Sem Julgamentos escrita por AnaMM


Capítulo 5
Amor e Ódio


Notas iniciais do capítulo

Em primeiro lugar: não, eu não sei escrever cenas de sexo, então não esperem nada blaster explícito. Em segundo: sim, vocês entenderam o que está por vir ;)

E é com todo o meu amor que anuncio a chegada da minha Mica a essa fic ♥

Mil agradecimentos a todos que comentaram, favoritaram, pediram pelo twitter... Aqui está e espero que gostem.



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-Ai, Vera, me desculpa, eu- Micaela parou onde estava. Ben e Sofia recém se afastavam, sem jeito. A loira ajeitou as madeixas, tentando fingir distração. – Atrapalhei alguma coisa?

Micaela observou o casal por um momento, tentando entender o que havia visto.

-Eu... Eu preciso arrumar o meu quarto e- - Ben tentou escapar.

-Nem por uma loja Prada inteira eu limpo isso aqui sozinha! Pode voltar! – A patricinha ordenou.

Só então Micaela pôde ver o estado da cozinha. Estava, de fato, deplorável.

-Eu ajudo. Talvez compense o atraso. – Ofereceu.

Alternando tarefas, os três limparam o cenário da guerra de pouco antes. Limpando a mesa, mais de uma vez as mãos de Ben e de Sofia se encontraram, causando em ambos sensações de choque, de eletricidade que passava da pele de um para a do outro. Prendiam a respiração cada vez que se aproximavam demais. Apesar de avoada, Micaela não deixou passar.

Ben já havia se retirado e as duas ajudantes de Vera preparavam os bolos.

-O que tá rolando entre você e o Ben? – A pergunta de Mica desconsertou a loira.

-O que tá rolando entre você e o Martin? – Sofia revidou.

-Justo... Eu andando demais com o cara de quem a Flaviana gosta, você mais próxima do que deveria do cara de quem a Anita gosta... Mas o que eu tenho com o Martin é só amizade. – Micaela respondeu como se fosse óbvio. – Quanto a você e o Ben... Duvido que seja essa a intenção e duvido que seja uma intenção sincera.

-Você fala como se me conhecesse... Eu te ajudei a sair da lama, Micaela, eu esperava um pouco mais de consideração. E se eu quiser ajudar o Ben também?

-O problema é você prejudicar a Anita enquanto tenta.

-Anita, Anita... Por que sempre a Anita? – Sofia exasperou. – Eu esperava que você pelo menos aprendesse a sair da sombra agora que a gente te salvou, mas, pelo visto, quem nasceu pra ser figurante...

-Cala a boca! – Micaela se defendeu.

-Opa! Criou vida! – Sofia debochou.

-Eu só não jogo esses ingredientes na tua cara porque você já tá imunda! Em todos os sentidos!

-Ai, não, briga de novo? Sofia, já pro seu quarto! – Vera interrompeu a discussão. Ao ver a filha grunhir de raiva e subir as escadas, Vera acrescentou: - Mais um dia atrasada, Micaela?

A garota voltou a atenção para o bolo que fazia, envergonhada. Quieta em seu canto, ainda pensava na cena que havia visto quando chegara.

-x-

Sofia saiu do banho um pouco mais calma, porém ainda com raiva. Ver Ben a esperando no quarto em nada ajudou seu estado, muito menos estar coberta apenas por uma toalha.

-O que você tá fazendo aqui? Sai! Agora, que eu preciso me vestir.

-Eu que pergunto: o que você pensava estar fazendo, Sofia? Atacar a Anita daquele jeito?

-Ela começou. – A loira se defendeu.

-E ela falou alguma mentira? Eu não sei nem por que eu me sinto tão atraído por alguém como você. – Ben lamentou.

Mais uma vez as palavras de Ben a feriam mais que qualquer castigo.

-Se você acha que eu sou um lixo, a porta está logo ali. – Sofia apontou. Uma lágrima escapou de seus olhos. Ainda pensava nas palavras de Ben, nas suas próprias palavras, nas de Micaela, nas de Giovana e, principalmente, nas de Anita. Estava cansada de ser julgada e não precisava aguentar aquilo em seu quarto.

Ao invés de seguir a direção apontada, Ben se aproximou de Sofia e secou uma lágrima da loira.

-Vai me jogar no lixo agora? – Sofia debochou desconfortável.

- Não... – Benjamin afastou uma mecha do rosto de Sofia como fizera algumas horas antes. – Eu tenho uma teoria. Talvez você seja assim por... Falta de amor. – Ben aproximou seus lábios dos de Sofia, que se afastou.

-O meu pai me ama, todo o colégio me ama e eu não preciso de nada de um perdedor como você. – Sofia protestou.

O garoto, revoltado, a empurrou, literalmente, contra a parede.

-Não? Todos esses discursos de que queria estar comigo eram mesmo só armação, então? – Ben questionou.

-Eu disse que estava apaixonada por você, não que queria ficar com você.

-Então você confessa? – Benjamin provocou.

-Confesso o que? Eu não confesso nada, Benjamin, não viaja! – Sofia tentou se desvencilhar.

Ben a segurou antes que pudesse escapar, estando a poucos milímetros de distância da patricinha, encurralando-a com seu corpo.

-Então por que você treme quando eu me aproximo? – O garoto apertou a parte inferior de seu corpo contra a loira. – Eu não confio em você, mas alguma atração por mim eu sei que você sente.

-E um cara certinho como você ficaria com alguém tão insensível quanto eu? – Sofia debochou.

-Você sabe que sim. A gente concordou mais cedo, não lembra? Você não queria me usar pra separar nossos pais? Minha vez. – Ben falou em tom quase ameaçador.

-E quem disse que é você que está me usando agora? – Sofia respondeu tornando inexistente a distância que os separava. E embora tivesse acabado de sugerir que Ben fosse um objeto, um jogo, beijou-o apaixonadamente como se dele tivesse sentido sede por muito tempo – e não por menos que um dia-. Benjamin retribuía com tanto desespero pela loira quanto ela por ele. A toalha em torno de Sofia não resistiu por muito tempo com os braços do garoto explorando cada centímetro do corpo da patricinha que o branco cobria. Em alguns segundos estavam em uma das camas, não se preocuparam em ver qual. Tampouco poderiam. Durasse o quanto durasse o fôlego, nenhum dos dois conseguia se afastar. Não havia porta destrancada que os separasse naquele momento pelo qual tanto esperaram. Sofia arrancou a camisa de Ben com urgência. O moreno, por sua vez, desafivelou o cinto. Agradeceriam mil vezes mais tarde por terem tantos irmãos e nenhum ter batido à porta ou entrado sem avisar. Protegidos apenas pela sorte e por uma camisinha, Ben e Sofia tomaram um caminho sem volta. Não que lhes importasse. O garoto apenas queria saber do corpo de Sofia sobre o seu. Sob o seu. Se beijavam com fúria, unindo seus corpos como se um quisesse castigar o outro. Odiavam-se tanto quanto se amavam.


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Notas finais do capítulo

Amaram? Odiaram? Acham que eu deveria me enterrar por esse trocadilho ridículo com o título? Eu deveria contratar alguém pra escrever as partes hots? Comentem ;)



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