Me afasto dela e atendo o telefone, me virando para a parede.
_A...Alô – digo gaguejando.
_ Fernanda? – escuto a voz da Maíra do outro lado. – Como você está Nad? O Guilherme me ligou aqui e me contou tudo. Onde você está? - Ela só me chama de Nad quando está muito preocupada comigo.

_ Estou bem. Estou na festa ainda, acho que vou dormir por aqui. – Digo olhando de soslaio para Aline que acena com a cabeça. Ela está com a ponta dos dedos tocando os lábios, então ela gostou do beijo?!  Não consigo decidir como me sentir. Eu gostei do beijo, mas nunca pensei que ia passar por isso. Beijar uma garota? Eu sou hetero não é?! Ou será que depois desse beijo já...

_ Nad? Tá ai ainda? - Maíra quase grita do outro lado

_ Estou. Escuta Maíra, to cansada, acho que vou me deitar. A gente pode conversar amanhã? E ei pede pro Guilherme passar na minha casa amanhã na hora que estiver ido para a escola e levar minha mochila, por favor.
_ Ta bom amiga. Qualquer coisa eu estou com o celular ligado, pode me ligar ok? Te amo. Sei que é difícil, mas tenta ficar bem.
_Obrigada amiga. Também te amo. – digo e desligo. Me viro e olho para Aline. Ela está me olhando.

_Parece que as notícias já estão correndo. – ela diz se levantando.
_ É. Olha Aline, o que aconteceu... – Digo sem jeito sem saber como continuar, mas ela me interrompe.

_ Hey deixa pra lá. Vem isso é uma festa não é? Vamos nos divertir e tentar esquecer  o que rolou até agora.
Aceno com a cabeça e a acompanho até lá embaixo. Resolvo seguir seu conselho. Pego uma garrafa de bebida que está em cima do balcão e vou para o meio da pista de dança. A sala está lotada e todo mundo esta dançando no ritmo de Feel This Moment. Começo a dançar e logo me perco de Aline. Bebo cada vez mais e já começo a me sentir um pouco tonta, mas nem ligo. Alguns meninos tentam me puxar para dançar e eu vou junto e quando dou por mim já estou beijando um. Saio de perto e continuo rodando a sala. Chego perto da cozinha e vejo que estão virando tequila. Entro no meio e já estou no meu quinto copo quando alguém encosta-se ao meu ombro. Olho pra trás e vejo Aline. Ela está linda, seu cabelo está um pouco bagunçado, mas esta a deixando sexy pra caralho. Ela chega perto e fala no meu ouvido.
_ Ei Nanda, é melhor parar não?  Daqui a pouco você nem vai conseguir andar direito.
_ Não, me deixa um pouco. – digo e tento me encostar no balcão e quase caio.
_ Vem Nanda, vamos pra casa.

_ Então vai chamar seu irmão pra irmos então. – Digo tentando fazer ela se afastar para poder voltar para a tequila.

_Não, nos vamos a pé mesmo. É aqui perto. Vem aqui. – ela pega meu braço e apoia nos seus ombros.
Ela começa a me levar me apoiando nela. Durante oi caminho olho para o céu e vejo as estrelas. Mesmo bêbada, eu fico encantada com elas. Do nada me pego falando.
_Me dá uma estrela? – Digo séria.
Aline para e me olha.
_ Bom, não sei onde posso comprar uma, e acho um pouco difícil ir buscar uma.
_ Eu queria uma agora.  – Digo. Ela começa a rir e volta a andar.

_ Te prometo que quando conseguir uma te dou pode ser?
Dou de ombros e continuo olhando para o céu. Chegamos a sua casa dez minutos depois, ela sobe comigo para seu quarto, ela liga a luz do abajur e eu tropeço no pé da cama nos fazendo cair e ela fica por cima de mim. Nós nos olhamos e de repente tudo o que importa são seus olhos. A baixa luz eles estavam pretos. Nunca tinha visto olhos tão escuros, me perdi naquela intensidade. Pela segunda vez hoje baixei meu olhar e parei em seus lábios e vi que tudo o que queria naquele momento era senti-los novamente. Estava muito bêbada pra pensar muito, então apemas entrelacei meus braços em seu pescoço e a puxei para mim encostado nossos lábios sentindo novamente aquela sensação.

