Um silêncio pairou naquele acabado quarto, agora todos estavam de olho na reação de Lupin.

– Não posso negar que sou um Lobisomem, já das outras acusações afirmo que sou inocente.. A quanto tempo sabe Hermione?

– Há séculos, desde a redação que o Prof. Snape passou.

– Creio que ele vai ficar encantado que alguém tenha descoberto. Você certamente é a bruxa de treze anos mais inteligente que conheci!

– Se fosse esperta o suficiente tinha contado para todo mundo!

– E O SENHOR ESTEVE AJUDANDO ELE O TEMPO TODO.

– Não estive ajudando ele Harry. – O Prof. se aproximou e entregou a varinha aos garotos. – Satisfeitos? Agora estão armados. Então podem nos ouvir?

– Como o senhor soube que estávamos aqui? – June perguntou ainda de olho no prisioneiro ao lado do Prof.

– Pelo Mapa do Maroto.

– O senhor sabe usar o mapa? – Rony que se forçava em pé indagou.

– Claro, sou um dos criadores dele, Aluado é o apelido que recebi de meus colegas. Mas o importante é que percebi que vocês sairão do castelo em direção à cabana de Hagrid. Provavelmente estavam usando a velha capa de invisibilidade do seu pai. – A cada comentário os garotos pareciam surpresos. – Mas quando vocês saíram de lá percebi que estavam acompanhados de mais um pontinho, alguém que supostamente deveria estar morto os acompanhava.. Foi quando vi Sirius Black se aproximar de vocês e arrastar dois para perto do salgueiro ancião.

– Um de nos!

– Ronald eu posso dar uma olhada no rato?

– Não! O que você quer com o Perebas??

– Da o rato Rony! – Harry estava ansioso queria terminar logo com tudo aquilo e Rony obedeceu.

– Confirmado! Isso não é um rato, é um Animago! Pedro Pettigrew!

Bom eles ficaram bom tempo discutindo sobre isso, com direito até a intervenção de Snape.( Não vou narrar essa parte porque cansei de ficar reescrevendo a história toda e essa parte realmente é beeem longa então vamos nos focar no momento que eles estão para sair da casa dos gritos.)

O comprimento do túnel parecia ter aumentado, June estava feliz pelo acontecido na noite, mas mal esperava a hora de tomar um banho e deitar. Estava ao lado de Bichento que guiava o grupo até o Salgueiro ancião.

– Então.. June creio que deve ter ficado surpresa não? Eu um lobisomem. – Perguntou Lupin ainda atento nos movimentos de Pettigrew e Rony.

– Na verdade não. Quer dizer, eu não imaginava isso, mas sabia que suas “doenças” não eram normais.

– Entendo provavelmente teria notado se estivesse no mesmo ano que Harry e Hermione.

–Talvez, realmente o Bicho-Papão se transformar em uma lua é uma coisa bem obvia. Espero que o senhor me deixe enfrentar um ano que vem, queria saber no que ele se transformara...

– Então isso quer dizer que não se importa em eu continuar dando aulas... – Disse em um sussurro mais para si mesmo do que para a garota.

– Acho que vai ser uma grande aranha.. – Lupin sorri e Rony comenta como se livrou da dele na primeira aula.

Quando todos saíram perceberam o erro fatal que tinham cometido, Lupin não havia tomado a poção que o deixaria mais consciente em sua transformação, então se tornou um lobisomem na frente de todos. Coube a Sirius se transformar em um cachorro para tentar deter o amigo, mordida contra mordida, garra contra garra. Todos prestavam tanta atenção na luta que não perceberam Pedro pular para agarrar a varinha de Lupin. Um feixe de luz fez Rony cair duro no chão.

– Ro! – June correu para ajuda-lo, ele estava vivo, porém estranhamente inerte. Desviou sua atenção para o que havia acontecido e se surpreendeu com a luta entre Harry e Pedro, logicamente o homem era mais experiente e levava grande vantagem.

Lupin e Sirius ainda travavam uma árdua luta, era impossível alguém ajudar os garotos naquela altura. Hermione estava paralisada focando apenas Rony, era como se todo o universo dela tivesse parado. Então June percebeu que dependia dela ajudar Harry a deter a fuga de Pettigrew.

Pegou sua varinha bem a tempo de lançar um “Protego” para que Harry não fosse atingido por uma luz vermelha, mas não teve nem tempo de se reestabelecer, sentiu uma forte dor em seu peito enquanto seus pés saiam do chão. Acabou sendo jogada para trás com força contra a árvore. A última coisa que viu foi um filete de sangue descer pelos seus olhos enquanto Pedro Pettigrew se transformava em um rato.

– TEM UM DEDO DO POTTER EU TENHO CERTEZA – June ouvia vozes, mas não conseguia distinguir o dono. Sua cabeça parecia a ponto de explodir e não tinha forças nem vontade para abrir os olhos, apenas queria que alguém calasse a boca da pessoa que gritava.

Percebendo que nada ia acontecer fez um pouco de esforço e abriu os olhos devagar, ainda não estava acostumada a luz e o movimento apenas proporcionou uma dor de cabeça maior ainda. Mas logo reconheceu onde estava, a Ala Hospitalar.

– Olhem o que fizeram! A menina acordou. – Foi neste momento que June lembrou tudo o que havia acontecido naquela noite e se levantou tão rápido que não pode evitar a tontura.

– Tudo bem querida, por enquanto é melhor você não se levantar. Como esta sua cabeça? Doendo muito? – Madame Pomfrey como sempre super-rigorosa em relação aos seus pacientes. – E vocês! Fora daqui isso aqui é uma enfermaria!

– ELES O AJUDARAM! EU TENHO CERTEZA! – Era o professor de poções que gritava olhando enraivecido para Harry.

– Muita calma meu homem. – Disse um homem baixinho com lindas vestes, o Ministro da Magia.

– CALMA COMO VOCÊ ME PEDE PARA TER CALMA.

– Com licença Madame, por algum momento Harry saiu desse aposento? – Dumbledore elevou a voz interrompendo a gritaria do professor.

– Em nenhum! Eu teria ouvido senhor Diretor!

– Bom vejo que não tem mais o que discutirmos aqui, Severo? A não ser que seja possível alguém estar em dois lugares ao mesmo tempo.. – O professor que já estava vermelho de raiva saiu batendo a porta atrás de si.

– Fugde sobre os dementadores...

– Sim sim claro, hoje mesmo eu já os mando para Azkaban! Como tentaram dar o beijo em um rapaz inocente, em uma criança! – Disse saindo ao lado de Dumbledore.

– Um evento impossível de se esquecer, acredito que os alunos estiveram em maior perigo enquanto eles estiveram aqui.

– Com certeza, foi um erro. Mas não podemos deixar Hogwarts assim, afinal um grande assassino acabou de fugir daqui! Pode estar em qualquer lugar.. – O pequeno homem avaliava a situação. - Quem sabe dragões? Apenas nas entradas? – Completou saindo ao lado de Dumbledore.

Madame Pomfrey raivosa trancou a sala e voltou para o seu aposento, não antes verificar cada um dos seus pacientes.

– Agora vocês podem me contar o que aconteceu? Onde está Sirius? E Lupi.. – June parou ao ouvir o ruído na cama ao lado, Rony tinha acordado e agora bombardeava os amigos com as mesmas perguntas.

Harry sorriu e olhou para Hermione – Você explica.