Cap 16 - Amizades não se decidem do nada, elas acontecem naturalmente... E acabam naturalmente também, se você não tiver força de vontade....

A samurai ruiva sussurrou impossibilitando o grupo de bisbilhoteiros de ouvir a sua resposta, mas com a expressão feita pelo homem ali presente puderam saber que não era algo bom.

-...

- Nan-nan-NANIIII... O QUE VOCÊ... por que... como... Saw-han?!

- Isso não importa agora. Você sabe que eu já teria normalmente um tempo de vida mais curto em relação ao humanos normais.

- Akari-san... Vou trazer a Akari-san e-

- Akari-chan não vai poder fazer nada. Você sabe que nem o Mu-kun ela consegui ajudar.

- Mas, Saw-han...?

- Eu só quero que antes que piore eu consiga cumprir a minha promessa. Isso é o que me importa Tora.

Um silêncio se fez entre os dois e o grupo que estava ouvindo a conversa.

Contratempos sempre ocorrem, mas parece que para eles será ainda mais intensos.

A samurai ruiva tinha uma vaga ideia do que poderia ocorrer. Só não imaginava que as consequências para ela seriam as mais drásticas.

Fingindo que não haviam ouvido a conversa anterior o grupo entrou na sala para a tão esperada conversa.

- Espero que não estejamos te atrapalhando No-chan.

- Não Baaba. Minha conversa já terminou. Né Tora?

- Hai, Saw-han.

Tora era um homem alto magro e que estava uma lança em mãos. Esse olhou melhor as pessoas que entraram até que reconheceu o permanente branco.

-Sakata Gintoki?! Sakata-han?!

- Tora?! Miyujo Tora?!

- Hai. Quanto tempo Sakata-han?

- É verdade muito tempo mesmo. O que você faz aqui?

- A só vim conversar com a Saw-han. Na verdade já estou de saída.

-Tora!

-Sim. Saw-han...

- Não conte a ninguém o que eu te disse.

- Pode deixar e boa sorte e vê se não morre...

- O mesmo para você...- A samurai ruiva o respondeu com um sorriso discreto no rosto.

- Espere Tora, por que você veio aqui?

-Já disse Sakata-han. Apenas vim conversar com a Saw-han. Não se preocupe estamos fazendo todo o possível para ajudá-lo. Bem já vou indo. Até breve Sakata-han.

Após a saída do Miyujo, todos se prepararam para a conversa necessária.

- Quem irá comelar a falar?

- Eu começo Baaba.

- Tem certeza No-chan?

- Hai. Bom. Para quem ainda não sabe meu nome é Hakaino Sawari. Sou uma antiga patriota do Joinshishi, conhecida com Akai akuma.

- AKAI AKUMA?! Sua cabeça vale milhões de Yens !

- Eu sei Kondo-dono. Por isso te disse para fazer aquilo. Bom o que está acontecendo é o seguinte...

- Sou eu quem devo falar sobre isso Akuma.

Todos se assustaram ao ouvir Gintoki. A forma como ele chamou a samurai ruiva deu a parecer que ela não deveria abrir a boca para não falar demais.

- Se é assim que você prefere Shiroyasha-dono.

Vale resaltar que a samurai ruiva falou de forma bem cínica.

- Bem, o que vocês precisam saber é que quem está por trás disso não possui nenhum tipo de ódio por Kabuki-cho.

- Como assim Gin-san? E tudo isso que está acontecendo em aqui? - perguntou Shinpachi, obviamente, não entendendo o que o albino queria dizer.

- Essa pessoa não se importa com Edo ou com Kabuki-cho, amantos ou samurai ou qualquer outra coisa. Isso tudo está acontecendo para me atingir.

- Hã?! Te atingir? O que você tem haver com isso Gin-san?

- É por isso que você estava estranho daquele jeito Gin-chan.

- Tae, Kagura, minna, o que eu posso falar para vocês é que EU vou resolver esse caso e não quero que ninguém entre nesse jogo.

- Jogo? E não quer que ninguém entre? Só pode estar maluco temee. Se você não percebeu o Yashiro-kun também foi atingido nessa história. É óbvio que nós não ficaremos de fora.

- O Hijibaka-san está certo Danna. Não importa se você quer ou não que te ajudemos. Temos uma divida com você e temos que cumpri-la. Não é Kondo-san?

- Totalmente certo Sougo.

- Oye eu não falei nada de dívida que eu quero pagar para esse permanente natural.

- Gin-san permita que o Shinsegumi, em meu nome, pague a dívida que eu tenho com você.

- Oye Yashiro-kun. Você também-

-Não importa o que você diga Gin-san e nem o quanto você me rejeite. Nós sempre iremos te ajudar, mesmo que você não queira.

- Vocês que sabem. Mas saibam que não será fáci-

- Esperem, esperem, esperem um pouco. Vocês estão malucos? Por acaso não conseguem ver a gravidade da situação? Se colocando em perigo desse jeito? Não temem morrer?

A samurai ruiva ficou incrédula ao perceber que todos aqueles presentes pretendiam lutar.

- Ora Sawari-san você também não irá lutar? - Otae perguntou a ruiva.

- Óbvio que sim. Mas ao contrario de vocês eu possuo um motivo para lutar.

- Mas No-chan, não se precisa de motivo maior para lutar do que quando são seus nakamas que estão em perigo, não é?

A velha Otose respondeu por todos os presente, Sawari continuou abismada, mas aos poucos compreendia a situação. Apesar de tudo o que aconteceu no passado Gintoki se deixou levar pela amizade que essas pessoas tinham para com ele. Ele se deixou confiar e ser confiado, proteger e ser protegido por esses loucos que faziam parte da sua nova vida.

A samurai ruiva, agora, conseguiu entender o que a velha havia lhe dito.

Ao contrário dela, que viveu se culpando e se castigando pelos acontecimentos do passado, Gintoki resolveu deixá-los um pouco de lado, sem esquecê-los, e seguiu em frente. Conheceu boas pessoas que o ajudaram a seguir, e essas pessoas, que ele a muito já ajudou, hoje estavam lá prontas para ajudá-lo no que fosse preciso.

E sem que percebesse duas lágrimas desceram dos olhas da ruiva. Esta tratou logo de secá-las e virou de costas para que o grupo não percebesse.

- Façam como bem entenderem. Acredito que o Shiroyasha consiga protegê-los caso for preciso.

- Oye, ninguém aqui precisa ser protegido por esse viciado em açúcar.

- Não como se eu fosse te proteger seu viciado em maionese.

Com o início da discussão entre Hijikata e Gintoki todas as atenções se voltaram para eles. Por conta disso ninguém percebeu que um jovem albino saiu sem falar com ninguém.