Cap 12 - Em momentos tensos tendemos ao desespero...

No exato momento em que as quatro saiam da lanchonete elas avistaram um grupo de homens com roupas pretas armados com katanas, kunais, e varias outras armas do tipo prontos para atacá-las.

Do lado direito da rua vinham correndo um grupo, que, quando viram a situação gritaram.

OTAE-SAN/ANEGO/ANEUE!!!

TAE!!! BAABA!!!

No instante em que o grupo de assassinos partiu para cima das mulheres. Gintoki acelerou sua corrida já com sua bokutou na mão, mas sentia que não chegaria a tempo.

Mais uma vez ele não conseguiria proteger aquilo que era importante para ele.

Mais uma vez ele iria ver alguém importante morrer.

Mais uma vez ele seria inútil e fraco.

Mais uma vez ele falhara.

Mais uma vez 'eles' conseguiram destruir o que era importante para ele.

Mais uma vez 'eles' venceriam.

Gintoki já não mais acreditava em salvação. Ele estava lento, não as salvaria. De novo ele teria seu coração despedaçado por falhar.

Mas em um pequeno instante ele viu a esperança encher o seu coração.

Ele viu algo cair no centro do grupo de assassinos.

Algo, não, alguém caiu o meio dos assassinos e no instante seguinte pode-se ver sangue esguichando naquele lugar.

Gintoki e o grupo parou a sua corrida e observavam estáticos a cena a sua frente.

Tudo era apenas um borrão. Um borrão vermelho. Vermelho sangue.

O que se ouvia era apenas o barulho surdo no chão. E o que caia nesse chão era pernas, braços, cabeças... Os assassinos estavam sendo brutal e agilmente mutilados.

Os que tentavam fugir ou atacar as mulheres era acertados por katanas ou kunais. Pouco se pode ver, a não ser quando esse alguém pulava para que com uma chave de pernas arrancar a cabeça de mais alguém.

Sangue. Sangue. Sangue. Sangue.

Era tudo o que se via no momento.

Toda essa situação deixou os membros do Yorozuya e do Shinsengumi arrepiados. Arrepiados de medo.

Depois de poucos segundos apenas dois homens estavam em pé além desse alguém. Essa pessoa, já com suas katanas em mãos acertou essas duas pessoas de forma que não as matasse, mas apenas os deixasse imóveis.

Agora todos conseguiram voltar a seu normal e se lembrando do porque de estarem ali foram até as mulheres.

Aneue, Otose-san, Catherine-san, Tama-san. Vocês estão bem.

O Shimura foi o primeiro a chegar até elas.

OTAE-SAN... você está bem? Foi ferida? Precisa se casar para sarar?

O Gorila até tentou falar com sua Tae mas o Shimura menor o jogou para longe.

Estamos bem Shin-chan. Não aconteceu nada com a gente.

Que bom Anego. Não é Gin-chan. Gin-chan?

A Yato tentou falar com o samurai prateado, mas este estava olhando a sua frente.

Ele estava olhando a pessoa que salvou a vida daquelas que ele achou que não iria conseguir salvar.

Aquelas que ele achou que iriam morrer.

Ele reconheceu os cabelos vermelhos e a pele branca.

Ele reconheceu a postura séria de batalha que essa pessoa tinha.

Ele reconheceu os olhos róseos.

Ele reconheceu o corpo esbelto que estava coberto de marcas de batalha.

Ele reconheceu a aura sanguinária que dela emanava.

Ele reconheceu a combinação olhos e cabelos. Era como se visse sangue em flores de cerejeira.

Ele reconheceu a tristeza refletida no fundo dos olhos róseos.

Ele reconheceu a pessoa a sua frente.

"É você, você mesma. Você está viva. Viva e na minha frente, perto de mim. Foi você. Você as salvou"

Era isso que Gintoki queria dizer. Queria mas não podia. Não podia quebrar essa promessa. Ele queria. Kami sabia como ele queria jogar tudo de lado e ir até ela. Mas não podia. Não podia falar com ela ou qualquer coisa do tipo.

Ele teria que se satisfazer apenas por vê-la. Vê-la e nada a mais.

Enquanto o samurai prateado estava em um dilema interior Jirochou e sua gangue se aproximava deles.

Otose você está bem?

Hai. No-chan chegou a tempo.

Dizendo isso todos olharam para a samurai que estava a frente dos dois assassinos, prestes a iniciar a "entrevista" para saber quem estava por trás disso.

No-chan o que você está querendo fazer?

Eu irei interrogá-los Jii-chou, nada mais que isso.

Todos estavam olhando a garota enquanto ela se aproximava mais dos reféns. Ninguém, além do Príncipe dos Sádicos, percebeu o olhar de surpreso do Fukuchou do Shinsengumi.

Parecia que ele a conhecia.

-AHAHAHAHA HAHAHAHA HAHAHAHA...

Uma gargalhada se fez presente no ambiente sério em que eles estavam.

Quem vocês pensam que são heim. Achou que não iriamos te encontrar Aniki... E você Nee-sama? Acha que pode se esconder por mais tempo. Vocês deveriam ter morrido aquele dia. Vocês três. Não há função para bastardos nesse mundo. Morram...morram...morram.Vão para o inferno. Você que se auto nomeia Sawari, aquele que se auto nomeia Kyo e você, Aniki, que se auto nomeia Gintoki.

Um dos assassinos proferiu essas palavras, estas mexeram com todos os aqueles que estavam presentes naquele momento. Pois eles perceberam que o que estava ocorrendo tinha relação direta com Gintoki e com a misteriosa samurai que apareceu.

E o mais importante.

Eles perceberam o quão pouco sabiam sobre o passado do samurai prateado.

Sawari não pensou duas vezes antes de decepar o tal assassino e logo depois cortou a barriga do outro.

Nem ela e nem Gintoki precisavam de outra prova para comprovar o que eles achavam que estava acontecendo.

Ambos sabiam que naquele momento o jogo mais perigoso de suas vidas estava começando.

E neste jogo não há vencedores.

Ou você sai dele vivo...

Ou você morre...

Não...

Ou você morre e as pessoas que você amam vivem...

Ou você vive e as pessoas que você ama...

.

.

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Morrem...