POV LEAH.

Acordei com uma dor de cabeça que não sentia á anos, eu sabia que não era algo físico ela era uma antiga amiga que viera me visitar aquela dor e angustia novamente, era algo totalmente emocional que ao que parece eu não havia me livrado mesmo com o tempo. Me espreguicei e olhei em volta meu antigo quarto ainda era o mesmo, nada parecia ter sido tirado do lugar ou modificado eu imaginei que aqui seria o santuário Leah, o altar criado para as noites chorosas de saudades da minha mãe. Olhei por teto e vi as estrelas que brilhavam no escuro lá, um presente do meu pai para as noites de tempestades nas qual eu morria de medo, sorri levemente e me levantei.

Meu banho foi rápido, eu fucei minhas gavetas antigas em busca de algo para vestir e só achei um vestido florido que minha mãe comprará quando ainda tentava me fazer agir como uma menina, o vesti por cima da calcinha e sutiã simples de algodão e segui rumo a cozinha ainda descalça e com os cabelos molhados, Seth estava engraçado tentando fazer panquecas, com o resto levemente sujo de farinha e o olhar confuso para a tigela.

_ Tem algo errado aqui_ ele murmurou olhando para a massa que não me parecia minha apetitosa com grumos de farinha sem dissolver e uma cor esquisita.

_ Quem você está tentado envenenar Seth_ eu brinquei e ele simplesmente fechou a cara.

_ Queria fazer panquecas para você mal agradecida_ ele resmungou em um bufar frustrado.

Eu sorri emocionada, eu sentira tanta falta dele, no entanto Seth nada lembrava o menino que eu deixei para trás. Seus olhos pareciam mais distantes que antes, o corpo ainda era uma montanha de músculos mais agora parecia combinar com o rosto que mesmo ainda infantil estava mais másculo, ele havia crescido.

_ Me dá isso aqui guri_ eu disse tomando a tigela dele_ Não vou arriscar uma intoxicação alimentar_ ele grunhiu contrariado e eu ri, jogando a massa no lixo.

_ Nunca mais tento ser meigo com você_ ele respondeu se sentando emburrado.

_ Também te amo Seth_ respondi em uma piscadela e comecei a misturar os ingredientes da massa.

_ Sempre Lee_ ele disse simplesmente.

Aquela manhã se estendeu mais que o normal, e eu sabia que isso tinha algo haver com a ansiedade do jantar que eu teria a noite, eu iria para uma casa cheia de vampiros com uma meia-irmã odiada, ótimo vai ser, pensei acida. Lá para duas eu fui até o hotel pegar algo apresentável para vestir, me decidi por uma calça cigarreie preta e uma blusinha branca manga 3/4, peguei um Oxford de salto cor canela e uma jaqueta de couro preta, algumas pulseiras e anéis e voltei para La push.

Quando a noite caiu eu me arrumei sem presa deixei o meu cabelo curto mais podrinho e fiz uma maquiagem leve, vesti a roupa de mais cedo e peguei o meu celular e as chaves do carro, eu só tinha ido naquela casa algumas vezes mais me lembrava o caminho, e o cheiro não mentia que eu estava na direção certa. A mansão Cullen parecia mais imponente que da última vez, percebi que outro andar tinha sido construído deixando-a maior ainda, desci do carro e fitei porta, me encolhi tímida, eu ainda não era boa nessas coisas de fazer social, Katty sempre me criticava por isso.

Andei em passos lentos ante a entrada e bati de maneira formal, a porta foi aberta pela matriarca Cullen, Esme me parecia ainda mais amável ela tinha um sorriso receptivo no rosto e os olhos curiosos a me analisar, eu não tinha sido muito gentil nos nossos últimos encontros.

_Olá Leah_ ela sorria_ Vamos entrar o jantar está quase pronto.

Eu me senti em um comercial de margarina ou talvez em um daqueles filmes de natal, eu quase fui rude mais pus a Leah mal criada de lado e sorri.

