Heart By Heart escrita por Izzy Bane


Capítulo 35
Happy Birthday To you


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para vocês.
Boa leitura, amores.



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Acordo com Maira e Guilherme pulando em cima da minha cama.
_ Acorda, coisa linda. Ta ficando mais velha, nega. - Maira fica me dando beijo nas minhas bochechas, alternadamente.
_ Não posso mais nem dormir em paz. - resmungo enquanto tentava levantar. Os dois começaram a cantar parabéns muito animados, nem parecia que era 6h da manha.
_ Foi desnecessária essa cena toda, mas obrigada. Agora me deixa ir arrumar para gente poder ir para a escola. - pego minhas roupas e vou para o banheiro acabar de arrumar, mas antes de entrar olho para eles seria sob o batente da porta.
_ Maira, a gente e amiga há muito tempo então eu posso perguntar uma coisa. Essa marca vermelha no seu pescoço... Foi só uma mordidinha, ou o Gui te pegou de jeito e não largou mais?
Entro no banheiro rindo antes que fosse acertada pelo travesseiro que os dois mandaram.
Tomo banho e acabo de me arrumar, quando chego à cozinha vejo que os dois já estavam sentados tomando café e meus pais estavam ali também. Recebo mais uma rodada de parabéns e abraços e então meu pai nos leva para casa.
Sento junto com o pessoal da minha sala, que estava esperando para poder entrar no auditório, estava todo mundo ali, menos Aline, que estava presa no transito.
Eles estavam falando sobre os ensaios, que já tinham começado a duas semanas, e eles continuavam falando que eu não parecia homem suficiente.
_ Vocês realmente acham isso? - pergunto e praticamente todo mundo acenou... OKAY! - Então ta, vou tentar resolver esse problema.
_ Que merda e essa? - Maira pergunta enquanto eu puxava ela e Guilherme comigo em direção ao banheiro. Guilherme, que andava tranquilamente, só deu um risinho.
_ Amor, só continua andando. A semente do mal já foi plantada na cabeça dela, se você resistir vai ser bem pior.

