Amizade... Ou Não? escrita por Alessa Beckett Castle


Capítulo 24
Talvez Seja o Fim


Notas iniciais do capítulo

Season Finale! :( Eu sei, ninguém queria que acabasse, mas... Terá segunda temporada. Ou seja, terá mais romance, terão mais casos, terá mais amor... Tanto familiar quanto o dos nossos casaizinhos favoritos. Terá Caskett, terá Esplaine, terá Anny... Enfim, virá com tudo mas... Só daqui a dois meses.

Até lá, aproveitem e se comentarem, terá epílogo!!



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– QUE DROGA! – Gritou Anne, socando a parede. – Ai!

– Ei, vai com calma garota. Quer que a Gates te mate? – Perguntou Ryan.

– Não seria tão ruim. Mas eu gosto de viver. – O telefone de Anne toca. – Só um minuto.

– Cara, qual o problema desse senador? – Questionou Johnny.

– Não sabemos. Ele mandou matar várias pessoas. Mas o que não entendemos é porque ele iria querer policiais do setor de imigração morto. – Disse Espo.

– Talvez ele seja só um lunático. – Falou Kate entrando no precinto.

– Achei que a ressaca tinha te pego de jeito. – Disse Ryan.

– Não, só no primeiro momento, mas já passou. Cadê a Anne?

– Atendendo a um telefonema. – Respondeu Johnny.

Assim que terminou de falar, um celular passou por eles e se chocou contra a parede.

– Maldito dia em que aquela p... Ah oi Kate, que bom que está melhor. Uma coisa boa tinha que sair desse dia infernal.

– Caramba, o seu dia está tão ruim assim?

– É. E algo me diz que vai ficar pior. Mas continuando, onde estão os arquivos daquele caso?

– Bem aqui. – Disse Castle que chegou com uma caixa bem grande cheia de papeis. Ele a depositou na mesa e a abriu. Eles começaram a verificar cada folhinha daquela caixa. Só que eles não haviam percebido que a persiana do escritório da Gates estava aberta. Ela viu o estranho movimento dos detetives e decidiu investigar.

– O que está acontecendo aqui? – Perguntou aos detetives.

– Vocês NÃO contaram para ela? – Perguntou Anne.

– Claro que... Não. – Respondeu Castle, virando a cara lentamente.

– Então? Estou esperando.

– Olha, Capitã Gates, é melhor se sentar, pois a história é longa. – Disse Espo.

E eles contaram passo a passo sobre aquele caso que causava dor de cabeça em cada detetive que o investigava. Ao finalizarem, a única reação que a Capitã teve foi:

– Mas que filho da mãe. E ele se safou até hoje?

– Sim. Contudo, juntando os dois casos, reunindo mais alguma prova contra ele e conseguindo uma confissão do Yohan, podemos colocá-lo atrás das grades. – Completou Ryan.

– Então, o que estão esperando? Mexam-se. – Finalizou Gates.

Eles analisaram os arquivos dos casos por horas e horas, porém não encontraram nada que pudesse ligar os casos ao Bracken.

– Filho da mãe, ele planejou tudo direitinho. – Esbravejou Anne.

– Tem que ter alguma coisa aqui, espera. Não olhamos esse caderninho. – Disse Rick. – Que droga, está preso. – Então o cotovelo de Castle bateu contra os elefantes, os derrubando e quebrando.

– Ops. Mas só um minuto. O que é isso? – Falou Kate visualizando uma folha de papel. Era uma carta de Johanna para o falecido Cap. Montgomery, que dizia:

Caro Roy, eu escrevi esta carta para lhe dizer que descobri o segredo de Bracken. Encontre-me no Central Park no sábado ás 17:00h e eu passarei os detalhes.

Ass.: Johanna Beckett, 7 de Janeiro de 1999.

– Ela escreveu esse bilhete dois dias antes de morrer. Mas por que ele estava escondido nos elefantes? E o quê ela ia mostrar ao Roy? – Questionou Kate.

– Eu não sei, mas o Coonan, quando a matou pode ter pegado. – Começou Rick. – E se ele se esqueceu de mandar para o Bracken?

