Herdeira Demoníaca escrita por Jace Jane, Mari Mitarashi


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pela demora mas eu precisava de um tempo para caprichar nesse capitulo, e acho que exagerei um pouquinho hihihih. Queria agradecer a Madge Michaelis por todo apoio que me deu e não se importando muito com a minha demora, obrigada Madge.

Eu achava que esse seria o ultimo capitulo mas acabou que fui forçada a dividi-lo também, se não ficaria mais de 5.000 palavras e não quero que a leitura fique cansativa para vocês, mas não se preocupem, irei postar a ultima parte ainda hoje.



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Eu não conseguia respirar, estava coberta com um liquido estranho, tentava alcançar a superfície mas algo me prendia, me levando para baixo, por um instante consegui alcançar a superfície, consegui respirar novamente. Pude enxergar no que eu estava mergulhada, era um liquido pastoso, vermelho carmesim, algo eu nunca senti antes nem mesmo quando eu assumi o cargo de Aranha da Rainha, eu senti medo, eu não sabia o que estava acontecendo, eu só queria voltar, mas voltar para onde? Varias correntes saíram de dentro daquele rio vermelho e me puxaram para baixo novamente, prenderam meus pés, senti uma ardência e uma dor enorme, mas nada comparado com as correntes que se prenderam envolta das minhas costelas, o ar escapou dos meus pulmões, eu estava desesperada, o que estava acontecendo? Eu ia morrer, e nem sabia como eu fui parar ali. Estendi minha mão para o céu rubro com nuvens negras, mais correntes vieram e me levaram para baixo novamente, eu ia morrer? Com um forte puxão e eu voltei para o fundo daquele rio, minha garganta queimava, nunca tinha ficado tão perdida antes.

– Alguém me ajude! – gritei no fundo da minha mente, em desespero, foi quando senti uma mão gelada segurar a minha mão e me tirar daquele pesadelo.

Quando pude abrir os olhos, eu não estava mais naquele desespero sem fim, eu estava de volta ao meu quarto, alguém segurava minha mão, era uma mulher linda, pele bem pálida, cabelos loiros, bem penteados e perfeitamente alinhados, ela sorria para mim.

– Não se desespere minha criança, eu estou aqui – disse a mulher com calma, me tranquilizando, suas mãos eram frias, mas eu gostava de sentir aquele frio, me lembrava de que não estava mais naquele pesadelo. Tinha sido um pesadelo, só isso.

– Quem é você? – perguntei ainda sonolenta, minhas pálpebras estavam cansadas, manter meus olhos aberto era um desafio.

– Sou Camille... – respondeu a mulher, logo depois caiu na escuridão novamente, mas os pesadelos não mas se aproximavam.

***

Tinha tido um terrível pesadelo nem queria lembrar como tinha sido, mas ainda lembrava-se do desespero e o medo que sentiu. Quando acordou aquela manhã estranhou não ter sido acordada pela Hannah, será que ela tinha ido embora? Afinal esse seria o único motivo no qual vinha a sua cabeça, por não ser acordada pela governanta.

Quando tirava os cobertores de cima do seu corpo Hannah saiu do banheiro, ela tinha uma expressão diferente no rosto, estava.... Feliz.

– Bom dia my landlady, já estava indo acorda-la – disse dando um pequeno sorriso – Já preparei o seu banho.

– Por um momento achei que tivesse ido embora – confessou em quanto descia da sua cama e caminhava para o banheiro.

– Sentiria minha falta, se eu fosse embora? – perguntou Hannah

– Não seja boba – respondeu

Com a ajuda de Hannah removeu sua camisola e entrou na banheira, a agua estava morna, normalmente gostava da temperatura um pouco mais quente, mas aquele dia, não se importou com isso.

Em quanto Hannah lavava seus cabelos, ficou pensando quem seria aquela mulher loira.

