But...I Like You. escrita por Marril


Capítulo 13
Capítulo 12: The answer.


Notas iniciais do capítulo

Oi!
Aqui estou eu com mais um capítulo!!! Vamos ver qual será a resposta da Aya, que não deve ser muito difícil de adivinhar e já estamos perto do fim de semana em que a Aya e a China vão sair O_O

Boa Leitura!

PS: Leiam as notas finais!



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Nessa noite dormi profundamente como se não dormisse há dias, o que não era totalmente mentira, já que nos últimos dias os meus pensamentos ocupavam uma grande parte das minhas horas de sono. Antes de dormir ainda procurei na internet receitas de francesinhas, eu queria esmerar-me na confeção do almoço de sábado e como nunca tinha feito uma francesinha estava extremamente ansiosa por isso, só esperava que saísse razoavelmente boa.

Durante a minha pesquisa ainda me recordo de ter aparecido um anúncio, digamos conveniente, este não parava de piscar e podia ler-se em letras gordas: «Está apaixonada pelo seu amigo? Comprove já! Clique aqui!». A única coisa que me ocorria era algo parecido com: “Que oportuno”. Curiosa ou melhor minimamente interessada cliquei no aviso, rapidamente fui encaminhada para outra página onde um teste começou. Fi-lo em poucos minutos e o resultado surpreendeu-me, era algo parecido com: «Tem a certeza que ele é algo mais que um amigo? O seu teste comprova que só sente amizade por ele…». O resto acabei por não ler, não interessava. Já era demasiado chocante saber que todas as minhas preocupações eram em vão, eu provavelmente nunca estive apaixonada por ele! Então não haveria nenhum problema em fingir ser namorada dele por uma noite, certo? Pensando bem, eu não posso confiar só num teste, mas que confusão!

Acordei tentando espantar todas as minhas dúvidas e concentrar-me apenas em coisas mais importantes, no entanto neste momento não sei certamente quais são. Antes de sair de casa tudo correu como de costume sem nenhum incidente, por vezes até penso que a minha vida só é aborrecida e pouco complicada dentro de casa, pois sempre que transponho a minha porta de entrada é como se atravessasse um portal para outro mundo, lá tu se altera e não tenho quase um único minuto de descanso.

Durante o caminho em direção à escola lembrei-me que ainda não tinha falado como os meus pais desde da nossa despedida, não que estivesse preocupada, diria talvez desapontada, pois mesmo sendo previsível esta atitude por parte deles não deixava de ser um pouco triste. Eu sabia que eles nunca se importaram realmente comigo, sempre alimentando a ideia de que eu era muito independente, mas também nunca viram que para além dessa independência eu sentia falta deles, do seu amor, um amor que jamais tinha sido totalmente real, um amor ilusório para manter as aparências de uma família feliz e equilibrada. Todos os que me rodeavam elogiavam-me por ter uns pais tão dedicados, porém ninguém sabia como eles realmente eram. Não que eu os culpe por só me terem dado o que não precisava e nunca terem percebido o que eu sentia, para eles tudo podia ser preenchido com dinheiro ou um presente caro, mas não importava, não importava o quanto eu tentava aproximar-me deles, não importava os cinco anos que perdi a viajar com eles para pelo menos tentar sermos uma família normal, contudo nós não eramos uma família normal e tudo o que eu fazia era em vão. Por isso aceitei sem reclamar voltar para aqui, não valia a pena o meu esforço, nada mudaria, eu tornava-me completamente independente e eles nunca mais teriam de se preocupar, nem eles, nem eu.

Quando dei por mim estava parada em frente ao portão da escola e pior, estava a chorar, as lágrimas brotavam dos meus olhos sem cessar, por mais que eu as limpasse elas continuavam a cair. De repente vejo uma mão a estender-me um lenço, olho lentamente para o dono do mesmo e deparo-me com Lysandre, este detinha uma expressão ligeiramente preocupada, mas sorria genuinamente.

-O-Obrigada. – Digo aceitando o lenço, comecei a enxugar as lágrimas que nesta altura já tinham abrandado.

-De nada. Está tudo bem?

-S-Sim, são apenas algumas recordações menos boas. – Lysandre assentiu como se entendesse.

Após uns dois minutos em silêncio, oiço uma voz familiar a chamar-nos.

-Castiel? – Pergunto ao ruivo depois deste se aproximar, cumprimentar Lysandre com um aperto de mão e de seguida virar-se para mim.

-Sim?

-Vocês conhecem-se? – Ora, isto é uma novidade para mim!

-Sim, não sabias?

-Não.

Entretanto China chegara e cumprimentara o namorado com um simples toque nos lábios, estes ao perceberem que eu e Castiel os observávamos coraram constrangidos. O ruivo fez uma careta de desgosto em relação ao gesto trocado pelo par, eu ri-me achando fofo a reação do casal e dei uma cotovelada discreta a Castiel para que este desmanchasse a sua expressão.

***

A primeira aula era novamente matemática, o professor disse que iria dedicar esta aula para a realização de exercícios, assim podia esclarecer algumas dúvidas antes de começar a dar matéria nova (já que os resultados dos testes de diagnósticos não tinham sido os esperados). Deixou-nos organizar em grupos de quatro e eu acabei por ficar com Nathaniel (o meu colega de carteira) e com China e Lysandre (os meus colegas de trás).

