Own Way escrita por followmedown


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Olá! Então, hoje vou falar aqui, pois preciso avisar uma coisa. Primeiramente obrigada aos que comentaram e deram suas opiniões, eu realmente preciso de críticas. E agora, me desculpem pela demora. Eu to com muitas ideias para a fic, mas essas ideias só poderei encaixar mais para frente, ou seja, fico um pouco bloqueada para escrever esses capítulos. Mas se vocês comentarem, pedir para amigas lerem e outras cosias, quem sabe eu escreva mais rápido.
Agora dois breves comentários: 1°Acho que esse capítulo foi um pouco maior que o anterior, mas se acharem que eu devo escrever mais, por favor, avisem!
2° Nessa história Hanna é loira, então não se espantem quando foram ler.
Acho que é isso, obrigada e não esqueçam de comentar!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/414533/chapter/3

O dia estava acabando, o sol estava indo embora, ocorrendo uma explosão de cores. Uma verdadeira mistura de tons de azul, rosa e laranja, era assim que o céu estava. Alguns pássaros voavam calmamente pela cidade. E para finalizar e melhorar ainda mais a paisagem, a lua estava quase surgindo, ou seja, mostrava uma simples e linda mistura do dia com a noite.

Alguns vendedores já estavam fechando suas lojas. Essa cidade nunca fora tão pequena e nem tão grande, talvez um ótimo lugar para viver. Calmo e agitado. Tudo dependia do que você queria fazer e com quem. Lembro-me bem quando a irmã mais velha da Hanna saía todas as noites para festas com os amigos enquanto nós, crianças, ficávamos tentando enganar a empregada para que ela não nos colocasse para dormir. Solto uma risada ao lembrar do dia em que nós nos escondemos na lavanderia e Annie acabou ficando presa na máquina de lavar. Uma história que talvez eu conte outro dia. Eu realmente sentia falta de Heartforshred e só em pensar que eu estou quase chegando na casa onde passei os melhores momentos da minha vida fazia meu coração acelerar.

Se alguém se interessa em saber, não, eu não esbarrei com o gatão bronzeado, ops, Odair novamente. Prim e Annie fizeram mil perguntas, mas eu apenas ignorei-as pelo resto da viagem. Ao chegarmos em Londres pegamos um trem e agora estamos nesse taxi em direção a mansão dos Mason. Estou realmente exausta, mas conhecendo bem as amigas que tenho, sei que  elas não me deixarão nem chegar perto da cama.

A casa, ou mansão, dos Mason ficava um pouco distante do centro da cidade, mas essa era a parte boa, pois podíamos fazer festas sem receber reclamações de vizinhos. Isso não significa que a casa era afastada do mundo, por que não era, ao redor havia outras mansões, mas não eram grudadas e também não tão longe. Poderia descrever a casa para você, pois tenho certeza que conheço cada cantinho, mas seria uma descrição inútil. Mas te digo que a casa é ENORME. Possuía uma piscina extremamente grande, salão de jogos, milhares de cômodos e minha parte favorita: um lindo jardim, com uma grande diversidade de plantas. 

- Lembra-se desse restaurante? Costumávamos almoçar aqui toda vez que os pais da Hanna saíam. Estamos chegando! – Falava Prim, com certa animação em sua voz.

- Sim, Prim, estamos chegando – Sorri.

O carro parou em frente a um portão prata. Sorri novamente ao me lembrar de quantas vezes tentamos pula-lo. Escutei a voz de Hanna no microfone pedindo identificação e nem precisei abrir minha boca para dizer que éramos nós, pois Annie já tinha feito esse favor, gritando bem no meu ouvido. Os portões se abriram e o taxi entrou. Ao nos aproximarmos mais da casa, mesmo de longe, eu conseguia ver uma cabeleira loira descendo as escadas, com um sorriso de uma ponta da orelha a outra.  O carro mal havia parado e eu já estava vendo Prim e Annie abrindo a porta e correndo em direção a Hanna e eu, para não ser chata, fiz o mesmo.

- MENINAAAAAAAAAAAS, PENSEI QUE TINHAM DESISTIDO. FIZERAM-ME ESPERAR POR 53856384763 HORAS – Hanna sempre exagerada – FIZ  ATÉ UMA TORTA PARA VOCÊS! – Olhei desconfiada para ela – Ta, essa parte é mentira. Vocês sabem que eu não sei fritar nem um ovo. Quem fez a torta foi a dona Carmem. Vamos, entrem logo,  ela passou o dia perguntando que horas vocês iriam chegar...

Parei de escuta-la, paguei o taxista, peguei minha mala e segui as meninas, observando todos os detalhes da casa. Por incrível que pareça, nada havia mudado. Talvez só alguns eletrodomésticos, mas isso não importava. Corri para a cozinha ao sentir o cheiro da minha torta favorita saindo do forno. Ao entrar, dona Carmem já estava de braços abertos nos esperando. Corri para abraça-la e sorri, como sentia falta desse abraço.

Para mim, dona Carmem sobre fora como uma avó. Sempre quando vínhamos aqui ela nos mimava, cuidava de nós como se fossemos suas netas.

- Kat kat, minha filha, andou comendo fermento? Não é possível, olha como está grande. Onde foi que você colocou aquela menininha pequena? – Falou com uma expressão de espanto e alegria ao mesmo tempo – Onde está sua irmã? E Annie? Eu estava morrendo de saudade de todas. Fiz sua torta favorita, filha. Senta ai e come um pouco – Diz ela colocando já um pedaço em um prato e me dando.

