But...I Like You. escrita por Marril
Notas iniciais do capítulo
Olá!
Aqui está o capítulo porque tanto ansiavam -sqn
De qualquer maneira espero que com ele possam esclarecer algumas dúvidas que tenham, independentemente de qual elas forem, pois eu não sei quais são xD
Boa Leitura!
–Hã? – Foi tudo o que consegui dizer. Eu estava chocada, perplexa, sem palavras. -Podes explicar-me o que acabaste de dizer? – Consegui dizer ao fim de alguns minutos de silêncio.
–Posso. Talvez devia ter-te dito isto de outra maneira. Vejamos…Que tal eu contar-te uma pequena história.
–Desde que seja esclarecedora.
–Mas antes umas perguntas, pode ser? – Apenas assenti ansiosa para que ele começasse. -Sabes que o meu pai é do tipo conservador, que eu não concordo totalmente com algumas das suas escolhas e até tento escapar sempre que consigo? Nós conhecemo-nos desde crianças e não há nada que eu faça sem uma boa razão, certo? E por fim eu gostava que me fizesses um favor.
Assenti concordando com todas as suas perguntas até que por fim disse:
–Sim eu sei disso tudo, mas o favor depende do que me pedires. Podemos passar ao que interessa? – Perguntei, já um pouco impaciente. Nathaniel concordou e começou:
–Primeiro promete-me que me vais ouvir até ao fim e sem interrupções. – Concordei. -O meu pai já anda com a conversa de eu arranjar uma namorada desde do verão, mas como eu ignorei-o ele tomou medidas drásticas: Arranjou-me uma noiva. Como é que eu posso ter uma noiva? Eu não estou pronto para isso! Então um dia decidi-me: Eu tinha de arranjar uma namorada, nem que ela fosse a fingir. Infelizmente os meus planos não correram como esperado e não obtive nenhum resultado positivo. Desesperado, ainda menti ao meu pai, logo no início do ano letivo, e disse-lhe que tinha uma namorada, para comprová-lo ele organizou um jantar neste domingo para conhecê-la. Por isso eu peço-te, por favor, finge ser minha namorada neste jantar, é tudo o que te peço Aya.
Eu estava novamente sem reação, ao que parece é assim que eu tenho reagido a tudo nos últimos dias. Engoli em seco antes de sussurrar:
–Eu não sei…Olha porque não pedes à Melody? Afinal ela parece ter uma queda por ti, acho que ela representaria melhor do que ninguém.
–Tu não compreendes, eu não quero dar-lhe esperanças com isto.
–E o que te leva a pensar que não mas estás a dar a mim? – Murmurei comigo mesma. Eu lembrava-me, sim eu já tinha gostado de Nathaniel (pelo menos é o que eu sempre pensei), mas durante esse tempo todo escondi isso de todos, agora tinha medo de que isso acontecesse realmente (desta vez a sério) e eu não queria isso por nada deste mundo. Apaixonar-me estava totalmente fora de questão!
–O que disseste?
–Nada! Sabes…É complicado…Eu preciso de tempo…
–Quanto? – Insistiu.
–Não sei ao certo, talvez amanhã ou sexta possa dar-te uma resposta.
–Certo, até lá não irei insistir mais. Bem, acho melhor ir andando. Adeus!
–Bye. – Sussurrei depois de Nathaniel já ter saído.
Mais tarde cozinhei uns bifinhos com ananás para jantar, que comi sem grande ânimo. Quando chegou a hora preparei-me para dormir, mas antes estendi-me no chão com as pernas apoiadas na cama pensativa. Eu certamente precisava de alguém para desabafar. O que deveria fazer? Talvez China conseguisse ajudar-me, ela sempre me pareceu ser uma boa ouvinte e conselheira, ainda mais neste tipo de assuntos. No dia seguinte não teria aulas à tarde, por isso tinha uma excelente oportunidade para falar com China.