– Acho muito improvável, mas podemos verificar. – Respondeu Espo.

E se direcionaram à antiga casa de Coonan. Como o irmão dele havia morrido antes dele, ele não tinha família e a casa ficou do jeito que ele havia deixado. Ou era o que eles pensavam.

– Mas o que diabos aconteceu aqui? – Perguntou Anne. – Achei que ele era sozinho no mundo.

– Creio que não somos os únicos atrás do que quer que seja que Coonan pegou.

– Seja o que for, parece bem importante.

Eles verificaram cada centímetro daquela casa revirada e não encontraram nada de útil. Digo nada além de um envelope. Cuidadosamente, Kate abriu um envelope e encontrou uma carta de confissão:

A quem estiver lendo:

Eu cometi um erro terrível, eu assassinei uma pessoa inocente em troca de algum dinheiro. Claro, fui pago. Mas a moça... Johanna, ela tinha um documento consigo. Era um arquivo da polícia com a foto do Bracken. Assim que terminei o serviço, eu peguei esse documento e levei para casa. Enviei a foto do corpo da moça com um bilhete dizendo o valor do serviço. Mas fiquei com o arquivo. Ele me pagou cada centavo direitinho. Mas eu guardei comigo o arquivo. Eu devia tê-lo entregado a policia. Contudo, preferi ter uma garantia de que iria sobreviver.

Se me arrependo de tê-la matado? Não. Mas foi um erro? Foi. No entanto, foi o erro mais satisfatório que eu já cometi. Vê-la deitada perto daquela lixeira foi a coisa mais gratificante que eu já vi. Todavia eu sinto como se tivesse um alvo em minhas costas. Quando aquela detetive entrou em meu escritório e se apresentou: Det. Kate Beckett. Logo que ouvi esse sobrenome, um frio me atravessou a espinha e eu senti que meus dias estavam contados. Então percebi, que besteira! Ela nunca vai desconfiar. Espero estar certo disso.

– Ele escreveu isso a troco de quê? – Perguntou Anne.

– A troco de desabafar consigo mesmo eu acho. – Respondeu Rick.

– Ao menos sabemos o que procurar: Um arquivo da polícia com a foto do Bracken.

– Que tal amanhã? Estou cansado. – Disse Johnny.

– Acho que todo mundo está. – Finalizou Espo.

E direcionaram-se cada um para sua casa. Kate e Rick decidiram tomar um banho e dormir. Anne e Johnny decidiram ver alguma coisa na TV. Estava passando uma maratona de Friends. Eles estavam assistindo até que Johnny quebrou o silêncio:

– Quem era ao telefone hoje à tarde?

– Ahn... Era a minha tia, dizendo que o voo dela foi cancelado. – Respondeu disfarçando o nervosismo.

– Então por isso você arremessou o telefone na parede?

– Olha, eu estava com os nervos à flor da pele por causa do maldito caso. Eu tinha que amenizar a raiva de algum jeito. Agora vamos continuar olhando o seriado.

Eles acabaram dormindo no sofá mesmo. Durante a madrugada eles ouviram um barulho na cozinha. Levantaram e foram ver o que era. Eles encontraram Kate preparando ovos e bacon. Anne perguntou:

– Sem sono?

– Na verdade estou com sono sim. Mas a fome ganhou dele, então lembrei que ninguém jantou. Querem?

– Queremos sim. Só uma coisa. Vai fritar o ovo na tampa da panela? – Questionou Johnny.

– Senta ali, deixa que eu faço. – Disse Anne.

– Eu agradeço, mas eu posso fazer.

– Kate, você está com tanto sono que mal para em pé, senta. E antes que tente discutir, senta agora porque você está até branca de tanta fome.

– Ok. Você venceu. – E sentou-se na bancada.

Assim que terminaram de comer, Johnny disse:

– Huum, isso estava delicioso, não sabia que você cozinhava.

– É, eu gosto de cozinhar. Meu pai me ensinou várias receitas que a minha avó fazia.

– Seu pai era uma caixinha de surpresas certo? – Questionou Kate.

– Ele era sim. Bom, ALGUÉM tinha que me ensinar alguma coisa.