– Quem era aquela mulher? – perguntou se lembrando da bela imagem que tinha em sua cabeça

– Fala de Lady Camille? – perguntou Hannah, balançou a cabeça concordando – Depois que my Lady passou mal na reunião da empresa, Lady Camille foi quem a ajudou a melhorar – respondeu

Com as palavras de Hannah um gatilho foi acionado e se lembrou da reunião, ela tinha sido envenenada, por algo demoníaco e nem precisava pensar muito para descobrir quem tinha tentado tirar sua vida. Sentiu seus olhos demoníacos brilharem de ódio, ninguém mexia com um Thatcher e saia impune, nem mesmo o demônio do seu pai. Pode sentir um sorriso se formando em sua face, ela faria o pagar, e já sabia como. Faria ele se arrepender de não ter conseguido mata-la.

Depois do seu banho Hannah a vestiu com um vestido perfeito, feito de um tecido fino e brilhante e delicados detalhes na altura dos seios. Certamente realçava as poucas curvas que tinha e o tom avermelhado se acentuava perfeitamente a cor da minha pele. As delicadas ondas de branco que desciam em cascatas uma sob a outra fazia com que eu me sentisse em meio a nuvens de algodão e o tecido longo que chegava a altura dos pés me deixava confortável e simplesmente magnifica! - Fiquei admirando meu reflexo no espelho em quanto Hannah pegava minhas luvas, brinquei um pouco com a saia, vendo como eu estava.

– Lady Caim ficaria orgulhosa em me ver usando um dos seus vestidos – comentou em quanto se virava para pegar as luvas.

– Você esta maravilhosa landlady – elogiou Hannah

Hannah tinha razão, o vestido que usava lhe dava um ar de moça, sua pele pálida realçava a cor do vestido, com um pouco de maquiagem e um penteado que prendia todo o seu cabelo, ela ficava parecendo uma verdadeira Lady e não com a filha de um demônio.

– Obrigada Hannah – agradeceu, ainda admirando seu reflexo, agora com o par de luvas brancas incluído, estava linda.

***

Em quanto andava até o salão de jantar par tomar o meu desjejum eu fiquei imersa aos meus pensamentos, Hannah falou que lady Camille tinha me ajudado a melhorar, como o veneno era demoníaco, então ela seria um membro do submundo mas por que me ajudaria? E por que eu tinha a ligeira impressão que Hannah me escondia alguma coisa?

Chegamos ao salão, tomei cuidado ao me sentar, para não amaçar o vestido. Senti falta da presença da lady Camille, olhei para Hannah querendo respostas, em quanto ela me servia.

– Lady Camille passou a noite toda velando seu sono, por tanto esta muito cansada e não poderá comparecer ao desjejum – respondeu a minha pergunta silenciosa.

– Entendo – disse um pouco desconfiada e curiosa, por que alguém velaria o sono da aranha da rainha? – E o meu noivo? – perguntei

– O conde Lawrence foi avisado de sua melhora – respondeu dando um sorriso quase inocente.

Tem alguma coisa acontecendo ou já aconteceu, meus instintos nunca mentem e eu aprendi a segui-los. Tomei um gole do suco de laranja

– Fez algo diferente com o suco? – perguntei – Esta fraco, quase não sinto seu gosto.

– Foi feito como sempre my landlady – respondeu

– Não estou com muita fome – disse me levantando, não era mentira mas também não era verdade, eu sentia algo diferente, não era a comida humana que me saciaria.

Fui para o meu escritório e me sentei de frente para a minha mesa e peguei o diário da minha mãe, reli algumas paginas.

– “Demônios fazem contratos com os humanos em troca de suas almas, para assim saciarem sua fome.” – li, quando eu peguei a alma do meu tutor, eu senti algo diferente do que sinto agora, era uma sede, mas de que?

– VOCÊ ACORDOU! – gritou Grell, quase derrubando a porta com sua entrada.

– Cuidado com a porta shinigami – repreendeu irritada, guardou o diário na gaveta da mesa e encarou o ser a sua frente – Você quase me deixou surda com esse grito mas vou deixar essa passar, já que parece contente em me ver.

– Desculpa mas eu estava tão preocupado, achei que você iria morrer – disse me dando um abraço dramático.

– Grell você esta me apertando – reclamei mas o shinigami não pareceu ouvir

– Se Camille não tivesse te ajudado.... - interrompi

– Quem é essa Camille? – perguntei – Hannah me disse que graças a ela eu estou melhor, mas ainda não fomos apresentadas.

