Somebody That I Usend To Know escrita por Draddie


Capítulo 20
Quem voce é - parte 2- final


Notas iniciais do capítulo

Como eu prometi, está aqui, espero que gostem e prometo que acabou o drama nesses capítulos esse é o ultimo. Estou meio perdida com o Nyah, ele mudou muito, desculpe algum erro eu não me lembro de ter revisado.



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P.O.V Sam

– Vamos Sam! Eu quero saber o que é isso.

Annye estava inteiramente nervosa, era fácil identificar quando ela ficava irritada, como seu modo de colocar seus cabelos lisos e escuros para trás ou de como ela mexia as pernas. Mas, eu não entendo... Por que ficar fora de sí por um assunto que não tem nada a ver com ela, que nem lhe afeta. Eu sei, ela é minha prima, ela sempre quer cuidar de mim, mas as coisas mudaram, o tempo passou e eu sou uma adulta agora, só eu posso cuidar de mim, só eu posso resolver o meu problema. Mesmo se eu quisesse ajuda, não é justo com ela, ela não pode me ajudar, ninguém pode.

– Sabe Annye, acho que as coisas andam meio difícil para você, não reconhecer caixinhas de remédio é meio... – Tentei usar o humor para descontrair a tensão, o que não deu muito certo já que a morena me cortou com seu tom áspero.

– Não me venha bancar a engraçada Samantha por que isso não se é mais do seu fetil, e para falar a verdade eu nem seu mais o que é ou não do seu fetil ou melhor quem é você? O que você está fazendo? Do que está fugindo?

Quem sou eu? Eu já desisti dessa pergunta há muito tempo, eu não consigo lembrar onde foi ou por que das coisas começarem a dar errado, acho que isso nem tem mais a ver com um ex-namorado babaca e a amiga falsa, acho que... Tem a ver comigo, tudo isso começou comigo.

– Eu não sei – Sussurrei me encolhendo mais e mais no meu grande sofá.

– Não sabe o que? Oh meu Deus Sam! Por favor, confie em mim e me deixe te ajudar.

– Eu sou um caso perdido Annye, sempre fui só não queria aceitar – Eu falava tão baixo que duvidava que ela me escutasse, não conseguia olhar em seus olhos, meus pés descalços é meu único ponto de visão. Confessar que sou uma terrível tragédia sempre me pareceu algo absurdo.

– Você é uma Puckett, isso é o que somos um caso perdido isso nem sempre precisa ser ruim – disse se sentando ao meu lado tentando me fazer sorrir enquanto sua mão fria pegava na minha.

– Você não entende - Falei exasperada, não aguento mais pessoas que sempre acham que sabe alguma coisa – Ninguém entende! Eu não posso ser um caso perdido, eu não quero, eu tenho um nome, eu tenho tudo o que eu quero, tenho milhões de pedidos de grandes e famosas empresas desejando que eu trabalhe nelas, eu mando e desmando em durões que se acham os donos do mundo, que trabalharam o dobro de anos que tenho de carreira, eu sou melhor que todos eles, então eu não posso ser um caso perdido, as pessoas me acham sortuda, para mim nada disso tem a ver com sorte, tem uma fila de jovens e velhos querendo meu lugar nesse momento, esperando a cada minuto que eu caia, que faça algo de errado que ferre com todo meu trabalho, falsos e impiedosos que aguardam por qualquer coisinha que me faça perder, você me acha sortuda? Você acha que eu posso me deixar ser um caso perdido? Eu não tenho tempo de ficar pensando se ser pedida é bom ou ruim, eu só tenho que me manter aqui, não me importa como. – Eu já nem sabia que hora eu tinha largado sua mão e me levantado ou quando foi que comecei a jogar minhas palavras em cima dela cm tanto ódio.

Annye não tinha nenhuma expressão no rosto, cansada, parece que ela envelheceu muitos anos depois de meu discurso, talvez eu tenha sido dura demais, ela não tem culpa de nada disso e acabei colocando ela em meus problemas, descontando nela todos os meus dias de cansaço.

– Eu não entendo – Falava se ajeitando no sofá, sentada em pernas de indo, entrelaçando suas mãos e com a cabeça erguida me olhando com seus olhos cinzentos enquanto eu me encontrava em pé em sua frente, sua voz estava calma, ela não parecia mais como antes. Estou tão cansada, ninguém consegue entender. – Todo esse discurso que você deu é para se sentir superior? Ou para eu me fazer sentir como uma tola que nunca vai entender como é viver em uma profissão com horríveis concorrentes. Bem, se for isso... Desculpe-me minha prima, mas você é uma idiota, mimada e metida a melhor empresária do mundo.

– Mimada?! – Sibilei

O que? Nunca me chamaram desse modo e olha que já fui chamada de muitas coisas, a última coisa que alguém poderia me chamar é disso. Eu? Que sempre tive que trabalhar duro e correr atrás de qualquer coisa que quisesse.

