Sem Julgamentos escrita por AnaMM


Capítulo 4
Por que?


Notas iniciais do capítulo

OPA! Enfim postado, e com ceninha hot inclusa! Espero que gostem ;) Agradeço os comentários, o apoio via twitter, cmm, todos os leitores...

NOTE2: se você shippa Micartin, acompanhe a campanha SaveMicartin no twitter. Teremos uma tag na terça-feira, duas horas antes da novela, para demonstrarmos nosso amor pelo ship e incentivar as autoras a não cagarem em outro casal também, vamoquevamo! Do jeito que elas são, todo cuidado é pouco!



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-SOFIA! – Ouviram a voz distante de Vera chamar pela filha, o que fez ambos se afastarem.

-Eu preciso voltar pra cozinha. – A loira comentou vencida.

-Valeu, dona Vera! Cortou o clima completamente! – Flaviana reclamou.

-Você ainda tava aqui? – Sofia perguntou constrangida.

-Claro, né, você acha que eu ia perder a melhor parte?

Ben riu do comentário da amiga de Sofia e voltou-se para a loira.

-Você quer ajuda? – Perguntou segurando as mãos da loira, com as quais brincava no ar.

-Se você souber se comportar, eu aceito. – Sofia zombou, analisando as mãos de Ben nas suas, à altura de seus rostos.

Ben se aproximou ainda mais para beijar a loira. Suas bocas estavam quase se encostando.

-Sofia! – Giovana chamou, escancarando a porta ao passar. Parou onde estava ao perceber a proximidade entre seu irmão e a patricinha. – A Vera tá te chamando. – A roqueira comunicou irritada.

A loira olhou mais uma vez para Ben, não querendo descer. Lembrou-se de que Giovana já sabia do envolvimento, embora não aprovasse, e roubou um selinho de Ben, deixando a ruiva ainda mais incomodada e o garoto sem reação, surpreso com o despeito de Sofia. “É por isso que eu te amo.” pensou sorrindo. “Quer dizer... Admiro. Não, só gosto.” Ben corrigiu, tentando ignorar o que havia acabado de confessar para si. Observou a patricinha saindo do quarto e levou a mão à boca, sentindo-se nas nuvens. Quando olhou para o lado, Giovana o encarava.

-O que você pensa que está fazendo, Benjamin? – A ruiva cobrou com os braços cruzados.

-Nada, eu não estou pensando em nada. – Ben respondeu sorrindo, ainda aéreo, para o incômodo da irmã. Em seguida, desceu para a cozinha, onde Vera orientava Sofia.

Flaviana se retirou. Trabalho pesado não lhe fazia bem, preferia ir ao salão de beleza... Estritamente por motivos de unhas e cabelos, obviamente, nada que envolvesse um certo cabeleireiro bonitinho...

Em seu quarto, Giovana não conseguia entender ainda como Ben podia ter caído na lábia de Sofia. Precisava trazer seu irmão de volta à consciência de qualquer maneira! Jamais pensou que o irmão mais velho que admirava tanto pudesse se deixar usar daquela forma... Estava decepcionada, mas sabia que a patricinha era a principal culpada, que estava enfeitiçando Benjamin. Precisava detê-la.

-x-

Ben observava Sofia brigando com os ingredientes e Vera enlouquecida dando instruções à filha e ria sozinho, do sofá da sala. Micaela tinha saído outra vez e Sofia tinha o dobro de trabalho a fazer. Entre quebrar ovos e exclamar de nojo ao se sujar com a gema, a loira percebeu o “irmão” a zombando.

-Você tá se divertindo? – Sofia perguntou irritada.

-Bastante! – Ben respondeu rindo.

Vera riu com o filho, não desconfiando de nada. Achou engraçadinho quando Ben piscou para Sofia em tom de deboche, e a loira respondeu com um beijo no ar. Era bom ver que, apesar de continuarem se implicando, ambos pareciam ter feito as pazes.

Anita chegou ao casarão logo em seguida, caminhando em direção a Ben assim que o avistou. De costas para a irmã, a primogênita cumprimentou o “irmão”.

-Oi, príncipe! – Sorriu. – Você pode me ajudar com uma coisa?

Do sofá, Ben avistou Sofia imitando a irmã e fazendo caretas. O garoto tentou conter o riso, enquanto tentava entender o que Anita falava, sem sucesso. Deveria ficar irritado e defender a irmã mais velha da loira, que nada tinha feito para Sofia, porém, não conseguiu parar de rir.

-Do que você está rindo, príncipe? – Anita perguntou confusa.

-Nada, princesa, é só a Sofia tentando fazer bolo. – Ben gargalhou, gritando para Sofia em seguida. – Isso não se faz, é errado!

Sofia entendeu a mensagem e foi a sua vez de rir sem parar. Vera riu junto. Estava adorando essa nova fase de Ben e Sofia.

-Normalmente eu defenderia a minha irmã do deboche de vocês, mas acho que ela está merecendo. O que você fez passou dos limites, Sofia, agora aguenta. – Anita pregou.

A loira revirou os olhos com a fala da irmã, sempre arranjando um jeito de estragar a piada. Gostava muito de Anita... Quando ela não era muito chata. Teve vontade de jogar farinha na irmã, mas se controlou.

