Guerra Z. - História Interativa. escrita por Guilherme Lopes


Capítulo 9
Ep 08- Sven. - Corpos nas trincheiras.


Notas iniciais do capítulo

Eae povão, aqui está o capítulo como prometido c;
Sexta-feira tem mais.

Este capítulo contém sexo também, flw.

Muito obrigado pela recomendação Lina, gostei bastante! Valeu!



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Parte 08- Sven.

Depois de ouvir os tiros já me precipitei e meti o pé na porra do acelerador. Connor pegou a escopeta e checava a munição a meu lado enquanto Charlie, Luccy e Tai se preparavam na parte traseira da van.

–Não era para eles atacarem agora caralho! – diz Tai empunhando uma pistola nove milímetros sueca que emprestei.

–Não foram eles que atacaram, deve ter sido o puto do Tommy e seu irmão viado. – comento mantendo foco nas lombadas de neve e buracos. Avisto o ferro velho e os tiros continuam.

–Mas eu nunca matei alguém, pensei que íamos pegar as coisas e ir embora! – diz Lucy parecendo confusa com a situação. Connor se vira com a escopeta em mãos.

–Se alguém matasse uma galinha sua, você deixaria o cara viver? Estamos na mesma situação, tão tentando matar minhas galinhas e isso me deixa puto pra caralho. – ele diz. É uma metáfora bem estranha.

–Vou parar aqui, peguem as armas e se não souberem mirar direito atirem pra qualquer lado pra assustar. – paro a van aos arredores do ferro velho, desço com o fuzil em mãos. Eles fazem o mesmo armados.

Tá um puta frio do caralho aqui. O portão que está a nossa frente é grande, bem encardido e fodido, olho para Lucy, ela sorri. Charlie bota o capuz de seu casaco e empunha um rifle velho modelo winchester. Connor para a minha frente esperando por um sinal.

–Vamos, estão esperando o que caralho? – eles param de me encarar e começa um por um a passar por uma brecha por baixo do portão. Deve ter sido um cachorro que cavou ai.

Escuto mais tiros vindo de dentro e vozes, Tai foi o primeiro a passar, depois Connor, Charlie e Lucy. Analiso o lado de fora antes de me adentrar, não vejo nada além de pinheiros e montes de neve. Então passo por baixo como os outros.

–Não precisa ter medo, eu to aqui pra cuidar de você gata. – comenta Connor indo à frente de todos com a escopeta. Lucy ignora com um simples gesto e permanece atrás de Charlie, o grandão irlandês.

Os carros abandonados formam espécies de trincheiras e barricadas, é ótimo como campo de batalha, ao notar Tommy e seu companheiro cada um mantém uma posição detrás de um carro. Fico ao lado de Tai abaixado observando tudo ao redor.

–Antes de atirar vejam se eles mataram alguém ou se tem um dos nossos como refém, se tiver pode atirar. – digo bem baixo avisando a todos. Connor levanta um pouco sua cabeça, faço o mesmo.

–Sai dai filho da puta, eu tenho mais três comigo, se não sair por bem vai morrer. – diz Tommy com uma submetralhadora nove milímetros em mãos. Onde inferno arranjou tal arma?

O carro que Dust pegou está a menos de cinco metros do carro de Tommy e seu companheiro. Ao lado do carro aliado vejo o corpo de Dust estirado com vários tiros no corpo, filho da puta! Matou um dos nossos!

–Ele disse que tem mais atiradores Sven, o que vamos fazer cara? – indaga Tai meio amedrontado.

–O que vamos fazer? Foda-se os atiradores deles! Eles mataram o Dust! – me levanto com o fuzil em mãos e gritando atirando contra Tommy e seu companheiro. Peguei os filhos da puta de surpresa.

Consigo atingir Tommy e o mata-lo, seu companheiro recebe vários tiros no braço direito e um disparo de escopeta vindo de Connor que atinge seu rosto. De repente uma rajada de tiros vem em nossa direção, não sei de onde. Foram dezenas de balas, me abaixei rapidamente e quase fui atingido. Somente o som dos ricochetes dos carros afiam nossos ouvidos logo após o som dos disparos.

–São armas pesadas! – grita Lucy encolhida atrás de um carro próximo junto a Connor. Noto que Charlie desapareceu.

–Não tenham medo, eles estão desperdiçando balas! Uma hora vai acabar! – grito em meio aos tiros que não cessaram.

–Parem! – escuto a voz vindo de quase dez metros a norte. Os tiros cessam. Olho pela lateral do carro abandonado e vejo quatro homens armados atrás de um único veiculo encoberto por uma lona velha. Eles estavam lá o tempo todo!

