Chamo-me Alicia, tenho 16 anos e moro em Rio de Janeiro com a família, que é composta por: minha mãe Edna, meu pai Giuseffe e a minha tormenta, Geovana, mais conhecida (infelizmente) como minha (mais infelizmente ainda) irmã.

Para a minha sorte, amanhã começa as aulas! Poisé! Hu-Hu. ... IUP!

Como assim, amanhã começa as aulas? WHAT? COMO ASSIM? VOCÊ PASSA DEZ, DEZ, MÍSEROS MESES NA ESCOLA, TENDO DEVERES E MAIS DEVERES PRA FAZER, SENDO QUE VOCÊ PODERIA ESTAR, NESSE EXATO MOMENTO SE ENTUPINDO DE BRIGADEIRO E DEPOIS TENDO UMA DESGRAÇA DE UMA DOR NO ESTOMAGO, LENDO FANFICTIONS E ESCREVENDO FANFICTIONS.

Enfim, voltando ao mundo considerado pelos humanos "normal": Moro em um condomínio perto da minha escola ES. E, como eu tenho uma enorme sorte, Jeremy mora na mesma rua que eu.

Ele é o garoto mais popular e cobiçado da escola (e sinceramente eu não sei por que.). Olha, você quer uma barriga de tanquinho? Ian Somerhalder tem! Por que se você quiser falar que Jeremy Becker é bonito... Procure o hospício mais próximo e interne-se lá. Acho que só por que o ser é bonito, pegador, que beija bem (não que eu já tivesse beijado ele antes, deus me livre, mas, boatos correm), tem um sorriso perfeito, lindos olhos cor do mar, líder do time de futebol, natação, que seja um deus grego (esqueci-me de algo?) não significa que você (assim como todas as garotas do meu colégio) tenha que beijar o chão que ele pisa. Convenhamos: Ele não é tudo isso.

Entenda-me: desde que nos mudamos para cá, quando eu tinha 8 anos eu e Becker nos odiamos. Foi tipo: ódio a primeira vista. Não me chame de infantil, pois isso em nada vai adiantar. O fato é que desde o dia em que Becker arrancou a cabeça do meu caranguejo de brinquedo nós mantemos essa rivalidade. Na verdade não foi bem assim, pois eu quebrei seu boneco também e começamos a brigar e saímos rolando pela casa. Então, desde aí, Jeremy Becker e EU, somos considerados inimigo-mortais-de-longa-data na escola, vizinhança e entre nossos amigos. Na verdade não é ENTRE nossos amigos por que ele é o tipo de garoto "E aí gata, sou popular as meninas babam no meu tanquinho, sou cheio da grama, como é seu nome?". Acredite a garota nem tem tempo de responder e ele responde: "Te pego ás sete boneca." (Quem ainda usa o termo boneca? No pleno século vinte e um?) E eu já ando com os normais. Não normais, eles tem seus níveis de loucura, mas não é pra tanto. Enfim, onde eu estava?

Bom, para trocar de assunto e parar de falar do REI DO BANDO, vamos falar da LEOA E SUA MANADA: Rachel e suas discípulas. Populares e vadias. Até hoje eu me pergunte se elas pegaram os destroços dos panos de chão da escola pra fazer suas roupas, são tão pequenas. Como uma pessoa consegue dormir a noite sabendo que sai por ai mostrando o útero? Bom, eu não tenho essa resposta. Aliás, por que acho que Rachel e suas discípulas ficam acordadas na noite fazendo coisas nojentas com pessoas mais nojentas ainda. Se você pensou no Becker, você é uma pessoa muito esperta. Mas o fato é que: elas enchem o saco. Não da pra suportar aqueles seres robóticos (que foram programados para destruir minha vida) na minha cola em momentos inoportunos. Elas foram programadas para serem exatamente iguais, risadinhas histéricas e gritinhos, roupinhas Pink, úteros e bundas de fora a senhor eu não suporto tanto Glitter.

Ma-as, todo ponto mal tem seu ponto bom. Acho que não é exatamente assim o ditado mas serve. Se não tem um lado bom, eu pelo menos finjo que ele existe. E fico com mais certeza de que ele está por perto, quando eu estou com minhas amigas.

Se você pensa que estou querendo parecer poética: você está errada (o). Eu fico mais certa de que o lado bom existe por que a maioria das vezes, Jéssica, Camila ou eu, nos irritamos com as Pinkgilrs e aprontamos com elas. Ou Jeremy. Mas Becker é um caso mais pessoal, já que todo dia ele me atormenta e vice-versa.

Espero que esse ano não mude nada. Por que estou louca para acertar novamente uma bola de vôlei na cara de Becker. Sem querer, é claro.