– Você não sabe de nada Annye, você adora achar que pode tudo, mas você sabe que isso é uma merda de mentira, você não sabe o quanto eu fiz para chegar até aqui – Falei enquanto apontava meu apartamento – Se você quer tanto saber que tipo de envolvimento que tenho com essas porcarias de remédios, tudo bem, elas me ajudaram nisso, isso é o que me mantém acordada e sempre enérgica, você encontra isso muito fácil quando entra em uma faculdade e faz amizade com os mais nerds, esse – peguei uma das caixinhas que estava vazia – È o segredinho deles para ter tanto tempo de estudar e nunca ficarem cansados, digamos que ele me deu um empurrãozinho para minha formação com êxito na faculdade, de conseguir um bom emprego, criar softwares tão inteligentes, ser encaminhada a maior indústria tecnológica no Vale do Silício subir tão rápido nessa carreira quanto qualquer um á visto, olha onde estou eu só tenho a me elevar cada vez mais.

– Oh meu deus você está péssima Sam, tomando remédios para ficar acordada e ligada nesses papéis, na frente de um computador, por trabalho. Ai meu Deus! - Agora nem mesmo Annye conseguia esconder seus sentimentos, seu rosto está coberto pelo choque e seu tom de voz transborda surpresa.

Por que as pessoas se surpreendem tanto? Está na cara de todos, mas negamos ver, todos, as pessoas mais renomadas, famosos, como vocês acham que chegamos até aqui? Não é com um passe de mágica e muito desejo, é batalhando, e às vezes nessas batalhas nós temos que usar umas cartas na manga que nem sempre elas são assim tão limpas.

– Cara como você é burra, meu Deus! Como é estúpida. Você realmente acha que eu não sei de nada? Que eu não faço a mínima ideia do que sejam todas essas preocupações sobre ser a melhor em sua profissão? Eu lamento em te lembrar, mas eu vivi nos holofotes a mais tem pó do que muita gente consegue aguentar, então não me venha – nisso Annye já estava de pé em minha frente com seu dedo indicador apontado em se peito – Me dizer que eu não te entendo, eu vi muita coisa, passei por mais coisa ainda e não foi por isso que me deixar ir por um caminho que se diz mais fácil. Você é estúpida, garota estúpida – suas duas ultimas palavras tinha um ênfase cruel que me fez dar dois passos para trás – Eu cansei Sam, você não sabe o quanto seu drama de “oh garota sofredora” já deu, chega Samantha, esse negócio de estou perdida, meu coração foi partido por meu ex-namorado gostoso idiota e minha linda amiga imbecil.

– VOCÊ...

– “‘Oh ninguém acredita em mim”, “Oh eu nãopasso de uma zero a esquerda pra eles”, “Oh agora vou mostrar quem eu posso ser para todo mundo” – Anny me cortou no momento em eu iria manda-la embora, sua tentativa de imitar minha voz sobrecarregada de drama, me envergonhou – Chega Samantha, isso parou de ser culpa de Carly e Freddie há muito tempo, já se passaram dez anos, DEZ MALDITOS ANOS! Chega de sentir pena de si mesma, chega de tanto drama pelo passado, você já mostrou do que é capaz essa história já está ficando chata, cresça Puckett e assuma que você tem problemas que só tem a ver com você, somente você. Se você se acha a sortuda do momento ou não, eu não me importo. Eu só quero que você pare de ser essa coisa que fingi ser, tira logo essa fantasia, por que a brincadeira já está ficando chata, e assuma quem você é que se dane se você não é perfeita, que se dane se as coisas estão bem ferradas aí dentro, você tem que superar.

Annye pegou sua bolsa e minha caixa de remédios, eu não consigo esboçar nenhuma reação, acabei que depois de tantos passos para trás por medo de me aproximar de Annye cheguei na parede onde me escorreguei para o chão.

– Quando você decidir parar de ser essa pessoa chata, amarga, rancorosa que sinceramente já perdeu seu motivo faz tempo e aceitar ajuda que tanto precisa me liga, sabe onde me encontrar. – Sua aparência parecia pacifica nem parecia à mulher tão cruel de uns segundos atrás, colocando uma mecha de cabelo na orelha, abriu a porta, onde me deu uma ultima olhada – Essas porcarias – Levantou minha caixa em suas mãos – Vem comigo e espero ver nunca mais coisas parecidas com essas por aqui.

Seu bater da porta me deu uma estremecida, no chão mesmo me encolhi ainda mais, segurando minhas pernas escondi meu rosto nos joelhos.

Será que Annye está certa? Por que eu não consigo me enxergar? Será que consigo me ajudar? Será que já não estou afundada o suficiente para conseguir sair disso?


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Notas finais do capítulo

Lembra que eu falei sobre a recaída do Brad e da Taylor? Vai ser em breve prometo. Lembram da festa do Gibby? Também será em breve. Obrigada a todas pelo o voto de confiança, o próximo capítulo chega semana que vem, tem Freddie e elly sz.
Espero que tenha ficado bom, faz tempo que não escrevo...