–Matou alguém Claude?

–Não sei, acho que atingi o loiro viado. – loiro viado? Tá falando de mim?! Porra! Levanto-me novamente aos gritos de Lucy e Tai e atiro contra eles várias vezes.

Os homens se abaixam detrás do carro, mas na sorte atingi um no peito, gastei um pente nesta ação. Me abaixo ao notarem que minha munição acabou. Eles voltam a soltar uma rajada de tiros em nossa direção. Lanço o pente vazio no chão e pego o último.

–Você é louco? Quase que acaba morto seu idiota! – grita Lucy quando os tiros cessam novamente.

–Tem uma boceta ali, eu ouvi a voz de uma boceta! Carl! Johnson! Tem uma boceta ali porra!

–Porque estão me chamando assim? Filhos da puta! – Lucy se levanta com a pistola e começa a atirar contra os homens várias vezes. Connor a puxa para baixo com força.

–Se tá louca caralho? Quer morrer? Que merda! – diz Connor tentando acalma-la. Depois o inconsequente sou eu.

–Cadê o Charlie? – indaga Tai a meu lado.

–Sei lá, ele é irlandês, sabe se virar. – respondo olhando pela lateral novamente. De repente outra rajada de balas vem, volto à posição padrão protegido. – A munição é nove milímetros, se fosse um calibre maior já teria perfurado essa lata velha e nos matado. Connor! – o chamo, ele responde de volta. – Dá a volta e tenta chegar ao nosso carro, se posicione na traseira da caminhonete e espera por um sinal.

–Beleza, cria uma distração ae.

–Atira Tai. – ele levanta a mão com a pistola e começa a atirar algumas vezes para espanta-los. Neste momento Connor passa abaixado em meio a alguns escombros e desaparece, Lucy fica só.

–Lucy, não sai dai porra. Tai fica aqui também, atira umas três vezes e quando eu der o sinal faz qualquer merda.

–E eu? – questiona Lucy.

–Sua arma tem pouca munição, faça as balas valerem a pena.

–Certo... – faço o mesmo que Connor, porém em uma direção reversa a dele. Passo em meio a um carro entalado e chego a quase oito metros de distância de Lucy e Tai.

Escuto os tiros e xingamentos. Deito na neve com a arma em mãos e vendo perfeitamente cada movimento dos quatro meliantes. O que atingi está encostado sangrando.

–Putos. – digo bem baixinho com um deles na mira. Vou descarregar essa porra toda.

Aperto o gatilho com força e uma onda de balas 5.56 milímetros os fuzila. Não paro de atirar enquanto os gritos e sangue voam livremente. Além de meus tiros também são direcionados os de Connor e Tai. Levanto-me satisfeito com os corpos estirados e vou rumo à direção dos mesmos.

–Bom trabalho. – diz Connor elogiando. Eles ainda vivem, porém mal se movimentam, os tiros atingiram o peito, braços e pernas. O encostado já faleceu e os outros agonizam tentando falar algo.

–Ninguém mandou trair a gente, os putos de seu acampamento estão fodidos. – diz Tai sorrindo os encarando.

–Mas íamos mata-los de qualquer jeito porra. – digo. Connor concorda.

–Olha só, Thomas está vivo. Emma também! – olho para trás e lá está Lucy acudindo Thomas quase desacordado. Ele foi baleado. Dentro da caminhonete está Emma com os olhos arregalados.

–Merda Dust, você podia ter aguentado mais um pouco cara. – diz Connor ajoelhado ao lado do cadáver de Dust. – então não se importa se eu ficar com sua arma cara? É pro bem de todos. – ele pega a escopeta do soldado e munição.

–Tai, pega as munições e armas desses merdas.

–Mas eles estão vivos cara.

–Eu sei.

–Melhor irmos logo, ele levou um tiro e pode infeccionar. – comenta Lucy verificando o ferimento de Thomas, caminho passando ao lado dela e abro o porta-malas do carro de Tommy.

Lá estão três caixas cheias de jornais e papel. Desgraçados! Tudo isso foi em vão!

–Eles são uns filhos da puta! Eu to puto pra caralho! – grito irritado.

–Isso não vai ficar assim. – diz Connor vindo a meu lado. – era pra gente enganar eles e não o contrário!

–Correto.

–Peguei este aqui tentando fugir. – Vejo Charlie carregando em seu ombro um homem com a cabeça raspada, barba rasa, nariz enorme e o olho direito roxo. Está desmaiado.