–--------*----------

Assim que sai do banheiro, senti os olhares sobre mim, e eram muitos. Provavelmente era para eu estar morrendo de vergonha, mas eu estava era me divertindo, Maíra, que vinha atrás de mim, também. Os cochichos e os risos só aumentavam, e por baixo do boné eu via pessoas se me olhando como se fosse doida. Parei perto de Diego, que me encara ainda tentando entender.
_ E ai Zé. - Estendendo a mão para fazer aquele toque.
_ Nanda, você esta ridícula. Aline já te viu assim?
Ele aponta para minhas roupas. Tinha colocado o tênis e a blusa de moletom de Guilherme que ficava enorme em mim, tinha deixado a calca tectel, e peguei um boné emprestado e tinha feito uma barbicha com o lápis creon.
_ Eu falei que você tinha exagerado. - Maira comenta ao meu lado.
_ Foi você que mandou por a barba. - falo ainda com a voz grossa e ela só ri. - Ontem no ensaio, eles falaram que eu não parecia homem demais, entao resolvi o problema.
_ Voce esta parecendo o Emitem. E nao, isso nao foi um elogio. - Diego fala rindo, nós três começamos a caminhar para o auditório.
_ Sei que isso tudo e inveja. Você queria ser másculo assim como eu.
_ Nanda, serio. Você tem muitos problemas mentais.
_ Ei, caiu aqui. - Grito tentando fazer uma voz grossa para uma menina que tinha passado rindo. Ela olhou para mim e depois para o chão, procurando por algo.
_ O que caiu? Não estou vendo nada.
_ Meu coração quando eu te vi. - A garota ficou vermelha e saiu correndo. Só conseguia rir Maira e Diego já estavam com a mão na barriga de rir.
_ Deixa sua namorada saber.
Abro a porta do auditório, e o barulho cessa totalmente quando eles me veem parada ali. O silencio dura pouco tempo, ate que Guilherme e Giovanni caíssem na gargalhada. Aos poucos os outros também riram.
_ E ai gata. Vem sempre aqui? - vou ate perto de Aline que estava com o rosto tampado pelas mãos, suas amigas me zoaram e depois saíram andando.
_ Me diz que estou sonhando, por favor. - ela resmunga balançando a cabeça.
_ Não gata, eu sou real. 1,60 de pura gostosura na sua frente. Tem certeza que não vai olhar? Não sabe o que esta perdendo.
Ela não aguenta mais e destampa o rosto. Eu pensei que ela estaria nervosa, só que eu vejo que ela esta se segurando para não rir. Ela me analisa dos pés a cabeça mordendo o lábio.
_ E, não esta nada mal. Só que... - Ela se aproxima e puxa o boné, deixando meu cabelo cair sobre meus ombros. - Bem melhor. Feliz aniversário, gato.
Sorrio e inclino minha cabeça na sua direção. Ela envolve os braços no meu pescoço e me da um beijo. O pessoal da sala começa a gritar e fazer as famosas brincadeiras, apesar de serem poucas às vezes, eles já tinham se acostumado a ver nossas demonstrações de carinho. Quando a gente se separa ela começa a rir olhando para meu rosto.
_ Por que você esta rindo?
_ Seu nariz esta todo preto por causa o seu "bigode". - Ela começa a limpar em volta do meu nariz, coloco a Mao sobre seu queixo e limpo a mancha que estava ali.
_ O seu também. Já mandei você tomar banho, porquinha.
_ Vai te ferrar, Nanda.
_ Ei, que tal a gente começar a ensaiar? Temos muito trabalho. - Cintia grita de onde estava. Puxo Aline pela mão ate a demarcação, e então cada uma vai para sua devida fila. Enrolo meu cabelo e coloco boné de novo, e tento ficar imitando os garotos.
_ Ta doido, irmão. Tu vai ficar me encarando ai, rapá? - Abaixo o boné na altura dos olhos e aponto para Guilherme que só ficava rindo ao meu lado.
_ E melhor parar porque você já esta parecendo aquele povo favelado. Daqui a pouco vai colocar funk no celular.
_ Boa ideia...
_ É brincadeira Nanda. E é melhor a gente parar de conversar ou a Cintia vai tacar aquele aparelho de som em nós.
Olho para ela que nos encarava como se quisesse nos matar. Peco desculpa e então ela coloca a música. Ela sinaliza 1,2,3... E então todos dão um passo a frente, de acordo com a batida da musica e com o vídeo que passava em um telão ali próximo. Quando se encontram cada par vai para um lado, alternadamente. Primeiro acontece o cumprimento e logo depois as mãos se juntam assim que a voz da cantora sai pelos alto-falantes. Logo, todo mundo estava rodando o salão, olhando nos olhos do seu par, virando a cabeça nas horas certas. Em certo momento da musica, as damas devem descer e arrastar a perna pelo o chão, e depois levantar rapidamente para continuar a coreografia. Algumas duplas atrasam na hora do.giro e de trocar de dupla, as mulheres vão girando ate chegar ao seu novo companheiro de dança. Mais uma descida e um giro no próprio lugar, voltam a se movimentar e então as mulheres retornam a dupla inicial, para a parte final da dança. Cada um vai para um lado e então volta e os dois descem e sobem juntos. Mais alguns passos para frente e então tem aquela famosa jogada de corpo, dando fim a apresentação. Nessa hora todo mundo esta ofegante e sorrindo para seus parceiros.