_Claro estou faminta_ eu respondi e constatei era realmente um filme de natal ri internamente.

O cheiro de vampiro me atingiu em cheio, eu torci o nariz automaticamente mais não fiz nenhum comentário de mal gosto, a noite seria longa. Mais à frente o resto da família me esperava, nenhum parecia realmente animado comigo aqui, exceto Renesmee que sorria animada de mais.

_ Olá _ eu acenei sem jeito, até sentir alguém voar em mim, era a pequena mestiça Cullen que me olhava curiosa e interrogativa.

_Vamos para a sala Leah, eu tenho tantas perguntas_ ela me puxou para outro cômodo e parecia que ia explodir a qualquer momento, que diabos, pensei irritada onde estava o Jacob para controlar essa menina.

Ela se sentou na minha frente enquanto eu me ajeitava no grande sofá e a olhava sem entender nada, eu tinha perdido alguma coisa, quando tínhamos nos tornado amigas mesmo?

_Jacob me esconde muitas coisas, todos me escondem_ ela disse em expectativa_ eu sei que a segredos entre vocês e meus pais não queriam que eu fizesse isso, mais a coisas que eu preciso saber e que tanto Jacob como meus pais não me contariam, e com todas as histórias que ouvi sobre você, sei que não ligaria em me magoar ou se importaria com o que isso representaria na vida dos outros.

Eu arfei, o que aquela garota estava falando? Ela estava mesmo me chamando de cadela egoísta na minha cara? Eu rosnei involuntariamente era muito ultraje.

_Ouça não sei que história sua preciosa mãe contou sobre mim, ou que meus próprios irmãos de tribo tenham contado, eu não sou mais assim, e seja o que queira saber pergunte ao Jacob, ou ao estranho leitor de mentes que é seu pai_ eu me levantei disposta a ir embora, me virei para sair da sala quando a pergunta me derrubou.

_ O que é Imprinting e porque disseram que Sam te abandonou por causa disso_ ela se levantou se aproximando de mim_ Jacob também vai me abandonar por causa disso.

Eu fiquei muda, mais que Porra era essa? Eu nem a menos sabia o que falar, desaprendi com respirar por alguns instantes, ela estava com medo? Eu quase ri, eu havia sido pintada com a vadia amarga para ela, e mesmo assim ela entendia que eu era a única que tinha a resposta que ela queria, eu havia sido abandonada e ela temia acabar com eu.

_ Ele nunca te abandonaria_ eu disse simplesmente e sai da sala.

Eu me encostei na parede me permitindo respirar, aquilo havia sido estranho, muito estranho. Observei o corredor e nela havia só mais uma porta ao fundo caminhei para lá sem entender direito o porquê talvez eu só quisesse ficar sozinha, devia ser isso, ao abrir a porta notei ser um escritório, legal pelo menos não era o quarto de ninguém, entrei sendo dominada pela curiosidade o local era grande e refinado, havia uma grande mesa de madeira decorada que parecia antiga e cara, e devia mesmo ser, uma cadeira de couro preto e madeira atrás da mesa e algumas estantes com vários livros por toda sala haviam gravuras e quadros antigos eu me aproximei do lado esquerdo e algo me chamou atenção. No quadro estava Carlisle, o patriarca Cullen, ele usava roupas de época e tinha os mesmos olhos dourados gentis, ao lado dele havia outro vampiro com os cabelos longos e negros de pele quase translucida e os olhos vermelhos rubi ameaçadores, que fizeram minha espinha gelar, ao lado dele havia uma mulher, pele morena clara os verdes e sorriso gentil, não pode ser em pensei em choque, ela trajava um elegante vestido de época que se moldava ao corpo esguio e escultural

_ Que diabos_ eu exclamei ainda com os olhos fixos no quadro, o que Heloise fazia ao lado de Carlisle Cullen e Aro Volturi?