Amizade... Ou Não? escrita por Alessa Beckett Castle


Capítulo 21
Special Day II


Notas iniciais do capítulo

Lá vem o corinho:"Aleluia, aleluia". Reamente demorei e sinto muito. Peço mil desculpas, mas quando bloqueio pega, pega de jeito. Fiz este capítulo um pouco maior para compensar o tempo sem postar.

Enfim, espero que gostem.



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No capítulo anterior...

– Alô?

– Srta. Jones?

– Sim, sou eu. Quem fala?

Aqui é James Stevens, sou o advogado de seu pai.

...

– Peraí engomadinho, primeiro como conseguiu o meu número? Segundo: como assim “Sou o advogado do seu pai”? – Disse imitando a voz dele. – E terceiro, deixa de suspense e fala o que te levou a me ligar.

– Estava esperando essa reação, mas vamos lá. Primeiro: seu número está na sua ficha de cadastro na NYPD, segundo, seu pai me contratou depois de um problema com um dos suspeitos de um cartel de tráfico de pessoas e me manteve como seu defensor e amigo e terceiro, estou lhe telefonando para falar sobre o testamento de seu pai. – Respondeu ele pacientemente.

– Tes-tes-testamento? Mas ele nem tinha 40 anos ainda, como ele já podia ter um?

– Esse emprego exige que estejamos preparados para tudo, inclusive uma morte precoce. A leitura deste será feita nesta segunda as 14:00h. Encontre-me na Rua 56th Nº 120. Tenha um bom dia e um bom domingo.

– Obrigada, igualmente. – Disse, com uma voz abatida e desligou.

– Então? – Perguntou Johnny, preocupado.

– Eu vou dar uma caminhada.

– Mas são 02:17h.

– EU... Eu sei, só tenho que esfriar a cabeça.

– Mas... – Foi interrompido pela mão da Alexis pousando em seu ombro. – Deixe ela ir. É só uma caminhada pela beira da praia e ela precisa desse momento sozinha.

Suspirando ele diz: - Ok.

Em NY

O sol da manhã reflete pela janela, iluminando lentamente aquela suíte, logo o sol reflete em uma trilha de roupas deixada pelo jovem casal. A luz finalmente chega ao ponto de repouso dos dois pombinhos enamorados, clareando a visão destes, e os acordando.

– Bom dia raio de sol! –Exclama Rick. – Vamos levantando porque temos um longo dia pela frente.

– Bom dia razão de meu viver. Na verdade eu queria ficar aqui mais um pouquinho. Que horas são?

– 09:52h.

– Esquece o que eu disse. Vou tomar um banho. – Disse, saindo da cama. – Você vem? – Perguntou com um sorriso levemente malicioso e uma sobrancelha arqueada.

– Aham. – Respondeu com uma cara boba.

Após o ”banho” (todos sabemos o que aconteceu naquele banheiro), receberam o serviço de quarto com o café da manhã. É o que o hotel chama de “Café da Manhã dos Sonhos”, tinha uma bandeja para cada variação de alimento, que seria: Frituras (ovos, bacon,...), Frutas (maçãs, peras,...), Biscoitos, Grãos e sucos naturais.

– Nossa, tem bastante variedade. Gostei daqui! – Exclama Kate.

– Pois é. Tem uva, tem ovos e... BACON! – Disse Rick, animado.

– Que tal, se ao invés de escolhermos uma das variedades, nós pegarmos um pouco de cada? – Perguntou Kate. Rick pega ela no colo, rodopia pelo quarto a beijando e diz:

– Já disse que te amo?

– Hoje ainda não.

– Te amo.

– Também te amo.

Então, Rick pôs Kate no chão e foram tomar o café da manhã, pensando no grande domingo que teriam. Em seguida, saíram do hotel, caminhando até a Broadway.

Em Hamptons

Anne acorda com o aroma do mar, mas sente um gosto estranho na boca. Então ela percebe que está com a boca cheia de areia. Ela havia adormecido na praia. Logo, se levanta e começa a tirar a areia da boca.

– Eca. Que nojo. Ótimo, falei igual à Tiffany (prima patricinha dela). – Anne começa a ouvir uma voz distante chamando ela. Era Johnny, que quando a viu, saiu correndo em sua direção, a abraçando.

– O que houve? – Questionou Anne.