E  o que aconteceu depois vocês já sabem. Prim e Annie chegaram gritando e abraçando-a. Conversamos, rimos, contamos histórias e relembramos momentos. Disse que precisava de um banho e saí, tentando encontrar o quarto que Hanna havia me dito que seria meu. Entrei em quase todos os cômodos da casa até encontrar o meu quarto. Eu já disse para vocês como eu amava Hanna? Pois é, o meu quarto tinha uma vista especial para o jardim. Tinha tudo que eu precisava. Um cama de casal, um banheiro completo, um closet, uma televisão e a minha vista. Sem contar alguns outros detalhes. Eu me lembro muito bem desse quarto, era o meu favorito, sempre pedia para ficar aqui, mas nunca me deixavam, pois como eu era criança, precisava de um quarto diferente. Para ser sincera,  nunca entendi muito bem essa história.

Vou para o banheiro, abro a torneira e deixo a água correr, até encher a banheira. Pego o meu Ipod e coloco em uma música qualquer. Arrumo minhas coisas, retiro aquela roupa suja e tomo meu banho tranquilamente.  A viagem mal havia começado mas eu estava me sentindo bem, por que essa casa me passava sentimentos bons. Talvez Annie estivesse certa...

Saio do banheiro logo após de ouvir algumas batidas em minha porta. Enrolo-me em uma toalha e abro a porta.

- Senhorita, desculpe te interromper mas... – O moço começa a falar antes mesmo de saber com quem, mas ao me olhar vestida daquela forma, começa a gaguejar  – Mil desculpas, senhorita. Só vim aqui por que a senhorita Mason pediu para lhe chamar. Parece que elas estão indo comprar algumas coisas, então pediram para você ser rápida – Completou o moreno, dessa vez olhando para o chão. E depois saí com pressa.

Fecho a porta rapidamente e me amaldiçoo por não ter colocado uma roupa ou por não ter perguntado quem era antes de abrir. E para piorar a situação, o homem não era velho, ao contrário, parecia ser uns 2 anos mais velho que eu. Olhos azuis, cabelos negros e uma pele um pouco morena, mas não tão escura.

Corro para procurar uma roupa e desço com medo de encontra-lo por um dos corredores. Escuto a risada das meninas ao me verem e logo imagino que fora tudo um “plano” para me fazerem passar vergonha.  Encaro-as de uma maneira que só eu consigo fazer e no mesmo momento elas param.

- Então, para onde estão indo? – Pergunto

- Preciso comprar umas coisas no mercado e aí aproveitamos e damos uma volta na cidade – Disse Hanna.

- Ta, tudo bem, mas escutem o que eu to dizendo, vocês ainda me pagam pelo o que fizeram! – Então elas caíram na gargalhada novamente – Levantem logo essas bundas gordas daí e vamos sair!

Esqueci-me de falar que não íamos precisar de taxi, já que Hanna tinha um carro novinho na garagem e a melhor parte, ela sabia dirigi-lo. Entramos na lata "velha" preta e saímos com o som super alto em alguma música eletrônica. Sim, elas estavam bem animadas.

- Hanna, será que eu tenho o direito de saber quem era aquele cara pelo menos?

- Claro, katzinha – Disse – “Aquele cara” é o novo jardineiro, seu nome é Gale Hawthorne. Ele é um gato, não? – Hanna riu e eu corei ao me lembrar da cena. Sim, ele realmente era bonito, mas acho que eu teria vergonha de encara-lo novamente.

Parei de pensar no assunto e comecei a cantar junto com as meninas. Afinal, eu tinha atravessado o oceano para me divertir. 

Chegamos ao supermercado e acho que nem preciso narrar detalhadamente o que aconteceu. Entramos, pegamos um carrinho, jogamos algumas coisas dentro do mesmo. Estávamos no corredor de guloseimas e na ultima prateleira eu conseguia ver de longe um grande pote de nutella, talvez o maior que eu já tinha visto. As meninas continuaram e eu fiquei de ponta de pé para tentar pegar o pote, mas eu não conseguia alcança-lo. Bufei e sai andando, até sentir uma mão encostando em meu ombro. Viro-me e minha boca abre em um verdadeiro “o”.

- Acho que eu nunca vi um pote de nutella tão grande – Ele abriu um sorriso de lado – Vi você tentando pegar e sei como é frustrante não ter um pote desse em casa, então toma aí – Disse ele me entregando.

- Obrigada – Sorri – Você é sempre assim?

- Assim como? – Levantou uma de suas sobrancelhas em uma expressão de dúvida.

- Sempre me ajudando. Primeiro devolve meu celular e agora o pote. Você tá me seguindo? – Ri, fazendo-o rir também.

-  Talvez, mas se for para poder escutar todas as vezes essa risada vou começar a te seguir – Disse ele, fazendo-me soltar um sorriso tímido – Aliás, prazer, Finnick Odair.

- Katniss Everdeen. Em tantos lugares do mundo para ficar, você aparece logo na mesma cidade que eu?

- Eu estava te seguindo, ué – Sorriu – Estou na casa de um amigo, na área das “pequenas” casas, sabe? A gente bem que poderia se encontrar mais vezes, não acha? – Senti uma outra mão em meu obro, mas dessa vez não era quente como a de Finnick, e sim bem fria. Vir-me-ei e me debati com uma senhora, aparentemente ela devia estar com uns 70 anos.

- Posso ajudar, senhora? – Perguntei. Ela estava me encarando como se estivesse tentando enxergar algo além de mim.

- Se eu fosse você, fugiria desta cidade.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!