O shinigami me soltou e se sentou na minha frente, abriu um largo sorriso, fazendo seus dentes de tubarão aparecer.

– Camille é uma mulher adorável, encanta todos os mortais com um único olhar e com uma mordida ela é capaz de mata-los. – disse o shinigami com os seus olhos verdes brilhando por trás de seus óculos.

– Não respondeu minha pergunta – disse, minha curiosidade estava me matando, fora que eu queria saber mais da mulher com quem eu estava em divida.

– Calma condessa, Camille é um ser do submundo, uma filha de Lilith – respondeu o shinigami.

Já tinha ouvido esse termo antes, era como os vampiros eram chamados nos livros, filhos de Lilith.

– Camille é uma vampira – disse surpresa

– Sim! – disse o shinigami animado – E graças ao seu sangue, ela fez seu lado humano manchado pelo veneno, ser transformado assim o seu lado demoníaco enfraquecido teria forçar para combater o veneno que você tomou. Mas seu lado humano desapareceu, mas não mudou muita coisa – explicou.

– É muita coisa para eu absorver de uma vez – comentei – Penso nisso depois, tem algo que eu preciso resolver antes.

– Fala do Sebby-chan? – perguntou o Shinigami

– Também, você disse que meu lado humano não existe mas, então eu devo comer almas para me alimentar? – perguntei

– Sim, afinal você é meio demônio, mas agora que tem uma parte vampira, você tem opções, você pode beber sangue – disse o shinigami.

Depois do almoço no qual eu não compareci, fui dar uma volta pelo jardim, o sol brilhava do alto, o que me irritava, meus olhos estavam irritados pela luz solar e meu corpo não aguentava ficar muito debaixo do sol, acabei descobrindo que ter uma parte vampira tinha suas desvantagens. Tive que pedir o Canterbury para buscar um guarda sol para mim, depois voltei a minha caminhada, fui até o roseiral atrás da mansão e fiquei surpresa com quem estava lá.

– Elliot? – chamei, ele virou em minha direção e deu um pequeno sorriso, embora sorria, ele parecia triste.

– Fico feliz que tenha melhorado – comentou cheirando uma rosa vermelha que estava segurando – Depois que lady Camille deixou o seu quarto esperamos um dia inteiro até que acordasse. Tive muito tempo para pensar.

– No que pensou? – perguntei, uma brisa passou pelo meu rosto, senti um cheiro delicioso e embriagante de Elliot, minha sede aumentava agora eu sabia o que eu queria, eu precisava de sangue, mas não podia fazer isso com o Elliot, ele era o meu noivo!

– Em tudo que aconteceu desde que você foi envenenada até o que seu mordomo fez para salva-la – respondeu Elliot, me lançando um olhar que nunca tinha visto nele antes, era nojo. – Descobri coisas que desejo nunca ter descoberto.

Droga, eu o perdi, ele descobriu sobre mim.

– Você é meio demônio, um ser horrível e asqueroso que tem como mordomo um deus da morte – disse.

Suas palavras era como facas, eu tirei tudo dele, sua noiva, suas crenças, ele estava perdido, não sabia no que acreditar, descobriu coisas horríveis e não sabia o que fazer.

– Eu sinto muito – disse derramando uma lagrima, que nem sabia que podia chorar, não depois de tudo – Não queria que descobrisse dessa forma.

– Você é um monstro! – disse com repugnância

– Eu sinto muito – mais uma lagrima desceu do meu rosto

Meu dever como aranha da rainha martelava minha cabeça, mesmo depois de ele me chamar de mostro, eu não queria dar esse destino a ele, se eu estivesse com o meu colar. Mas talvez eu pudesse tentar outra coisa, se as histórias que eu li estivessem certas em alguns pontos, eu poderia o fazer esquecer.

– Elliot, shinigamis, demônios e vampiros não existem – disse com uma voz calma, olhei em seus olhos, prendendo toda a sua atenção – Grell é uma pessoa normal, com um pequeno problema de personalidade, eu sou uma garota normal, dona de uma empresa famosa e tentaram me matar, demônios não existem. Lady Camille é uma mulher que produz antídotos com plantas raras, vampiros não existem. Você não viu nada de anormal, agora você vai voltar à mansão e vai me esperar na sala de estar.