– Me diz você. Não ia só “dar uma caminhada”? Eu fiquei preocupado. – Disse a abraçando novamente.

– Me desculpa. Eu fiquei aqui, olhando o horizonte. Lembrando dos bons momentos com o meu pai.

– E a sua mãe?

– Não, ela não. O meu melhor momento com ela foi quando fomos ao Monte Rushmore. Foi onde ela menos implicou comigo.

– Ah qual é. Ela não pode ser tão cruel assim.

– Todo dia ela olhava para mim e, ao contrário de qualquer mãe normal ela dizia: “Chegou o monstro que arruinou a minha vida!”.

– Nossa, que coisa cruel para se dizer a uma filha. Deu para entender porque seu pai ficou com a guarda.

– Guarda... OH NÃO! – Gritou Anne, de repente. Consequentemente assustando Johnny, que perguntou:

– O que? Que houve?

– Meu pai, tinha a minha guarda... E agora ele morreu... Isso quer dizer... QUE DROGA! – Ela se levantou com raiva e chutou a pedra que antes servia de encosto.

– Pode me explicar o motivo de tanta raiva? – Questionou Johnny, agora um pouco afetado pela raiva dela.

– Digo, assim que eu conseguir confirmar a minha suspeita. Agora, vamos voltar para a casa, porque a Martha e a Alexis devem estar preocupadas.

Em NY

Após assistir a peça, eles concordaram que o domingo estava muito lindo para ser desperdiçado dentro de um carro, então foram a pé para a Times Square. Subiram até o último andar, onde fica o restaurante. Domingo era dia de churrasco, logo foi o almoço deles.

– Huum, isso está delicioso. – Afirma Rick. – Não como uma carne tão bem assada desde criança.

– Concordo. E foi bem temperada também. – Completa Kate. – O dia está perfeito, principalmente porque estou passando ele com você.

– Eu ia dizer a mesma coisa. – Mas a conversa foi interrompida por uma estrofe sendo cantarolada no palco:

“Nothing goes as planed

Everything will break

People say goodbye

In their own special way”

– Não acredito! – Disseram ao mesmo tempo. – Andrew Belle.

Eles direcionaram o olhar para o palco, e viram o próprio lá em cima com o seu fiel violão folk. Logo que ele continuou cantando, eles começaram a cantar junto:

All that you rely on

And all that you can take

Will leave you in the morning

Come find you in the day

–----//-----

Saíram daquele restaurante se sentindo realizados, pois não é todo dia que a música favorita de um casal é personificada em sua presença pelo próprio compositor. Para o passeio livre, decidiram ir ao Jardim Botânico de NY.

Em Hamptons

Anne e Johnny entram na casa, quando Anne é abraçada por uma Martha preocupada.

– Oh céus, onde você estava? E por que está coberta de areia?

– Eu fui dar uma caminhada pela praia de madrugada, me sentei para olhar o horizonte e acabei pegando no sono. Agora, se não se importarem, eu preciso de um banho. Céus eu tenho areia até na garganta. – Disse, direcionando-se ao banheiro.

– Jonathan, o que houve?

– O advogado do pai dela ligou, falando sobre um testamento. Ela não me falou muito sobre isso.

– Tadinha, falar no pai agora deve abrir muitas feridas.

– E falar na mãe piora.

– Ela não tem mãe?

– Se dá para chamar aquela megera de mãe, então sim, ela tem mãe.

Em NY

– Nossa, eu sempre quis conhecer o Jardim Botânico, mas nunca tinha tempo. – Confessa Kate.

– Tempo eu até tinha, mas sempre que eu tentava vir, ou estava fechado, ou em reforma, ou o trânsito não cooperava mesmo.

De repente, eles ouvem um barulho de ronco.

– O que foi isso? – Pergunta Rick.

– Meu estômago. Estou morrendo de fome. – Disse Kate, levemente ruborizada.

– Então vamos. Também estou com fome. – Disse, dando um beijo na testa dela.

Chegaram ao Empire State, foram até a cobertura e sentaram-se. Logo o garçom chegou com os cardápios. Ambos escolheram o prato do dia. Degustaram calmamente a comida, pois não tinham pressa. A sobremesa foi uma taça grande de Sundae à moda da casa para dividirem. Rick, de brincadeira, pegou um pouco do sorvete e passou a colher na bochecha de Kate, beijando no mesmo ponto. Kate fez o mesmo, passando nos lábios de Rick, e beijando-os. Depois de várias dessas brincadeiras com o Sundae, e de finalizá-lo, eles saíram do restaurante. Então Rick perguntou:

– E agora, loft ou Hamptons?

