Um Novo Começo Para Jacob Black. escrita por Ariel Dragland


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Espero que tenham gostado... Bom irei postar a partir de agora se tiver ao menos, um cometário ou algo do tipo. Que eu saiba que você está lendo e se gostou ou odiou. Não posto para fantasmas! Boa leitura.
=D



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  Jacob Black On.

  Eu sabia que faria qualquer coisa para agradá-la e protege-la, ela ficara acima de tudo. Meus irmãos-lobo, minha família, eu mesmo. Tudo era ela, eu respirava por ela, uma ligação tão forte que chegava a doer. A minha prometida, o meu imprintig.

  Fechei a porta, nem sequer prestei atenção no que aquela doce voz dizia. Me encostei na mesma, escorregando minhas costas até cair sentado. Cada detalhe do seu rosto ficara gravado em minha memória.

  Desde a pele morena clara, as bochechas tinham um tom avermelhado natural, os olhos ( como esquecê-los?) castanhos claros, e o cabelo com alguns cachinhos nas pontas, castanho escuro em cima dos ombros. Devia ter entre os doze aos catorze anos, no máximo.

  Depois me lembrei que fiquei tão surpreso, que acabei fechando a porta na cara da garota.

  Abri a porta, quase arrancando-a da parede, mas ela não estava mais.

  - Jacob...- meu pai começou.

  

   -Vou sair, já volto.

  Entrei no pequeno quarto, coloquei uma camisa limpa e pus um par de tênis. Corri porta á fo- ra até a pequena casa amarela chamativa, UAU, da pra vê-la lá do alto dos penhascos!

  Bati na porta meio ansioso.

  - Olá, deve ser o Jacob!- cumprimentou u 

ma mulher muito parecida com meu imprinting, devia ter por volta de 35 anos.

  - Sim, meu pai falou que a senhora queria que eu pintasse um cômodo...- se bem que se pintasse mais iria ficar parecendo um arco-íris.

  - É sim! Ah, me chame de Brigth. Venha, é o quarto da minha filha. SARAH! VEM AQUI!- ela gritou.

 E a baixinha veio. Sorri involuntariamente, ao contrário de mim, ela não parecia muito satisfeita em me ver, o que me deixou triste.

  - Olá, Jacob. – falou séria com os braços cruzados.

  - Desculpe por... ãnh... fechar a porta daquele jeito... é eu precisava ir... ao banheiro? – no final, o que era para ser uma afirmação, parecia mais uma pergunta.

  - Tudo bem, pinte do jeito que quiser, vou dar uma volta na praia.

  - Eu posso ir com você! Se me esperar. – ofereci.

  - Não! Eu vou sozinha! – falou de um jeito mal criado. Me segurei para não rir.

  - Sarah, deixa de ser chata. Você vai com ele, é melhor do que ficar andando por aí sozinha. – Brigth disse.

  Sorri discretamente, e fui para o quarto de Sarah, ela continuava me encarando emburrada. Tão lindinha zangada.

  - Vou ficar lá fora! – Sarah resmungou.

  - Nada disso mocinha! Vai ajudar o Jacob!

  - Mas mãe...

  - Vai e pronto!

  - Não precisa! – me meti, a última coisa que eu quero é ela com raiva de mim.

  - Não, Jacob! Sarah está muito mal agradecida. Eu vou comprar a janta, comportem-se!

Sarah Gruen On.

  Minha mãe perdeu o juízo, de onde se viu me deixar sozinha com um homem que ela conhece a menos de quinze minutos... vai que ele é um tarado, ou irá me raptar para algum ritual de canibalismo da tribo dele... ai que medo!

   - Quer que eu faça o que?- perguntei.

  - Nada, pode me falar um pouco sobre você? – perguntou parecendo bastante interessado.

  Fiquei observando ele abrir as latas de tinta e colocar o pigmento azul, misturando-o.

  - Não tenho nada de extraordinário, vim de uma cidadezinha do Texas. Tenho 13 anos e meio, não me chame de Sarinha se tiver amor a própria vida! – sorri, mas logo fiquei séria. – Meu pai morreu dois anos atrás, de um acidente de carro. – engoli a vontade de chorar.

