Filhas Dos Deuses escrita por Annie Di Angelo, Annie Somerhalder, Maite Belores


Capítulo 7
Chegamos no Acampamento Meio-Sangue - Annie


Notas iniciais do capítulo

uau, eu demorei '-'
sorry '-'
~fugindo das pedradas das pessoas que queriam um capítulo novo~
Juro pelo Rio Est... espera, melhor não dizer mais nada :P
boa leitura, espero que gostem :3
~Annie



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Eu não conseguia acreditar. Deuses? Monstros? Isso era real?

Nico me guiou até o barco. Eu sabia que estava vermelha. Esse negócio de Nico me abraçar e me manter sentada na cadeira me deixou meio envergonhada. Mas eu não pude me conter. Eu queria me levantar, gritar, tentar entender essa situação absurda. Mas depois decidi me acalmar e pedir para alguém me explicar TUDO quando estivéssemos no barco. Ah é, o barco.

Quando disseram que iríamos para o acampamento de barco, pensei que iríamos até um porto, ou lago, ou rio, ou qualquer coisa do tipo. Mas o barco estava a algumas quadras ali. Estacionado (posso dizer assim?) na porta da escola. Como não repararam num barco enorme, com uma cabeça de dragão? Excelente pergunta, que eu fiz a Nico.

- É a Névoa – ele admirou o barco – Impede que os mortais vejam certas coisas místicas.

- O que um barco tem de místico?

Essa pergunta foi respondida assim que o barco partiu. Voando. Acho que barcos voadores não são muito comuns.

Realmente lá dentro era muito grande! Depois de dar uma olhada geral no barco, entrei em um quarto e me sentei na cama. Comecei a tentar entender a situação: coisas da mitologia grega são reais. Sou filha de algum deus. De repente, me lembrei das palavras de Milena:  ‘Aposto que seus pais não te quiseram’. Eu sempre havia pensado em meus pais como pessoas sem condições de nos criarem, ou talvez até eles tivessem morrido, e a Sra. Russel tivesse nos resgatado da rua. Mas agora que eu sabia que era filha de um deus, ou deusa, comecei a analisar essa frase arrogante de outra forma. Deuses são poderosos. E, sem querer ofender, são egoístas e não se preocupam muito com mortais. Quem quer que fosse meu progenitor divino poderia ter me deixado no orfanato por não querer cuidar de mim. O mesmo com Gina e Bella. “Não” eu me repreendi “Você está pensando como uma rancorosa. Não é porque meu pai ou mãe é uma divindade grega que ele/ela tem que ser um egoísta, que não liga para as próprias filhas (filhas, porque tenho certeza que eu e Gina somos irmãs mesmo não nos parecendo). Talvez ele ou ela não poderia ficar conosco...”

Escutei um barulho na porta: era Nico. Corei imediatamente, quanto tempo será que ele ficara ali, me observando. Percebi que ele era ótimo em ser silencioso.

-No que está pensando? – ele entrou no quarto.

- Só estou tentando assimilar tudo isso... – suspirei.

- Com o tempo você se acostuma – ele se sentou na cama a meu lado – Vamos para o acampamento, lá você ficará bem. – notei que ele falou apenas de mim, sem mencionar Gina e Bella, mesmo elas provavelmente estando tão confusas quanto eu, mas não comentei nada.

- Então... – olhei para o chão, pensando em algum assunto – Me fale de você.

- De mim? – ele olhou para mim, surpreso – O que quer saber?

- Você é semideus, não é? Me fale de como é...

- Bem... Sou um filho de Hades, o deus da morte – ele falou olhando para o chão – Passo parte do meu tempo no acampamento, e a outra parte nos domínios de meu pai – tentei imaginar Nico zanzando entre espíritos no Mundo Inferior. Não foi tão difícil – Não é ruim ser um semideus... Você só precisa se acostumar.

- Como você descobriu ser filho de Hades?

- Geralmente quando estamos no acampamento, nossos pais nos reclamam. Aparece um símbolo sobre nossa cabeça, e cada símbolo representa um deus.

- Porque geralmente? – eu estava desconfiada – Pode acontecer de um semideus nunca ser reclamado?