– Bom, como amanhã é feriado, podemos ir para os Hamptons, e voltar terça de manhã.

– Já disse o quanto você é incrível?

– Huum... Hoje ainda não.

– Você é mais incrível do que o ser mais perfeito do mundo! – Dito isso eles deram um beijo tão apaixonado quanto qualquer outro, que eles pudessem ter dado antes.

Algumas horas depois, em Hamptons

Todos estavam na cozinha sentados na bancada, exceto Martha, que estava em seu quarto meditando. Quando Anne perguntou a Alexis:

– Entããão, Alexis. Seu pai já conhece esse Chad?

– Ainda não, estou vendo até aonde vai esse namoro para depois apresentar ele.

– Apresentar quem para quem Lex? – Pergunta Rick, entrando na casa.

– Apresentar a série de filmes Star Trek para o Johnny.

– Ele está curioso para ver. Mas eu ainda prefiro Star Wars. Com o Luke, o Han... Aiai. – Suspira Anne.

– Tá bom, é oficial. Não gosto mais de Star Wars. – Disse Johnny. Todos começaram a rir.

– Mas nos digam como foi o fim de semana? – Pergunta Alexis.

– Incrível, nunca relaxei tanto na vida. – Afirma Kate.

– De acordo com algumas fontes, você nunca relaxou. – Diz Anne, dando uma risadinha.

– HÁ HÁ. Agora se me der licença, preciso de um banho. – Fala Kate, subindo as escadas.

– Espera por mim. – Diz Rick. Os três riram.

No dia seguinte

Todos estavam na sala tomando café da manhã. Quando estranhamente, Anne pergunta:

– Quanto custa um táxi daqui até NY?

– Em média uns US$200,00, por quê? – Pergunta Rick.

– Nada não, só curiosidade. – De repente o telefone dela toca. – Com licença.

­- Srta. Jones liguei para me certificar de que você não esqueceu nosso encontro hoje as 09:00h.

– Boa tentativa. Você marcou para as 14h00minh. E já estou a caminho, se puder fazê-lo um pouco mais cedo.

– Certo, minha agenda vespertina está vazia. Venha no horário que puder.

– Certo, até mais. – E desligou.

– Hey, Anne. Quem era?

– Huum... Uma amiga da minha antiga escola quer me ver hoje.

– Por isso você perguntou do táxi?

– Sim, exatamente por isso. Tenho que pegar uma coisa no meu quarto.

Então, Anne subiu correndo. Assim que ouviram a porta se fechando, Kate perguntou:

– Quem mais achou isso muito estranho?

Todos levantaram a mão. Logo que abaixaram, Anne passou correndo com sua mala em mãos. Johnny perguntou:

–Você não ia só ver sua amiga?

– Vou, mas já vou ficar em NY para não fazer muitas viagens seguidas.

– Ok então. – Johnny disse achando isso estranho. – Boa viagem.

– Obrigada. – E saiu.

– Você vai seguir ela não é? – Perguntou Alexis.

– Vou, onde tem um aluguel de bicicletas por aqui?

– Tem uma na garagem. Pode usar. – Disse Rick.

– Muito obrigado. – E saiu também.

– Bom, que tal irmos à praia? – Questionou Martha.

Todos concordaram, e foram se arrumar.

Duas horas depois, em NY.

Johnny seguiu o táxi até um escritório de advocacia no Brooklyn. Enquanto ela entrou pela frente, ele encontrou um duto de ar na lateral do prédio. Ele se perdeu por alguns minutos, até que acidentalmente, ele a avistou sentada ao lado da “mãe” dela e em frente a um homem de terno cinza e gravata vermelha. Ele se ajeitou e ouviu quando o homem começou a leitura.

Caras Anne e Sarah, vocês são a única família que eu tenho, pois sou filho único, não possuo tios e meus pais faleceram há anos”. Continuando, Sarah. Durante o nosso tempo juntos, você demonstrou ser uma mulher dócil e incrível. Mas eu não entendo porque isso mudou quando Anne chegou. Para mim ela é uma bênção em um mar de desgraças, e achei que seria o mesmo para você. Mas vi que me enganei. Por isso, quando minha hora chegar, todos os meus pertences passarão para o nome da Anne. Listarei todos os bens pessoais que possuo:

– Um Ford Mustang 2010.

