Guerra Z. - História Interativa. escrita por Guilherme Lopes


Capítulo 16
Ep final.


Notas iniciais do capítulo

Como viram o nome sim, é o final, mas não o final da história. E sim o final do primeiro ato ou temporada, chamem como quiser.

O segundo ato será postado como uma nova história, porém os personagens que sobreviveram continuarão lá. Os que tem personagem não vão precisar de me mandar um novo.

Também começei uma nova história sobe piratas interativa, vou deixar o link no final. Boa leitura.



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Eu consegui. Meu coração acelerou e senti aquele aperto desconfortável mas foi possível. O acertei bem no peito com um tiro antes que ele acerta-se Lucy. Então o encarei fria e disse àquelas palavras que não saiam de minha mente.

-Perdeu... Cowboy. – ele me olhava sorrindo e então seus capangas começaram a disparar para todos os lados. Me abaixo atrás de um caixote e somente escudo o estrondo das balas atingindo as paredes e caixas de madeira.

-Parem! Parem de atirar porra! – é a voz dele. Então olho pela lateral da caixa e o vejo rasgando sua camisa revelando seu colete à prova de balas. – Eu estou bem meus amigos, estou muito bem.

-Mary! Não! – é a voz de Charlie me impedindo de atirar novamente, desta vez não seria no peito.

-Vamos resolver isto como homens de verdade. Sangue contra sangue, um contra um, sem armas, somente os punhos.

Vi Charlie se mostrando ai sair detrás de uma parede. Ele estendeu os braços não carregando nenhuma arma. Muller sorriu jogando suas armas no chão, rifle, pistolas e faca.

-Então o grandalhão que vai me enfrentar? Vamos acabar isso logo. Se eu ganhar fico com tudo aqui, principalmente as mulheres. Se você ganhar eu vou embora.

-Não. Se eu ganhar as armas ficam e vocês vão embora, dou minha palavra e você dá a sua.

-Feito. – levantei-me junto a todos ali que observavam os dois se rodeando bem devagar.

O silêncio tomou conta do lugar e Charlie estava sério como nunca. Ele retirou o casaco e o lançou ao chão, puxou as mangas para cima e ajeitou seu gorro sobe os cabelos compridos negros.

-Nada de golpes baixos, vamos lutar com respeito amigo.

-Não sou seu amigo. – disse Charlie o encarando. Muller sorriu e partiu para cima.

Com rapidez acertou o rosto de Charlie com um soco, ele nem sequer se moveu e levantou Muller pelas pernas o arremessando de costas no chão. O homem se levantou rapidamente e desferiu vários chutes no estomago e cabeça de Charlie. Novamente ele nada sentiu, então agarrou a perna do mesmo no momento de um chute e o girou soltando-o.

Já machucado Muller se levantou. Charlie partiu para cima e acertou-lhe um soco forte no meio do rosto, depois desferiu um de direito e um gancho que o derrubou na hora.

-Como se sente agora? Diga-me! Ameaçando pessoas de bem e atirando em crianças! Crianças! – gritava Charlie irritado esperando que Muller levanta-se. Senti um prazer em vê-lo apanhar daquele jeito.

Muller estava de pé, ele balançou sua cabeça e tentou acertar Charlie com um soco rápido, mas foi desarmado e lançado de costas no chão. O grandalhão pisou em seu rosto com força e começou a chuta-lo várias vezes. Seus capangas assistiam tudo de cara feia. Então em meio aos chutes Muller girou seu corpo e conseguiu acertar uma rasteira derrubando a Charlie. Ele saltou para cima de seu corpo e começou a soca-lo no rosto.

-Seu viking filho da puta! – gritava Muller com o rosto todo ensanguentado e inchado socando a cara de Charlie. Mas em um dos golpes seu braço fora puxado e o pé do grandalhão apoiou em seu peito e com impulso e força ele foi lançado de cabeça no chão.

Charlie o puxou pelo cabelo ofegante e também sangrando e antes de qualquer coisa receberá um golpe baixo em suas partes intimas o deixando de joelhos. Muller se levantou sorrindo após o golpe indelicado e o chutou no rosto fazendo cuspir um jato de sangue. Segurei-me para não atirar, vi que Charlie estava em desvantagem e confiava em sua força.

