Harry Potter E Sua Prima June Evans Potter escrita por Matsuzaki


Capítulo 18
Capítulo 18 - Férias


Notas iniciais do capítulo

Harry Potter e o Cálice de Fogo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/413869/chapter/18

Se perguntassem a Harry quais as melhores férias de sua vida ele nem ao menos teria que pensar para escolher. Com certeza era essa entre o terceiro e quarto ano em Hogwarts, além da maneira amena que seus tios o tratavam logo receberia a visita de sua prima, que reservou uma semana inteira para ficar com ele, e para melhorar ainda mais, depois iriam juntos com a família Weasley à um grande jogo de Quadribol.

– Vamos logo moleque, ela deve estar chegando, já está pronto não é? – Petúnia chamava da parte inferior da casa. Apesar de toda confusão ela estava verdadeiramente feliz com a vinda da sobrinha.

– Sim estou descendo. – Foi até a sala onde Tio Valter estava como sempre sentado no sofá em frente a grande televisão, porém não parecia prestar atenção, fazia força com suas mãos na poltrona. E apesar de insistir que nem ao menos ia sair para cumprimentar “aquela gente” havia colocado seu melhor terno e não tirava os olhos do relógio. Tia Petúnia dava os últimos retoques na mesa de almoço, enquanto Duda mirava a janela totalmente perdido em pensamentos, provavelmente por culpa da mescla de lembranças, ele era tão chegado a prima quanto Harry e devia estar tão ansioso quanto ele, porém a ultima vez que se encontrou com um bruxo adulto acabou com um rabo de porco.

– Prontinho, está perfeito! – Falava com empolgação Petúnia. – Duda? Duda querido pare de viajar... Venha levante quero dar uma olhada em você. – Depois que verificou o visual “impecável” do filho perguntou. – Se lembra das regras?

– Não soltar qualquer tipo de gases na presença da visita; Elogiar alguém; Falar bem do emprego do papai e não comentar nada sobre a escola do Harry. – Disse como um cão treinado esperado a recompensa, porém na parte final Petúnia olhou de relance para o bruxo atrás de si. – Sobre isso não é necessário esconder nada. E também não fale sobre o emprego do seu pai. – Completou a ordem e se sentou ansiosa.

Harry resolveu acompanhar os dois, mas parou ao ouvir a campainha. Era ela. Involuntariamente levantou e correu pelo corredor recebendo chamados de atenção de sua tia, mas não se importou as férias com os Dursley eram entediantes e a chegada dela prometia mudar tudo.

Esperou Duda se portar ao seu lado para abrir a porta, assim que o fez deu de cara com um homem alto, ruivo com sardas espalhadas pelo rosto, e com uma má imitação de roupa trouxa.

– Sr. Weasley!

– Olá Harry. – Olhou para o garoto ao lado. – Este deve ser seu primo. Muito prazer.

– Olá. – Petúnia apareceu protetoramente à frente de seu filho. – Você deve ser o guardião.

– Pai. Sim, sou o pai adotivo de June.

– Entendo... – Petúnia olhava o homem dos pés a cabeça e fingia seu melhor sorriso, visualmente desconfortada. – E onde ela está?

– A sim. – O homem deu alguns passos deixando a vista um carro espetacularmente normal. Foi possível ver os lisos cabelos de June saindo do carro, enquanto duas cabeças vermelhas retiravam a bagagem do Porta-malas. – Fred e Jorge estão á ajudando com as malas.

– Bom. Muito obrigada por trazer ela até aqui, teríamos ido pegá-la, mas não conhecemos muito bem o lugar onde gente como... – Ponderou – O lugar onde vocês moram.

– Não se preocupe, apenas fiz o que era de meu dever. – Harry que sempre considerou o homem calmo e despreocupado, percebeu que o não conhecia tão bem, já que ele fazia questão de enfatizar o seu lugar ali. Ele era o responsável pela a garota agora, era o seu pai.