-Príncipe, vem comigo, deixa elas trabalharem. – Anita tentou puxar Ben pela mão.

Enciumada, Sofia segurou um punhado de farinha. Tentou se controlar o quanto pôde. Farinha, Anita, farinha, Anita, farinha, Anita. Super melhoraria o visual da irmã, pensou. Para sua surpresa, Ben soltou a mão da garota.

-Ah, princesa, a cena tá tão engraçada! – Ben voltou a olhar para Sofia e percebeu-a pronta para atacar. Lançou-lhe um olhar repreensor, fazendo com que a loira apertasse a mão ainda mais.

-Verdade! – Anita se deu por vencida. – Mas eu ainda acho que a mamãe pegou leve no seu castigo, Sofia. O que você fez foi muito grave! – A garota completou, se aproximando da cozinha, em direção a Sofia. – Como você teve coragem? Como você pode não respeitar a felicidade da própria mãe?

-Deixa pra lá, minha filha. A Sofia já está pagando pelo que fez. – Vera interrompeu.

-Deixar pra lá? A Sofia estragou o seu dia, mãe! Depois de tanta preparação, ela acabou com a cerimônia por puro capricho! – Anita continuou. – Como você pôde virar esse monstro, Sofia? Você sempre aprontou, mas passar dos limites assim?

Sofia ainda tentava se controlar, cada vez com mais raiva. Ben percebeu a expressão de Sofia e se aproximou também.

-Anita, a Vera tem razão, ela já está pagando pelo que fez. – Ben tampouco estava satisfeito com o castigo direcionado a Sofia, mas temia por Anita.

-Desde quando você a defende, príncipe? No hospital você falou horrores! Foi você quem me contou, lembra? Eu pensei que você odiasse a Sofia! – Anita estava chocada.

Sofia sentiu uma pontada, ao pensar no que Ben teria falado e em como ele deveria odiá-la.

-Ela não presta! A gente deveria expulsá-la dessa casa, se ela odeia tanto o Grajaú! Sai daqui, Sofia, sai! Vê se para de interferir na nossa felicidade! Vai pra- - Anita foi interrompida por um jato de farinha em seu rosto, seguido por um ovo quebrado em seus cabelos.

-BASTA! – Vera gritou. – Vocês duas, pro quarto AGORA!

As irmãs, no entanto, não prestaram atenção. Anita ainda tentando secar os olhos e Sofia com o coração acelerado, ainda pensando nas palavras da irmã que tanto lhe atingiram.

-Se não fosse pelo desperdício de comida, eu revidava com gosto, Sofia. – Anita ameaçou.

-Desperdício de comida... Tem gente que nasceu pra ser pobre, mesmo! – A loira revidou.

Ben chocou-se com mais uma demonstração de preconceito de Sofia. Sentia-se culpado por amá-la, quer dizer, gostar dela... Seu pensamento foi interrompido por farinha sendo jogada em sua direção. Sofia havia jogado mais um punhado na irmã, que desviou, fazendo com que Ben fosse atingido por acidente. Irritado, o garoto se aproximou do balcão onde estava a loira e nela jogou mais farinha, seguida de açúcar.

-Então é assim? – Sofia desafiou com um sorriso no rosto, em seguida jogando mais farinha e açúcar em Ben.

Anita subiu para limpar o rosto, deixando Ben e Sofia na cozinha, em uma guerra de comida branca. Vera também subiu, não querendo nem ver como ficaria sua cozinha.

-Façam o que quiserem, mas vocês que vão limpar! – Vera ordenou, antes de fugir de um jato de farinha sem destino.

Vendo que estavam sozinhos, Ben agarrou a loira por trás e sujou a frente da blusa da garota esfregando a mão suja de farinha contra seu corpo. Sofia tentou se desvencilhar, mas Benjamin a imobilizava, jogando pequenos punhados de farinha em seu corpo e em seu rosto. Aproveitou para espalhar sobre os cabelos da loira, que ficou ainda mais irritada e conseguiu se virar, ficando frente a frente com Ben, grudada em seu corpo. Estavam tão colados, que Sofia sentia partes do corpo de Ben que não deveria. Empurrou-se ainda mais contra ele, que ainda a abraçava, segurando-a firme contra si. Seus corações dispararam, o desejo crescia. Benjamin aproximou sua boca do pescoço de Sofia, sujo de açúcar. A loira estranhou. Sem ter entendido o aviso prévio, Sofia se surpreendeu ao sentir a língua de Ben limpando o açúcar de seu pescoço.

-Pelo menos assim você ficou mais doce. – Ben sussurrou em seu ouvido.

-Era essa a sua intenção? Você é surpreendente, Benjamin. – Sofia elogiou, também em tom baixo.

Sentiu o que não deveria sentir pressioná-la ainda mais. Ben levou as mãos ao rosto de Sofia, afastando os fios loiros e a admirando.

-Você... Causa isso em mim. Por que você tem que ser tão linda, Sofia? – Ben sussurrou, seus lábios a centímetros de distância dos da loira.

-E por que você tem que mexer tanto comigo? – Sofia falou com a voz fraca, quase encostando os lábios nos de Ben.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e, mais uma vez, agradeço todos os leitores pela atenção e pelo apoio.



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