– A Sarah não te ensinou nada? – Perguntou Johnny se arrependendo.

– Ela me ensinou uma coisa. Como adquirir ódio.

– Então sorte sua por você ter tido um pai que te ama muito. – Finalizou Kate. – Nossa. 03:20h. Acho melhor irmos dormir.

Eles saíram da cozinha, mas quando iam subir a escada, viram que Kate parou no meio da sala. Anne questionou:

– Kate, tudo bem?

– Tudo, só uma tontura passagei... – E ela desmaiou.

– Johnny, chama o Rick. Kate, acorda vai.

Johnny entrou correndo no quarto e começou a sacudir Castle.

– Rick, acorda. – Ele continuou dormindo. – CASTLE!

– O que, onde é o fim do mundo?

– Kate desmaiou lá na sala. Não sou médico, mas acho melhor levá-la a um.

– Ok, eu já estou indo.

–---- // -----

Eles estavam na sala de espera já fazia uma hora. Então o médico apareceu:

– Familiares de Katherine Beckett?

– Aqui. – Responderam Rick e Anne.

– Vocês são o quê dela?

– Namorado.

– Filha. – Ok, ela mentiu, mas o que é uma pequena mentira para esta grande notícia.

– Ela pediu para chamá-los. Venham, assim dou o diagnóstico para todos.

Eles entraram e a viram acordada. Assim que ela os viu, ela sorriu. Anne correu até ela dizendo:

– Mãe, que susto você nos deu. – E a abraçou, sussurrando no ouvido dela. – Depois eu explico.

– Então doutor, o que ela tem? – Perguntou Rick.

– Devo lhes dar os parabéns. Katherine, você está grávida.

– O quê? – Perguntaram os três ao mesmo tempo.

– Exatamente. E o tempo estimado é de uma semana.

Eles ficaram em silêncio por alguns instantes, esperando cair a ficha. Rick diz:

– Podemos conversar com o Senhor depois doutor?

– Claro, darei este momento a sós.

– Uau, eu confesso que eu não imaginei isso. – Começou Anne. - Imaginei que fosse algo que você comeu, ou até uma virose. Mas, gravidez? É uma notícia excelente, certo?

– Tirando o fato que eu bebi dois dias atrás.

– Mas eu acho que se tivesse afetado em algo, ele teria dito.

– E se não disse para não me preocupar?

– Kate, respira, e presta atenção. Ele é um médico, e médicos não podem esconder diagnósticos de pacientes. Então relaxe que eu vou chamar ele. – E saiu.

– Olha, Rick, eu sei que não foi planejado, mas... – Foi interrompida por um beijo de felicidade.

– Tá brincando? Esse é um dos melhores dias da minha vida! Mal posso esperar para cuidar desse bebê junto com você. – E continuaram se beijando. Nem perceberam que tinha alguém se aproximando do quarto.

– Kate, o medico disse que... Eu tenho que tirar uma foto. – Rapidamente pegou o celular e fotografou o beijo. – Que lindos! Continuando, ele disse que você tem mais sorte do que juízo, pois o álcool não afetou o bebê. E você já pode ir para casa. Só cuidado com o que vai comer e beber.

– Isso é muito bom. Mas antes de irmos, pode me explicar porque você me chamou de “mãe” quando entrou aqui? – Perguntou Kate, com um olhar curioso.

– Porque eles só deixam entrar no quarto do paciente se for parente, e eu queria te ver. Até porque você quase me matou do coração. – Disse, fazendo beicinho. Dessa vez, Rick tirou a foto e enviou para o celular da Kate.

– Não pude perder essa carinha. – Falou Rick. – Que tal nós irmos para o loft?

– Pois é já está amanhecendo... E eu tenho que ir para a delegacia. – Começou Kate, mas foi cortada por Anne.

– Pode ir parando aí mesmo. Você vai para o loft. Eu e Johnny vamos à delegacia e eu vou levar este atestado que o médico me entregou.

– Mas...

– Nada de “mas”. Ouviu a sua “filha”. Para o loft. – E saíram do quarto rindo.