– Harry! – A voz de June quebrou a tensão da conversa. Além de sua atitude, nada respeitosa de acordo com Petúnia, ao se jogar em um apertado abraço com o primo. – Estava com saudades!

– Eu também. – Disse o garoto apertando a prima em seus braços.

– Duda? É mesmo você? Nossa como você está grande! – June era assim, quando estava confortável não media suas palavras, mas pelo visto Duda, que antes estava agachadinho atrás de sua mãe, encarou aquilo como um elogio, inflando seu peito e recebendo um abraço da menina.

– Acho que você está em boas mãos agora. Mando uma carta combinando o dia de retorno.

– Certo papai. – Respondeu a garota deixando a Tia mais surpresa do que já estava. Foi quando Fred e Jorge se aproximaram com as malas. – Brigada.

– Oi Harry. – Disse Jorge.

–Está ansioso para o jogo? – Completou Fred recebendo um olhar repreendedor do pai.

– Vamos indo.

– Sim Senhor! – Disseram em une-solo.

– Até a próxima. – Sr. Weasley acenou respeitosamente para Petúnia que correspondeu de mal grado.

June ficou na parte de fora até que o carro dos três sumir de vista.

– Duda Harry, por favor, levem as malas de June até o quarto. Venha querida. Valter mal pode esperar para te ver. – O que era obviamente mentira já que ele não se deu ao trabalho de ir á receber na porta.

– Valter, ela chegou! – O homem rechonchudo levantou de sua cadeira dando um leve aceno e se dirigindo até a mesa da sala.

– Bom então vamos comer. – Disse a mulher se dirigindo á cozinha.

– Quer ajuda titia? – June com um tom meigo na voz seguiu a mulher.

Qualquer amigo da menina em Hogwarts acharia estranho, não por ela não ser capaz de ser fofa, mas por fazer isso na frente de gente que um dia a abandonou. Harry não gostava disso, percebeu que erroneamente a prima se sentia culpada pela distancia que a família tomou, nunca realmente percebeu que ela fora a vítima.

– Magina querida! Fique aqui ao lado do Duda. – Falou a tia empurrando June para seu lugar. – Venha me ajudar. – Continuou falando dessa vez para Harry.

A comida estava maravilhosa, naquela casa fartura nunca foi problema, mas sempre que algum convidado importante vinha, para almoçar ou jantar, a mesa ficava lotada de todos os tipos de comida (Para não desapontar ninguém). Porém essa era a primeira vez que Harry era convidado a se sentar com todos os outros, normalmente ele ficava em seu quarto fingindo que não existia e apenas desfrutava das sobras no final do dia (Que não eram poucas). O almoço em si foi desanimado, Válter estava carrancudo como sempre ficava após discordar de alguma decisão da mulher, e Petúnia se mostrava bastante envergonhada da atitude do marido. Duda como sempre apenas comia, comia e comia mais, parecia que nunca teria fim e que se ele continuasse com aquilo iria inevitavelmente explodir. Enquanto Harry e June desconfortáveis com a situação apenas comiam em silêncio, a menina de vez enquanto soltando um elogio para a tia.

Durante a tarde os três primos saíram pelo bairro, June insistiu que desejava ver como as coisas haviam mudado o que na verdade não aconteceu. Bairros como aqueles pouco mudavam, e quando ocorria eles apenas melhoravam, quando os vizinhos se juntavam para fazer uma atualização ou simplesmente “limpeza” nas praças que deviam estar agradáveis para os olhares alheios.

Como já não eram mais crianças ficar na praça o dia todo não agradava tanto. Além do calor insuportável que os faziam desejar um pouco de água ou neve. Para piorar Duda, em um acesso de raiva, havia jogado o seu PlayStation janela a fora deixando os adolescentes sem escolha além da televisão que era manipulada pelo tio gorducho.

