Me Apaixonei Por Um Imbecil escrita por eduarda


Capítulo 19
Acho que também gosto de você.


Notas iniciais do capítulo

Heya pessoal, tudo de boas? Voltei muito mais cedo do que eu pensava que poderia voltar, mas como já estava com o capítulo pronto, decidi posta-lo. E queria avisar, esse capítulo possui um excesso muito grande de clichês e fofuras, que eu realmente não sei como eu consegui escreve-lo. Só não me culpem por isso, ok? Espero que gostem dele, Enjoooooooy!



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P.o.v Austin

– Vou pegar uma água, com licença. - Disse e levantei rapidamente da cadeira. Por que ela disse aquilo? Certo que não foi grande coisa, mas conhecendo como eu conheço um pouco sobre a amiga da morena, isso pode até se espalhar. E eu ainda teria que aguentar o Dez e ela rindo da minha cara. Mas o que mais me intriga, é o motivo dela ter me cortado daquele jeito, ela não queria que eu dissesse que essas noites nós dormimos na mesma cama? O que tem de mais? Passo pela entrada da cozinha e sigo o imenso corredor. Não haviam muitas coisas nele. As paredes tinham uma cor branca e tinha alguns quadros pendurados, mostravam algumas paisagens, de vários lugares conhecidos, inclusive de Miami. Não haviam janelas, o corredor só não estava totalmente escuro porque ainda era dia e iluminação da sala invadia o corredor. Estava sem rumo, e aquele corredor era sem saída, apenas com uma porta da mesma cor da parede á direita.

Cheguei ao final e encarei a porta. A curiosidade tomou conta de mim e eu tentei abri-la. Estava meio emperrada, mas com um pouco mais de persistência eu consegui abri-la, dando de cara com uma escada em estilo caracol. Não dava para ver onde ela dava, então deixei a curiosidade me levar e subi as escadas. Fui devagar, observando o piso de madeira dos degraus rangerem um pouco a cada passo. Cheguei ao topo, me surpreendendo ao ver no que aquela escada dava. Era uma sala grande e espaçosa, mas que possuía muitos poucos móveis para sua extensão. Dei mais alguns passos, observando tudo a minha volta. As paredes brancas e empoeiradas. Os quadros de mesmo estilo dos que tinham lá em baixo. Um sofá que ficava de frente para uma porta de vidro. Na verdade não era uma porta, era como se fosse uma janela, mas não havia como abri-la. Mostrava toda a imensidão do mar lá fora. Aquele lugar era tão reconfortante, e parecia não ter recebido visitas por muito tempo. Imagino que esse seja o lugar preferido da...

– Eu imaginei que viria para cá. - Me virei para ver a morena parada no topo da escada, já com as roupas trocadas, e com um sorriso de canto no rosto.

– Eu quero ficar um pouco sozinho. - Eu disse.

– Eu não vou te deixar sozinho. - Falou e se aproximou mais de mim.

– Eu deveria saber disso.

– Desculpa pelo o que eu disse lá em baixo, eu só não queria que você contasse mais do que devia. - Ela moveu os olhos para o sofá, acho que cogitando a ideia de sentar-se nele, mas desistindo ao ver o quão empoeirado ele estava.

– Pensei que a Trish fosse sua melhor amiga, que vocês contavam tudo uma para outra.

– E isso é verdade. Mas ainda é meio difícil para mim compreender que eu estou mesmo gostando de você, e as perguntas que com certeza a Trish faria a mim me deixariam mais confusa ainda. - Meus olhos se arregalaram igualmente aos seus, quando percebemos o que ela acabara de dizer. Mas o sorriso forçou a escapar de meus lábios.

– Tá desculpada. - Eu digo e ela sorri de canto, desconfortável com a situação. Passaram-se alguns minutos, e eu vejo que o silêncio é o nosso mais novo companheiro. Ele se mantinha entre mim e a Ally, que estava numa distância um pouco grande de mais para o meu gosto. - Então, esse aqui era tipo o seu mundinho né? - Disse cortando aquele maldito silêncio.

– Como adivinhou?

– Palpite. O lugar combina com você. - Ela sorriu.

– Era sim. Eu costumava ficar aqui horas e horas, lendo, apreciando a vista, escrevendo e escutando música, além de compor, também. - Deixou escapar mais uma vez a história de "compor". Eu já havia me esquecido daquilo, e me esquecido também de que eu havia lido uma parte de seu diário e descoberto que era realmente verdade. Eu via que ela tentava desconversar de novo, coisa que ela não sabe fazer. Mas a cortei.

– Não precisa esconder mais. Eu sei que você compõe.

– Como?

– Já é a segunda vez que deixa escapar isso. Mas não precisa se envergonhar, é sério. Você tem sorte por isso. Devia se orgulhar e não esconder. - Ela começou a se aproximar mais de mim, que já estava encostado no sofá. O clima ficava relaxado conforme os minutos se passavam. - Um dia eu quero ver suas músicas, ouvi-las, não deve ser tão ruim quanto a sua voz. - E esse dia já aconteceu, mas ela não precisa saber disso. Ally me enviou um sorriso irônico, semicerrando os olhos, e se encostou no sofá ao meu lado. Mas o seu sorriso irônico mudou de figura, não era mais debochado, e sim verdadeiro. Meigo. Fofo. O sorriso da Ally. Aquele sorriso que eu descobri que eu tanto amo.