_ E isso ai, galera. Só temos que sincronizar em algumas partes. Fora isso esta ótimo, pelo menos para nós que não sabemos dançar. E Fernanda, você continua rebolando demais, tenta se segurar um pouco. - fala Felipe, representante da outra sala. - Vamos mais uma vez?
Ficamos ali ensaiando o resto do horário e o próximo, que era vago. No decorrer do ensaio tirei toda aquela roupa que tinha colocado, estava suando que nem tampa de chaleira.
Depois de fazermos prova no terceiro e no quarto, fomos liberados. Saio junto com Anna e Guilherme, já que Aline tinha sumido com Maira para um lado. Marcos estava nos esperando lá fora, então nos ficamos ali conversando ate que ouço um barulho atrás de mim. Quando me viro vejo Aline segurando um bolo pequeno com uma velinha em cima. Maira começa a puxar um “Parabéns Para Você...” Em que todo mundo que estava na pracinha começou a canta também, Aline chega perto de mim com o bolo, sinalizando para eu poder apagar a vela... Foi ai que toda a bagunça começou. Antes que eu pudesse assoprar o ar que tinha puxado, Aline empurrou o bolo na minha cara, indo do começo do pescoço ate o topo da cabeça. Fico sem reação, enquanto tirava o bolo da cara eu ouvia a risada da minha namorada.
_ Você vai pagar, acho bom saber. - digo tirando o resto de bolo do meu olho. Ela só ri e começa a se afastar.
_ Por que? Eu ouvi dizer que glacê faz bem para a pele. A propósito, eu acho melhor você correr.
Então eu vejo ela pegando algo do bolso, demoro um pouco para perceber a forma oval dos objetos que estavam nas suas mãos. Aquilo era... OVOS! Olho para os lados em busca de um lugar para esconder, então vejo que estava no meio de uma roda. Estava todo mundo ali, Maira, Giovanni, Anna, Diego... Ate mesmo a Gabe, e cada um segurava algo diferente. Eu consegui reconhecer farinha, pó de café, tomate e, é claro, mais ovos. E então eles vieram para cima de mim ao mesmo instante.
Nem me mexo, só fico parada com os olhos fechados, sentindo o impacto de tudo sobre mim. Minha roupa estava pesada e foi um custo para conseguir levantar os braços. Depois de tirar restos dos meus olhos trocentas vezes, consegui finalmente levantar as pálpebras e enxergar meus agressores. Eles estavam juntos, me encarando com um sorriso no rosto.
_ Já acabaram? - pergunto com um sorriso sarcástico no rosto. - Posso ir embora para casa e tomar um banho?
_ Quer tomar banho? Não seja por isso. - ouço a voz de Guilherme e logo depois algo frio e gelado escorrendo sobre minha cabeça. Olho para trás e vejo Guilherme e Marcos com baldes na mão.
_ Não olha assim para mim, - pede Marcos, ele estava se segurando para não rir. - foi tudo ideia da sua namorada.
Me viro lentamente em direção ao grupinho onde minha namorada estava.
_ Vem cá, amor. - Peco gentilmente.
_ Nem a pau, só depois que você estiver limpa.
_ Vem cá... - ela continua parada balançando a cabeça. - Aline Goullart, eu acho melhor você vir aqui ou, eu juro por tudo, eu vou correndo atrás de você ate sua casa e ainda deito e rolo na sua cama só jeito que estou. Qual vai ser?
Ela da alguns passos para trás e sai correndo em direção à rua, vou atrás fazendo questão em esbarrar em qualquer corpo que estivesse na minha frente.
Eu vou correndo atrás dela ate o próximo cruzamento, onde para não ser morta ela tinha que parar. Ela grita quando eu a agarro, colando nossos corpos juntos. Era tanta gosma que quando fiz isso, um pouco caiu para o lado.
_ E ótimo para a pele, não é amor? - pergunto esfregando. Ela gritava cada vez mais, mas não parava de rir.
_ Como e que vou ir embora para casa agora?
Analiso a minha situação em uma janela espelhada que tinha ali, eu parecia uma das gororoba que Guilherme fazia e insistia em dizer que era comida.
_ Relaxa, vai todo mundo para a festa na casa da Letícia, a gente toma banho lá e depois cai na piscina. Vem... - ela me puxa e a gente vai voltando para a escola. As pessoas passavam e ficavam nos encarando. Não as culpo, se eu visse um mexido humano passando na rua eu também olharia.
_ Tem festa também?
_ Tem, ou você acha que é só a sacanagem? Você merece.
Ela para na minha frente e me da um selinho.
_ Eu sei que eu mereço. Para quem estava correndo de mim, até que você gosta de se sujar heim.
_ Ué, se esta no chiqueiro, tem que se sujar.
_ Você e suas analogias... Ainda bem que você tem outras qualidades, molier. Vamos logo que daqui a pouco eu começo a gratinar nesse sol.