– Estava pensando em fazer um bolo. – Disse a tia olhando para os quatro na sala.

– Serio ótimo! – June disse apressada.

– Eu quero de chocolate com recheio... Muito recheio.

– Fiquem quietos não veem que estou assistindo televisão! Petúnia lembre-se da dieta do Duda...

– Não fale assim Válter! Eles só estão aqui porque está muito quente lá fora e não tem o que fazer... – A mulher fez questão de firmar o motivo dos garotos sem falar nada sobre a causa. - E se for um bolo diet?

– Blée. – Duda fez uma cara de nojo e se virou para a televisão.

– Parece que não vou conseguir assistir isso mesmo. Então vamos logo.

– Onde?

– Comprar algum vídeo-game ou qualquer coisa que possa manter vocês ocupados.

– Oba! - Disse Duda se levantando e correndo para o quarto. – Vou me arrumar.

– Eu preferia ficar, não quero incomodar... – June disse dando um olhar sugestivo para Harry.

– E eu não quero fazer nada de errado... – Ele disse olhando para o chão.

– Tem razão você seria um grande problema. – Disse de forma debochada. - Está decidido eu vou apenas com o Duda. Amor você poderia providenciar o bolo? E que tal uns salgadinhos. - Completou com um enorme sorriso no rosto.

– Claro. Vão com cuidado.

Harry e June aproveitaram e subiram para o quarto que dividiriam durante uma semana.

– Esse quarto me trás lembranças. – Disse dando uma olhada ao redor. – Não muito boas, mas... – Começou a tirar suas coisas da mala.

– Espero que isso mude.

– Eu também. Onde está sua coruja?

– Ela saiu á alguns dias. Esticando as assas...

– Entendo, então onde vou dormir?

– Aqui. – Disse Harry apontando para a cama, o que fez June erguer as sobrancelhas.

– Olha Harry eu gosto muito de você, mas suas admiradoras podem se voltar contra mim.

– Não seja boba.

– É verdade! Garotas são perigosas quando querem! – Gargalhava da expressão do primo, tão fácil de ler.

– Vou dormir no colchão!

– Assim você me magoa. – Disse sentando ao lado de Harry. – Senti falta desse lugar por muito tempo...

– Da casa? Não é grande coisa...

– Do seu lado.

– Quê?

– Estar ao seu lado, juntos sabe? Na mesma casa.

– Ficamos na mesma casa em Hogwarts também. - Cruzes Harry sabe ser tapado quando quer.

– Casa-casa Harry, não casa-escola! Mais do que primos somos quase irmãos não é? Se Você-Sabe-Quem não tivesse interferido... – Enfim ele pareceu se tocar. – Em Hogwarts não é a mesma coisa, somos como companheiros. Aqui com você e o resto da nossa família... A sensação é totalmente diferente.

– Hmm... – Harry não sabia o que era viver em um orfanato, cercado de pessoas que nunca viu, por isso não conseguia entender o sentimento que a menina tinha naquele momento, não gostava de viver ali, e para ele Hogwarts era sua verdadeira casa, onde encontrava seus amigos e sua prima todos os anos.

– E os Weasley’s? Não se sente bem com eles?

– Muito bem. – A garota levantou exaltada disposta a defender sua nova família. – Eles são ótimos... Papai e mamãe me tratam como todos os outros, e os garotos apesar de implicarem um pouco realmente são muito legais! – Suspirou. – Mas ainda falta alguma coisa. Não é como se eu não tivesse família, eu tenho você e o Duda não é?

Ela chegou em um ponto delicado para Harry, ele a menos de dois meses pensou que se livraria daquele lugar, iria morar com seu padrinho Sirius provavelmente em uma casa cheia de magia como a dos Weasley’s.

– Entendo o que quer dizer... – Os dois ficaram calados, pensando nas vidas que poderiam ter tido se tantas coisas ruins não tivessem acontecido.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!