– Uma casa em NY no valor de US$ 372.859,00.

– Minhas ações correspondentes a 51% da empresa Mercedes Benz.

– Uma conta bancária no valor de US$900.000,00

– E, por último, mas não menos importante, uma casa no penhasco localizada nos Hamptons.

Parabéns Anne, este último adquiri recentemente, pois eu sabia que você iria conseguir entrar para a NYPD. E pelo que você me falou, você está em boas mãos. Tudo que eu peço em troca é que você encha o seu velho de orgulho. Aproveite sua herança. “Com amor, Derek Theodore Jones”.

– VOCÊ ME CHAMOU AQUI PARA ESFREGAR NA MINHA CARA QUE ESSE MONSTRO FICOU COM TUDO?

– Sra. Jones, se acalme, por favor.

– NÃO ME CHAME POR ESTE SOBRENOME MALDITO. MEU NOME É SARAH PARKER.

– Sra. Parker. Eu não havia aberto este testamento até agora. Isso me foi instruído pelo próprio Derek.

– SUA PESTINHA, A CULPA É SUA! – Disse, levantando a mão para bater nela, quando Johnny caiu do duto de ar e parou na frente dela.

– ABAIXA ESSA MÃO AGORA OU QUEM VAI APANHAR AQUI VAI SER A SENHORA – Ele gritou, claro, sem perder a educação.

– E só para lembrar uma coisa, EU NÃO PEDI PARA NASCER OK? Se tiver algum culpado aqui é você e só você. Então some daqui antes que eu atire em você.

Então saiu da sala uma Sarah muito furiosa, mas antes de ir, ela se virou e disse:

– Vai ter volta. Eu ainda vou me dar bem nisso tudo, e vai ser quando você menos esperar.

E ela foi embora. Ane então abraçou Johnny bem forte e disse:

– Muito obrigada. Não sei o que seria de mim sem você.

– Eu nunca vou deixar nada do tipo acontecer. Agora vamos.

– Srta. Jones, muito obrigado por comparecer ao meu escritório.

– Não há de quê. E James. Pode me chamar de Anne. Sinto que vamos nos ver bastante daqui pra frente.

E se direcionaram para a casa da Anne. Lá, sentaram-se no sofá, e Johnny perguntou:

– O que vai fazer com essa casa?

– Vou mantê-la para mim. Minhas melhores lembranças com o meu pai estão em toda esta casa.

– Mas você é menor de idade. Você não pode viver sozinha.

– Eu sei. Vou viver com os Castle até acabar o estágio da NYPD e vou para Vermont, trazer a minha tia materna para cá. Onde ela receberá o tratamento que precisa.

– Que gesto lindo. Claro, tinha que ser. Vindo de uma garota tão especial que nem você.

– Awn lindo, vem cá. – Ele foi e recebeu vários beijos dela.

Depois de se entreterem em um jogo dos Giants, eles perderam a noção do tempo. De repente o telefone de Anne tocou:

– Alô?

Onde vocês estão? – Kate perguntou, preocupada.

– Na casa da minha amiga, por quê?

– Porque são 22h00minh.

– Ih caramba, perdi a noção do tempo. Já estamos indo.

– Peguem um táxi que eu pago. - E desligou o telefone.

Eles deram uma risada e foram para o loft. Chegando lá, eles levaram um puxão de orelha de Kate.

– Ai Ai, orelha, tá machucando, desculpaaa. – Disse Anne, choramingando.

– Que isso não se repita ok?

– Ok. – Responderam, esfregando a orelha vermelha.

– Agora, vão dormir.

– Ok. Vocês também. E eu disse DORMIR, não outras coisas. – Disse Anne, fazendo toquinho com Johnny e Alexis. – Boa noite. – Disseram os três e subiram correndo.

– O que fazer com eles? – Disseram Rick e Kate, ao mesmo tempo.


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Notas finais do capítulo

Infelizmente esta temporada está chegando ao fim,terá no máximo mais dois ou três capítulos. Mas se tiver bastante comentários ao longo do tempo, independente da quantidade de capítulos, terá uma surpresa para vocês leitores. Então comentem.

Bjs, até o próximo capítulo. ;)



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