-O melhor seria fazermos em conjunto, mas primeiro temos de saber se existe alguém com mais dificuldades. Quanto é que tiveram no teste? – Nathaniel sugeriu.

China, Lysandre e Nathaniel disseram as suas respetivas notas e depois viraram-se para mim perguntando-me o mesmo.

-Não sei.

-Como não sabes? – Perguntou-me o loiro.

-Não sei porque não vi.

-E tens aí o teste?

-Talvez. Deixa-me procurar. – Comecei a vasculhar o meu dossier até encontrar a única folha solta que lá existia. Estendi-a, sem ver, a China que estava mais perto de mim. Esta recebeu-a e após uma visualização rápida arregalou os olhos. Os rapazes confusos tiraram-lhe a folha da mão observando a mesma, a reação deles foi idêntica. Entediada perguntei-lhes:

-Que se passa? Parece que viram um fantasma.

-Não é possível. – Afirmou Nathaniel e China concordou acenando.

-O quê?

-Tiraste vinte, nota máxima, Aya. – Informou-me Lysandre calmo.

-E?

-Não estás surpreendida? – Questionou-me o loiro.

-Nem por isso.

Nathaniel olhou-me chocado, como se eu tivesse dito a coisa mais absurda do mundo, mas eu não entendia, eu tinha estudado, sabia a matéria toda, porque não podia tirar vinte?

Realizamos os exercícios num instante pois ao que parece todos eramos bons alunos, no fim ainda tínhamos algum tempo, que aproveitamos para conversar. Passado mais uns minutos o professor mandou-nos voltar cada um para o seu respetivo lugar, de seguida iniciou a correção dos exercícios. Aproveitei essa altura para murmurar a Nathaniel:

-Já tenho uma resposta para ti.

-O prazo era hoje. – Retorquiu num tom curioso, mas divertido.

-Eu sei, desculpa a demora.

-Não faz mal. Quando falamos? – Perguntou, desta vez adquirindo um tom mais sério.

-Depois das aulas, em minha casa, novamente.

-Hmm…Na tua casa? Novamente? O que queres fazer desta vez? – Questionou desta vez numa entoação provocativa e um sorriso matreiro.

-Já te disse para parares com isso!

-Se fossemos namorados a sério tinhas de te habituar.

Eu ia responder se não fosse interrompida pelo professor:

-Passasse alguma coisa Aya? – Indagou incomodado. Dei uma vista de olhos rápida ao quadro antes de responder:

-Não, é só que a resolução desse problema está incorreta.

-Então porque não vem corrigir? – Questionou-me num tom de desafio.

-Com todo o prazer. – Afirmei levantando-me. Dirigi-me ao quadro e resolvi o problema ao lado (sem apagar o que o professor tinha feito), quando terminei sentei-me novamente. Olhei para o professor e este estava indignado, mas prosseguiu a aula sem dizer nada.

No fim do dia Nathaniel disse-me que tinha umas coisas para fazer e pediu para eu ir andando, acrescentou também que depois ele ia ter, mais tarde, a minha casa. Concordei e voltei para o meu doce lar sozinha.

Já era hora de almoço quando o loiro apareceu, por precaução cozinhei o suficiente para os dois, convidei-o para almoçar comigo. Nathaniel aceitou de bom grado. Encaminhei o loiro para a cozinha, onde preparei a mesa e servi o almoço. O silêncio instaurou-se até eu cortá-lo:

-E-Eu aceito.

-A sério?

-Pareço estar a brincar?

-Não. – Disse ao fim de algum tempo. -Desculpa por arrastar-te para esta história.

-Não faz mal, afinal para que servem os amigos?! – Novamente silêncio. -Ah eu tenho uma dúvida!

-Diz.

-Como nos “conhecemos”? Vamos dizer o quê? Foi amor à primeira vista? – Ironizei.

-Bem, eu ainda não tinha pensado nisso. Mas havemos de encontrar uma solução. Já que estamos a falar nisto, o jantar é às oito da noite, mas eu venho buscar-te às sete e meia.

-Devo vestir algo mais ou menos formal, certo?

-Bem, sim, convinha. – Afirmou esboçando um sorriso envergonhado.

-Está bem. – Aproveitarei as compras de amanhã para arranjar um vestido, pensei comigo mesma.

Terminamos de acertar outros pequenos assuntos e despedimo-nos. Como tinha a tarde livre decidi arrumar melhor o quarto desocupado, mas antes telefonei a China para lhe dizer que amanhã teria de comprar um vestido meio formal e que precisaria da sua ajuda, a mesma concordou e ainda acrescentou que seria melhor se tratássemos também do calçado e acessórios. Depois das arrumações fui novamente às compras, desta vez para comprar os ingredientes necessários para a confeção da francesinha. Arrumei todos os ingredientes nos seus respetivos lugares e dediquei-me à leitura até adormecer de cansaço.


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Notas finais do capítulo

Próximo Capítulo: Capítulo 13: Im alone... No, we are alone, but together.
O título é estranho, mas vão percebê-lo enquanto lerem o capitulo.

Aviso: Não sei se conseguirei postar na segunda, pois a semana que vem tenho alguns testes e tenho mesmo de estudar para eles, mas eu vou tentar fazer de tudo para não vos deixar sem o capítulo, ok?

Bye Bye

@Marril .



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