Ao chegar ao loft, Anne começou a falar:

– Antes de ir, eu vou ligar para a Lexi e dizer para ela vir jantar aqui.

De repente, o casal parou na porta e se entreolharam preocupados.

– Que foi?

– Como será que ela vai reagir?

– Agora passou 30 coisas pela minha cabeça.

– Como ela reage com surpresas? – Questionou Anne.

– Ela adora surpresas. – Respondeu Rick.

– Pronto. Taí. Agora, Rick, VOCÊ vai ligar para ela. Kate, você vai relaxar e Johnny, nós vamos à delegacia.

– Sim senhora. – Disseram os três juntos.

– Há Há. Vem Jonathan. – Saiu puxando Johnny pela mão. – Se cuidem.

– Vocês também.

–---- // -----

– Anne, Johnny. Onde estão Beckett e Castle? – Perguntou Ryan.

– No loft. Eles dirão o porquê hoje à noite em um jantar. – Respondeu Anne. – Na verdade eu só vim aqui deixar o atestado dela. Com licença.

– Johnny. Diga aos seus amigos o que aconteceu. – Disse Espo.

– Não. Desta vez a promessa não foi para a Anne, foi para a Kate. E ela vocês sabem que atira sem dó nem piedade.

– Qual é Johnny, ela nem está aqui. – Tentou Ryan.

– Mas Anne está. E essas duas são unha e carne cara. Sinto muito, mas terão de esperar até de noite.

– Pronto. Falei com a Gates e está resolvido. Agora eu preciso ir a outro lugar.

– Eu vou com você. – Falou Johnny. E saíram.

– Cara, Johnny está parecendo o Castle. Seguindo a Anne por aí. – Declarou Espo.

– E ela parece a Beckett. Tão teimosa quanto. – Afirmou Ryan.

–---- // -----

Eles estavam no JFK. Uma mulher com uns 32 anos saiu do portão de embarque, quando viu Anne seu rosto se iluminou. Anne correu até ela e a abraçou.

– Tia, que bom ver a senhora de novo.

– É muito bom ver você também minha flor. Diga-me, como vão as coisas?

– Mais ou menos. Mas eu lhe conto no caminho. Já ia me esquecendo, tia, este é Johnny.

–---- // -----

Alô?

– Lex, é o papai. Querida, você quer vir jantar aqui em casa hoje?

– Ok, pai. Posso levar o Chad?

– Mas é claro que pode. Te vejo à noite abóbora.

– Ok. Te vejo à noite.

– Pronto. Agora só falta ligar para a minha mãe, o Jim e o pessoal da delegacia.

–---- // -----

Eles chegaram à casa de Anne. Johnny levou as malas para o quarto de hóspedes, enquanto Anne conversava com a sua tia na sala.

– Nossa querida eu sinto muito. Deve estar sendo horrível para você.

– Está. Mas eu acho que ainda não caiu a ficha. A propósito, o funeral será amanhã às 9:00h.

– Ok. Mas me conte como é esse casal com quem você está morando?

– Eles são incríveis. O Rick é muito divertido, adora uma brincadeira. Já a Kate, ela é mais responsável, mas também gosta de brincar. Ela um dia até planejou uma pegadinha comigo. Vou confessar, ela é a mãe que eu nunca tive.

– Não sabia desse seu ponto de vista. Mas a Sarah é tão ruim assim com você?

– Ela é pior do que a senhora imagina.

– Anne, eu já deixei as malas no quarto. Rick me mandou uma mensagem. O jantar começa às 19:00h e é você quem vai fazer. Ele disse que se você quisesse, poderia levar a sua tia.

– Mesmo? – Perguntou, esboçando um sorriso.

– Mesmo. Você falou tão bem dela que eles querem conhecê-la.

– Então vamos.

–---- // -----

Eles chegaram ao loft bem na hora em que um ovo voou na porta. Anne correu até a cozinha e os viu fazendo guerra com ovo e farinha. Então ela disse:

– De novo? Essa é a segunda vez no ano em que vocês fazem guerra de comida. Agora vão se limpar e sentem-se na sala.

– Pode deixar filinha. – Brincou Kate.

