sentiam. A morena fechou os olhos e inspirou fundo, ela gostava tanto daquele cheiro salgado, gostava daquela brisa fria tocando em seu rosto. Ela se sentia em casa de novo. Assim que entraram, deram de cara com Mimi e Mike. A loira andou apressadamente ao encontro delas duas, encheram-na de abraços e falas do tipo "Como é bom vê-las!" "Penny, muito obrigada por nos convidar, querida!" "Ally, como você está grande!"

- Você lembra que eu te carreguei quando você era desse tamanho? - Mimi fez um gesto demonstrando o tamanho da garota. Ally sorriu forçado novamente. Ela não lembrava nem um pouco da mulher, não conseguia acessar nenhuma informação sobre ela. Apenas sorriu, achando que não seria uma boa ideia responder com um sim ou um não.

Ela se afastou dos quatro, vendo que eles não perceberam isso por estarem muito entretidos um com o outro e subiu as escadas. Mal sabendo o que a aguardava em seu quarto.

Austin estava deitado em uma das camas do quarto da menina. Ele tinha gostado dele, se surpreendeu ao vê-lo. Achou que iria encontrar aquelas coisas de menina, como tudo cor-de-rosa, pôsters de galã de novela das nove, ou qualquer outro tipo de coisa. Não, ele encontrou um quarto modesto, com paredes pretas, com notas musicais brancas pintadas. Já era a segunda vez que via algo musical relacionado a garota. Viu uma instante cheia de livros, que ia de Shakespeare á revistas em quadrinhos. Porta retratos também, dela e de uma outra amiga. Já havia visto essa menina antes com a Ally, era sempre ela que estava lá para rir da cara da Ally quando ele a irritava. "Devo agradecer a ela por dar um complemento ao meu trabalho." pensava. Mas algo o chamou atenção, ele viu uma foto em cima de uma mesinha. Ele não soube o que sentiu ao vê-la, o seu coração havia se partido ao meio, e ele mal sabia o porquê. Era uma foto dele, com doze anos de idade, a foto estava toda rabiscada, tinha um bigode desenhado nele, e no centro, em grandes letras e destacado em vermelho, tinha a frase "EU TE ODEIO!".

Ele não sabia porque aquilo o afetara tanto, ele sabia que ela o odiava, mas desde sexta feira, ele vinha tomando isso como um ponto negativo. Ele havia construído um sentimento novo e diferente pela garota, mas além de não saber o que significava, ele não queria admitir isso para si mesmo.

Virou rapidamente quando ouviu a porta abrir e de lá aparecer uma garota, dando tempo de vê-la com os olhos mais abertos o possível e  um sorriso forma-se em seu próprio rosto.

P.o.v Ally

Eu paralisei, não estava acreditando no que via. Pisquei várias vezes, aquilo só podia ser um sonho, melhor um pesadelo!

- O que faz aqui? - Pergunto. - E no meu quarto!

- Você não sabia? Vou passar a semana aqui! - Respondeu irônico como sempre, mas eu podia ver um brilho triste em seus olhos, um tipo de decepção. Não liguei para isso, liguei mais para o que ele disse.

- Como assim? Isso só pode ser pegadinha! - Reparo que uma das camas do meu quarto, a que costumava ser a da Trish, está um pouco desarrumada, e acabei ligando o fato de que essa casa só possuí três quartos. Então o Austin teria que... - Impossível! Eu não vou passar meu feriadão com você! - Saio do quarto ás pressas, pronta para ouvir algumas explicações da minha querida mamãe. Ouço risadinhas atrás de mim e passos, ele deve estar se divertindo com a situação.

- Mãe, por que não me disse que o filho de seus amigos era AUSTIN MOON? - Enfatizei o nome do imbecil.