Dessa vez não tinha celular para atrapalhar e ela pediu passagem para sua língua. Se apenas o encostar de lábios teve aquele efeito em mim, o beijo em si me levou as alturas.  Era feroz e com uma intensidade inexplicável, nos separamos para pegar ar. Ela me olhou novamente e tentou falar alguma coisa. Não esperei ela falar e a puxei novamente. Tirei minhas mãos do seu pescoço e fui percorrendo seu corpo. Ela dava um suspiro em cada curva sua que passava a mão e ela também passava pelo meu de baixo a cima.

Aline estava agora passando a mão em minha coxa, subindo mais e mais a cada vez, Aline se inclinou e sussurrou sedutoramente em seu ouvido:

– Eu quero isso, mas se você não quiser e só dizer.

Aline, então, deu um beijo suave em seu pescoço fazendo-a tremer. Ela leva meu silêncio como confirmação e continuou.

Aline a olhou nos olhos, com um olhar de desejo, com a mão subindo cada vez mais. Eu apertei meus lábios contra os dela e Aline suspirou com a força do beijo. Ela se levantou e empurrou minha camisa e a regata pela minha cabeça e a jogou em algum lugar do quarto. Sua mão foi lentamente fazendo seu caminho ate o botão do meu short, enquanto a outra encontrou  o sutiã e o tirou deixando meus peitos a mostra. Com a boca, começou a morder e puxar meus seios. Lancei meus braços ao redor de seu pescoço novamente, puxando-a para mais perto. Parei de beija-la e trilhei beijos até seu pescoço. Ela gemeu enquanto chupava seu pescoço e sorri. Ela começou a levantar ,me puxou para fora do chão e me encostou na parede e entrelacei minhas pernas na cintura dela. Ela era baixinha, mas me aguentava. Beijou-me ate perdemos o ar e se afastou.

Ela estava agora olhando com olhos famintos, lascivos e isso me pegou de surpresa. Aline agarrou a parte de trás de minha cabeça esmagando meus lábios nos seus. Movi lentamente a mão pelas costas dela, ate achar o laço que prendia seu macacão. Ele deslizou por seus ombros, descansando em seus quadris. A próxima coisa que eu fiz foi joga-la em sua cama, Aline olhou para mim ofegante , ela viu a fome em meus olhos antes que subisse em cima dela. Minhas pernas prenderam seu quadril para baixo, eu podia me sentir cada vez mais contra ela, ela gemeu com meu toque.

Logo estávamos em outro beijo quente, eu puxei meu short para baixo sem esforço , como Aline acabou de retirar seu macacão , ambas jogando simultaneamente o resto de nossas roupas no chão. Eu olhei para a menina deitada abaixo de mim sem nada, apenas um sutiã sem alças vermelho de renda e calcinha, eu olhei com luxúria. Aline olhou para mim mais uma vez me puxando para cima dela mais uma vez.

Ela me beijou com paixão, Giovanni nunca tinha me beijado assim, e nunca fez meu corpo formigar desta forma. O pensamento de Giovanni passou por mim e minha mente rapidamente compreendeu o que estava fazendo.

Comecei a trilhar beijos em seu pescoço e fui descendo. Parei em seus seios e comecei a sugar e mordisca-lo, fazendo-a gemer. Era o som mais doce que tinha escutado. Ela me virou na cama e fez o mesmo comigo. Continuou descendo e mordendo minha pele, fazendo-me rir com emoção. Sentia-a rindo sobre minha barriga. Moveu sua mão ate minha calcinha de renda, e podia ouvir seu suspiro ao sentir minha excitação através do tecido. Passou os dedos através do tecido me provocando. Arqueei as costas quando Aline me tocou, enfiou um dedo em mim me fazendo gemer e esmagou seus lábios contra os meus empurrando-me contra sua mão. Parou de me beijar levou sua boca até minha intimidade e começou a me chupar. Colocou sua língua e ficou fazendo movimento de vai vem com os dedos. Nunca senti nada parecido. Gemia alto e sentia o prazer crescendo dentro de mim. Gozei e me deitei cansada e extasiada na cama. Aline me beijou novamente e depois deitou ao meu lado. Puxou a coberta sobre nós e passou o braço por mim. Aconcheguei-me na dobra de seu pescoço.
Adormeci logo depois com ela fazendo cafuné em mim...

Giovanni Vasconcelos