***
As aulas da manhã passaram rapidamente, no entanto eu não prestei atenção em nenhuma, especialmente depois de obter a confirmação de China para conversarmos sozinhas depois das aulas, esta ao ver-me demasiado séria tinha aceitado o meu pedido sem refilar e o pobre Lysandre não pode contestar. Nathaniel tentava evitar-me ao máximo, o que me incomodou ligeiramente, eu não queria que a nossa amizade fosse modificada por um dos caprichos do seu pai.
Quando a aula terminou China praticamente arrastou-me até uma geladaria, de modo a ficarmos a sós. Sentamo-nos numa mesa mais afastada cada uma com o seu gelado (o meu de stracciatella e o de China de chocolate).
–Então, desembucha. – Ordenou vendo-me brincar com o gelado sem o comer.
–Eu tenho um problema.
–Isso eu já vi. E queres a minha opinião, não é?
–Sim, mas por favor sê sincera.
–Sempre.
Contei resumidamente a história, referindo em especial que eu e o loiro somos amigos de infância, o facto do pai de Nathaniel ser exigente e conservador, o problema com que ele estava de lidar e também o pedido que me tinha feito, inclusive como me sentia em relação ao mesmo, ainda acrescentei todos os meus supostos antigos sentimentos, juntamente com as minhas atuais e futuras preocupações. China ouviu tudo atentamente sem dizer nada, no fim clareou a voz e disse:
–Sabes que eu não te posso dizer exatamente o que deves fazer?
–Sim.
–Bem…Vejamos…O que te faz recusar?
–Para além das minhas preocupações…acho que nada. Afinal, estou só a ajudar Nathaniel, ele precisa.
–Então o que te impede?
–Eu não sei, sinto-me insegura…Não quero começar a gostar dele.
–Porquê?
–Porque sei que vou apenas sofrer, ele não gosta de mim.
–Como é que podes ter a certeza? E o que isso tem a ver?
–E-Eu…não tenho. Como assim?
–Vocês vão apenas a um jantar, não te vais apaixonar perdidamente por ele durante um jantar.
–T-Tens razão! Como eu sou estúpida, é só um jantar, não vai acontecer nada de mais.
China sorriu fazendo-me sorrir de volta, finalmente sentia-me aliviada, além disso já tinha uma resposta para Nathaniel. Terminámos os gelados enquanto conversávamos mais um pouco, acabei por contar-lhe o que se passara há dois dias, quando fiquei presa na sala de aula, aproveitei e confiei-lhe as minhas suspeitas, China aprovou e disse-me que Ambre e as amigas seriam capazes disso. Com isto lembrei-me que teria de aturar a irmã de Nathaniel no jantar, a rapariga lamentou e disse que pagaria para ver a cara da loira quando descobrisse quem era a “namorada” do seu querido irmão.
De regresso a casa lembrei-me da saída no fim de semana que tínhamos combinado, falei-lhe sobre o assunto e marcámos para sábado à uma da tarde em minha casa, almoçaríamos e daí seguiríamos diretamente para o centro comercial. Para não se perder escrevi num papel a minha morada juntamente com o meu número de telemóvel e entreguei à minha amiga. Avisei-lhe também que apesar de ter telemóvel raramente o utilizava, pois não via necessidade nenhuma, já que nunca tinha tido alguém com quem contactar sem ser os meus pais. China disse-me que seria melhor começar a utilizá-lo mais, nem que para isso ela tivesse de me obrigar.
Antes de me despedir perguntei-lhe qual era a sua comida favorita, ela perguntou-me o porquê e eu disse-lhe que queria fazer algo que a agradasse no sábado, a rapariga descansou-me afirmando que não era necessário e que qualquer coisa seria boa, mas vendo a minha insistência acabou por me confessar que não resistia a uma dose de francesinha, especialmente se fosse confecionada de forma caseira.
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Gostaram?
Se tiverem alguma dúvida basta perguntarem nos reviews, ok?
Próximo Capítulo - Capítulo 12: The answer.
Bye bye
@Marril .