- Bem, alguns semideuses são indeterminados... A maioria filhos de deuses menores... Mas agora que existem chalés de alguns desses deuses, não temos esse tipo de problema. – ele me tranquilizou. Obviamente ele notou que eu estava com medo de não ser reclamada. A fala de Milena estava na minha cabeça.

Ficamos em silêncio por alguns minutos, então ele se levantou. Eu queria pedir para ele ficar ali comigo, era bom ter a companhia de alguém. Mas deixei ele sair, não sem antes me dar um sorrisinho.

Fiquei sentada na cama, tentando imaginar como seria o acampamento. De repente, escuto Gina chamar:

- Annie, vem aqui! – ela gritou.

Fui correndo até a direção de sua voz. Ela e Bella estavam na proa do barco. Fui para perto delas e Bella se virou para mim:

- Chegamos no Acampamento Meio-Sangue.

Leo ‘estacionou’ o Argo II, e nós desembarcamos.

Minha primeira impressão do lugar: uau!

Não vou me ater a detalhes, mas é incrível: cheio de árvores, grama, plantas... tem um campo de morango! Eu amo morango!

Vimos um homem-cavalo, Annabeth disse que é um centauro, é o diretor de atividades Quíron. Ele nos cumprimentou e pediu a Anna (vou chamar Annabeth de Anna) para nos levar para um passeio no CHB.

É realmente um lugar legal de morar. Peguei uns morangos no Campo de Morangos, vi sátiros (os homem-bodes) jogando vôlei, experimentei a Parede de Escalada (consegui chegar ao topo, mas minha camiseta acabou bem chamuscada). Quanto mais eu via, mais gostava do CHB.

Arrumamos um canto no Chalé 11, de Hermes, enquanto éramos indeterminadas. Os campistas do 11 são simpáticos, mas tem um sorriso no rosto que me deixou com medo de ser roubada.

Nosso primeiro jantar foi legal, a comida é realmente ótima, mesmo que tenhamos que queimar uma parte. E o chalé de Apolo realmente canta bem.

Nossa primeira semana foi ótima. Felizmente não conhecemos ninguém como a Milena (ou seja, uma chata).

Os dias foram passando... E eu me acostumei a rotina do CHB. Eu e as meninas não fizemos muitos amigos, na verdade, permanecemos um pouco... anônimas. Mas estávamos bem assim.

De manhã tomávamos café no pavilhão. Annabeth ensinava grego a nós três, ela explicou que como somos filhas de deuses, tínhamos facilidade para o grego. Depois do almoço geralmente treinávamos na Arena, Percy era o ‘professor’, e Nico ficava nos observando (o que me fazia corar um pouco).  Às vezes Nico me chamava para dar uma volta pelo acampamento, a tarde. Eu fingia estar pensando na resposta, porque obviamente eu diria ‘sim’.  

Sobre nossos pais olimpianos, conversamos algumas vezes. Annabeth achou que poderíamos ser filhas de um deus ou deusa menor.

Fazia três semanas que havíamos chegado no CHB. Tudo estava bem. Mas claro que não ficaria assim por muito tempo. Obviamente aconteceria algo que acabaria com toda a tranquilidade de nossas novas vidas.

Foi exatamente 21 dias, 3 semanas, depois de nossa chegada no CHB. Era noite, havíamos jantado no Pavilhão do Refeitório jantando, na mesa do chalé 11, como nas noites anteriores. Estávamos ao redor da fogueira, os filhos de Apolo comandando a cantoria. Divertido, na minha opinião. Mas quando acabamos as músicas, vi meus ‘colegas’ de chalé me encarando, assustados. De repente, todos os campistas me encaravam com uma expressão chocada. Aliás, nos encaravam: eu, Gina e Bella. Inclusive Annabeth, que eu ouvi sussurrar “Oh, deuses!”. Percy, Nico, Leo, Connor... Todos pareciam descrentes. Foi aí que notei um brilho sobre minha cabeça. E sobre as cabeças de Gina e Bella.

Olhei para o símbolo que pairava sobre minha cabeça, brilhando. Era uma coruja. Segurando um tridente.


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Notas finais do capítulo

o que acharam, pessoas? ;)
Para compensar minha lerdeza, provavelmente a Gina vai postar mais um capítulo novo hoje 'o'
deixem reviews, quero saber o que acharam



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