– Filinha? Anne. – Perguntou a Tia Steph.

– Eles vão lhe explicar. Eu vou limpar a cozinha e fazer o jantar.

– Na verdade, vamos tomar banho.

*19:00h*

Todos estavam sentados na mesa de jantar, quando Anne saiu da cozinha com a travessa de Frango Grelhado. Claro, havia outras variedades. Uma travessa de lasanha, uma de salada, um belo arroz à grega e, claro, uma macarronada de dar água na boca. Rick levantou e pediu a atenção de todos.

– Pessoal, eu e Kate temos uma novidade para contar.

– E qual seria? – Atiçou Anne, fingindo não saber de nada.

– Eu conto ou você conta? – Perguntou Rick.

– Eu conto. Gente, eu estou grávida.

Anne e Johnny começaram a se encolher na cadeira, esperando uma explosão. Mas a única que ocorreu foi a de felicitações. Todos os parabenizaram, menos Alexis, que estava estática.

– Lexi? – Perguntou Anne. – Tudo bem?

– Não. Está... Perfeito. – E abraçou o casal. – Obrigada. Eu sempre quis um irmão. Ou irmã.

Johnny se levantou enquanto Anne suspirou aliviada. Tudo estava correndo conforme o planejado. Eles aproveitaram a noite, conversaram, enfim. Se divertiram.

“Que bom que estão todos se divertindo, pois amanhã será infernal.” Pensou Anne.

–---- // -----

O dia estava nublado. Pudera. O dia não era de muitas alegrias. Estavam acontecendo dois funerais no Cemitério de Green Wood. Os funerais de Jack Willian Henson e Derek Theodore Jones. Eles acompanharam o caixão até o túmulo. Os parceiros foram enterrados lado a lado.

– Jack era um grande parceiro para meu pai. Mais que isso, ele era o irmão que meu pai nunca teve. Nunca o deixava na mão, estava sempre por perto. Nas férias de verão, eu quebrei a perna. Meu pai estava sem carro e ligou para o tio Jack pedindo o dele emprestado. Ele não só emprestou o carro, como voltou de Dubai no primeiro voo só para ver se eu estava bem. Ele se importava com as pessoas, assim como meu pai, que nunca me abandonou. Quando eu me machucava, ele estava lá para cuidar de mim. Quando eu tinha pesadelos, ele estava lá para me proteger deles. Até quando eu achei que a minha casa era assombrada, ele me abraçava e dizia que não importava o que acontecesse, ele estaria lá para me proteger. Por isso Jack e Derek foram, são e serão pela eternidade meus heróis. – Discursou Anne.

Quando o caixão começou a abaixar, parentes e amigos choravam, exceto Anne. Ela ficava encarando o túmulo sendo lacrado. As pessoas começaram a se dispersar, mas ela continuou encarando o bendito túmulo. Quando todos se afastaram, ela se debruçou em cima do túmulo e começou a chorar. E chorou tudo o que ela não havia conseguido nos últimos 6 meses. Johnny chegou perto do túmulo e viu a cena. Delicadamente, ele a tirou de cima do túmulo e a abraçou. Ele sabia que não adiantava dizer nada naquele momento. Nada consolaria aquele coração. Kate e Rick haviam voltado também. Ver aquela cena partia o coração deles. E o pior era que ninguém podia fazer nada além de deixa-la chorar. Logo que ela se acalmou, ela levantou e disse:

– Vamos para casa. E me desculpem por isso.

– Ei, não tem por que se desculpar. Perder alguém que a gente ama dói. E guardar isso só piora. Não precisa se fazer de valente na frente dos outros. Agora vem. Vamos tomar um chocolate quente. – Disse Kate.

– Obrigada. Por tudo. – Disse abraçando os três que estavam ali.

– Tudo pela nossa garotinha. – Disse Rick. – Agora vamos.

Tomaram o chocolate quente e foram para a delegacia. Foi quando ouviram uma voz histérica gritando:

– ACHO BOM VOCÊ ME DIZER ONDE ELA ESTÁ SEU FILHO DA...