Como um animal Charlie se recuperou rapidamente do golpe e deu vários socos seguidos no rosto daquele demônio. Um atrás do outro e cada golpe era mais violento ainda. Muller somente ia para trás a cada soco recebido e no ultimo golpe Charlie girou seu corpo e acertou-lhe no pescoço um chute tão forte que seria capaz de desloca-lo. Vi aquele desgraçado girando seus olhos com o ultimo golpe e caindo de joelhos todo ferido. Charlie respirava forte sério, então se virou rumo a minha direção.

Ele conseguiu, não consegui deter meu sorriso de vitória vendo Charlie vencer o leão. Era como assistir uma luta de gladiadores na antiga Roma.

-Charlie! – foi o grito de Lucy e então vi Muller empunhando uma faca e prestes a golpear Charlie pelas costas. É como Brutus traindo seu rei e pai.

Gritei loucamente e sabia que era impossível acertar Muller antes que flagelasse Charlie. Então um som estrondoso fora ouvido distante dali e um tiro vindo do céu atingiu o ombro direito daquele demônio fazendo seu sangue jorrar e a faca cair ao chão. Charlie virou-se espantado e viu Muller de joelhos com a mão esquerda sobe o ombro direito todo ensanguentado. Seus capangas levantaram as armas e corri de encontro a ele com a arma apontada e disparando contra aqueles homens.

Os tiros começaram a vir e então Charlie me agarrou com força e virou suas costas em direção as armas. Ele me acolheu como um gigante e vi seu rosto de perto, sério. Lágrimas escorriam por meu rosto e a chuva de balas o atingia sem dó alguma. Sangue vindo da boca de Charlie pingava em meu rosto e minhas lágrimas só aumentavam.

-Mary... Sobreviva, faça isso por mim, sobreviva... – ele disse, suas ultimas palavras... Não segurei o choro nos braços de Charlie. Ele foi como um pai para mim. E vê-lo partir daquele jeito só tirava minhas esperanças, só me deixava pior...

Escutei o som daquelas garrafas atingindo o chão e consegui ver entre os braços de Charlie por uma brecha o rosto de Muller sendo queimado por aquele ácido e um homem o levando para seu carro. Vencemos... Mas perdemos também...

Em meio a gritos de fúria, tiros e passos fortes eu descansei ali mesmo. Nos braços de meu anjo da guarda. Charlie... Meu eterno pai... Eu o amava.

Muller conseguiu escapar com o resto de seus capangas, não sei se ele vai sobreviver... Fiquei ali ao lado do corpo de Charlie segurando sua mão fria e vendo seu corpo todo ensanguentado. Minhas lágrimas se juntavam a seu sangue.

Sven chegou uma hora depois, viu o estado em que tudo se encontrava. Quase todos morreram... Haruka se escondeu no porão e sobreviveu. Thomas se lamentou encostado na parede e Helena se debulhava em lágrimas.

Olhei para o céu e vi no topo de um prédio ali perto um homem, minúsculo a meu olhar empunhando um rifle e com uma garrafa em mãos. Seja quem for nos salvou... Mas mesmo assim Charlie morreu...

Enquanto chorava baixo o tempo passava. Aquilo palpitava em minha cabeça e eu só pensava em vingança. Lucy colocou a mão em meu ombro e disse.

-Tudo vai ficar bem.

-Não. Nunca ficará. – eu disse olhando para Charlie, passei a mão por seu rosto limpando o sangue e minhas lágrimas também.

Levantei-me e vi tudo a meu redor. Todos exaustos, amedrontados e sem esperança alguma. Este é o mundo que vamos viver de agora em diante? Isso é ridículo. Lutamos contra os mortos, mas quem continua sendo a grande praga humana são os vivos. Mas como disse Charlie, vou sobreviver. Nem que tenha de arriscar tudo. Olhei para o céu disposta a nunca mais derramar uma lágrima, nunca.

Seis anos depois.

Fim do primeiro Ato.


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Notas finais do capítulo

Aqui o link da minha história.

http://fanfiction.com.br/historia/428260/Os_Ultimos_Piratas-_Historia_Interativa/



E sobe Guerra Z. Estou ansioso para continuar, vou dar um tempo de alguns dias para escrever o novo roteiro e etc.

O que acharam do capítulo final? Obrigado e até mais.