Outros longos minutos de silêncio se passaram, e eu não conseguia mais aguenta-lo, quando tive a brilhante ideia.

Desencostei do sofá e fiquei em sua frente. Ela me olhava interrogativa. Apenas enviei-lhe meu melhor sorriso e estendi minha mão para ela.

– Austin o que... - Começou.

– Dança comigo, Ally? - Eu disse. Ela olhou divertida para mim.

– Como sem música? - Protestou.

– Não tem problema. Apenas dance comigo. - Ela aceitou finalmente a minha mão e seu corpo se encostou suavemente ao meu. Ao longe eu podia ouvir uma música tocar, dentro da minha mente mesmo, e acabei por cantarolar alguns versos. Ally olhou para mim, provavelmente reconhecendo a música. Ela sorriu para mim.

Take my hand, I'll teach you to dance.

I'll spin you around, won't let you fall down.

Would you let me lead, you can step on my feet.

Give it a try, it'll be alright.

– Eu não sei dançar, Austin. - Ela disse brincalhona, enquanto errava alguns passos. - Segurei com mais força em sua cintura, levantando-a e pondo-a em cima de meus pés. Ela se agarrou aos meus ombros, soltando aquela risada boba.

– Pronto. Tudo certo. - Eu ri e nós continuamos a dançar. Com o silêncio do ambiente, a música tocando apenas em nossas mentes, e nossos sorrisos bobos estampados no rosto.

The room's hush, hush,

And now's our moment.

Take it in feel it all and hold it.

Eyes on you, eyes on me.

We're doing this right.

Cause lovers dance when they're feeling in love.

Spotlight shinning, it's all about us.

It's oh, oh, oh, oh, all about uh, uh, uh, uh, us.

And every heart in the room will melt,

This is a feeling I've never felt but,

It's oh, oh, all about us.

Suddenly, I'm feeling brave.

I don't know what's got into me,

Why I feel this way.

Can we dance, real slow?

Can I hold you

Can I hold you close?

The room's hush, hush,

And now's our moment.

Take it in feel it all and hold it.

Eyes on you, eyes on me.

We're doing this right

Cause lovers dance when they're feeling in love.

Spotlight shinning, it's all about us.

It's oh, oh, oh, oh, all about uh, uh, uh, uh, us.

And every heart in the room will melt,

This is a feeling I've never felt but,

It's oh, oh, all about us.

Do you hear that, love?

They're playing our song.

Do you think we're ready?

Oh I'm really feeling it.

Do you hear that, love?

Do you hear that, love?

...

Estava tudo tão bom. Nós riamos sem parar. A Ally conseguia tropeçar nos próprios pés, mesmo estando em cima dos meus. Ela mantinha seus braços envoltos do meu pescoço, enquanto os meus seguravam a sua cintura, mantendo-a firme contra mim. E foi quando eu a tirei de cima dos meus pés e olhei diretamente em seus olhos, pegando em sua mão e a girando ao meu redor. Ela sorria para o nada e possuía um brilho lindo nos olhos. E eu a parei em minha frente. Fitei seus olhos e me aproximei mais dela, segurando-a contra mim, sem deixar nenhuma sobra de duvidas que o que eu mais queria, era ficar pertinho dela, assim. A Ally olhava para cima, para o meu rosto, já que eu era um pouco mais alto que ela, e eu encarava, completamente atordoado, os seus lábios a pouco centímetros abaixo do meu.

– Acho que você já pode me beijar. - Ela sussurrou e eu não reprimi o sorriso estampado em meus lábios.

Nossos lábios se colidiram e eu senti aquele formigamento que venho sentindo sempre que toco na pele macia de seus lábios. Suas mãos se instalaram nos lados de minha barriga, agarrando de leve o tecido da minha camisa, e as minhas pararam em seu pescoço, contornando com o polegar as suas bochechas. Ally abriu mais a boca, dando espaço para que o beijo aprofunda-se, o que só melhorou as coisas. O beijo mudava aos poucos, não deixava de ser lento, mas adquiria uma quentura irreal, uma mistura de sentimentos sendo transmitidos através dos toques dos lábios. Quando eu vi, já estávamos deitados no sofá, admirando a vista que se tinha a nossa frente e não dando a mínima para a poeira que flutuava a nossa volta.

– Sabe. - Disse, ouvindo um segundo depois o murmúrio da morena deitada em meu peito. Respirei fundo, sorri e disse - Acho que também gosto de você.


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Notas finais do capítulo

Curtiram? Ficou legal? Muito clichê? Não muito clichê? Tá, parei. Geente, queria muito agradecer pelos reviews no capítulo anterior! Cara, um tão lindo quanto o outro. Amei demais!! Valeu mesmo por todo o carinho pessoal! Ah, e queria avisar que o caso do "plágio" já foi encerrado, ok? Não quero tocar mais nesse assunto e nem relembra-lo.
Música do capítulo: All About Us - He Is We ft. Owl City
Roupa da Ally: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=106877518&.locale=pt-br
Espero que tenham curtido o capítulo! Sinceramente não sei quando postarei de novo, então não vou prometer nada. Mil beijões coisas lindas da titia u.ú Até