– Hey, olha a boca suja. – Começou Anne. – Tá a fim de ir pro xadrez é?

– Anne, que bom que você apareceu. Você começou a me preocupar. – Disse Sarah.

– Você está bêbada? – Perguntou Kate.

– Eu não. E quem é você?

– Ela bebeu sim. – Confirmou Anne. – E afinal, o que você quer comigo?

– Como assim querida? Eu te amo e quero que você venha comigo. Eu vou me mudar.

– Primeiro: Você me detesta desde o momento em que eu nasci. Segundo: Se mudar para onde?

– Eu ainda não sei, mas é para fora do estado. E você sabe que, por lei, você tem que vir comigo.

– Ah, este é o ponto. Você não quer que eu vá, mas eu tenho que ir por lei. E que lei é essa?

– Está no acordo que seu pai e eu assinamos. Se algo acontecesse a ele no trabalho. A sua guarda passaria a ser minha. E você só ficaria sob responsabilidade de outra pessoa se algo acontecesse a mim ou se eu assinasse uma permissão para outra pessoa se responsabilizar coisa que eu não vou fazer. Mas você já sabia disso. Nós lhe contamos no mesmo dia que assinamos. E eu lhe refresquei a memória faz dois dias. Não lembra?

– Anne, do que ela está falando? – Perguntou Johnny.

– A ligação que eu recebi anteontem, não era da minha tia, era DELA. – Disse apontando para Sarah. – Ela queria me lembrar desse acordo. E eu não tenho escolha. Mas eu prometo vir visitar vocês sempre que eu puder.

– Não tem nenhuma brecha nesse acordo? – Perguntou Rick.

– Infelizmente não. Eu tenho que ir com... – Engoliu em seco. – ELA.

– Isso é um adeus? – Questionou Kate.

– O que? Não, é só um “até mais”. – Ela se virou para Sarah e perguntou. – Eu posso pelo menos me despedir deles a sós?

– Você tem um minuto. – E saiu cambaleando, mas não sem antes cantar um policial. – Eu te espero no meu carro gatão.

– Ai meu pai. Acabei de ver o meu futuro. – Disse escondendo a cara.

– O que você pretende fazer?

– Entrar no jogo dela por um tempo, e fugir o quanto antes. Mas por enquanto, vou ficar relembrando o melhor ano da minha vida.

– Abraço em grupo! – Exclamou Rick.

– Ah, por que não? – E se abraçaram, aproveitando os seus últimos minutos juntos. – Eu amo vocês. Bom, acho que é hora de eu ir, antes que ela faça um policial me arrastar para fora daqui.

– Vai pequena. Não se esqueça da gente. Ok? – Disse Kate.

– Nunca. E mais uma coisa: podem chegar mais pra esquerda? – Perguntou se distanciando.

– Tá bem, mas por quê? – Perguntou Johnny.

– Quero tirar uma foto de vocês. Aí tá perfeito. Sorriam! – Assim que ela disse isso, uma chuva de calda de chocolate caiu em cima deles, logo em seguida, caíram confeitos de chocolate. Aí ela tirou a foto e caiu na gargalhada.

– Que lindo, eu adorei. – Disse Johnny. – Mas se esqueceu do meu abraço. – E correu para abraçá-la.

– Ew. Eu não acredito nisso Jonath... – Foi cortada por ele a beijando profundamente. Ela correspondeu com a mesma intensidade. Tá bom, um pouco mais intenso. – Eu te amo meu sorvete de caramelo.

– E eu te amo minha flor de lis.

– Que lindos. – Disseram Kate e Rick ao mesmo tempo.

– Srta. Jones?

– Sim? – Perguntou ainda olhando nos olhos de Johnny.

– Temos que ir.

– Ok. – Disse suspirando. – Até mais.

– Até mais. – Responderam olhando para Anne enquanto ela deixava o prédio por sabe-se lá quanto tempo.


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Notas finais do capítulo

Que VACA essa Sarah! A menina acabou de sair do funeral do pai e já vai ser distanciada do namorado e dos amigos. Mas a surpresa do casal Caskett foi tudo né?

Espero que tenham gostado! Bjs. Até mais ;)



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