Ela ri e a gente entra correndo pelo portão. Não seguro a risada quando vejo os meninos com uma vassoura na mão, limpando o espaço.
_ O que aconteceu? - pergunto chegando perto.
_ A diretora Hernandez apareceu. Ela ameaçou nos dar uma ocorrência se a gente não limpar toda a bagunça. E gentilmente eles se dispuseram a limpar tudo e a gente esta aqui esperando. - Maira diz, ela estava ao lado de Anna que ficava apontando onde estava sujo para os garotos poderem limpar.
_ Com esse gentilmente você quer dizer...
_ Por livre e espontânea pressão. A gente ameaçou quebrar o Alfredo e o Play 4. E tiro e queda. - Anna completa. - Vamos indo?
_ A gente se encontra lá na festa, seu gari. - grito para Guilherme enquanto pego minha mochila e ia embora.
_ Ate mais o lixo orgânico ambulante. - ele resmunga de volta.
Vamos andando ate a casa de Letícia. Não era perto da nossa escola, mas eu duvido que algum ônibus me deixaria entrar no estado em que eu estava, e foi o castigo delas por terem feito isso comigo.
A casa já estava cheia de gente, colegas de escola e outros amigos que conheci durante o tempo que estava namorando Aline. Estavam todos ali e fui recebida com vários parabéns, ninguém quis me abraçar (#Xatiada). Os amigos de Henrique estavam tocando pagode em um mini palco montado ali, vários instrumentos estavam ali, parados.
Aline me guia ate o mesmo quarto que ela tinha me levado da ultima vez.
_ Já amor? Nao vai esperar nem eu me lavar? Apressadinha. - comento enquanto ela continuava me puxando.
_ E exatamente para isso que estou te trouxe para cá, para você poder tomar um banho. Esse cheiro de ovo esta me enjoando.
_ Enjoada... Aline, você esta grávida? Olha que meu dedo não tem esse poder. Você quer me contar alguma coisa?
Finjo uma carranca e paro no corredor cruzando os braços.
_ Então, eu transo com o TED toda noite, te falei não? Agora que você descobriu pode, por favor, ir tomar banho?
_ Legal, não sei o que é pior: ficar grávida com o dedo ou de um ursinho. - ela me olha feio e começa a andar, eu seguro ela pela mão. - Eu já vou tomar banho, mas só tenho uma condição. - ela fecha os olhos, derrotada, não sei como ela ainda me aguenta. - Você tem que vir comigo.
Me aproximo dela e junto nossos lábios, ela faz charme no começo, mas logo se entrega e me beija direito. Ela me conduz ate a porta do banheiro e então entra ainda me beijando. Vamos dando passos trôpegos ate sentir o balcão da pia na altura da minha cintura. Me separo dela, ofegante, para poder ajudar ela a tirar a roupa da escola. Ela me empurra direto para o box e liga o chuveiro, a água caia diretamente sobre mim levando um pouco daquela gosma que estava começando a ficar meio dura.
_ Acho que vou precisar de um uniforme novo, vocês deram PT nele, é praticamente impossível usar ele de novo.
_ Bom, eu prefiro você sem ele. E já que você não vai mais usar... - ela fala com um sorrisinho safado enquanto rasgava minha blusa.
_ Você tem sorte que estamos na casa da Letícia, senão a gente não iria sair daqui tão rápido.
Ela tira toda minha roupa e começa a lavar meu cabelo, eu poderia fazer tudo.isso, mas a sensação dela tocando e cuidando de mim é maravilhosa.
Ela então pega a esponja e põe um pouco de sabonete e passa pelo meu corpo com movimentos suaves, mas provocativos. Se a historia fosse outra com certeza algo teria crescido sobre nos.
Ela lava mais uma vez meu cabelo e depois me enxota do banheiro.
_ Mas por quê? - pergunto colocando a toalha em volta de mim.
_ Porque agora eu vou tomar banho, nós não podemos demorar e você sabe. Tem uma roupa para você ai na cama.
Fico olhando para a porta, já que ela tinha fechado me deixando lá dentro do quarto. Reviro os olhos e então vou me arrumar. Ali tinha um vestido branco ao lado de um biquíni azul, as duas pecas eram minhas. Pelo visto isso tinha sido bem planejado. Bato na porta do banheiro e grito para Aline.
_ Amor, você anda mexendo na minha gaveta de roupas intimas? E totalmente antiético e você poderia encontrar coisas que te deixariam encabulada.
_ Pode deixar que eu não vou contar para ninguém que você ainda tem um sutiã da Barbie e, principalmente, que você tem um vibrador lá.
_ Eu coloquei seu nome nele, ai só você vai poder me dar...
_ Cala a boca sua pervertida, e vai se arrumar, molier.
_ Isso e plagio. Só eu posso te chamar de Molier.
Colo o ouvido na porta esperando ouvir qualquer coisa, mas só escuto o barulho do chuveiro. Desisto disso e vou me arrumar.
Eu já estava penteando o cabelo quando Aline sai do banheiro.
_ Vou descendo, a gente se vê lá embaixo.


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Notas finais do capítulo

Ate mais, beijão.
Já sabem né, comentem...



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