–Onde achou ele? – indago curioso.

–Enquanto vocês conversavam eu notei que o quinto membro havia fugido por ordem de um deles. Então eu o segui, mas seu cachorro fugiu.

–Que se foda. Vamos levar esse viadinho para usar como troca. Mas dessa vez nós vamos ferrar tudo e não o contrário!

–Não é uma boa ideia Sven, arriscar mais vidas para arrumar armas? – indaga Lucy ajudando Thomas a se levantar. Emma está ajudando Tai a recolher o armamento inimigo.

–Veremos tudo certinho quando chegarmos.

Escureceu naquele dia de natal. Voltamos todos irritados, um homem ferido, um morto e sem as armas. Depois de contar a história a todos, Dim e Brad levaram o corpo de Dust para um matagal onde o enterraram. Cada um foi para um canto, voltei para meu apartamento.

Odeio quando as coisas dão errado! Pego na geladeira uma garrafa de uísque russo e me sento em uma cadeira de frente a janela. Meu apartamento fica no quarto andar, a lua é linda daqui.

Sua luz penetra em meu quarto e ilumina meu corpo quase nu. Bebo do uísque e fumo a fitando e dividindo meu coração ali mesmo. É tão linda, se não fosse casada, eu preparava uma escada, pra ir no céu ai te buscar.

–Se tu colasse teu frio com meu calor, eu pedia ao nosso senhor para nos casar. – digo baixo para mim mesmo. Bebo um pouco do uísque e preencho o copo novamente.

A lua permanece a mesma até depois de tudo isso. Somos tão parecidos, pois sinto que o mundo ainda é o mesmo de antes...

–Não sabia que era poeta. – me espanto com a voz feminina. Viro-me e lá está Lucy fechando a porta. Tenho que me lembrar de trancar essa merda.

–É feio entrar sem bater no quarto de quem não conhece.

–Mas eu te conheço. Vim aqui pra conversar, lindo o que disse ai.

–Não disse nada, só pensei alto demais. – dou um trago no cigarro e bebo mais uísque.

–Deveria parar de beber e fumar tanto.

–Deveria parar de falar, não é minha mãe.

–Você é sempre grosso assim quando fala com damas? – a encaro franzindo a testa. A jovem sorri se aproximando bem devagar carregando um olhar malicioso. Acho que a ficha caiu agora.

–Vem aqui mais perto. – ela se aproxima sorridente. Tiro o cigarro de minha boca e lanço pela janela. Dou um gole no copo com uísque e o lanço no chão o quebrando.

Ela sorri, a puxo pela cintura e beijo seus lábios rosados. Lucy responde e parece muito calorosa me agarrando com força e ardor. Puxo sua camisa de uma vez e beijo seus seios. Ela sorri gemendo bem baixo.

A lua continua a nos iluminar ali, espiando tudo. Abaixo as calças de Lucy e a deito na cama de costas. Enfio tudo de uma vez e começo a fode-la com gosto, é bem apertada e quente. Seus gemidos são altos e intensos, todo mundo vai ouvir, mas que se foda, eu quero é transar. Puxo-a pelo rabo de cavalo e aumento a força.

Até mesmo a lua se escondeu atrás de uma nuvem não aguentando tanta perversão. Gozei tudo no rosto de Lucy naquela noite, é um detalhe que faz a diferença. Depois conversamos deitados um ao lado do outro até recarregar a energia e tudo recomeçou. Pelo menos umas quatro vezes.

Três semanas depois.


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo ainda estou a decidir quem irá narrar. Já tenho tudo montado aqui.

Decisão, a que tiver mais votos vence:
1- Matar o refém.
2-Não mata-lo mas mante-lo em cativeiro.
3-Solta-lo.


Acontecimentos paralelos aos do capítulo:

—Helena, Mikayla e Haruka beberam a tarde toda comendo peru. Elas conversaram sobe os ex-namorados, sexo e hobbies que tinham, se divertiram muito a sós.
—Mary ficou treinando sua pontaria atirando flechas de madeira com um arco velho em latinhas. Angelo surgiu para treinar juntos, eles se entenderam e formaram uma nova amizade.
—Mark transou com a esposa de Will. Quase foi pego no flagra mas conseguiu escapar antes, Brad sacou tudo e quando Will saiu também transou com a esposa dele.
—Viktor ficou tocando violão e fumando maconha no terraço junto a Megan. Ele ganhou um boquete.
—Nikolai escapou de uma horda de zumbis e se escondeu em uma lanchonete.



Até o próximo, flw.