– Eu vou te esperar – disse Elliot dando as costas e saindo da minha vista.

Cai no chão de joelhos, as minhas lagrimas não paravam de preencher meus olhos e descer pelo meu rosto. Eu não podia ter mais o Elliot, não quando ele pudesse ver uma brecha do submundo, não queria ver mas aquele olhar de repugnância. Sebastian iria me pagar, iria tirar o que era mais precioso para ele.

– Eu vou libertar Alice.

Penas negras me cercaram, senti uma estranha dor nas costas, fazendo-me eu me curvar, olhei para trás e dei um sorriso, minhas asas negras tinham voltado, olhei para minha pele e ela estava completamente negra, como o carvão. Da minha cintura até o chão havia uma espécie de saia feita de penas brancas e nas pontas estava pintada de vermelho. Senti meus caninos crescerem. Meus cabelos antes arrumados, agora estavam soltos e toda a sua cor tinha sumido, ficando completamente branco, senti meus olhos brilharem. Um fino tecido branco com detalhes em vermelho cobria minha barriga e seios, deixando a metade das minhas costas nuas, dando liberdade as minhas asas.

A minha força tinha voltado com a minha transformação, dei um pequeno riso, estava pronta. Abri minhas asas e dei um impulso e fui para o ar, com uma velocidade maior que a de uma carruagem eu voava pela estrada, indo em direção à cidade, eu voava como se fosse natural.

Quando estava chegando perto da cidade aumentei minha altitude ficando praticamente invisível com as poucas nuvens que tinha no céu, observei algumas ruas, procurando um lugar afastado para poder pousar, com o sol se pondo seria mais fácil para mim. Achando um pequeno beco atrás da loja do Undertaker dei um sorriso, mergulhei no ar, indo em direção ao beco vazio, chegando perto do chão, diminui a velocidade, pousando delicadamente no chão.

***

Seus passos eram calmos e silenciosos, poucos humanos conseguiriam escutar, mesmo se prestasse atenção, mas por não ser humana e sim uma criatura da noite, conseguia ouvir perfeitamente, mesmo tendo um shinigami tagarela ao seu lado.

Estava em frente ao espelho, arrumando seus cabelos loiros levemente ondulados, separados perfeitamente, dentro do quarto de hospedes da mansão dos Thatcher. A governanta Hannah deu duas batidas na porta, antes que pudesse dar permissão para ela entrar, o shinigami foi mais rápido.

Virou-se para a governanta constatando seu pressentimento em seus olhos demoníacos.

– A condessa se foi – declarou a governanta.

Dei um pequeno suspiro, sabia que não ia se fácil ensinar uma garota mimada, para piorar ela tem tendências suicidas.

– Criança tola! – disse irritada, indo para o canto da janela, dando as costas para os dois seres presentes no quarto. Olhei pela janela, havia uma linda lua minguante no céu, mostrando sua beleza lunar. – Ela ainda esta em transição, nem se alimentou como uma vampira.

– Sei que a condessa pode ser imprudente – comentou Hannah – Mas sei que quando tem uma coisa em mente, ela não desiste.

– Ela esta caminhando para a morte! Grell me contou toda a situação e eu conheço os feitos desse demônio, ela não tem chance. – disse voltando meu olhar para a governanta.

Todo o trabalho que tiveram para salva-la seria inútil, ela foi ao caminho da sua destruição. Como ela poderia estar tão calma? Sua mestra foi caminhar com a morte e ela estava mais tranquila que um caçador de som... Espera.

– Você tem um plano – constatei surpresa, isso explicaria toda aquela calmaria.

– Sim – deu um leve sorriso – Preciso que tire o Ciel Phantomhive do caminho – disse para o Shinigami, que assentiu, estranho o Grell estar ajudando, achei que ele ama-se esse demônio. – Eu irei até o Claude para que ele pegue a espada demoníaca.

– Espera! – interrompeu o Shinigami alarmado – Eu sei o que essa espada é capaz.

– Só pretendo feri-lo para poder tirar a condessa Thatcher do local, será uma boa distração – explicou Hannah, Grell não ficou muito satisfeito mas aceitou.

