Pov. Leah

A festa decorria animadamente, eu ficava o mais longe possível do alvoroço e sorrisos, de uma maneira muito sombria a antiga Leah parecia reagir a todos naquele lugar e eu não queria que ela acabasse me dominando. Os olhares acusadores ficavam ainda piores, embora todos pesassem que eu fosse uma filha terrível que havia paralisado e quase destruído a vida de Sue, ninguém tinha coragem o suficiente para falar isso na minha cara, e eu agradecia pelo não confronto. Pena que parecia que isso ia acabar!

Vi Sam se aproximando calmamente ele parecia mais velho, de acordo com Seth ele tinha parado por uns três anos para acompanhar aparência física de Emily, e quando houve um ataque de nômades ele perdeu o controle e voltou a ser lobo. Ele estava serio com um olhar raivoso dirigido nitidamente era quase desconfortável, ele usava um terno azul marinho e gravata um tom mais clara, ele era um homem bonito eu não podia negar, porem todo aquele antigo amor havia se tornado algo tão distante, era bom ver que ele não me afetava mais.

—Leah_ ele pronunciou meu nome com certo nojo, o olhei confusa.

—Sam_ eu disse eu um tom zombeteiro, ele não riu.

—O que faz aqui?_ sua voz era grossa e autoritária, falava como se eu não tivesse direito de estar no casamento da minha própria mãe, me ajeitei na cadeira e o olhei firme.

—Eu vim para o casamento da minha mãe Samuel_ eu disse calma.

—Espero que seja só para isso, saiba que não é bem vinda em La Push_ ele disse e eu fiquei em silencio então ele continuou _ Sue sofreu muito com a sua partida e você nem a menos avisou para onde ia, você foi uma grande egoísta Leah, mais parece que nos aqui fomos os únicos que sofremos você parece muito bem não é?

Eu fiquei de pé o fitando com ódio.

—Primeiro, La Push e um lugar publico e eu fico aqui o quanto tempo eu quiser, segundo você não sabe como foi o meu relacionamento com Sue nos últimos sete anos então não fale o que não sabe e terceiro eu duvido que vocês tenham sentido minha falta, todos pareciam loucos para se livrar de mim, então dei isso a vocês, sinto muito mais não sou mais a namoradinha rejeitada que perseguia você inflando o seu ego.

—Claro que não pelas suas roupas caras o carro que custa uma casa, você provavelmente agora a namoradinha que um homem bem rico não é Le-le_ ele usou aquele apelido para me atingir_ Achei que você fosse diferente Leah, mais parece que você é igual a qualquer outra vagabunda.

Eu rosnei e dei um tapa no rosto dele com a maior força que eu podia.

—Não ouse a me comparar com os da sua laia Samuel Uley, eu não sou como você, como eu tenho tudo isso e problema meu, eu não te deve explicação nem a ninguém daqui, eu sou uma mulher livre, e se eu durmo com homens ricos o problema e meu_ ele rosnava pra mim, suas mão tremiam ele ia se transformar_ O que você devia fazer em vez de cuidar da minha vida e aprender a se controlar, não quer nos expor não é?

Ele me fitou com mais adio ainda.

—Vá embora amanhã_ ele disse e saiu pisando duro pare dentro da floresta.

Eu respirei fundo, pedi a Deus que me desse forças para não matá-lo naquele momento, quem ele achava que era? Será que ele pensava que ainda era o meu alfa? Eu me sentei ainda fitando o lugar onde ele havia desaparecido, o que aquele homem queria de mim?

A despedida de Sue foi libertadora, abraçá-la e mostra o quanto eu estava feliz por ela me fez esquecer totalmente minha discussão com Sam, e era isso que eu gostava, após ela ir embora eu não tinha mais nada o que fazer em La Push, talvez voltasse amanhã para me despedir de Seth. Caminhei até o carro e quando destravava a porta a voz feminina me fez parar.

—Leah_ a voz de Emily era inconfundível.

Eu me virei e a encarei.

—No que posso te ajudar Emily?

—Você está diferente, parece a minha antiga melhor amiga, será que agora você pode me perdoar?_ ela disse se enrolando nas palavras.

—Já perdoei á anos Emily; percebi que todo aquele ódio só fazia mal pra mim mesma_ eu respondi sorrindo.

—Muito obrigada Leah, você podia ficar o bebe nasce daqui a alguns dias e eu gostaria que você fosse madrinha_ ela pediu eu suspirei.

—Não acho que Sam vai gostar muito dessa ideia_ eu disse ela me olhou triste_ eu sinto muito. Mais volto amanhã pra trazer um presente por meu não afilhado.

—afilhados_ ela me corrigiu_ um menino e uma menina.

Eu sorri, é Sam não brincava e serviço, ri do meu pensamento.

—Parabéns_ eu disse e a abracei_ agora eu tenho que ir, até amanhã.

Eu a soltei e entrei no carro dando partida. Não corri para voltar, a ansiedade tinha ido embora e muitas coisas ainda tinham que ser processadas na minha mente, já na perto de Seattle meu celular tocou.

—Le-le_ a voz de Katty era animada_ me conta tudo!

Eu ri.

—Foi normal Katty_ eu disse_ meio tenso com Sam, mais tirando isso foi ótimo.

—Falou sobre nós_ a voz da Heloise soou maternal como sempre.

—Ainda não_ eu fiz uma pausa_ amanhã vou convocar uma reunião de conselho e deixar tudo claro.

—Muito bem_ Katty disse_ me ligue depois viu.

—Ok, até amanhã.

Eu desliguei o telefone estacionando na frente do hotel, o cansaço parecia me dominar naquele momento, eu só queria me deitar, sai do carro encarando a cidade a minha volta, imaginei a minha volta bem mais difícil, e talvez fosse se eu ainda trouxesse em mim a antiga Leah, mais ela havia morrido, junto com uma parte muito triste do meu coração, mesmo tudo parecendo calmo eu sentia que o pior ainda está por vir, e isso me assustava.