- Não sei, não achei necessário. Além de que eu queria te fazer uma surpresa. Sei que vocês se adoram! - Mamãe me enviou um sorriso inocente, e mais uma vez eu fui surpreendida. De onde ela tirou essa ideia de que eu o Moon nos adoramos? Já ia protestar, mas sinto um braço sendo envolto em meus ombros, viro meu rosto e vejo o loiro ao meu lado.

- Foi uma surpresa e tanto para nós dois, realmente eu adoro ficar com a Dawson aqui! E tenho certeza que o sentimento é recíproco, não é mesmo? -  Ele me olhou, e eu vi que ele implorava para eu concordar. Eu desviei o olhar para os adultos á minha frente, eles estavam na esperança de ter um ótimo feriado, relaxante, e não iriam gostar de ver dois adolescentes brigando, ou no caso, um enchendo o saco do outro. Além de que eles não sabiam desse nosso "Relacionamento". Suspirei e acabei concordando.

- É, claro. - Disse. Vi os sorrisos se formarem no rosto de cada um á minha frente. - Mas a senhora poderia ter me avisado, eu teria me preparado, tanto mentalmente quanto fisicamente. - Sorri fraco. - Vou sair um pouco. - Me desvinculei do Moon e adentrei mais a casa, indo até os fundos dela. Abri a porta transparente e sentei em uma das espreguiçadeiras. O Sol já havia se posto há muito tempo, e cada vez mais as estrelas se iluminavam no céu. E era por isso que eu não queria ter mais gente aqui conosco. Sempre algo tem que dar errado, como conviver com uma pessoa que eu odeio! Agora eu vou ter que aguenta-lo durante uma semana, é isso mesmo?

Não entendi o porquê dele ter dito aquilo na frente dos meus e dos pais dele. Ele pensou primeiro que eu no quesito de não preocupa-los com nossa rixa, ou com a minha rixa com ele. Deu vontade de dizer tudo que ele me causou, tudo que ele já me falou, dizer como ele é naquela escola, o quanto eu tive e tenho que aguentar. Mas percebi que não seria nada bom fazer isso, para que estragar o recesso deles? Abraço minhas pernas contra meu peito e fico olhando para o horizonte, até que eu ouço aquela voz.

- Me desculpa. - Olhei para trás, vendo-o encostado na porta.

- Pelo que? Por estragar meu feriado? - Viro-me novamente. Houve silêncio e aos poucos sua presença foi aproximando-se, quando ele sentou na espreguiçadeira ao meu lado.

- Eu não queria estragar seu feriado, eu não queria me tornar a pessoa mais detestável desse planeta para você. - Ele falava olhando para as ondas do mar.

- Mas você se tornou. Você seria a última pessoa que eu quereria passar algum tempo. Não precisa pedir desculpas, acha que um dia eu vou te perdoar por tudo que me fez passar? Você sempre fez questão de me irritar, de me deixar muitas vezes para baixo. Sempre andando com seus amigos, os populares, e jogando na minha cara que eu não tinha nenhum. As suas palavras irônicas e o seu ego irritante. Acho que você não faz ideia das muitas vezes que me fez chorar no silêncio. Das coisas que já me fez sentir, apenas com esse seus modo antipático de ser. Você já me deu nojo, raiva, ódio. Garoto eu te odeio. E nada nem ninguém vai mudar isso! - Eu despejei tudo em um só fôlego. Nunca pensei que poderia mesmo dizer aquilo, mas saiu. Minha vista embaçou-se um pouco, e eu vi o rosto do garoto pálido. Seu queixo estava caído, e seus olhos castanhos transmitiam pura culpa e desapontamento.

Ele inspirou fundo e encarou o chão.

- Me desculpa. - Ele falou e uma única lágrima pingou no chão. Levantou-se e entrou de novo em casa. Deixando-me abismada ali. Ele chorou?


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Notas finais do capítulo

Gostaram dele? Ficou bom? O próximo sai em breve! (Ainda estou escrevendo ele. :/ ) Obrigada novamente as meninas, e eu repito, vocês são muito FODAS!! Milhões de beijos, tchau!