– Creio que eu fico com a responsabilidade de tirar ela de lá – disse

– Sim – confirmou

– Você sabe para onde ela foi? – perguntei, já tínhamos um plano, só precisávamos saber onde a pequena condessa foi.

– Ela foi até a loja do Undertaker – respondeu, dei um pequeno sorriso.

– Hora de colocar o plano em ação – disse, essa seria uma equipe bem estranha.

***

O movimento da rua tinha diminuído conforme a lua minguante pairava no véu da noite, por sorte não havia ninguém em frente a loja do Undertaker, por algum motivo meus sentidos estavam aguçados mais que o normal, deveria ser a consequência de ser uma meia vampira, conseguia sentir o cheiro dos cadáveres dentro da loja antes mesmo de me aproximar muito, era um cheiro nojento, mas com a minha audição pude ouvir um coração batendo, o dono desse coração tinha um ótimo cheiro, como seria o gosto do seu sangue? Adoraria provar.

Andei silenciosamente até a porta da loja e coloquei a minha mão sobre o vidro que tinha na porta, arranhei o vidro com as minhas garras como um sinal de aviso. Dois segundos se passaram, o coração que tinha ouvido antes batia mais rápido. Afastei-me um pouco da porta e lancei uma rajada de penas com a minha asa direita, a porta abriu bruscamente e o vidro foi perfurado pelas penas, entrei na loja e olhei para os dois pares de olhos. Não fiquei surpresa em saber que era a Alice que estava ali com o Undertaker.

– Desculpas pela porta – disse sem um pingo de arrependimento, em quanto juntava minhas mãos em frente ao meu corpo – É que minhas unhas estão tão longas, que eu não conseguiria abrir.

– O que aconteceu com você? Soube que estava morrendo – disse Alice assustada, saindo de trás do balcão. Undertaker me olhava serio, a intensidade do seu olhar era gritante, o que me fez dar um sorriso, mostrando os meus novos caninos.

– Alice fica longe dela – mandou o Undertaker ficando do lado dela

– Acalme-se Shinigami, vim aqui para cumprir a minha promessa de libertar Alice – disse tentando acalma-lo, saberia que era inútil, mas Alice pegaria essa informação e não ficaria tão assustada. – O que me aconteceu foi trágico Alice, fui envenenada pelo Sebastian, uma tentativa de me matar para que eu não a liberta-se.

Seus olhos se encheram de lagrimas, como era fácil manipula-la, até que minha dor serviria para alguma coisa.

– Mas eu tive sorte, duas pessoas me ajudaram em quanto estava em meu leito, devo minha vida a elas – disse com uma voz tranquilizadora – Mas quando eu acordei eu percebi o que tinha acontecido e sabia se eu morre-se, não ficaria em paz, sabendo que não pude cumprir minha promessa – dei um passo para frente, tendo o Undertaker me observando – descobri uma forma que não pegará uma parte da sua vida em troca.

– Como? – perguntou cheia de esperança

Humanos são tão tolos, meio que entendo por que o meu pai brincava com os corações deles.

– Assim! – voei em sua direção, usando minha asa para bater no Undertaker, que foi para contra a parede. Arranhei o símbolo do contrato com as minhas garras, fazendo Alice gemer de dor – Você só tem direito a alma do seu contratante Sebastian, por tanto a alma de Alice não lhe pertence, esse contrato é invalido – disse em quanto via a marca brilhar e aos poucos ia sumindo. – Espero que não se importe com o pequeno preço que farei pagar, mas não se preocupe, não custará sua vida, só um pouco do seu sangue. – abri minha boca e mordi seu pescoço, senti seu sangue descer pela minha garganta, era doce e suave, era uma das coisas mais saborosas que eu já provei. Quando comecei a ouvir as batidas do seu coração irem desacelerando parei bruscamente de mordê-la e chupar seu sangue.

– Desculpa Alice, ainda não sei como me controlar – dessa vez eu realmente me senti mau por ela. Alice estava fraca e caiu no chão aos meus pés. Ouvi um pequeno rosnado vindo da porta da loja, dei uma pequena risada à diversão estava para começar. Virei-me e encarei o ser com um largo sorriso.

– Olá Sebastian.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, nos vemos nos comentários.



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