Poemas Noturnos escrita por Breno
Pronunciar o que é vivido
com o mais límpido néctar das incertezas,
Escrever o que é apenas sentido,
o que é por todos sabido,
mas que ninguém consegue entender.
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Intensa vida a do cigano
com a doce melodia das tempestades
que traz junto a si as verdades
de um exaurido mundo insano.
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Como deve viver o poeta, o cantador?
O que deve sentir, o que deve escrever?
Por que não pode simplesmente sentir...
e viver?
Por que amargar na doce intempérie das letras?
Por que tanta devoção às literaturas,
um monte de palavras, textos, texturas?
Qual a razão de curtir a vida de uma forma constante
Se essa, em natura, é incessante
e que apenas ao tempo tem de responder?!
.
.
Tolo beligerante
que insiste em tentar escrever
insiste em ver a vida
em sonhar com a realidade ainda não vivida
que tudo tem a ganhar
que em tudo pode perder...
.
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Tolo ingênuo que sonha com a primavera
não sabe que o inverno o espera
ou, se sabe de seu triste destino,
não o encara ou espera
não se recria ou se degenera,
apenas...
sorri...
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