  Era a primeira pessoa com quem eu falo sobre isso, tirando minha mãe. O que me fez abrir com esse desconhecido, eu não sei.

  - Sinto muito – ele sussurrou – Sei como se sente, perdi minha mãe, ela também se chamava Sarah. Eu tinha 9 anos. Também em um acidente, entre La Push e Forks, eu demorei um tempo para me acostumar, porém minhas irmãs, Rachel e Rebecca ficaram muito abaladas.

  Jacob tinha um olhar triste, encarou a parede e começou a pintá-la. O silêncio era, de longe, perturbador, e sim acolhedor, cada um com sua dor. Dores parecidas.

  - Fala de você, Jacob. – pedi, deixando o clima mais leve.

  - Morei em La Push a vida toda, tenho 16 anos, pode me chamar de Jake. Moro com meu pai, Billy Black. Tenho, como você já sabe, duas irmãs gêmeas. Rachel está na universidade, e Rebecca casou com um cara e mora no Hawai.

  Arregalei os olhos, UAU, ele era muito grande. Garotos de 16 anos são magrelos, espinhetos e desengonçados. Não... isso tudo!

- Você toma bomba? – perguntei

  Ele começou a rir.

  - Não, nós Quileutes somos... grandes. Se acostume.

  - Estou vendo! Pensei que fosse um homem de vinte e tantos anos, sei lá...

  - A maioria pensa.

  - Você estuda na reserva? – perguntei torcendo para que a resposta fosse sim.

  -  Sim, faço o primeiro ano, e você?

  - Farei a oitava série.

  - Tenho um amigo, o Seth, ele também estuda no seu prédio.

  - Que bom, pelo menos não vou ficar sozinha.

  - Claro que não! Vai ter a mim também. – me deu um sorriso encorajador.

  - Olha não quero que você se sinta obrigado a falar comigo, nem nada... – comecei

  - Deixa de besteira, Sarah, é claro que falarei com você!

  - Sei lá, você é mais velho que eu uns... três anos.

  - E daí? – falou despreocupado.

  - É estranho. Seus amigos grandalhões não vão... sei lá... zoar com você por andar com alguém mais novo? E sua namorada deve ficar uma fora...

  - Cala a boca! – ele disse rindo. – Você fala demais, sabia? O pessoal não liga, e eu não tenho namorada. – sua voz saiu triste, como se uma ferida antiga maguasse.

  - Ei, o que foi? – perguntei batendo de leve no seu ombro.

  - Só lembrei de uma pessoa que não é mais importante. – me deu um sorriso fraco.

    Resolvi mudar de assunto, peguei um pincel e comecei a pintar a parede também.

  Jacob se virou para mim com um sorriso sapeca no rosto, e passou o pincel pela minha bochecha.

  - Você não fez isso, Jacob Black! – gritei.

  Joguei tinta nele que ficou tão azul quanto o Avatar.

  - Vem cá, tá parecendo um Smurf! – Jacob ria.

  - E você o Avatar.

  Brigth chegou logo depois, nada feliz por sinal, ao ver nosso estado, fez a gente limpar tudo, fazendo um rosário de reclamações.

  - Vão banhar lá fora, tem um chuveiro no quintal.

  Subi nas costas de Jake, que parecia nem sentir meu peso. Ele fingia ser um cachorro. Esquisito, eu sei, mas é divertido.

  A água azul escorria por nossos corpos, e minha mãe começou a jogar água da mangueira também, foi o melhor banho da minha vida.

  Com uma esponja, esfreguei as costas e os braços de Jake até doer, lavei seu cabelo com um o meu shampoo especial ( qual é, eu tenho um. Você não?) de maçã e pêssego.

  -Pronto, limpinho e cheiroso! – falei depois de Jacob voltar da casa dele, vestido. Beijei sua bochecha e ele me abraçou.

  - Lobinho, vamos á praia? – perguntei.

  Jacob me olhou estranho, mas depois riu.

  - Claro “Sarinha”- deu ênfase no meu “ apelido “. E deu uma mordida no meu braço.

  - Ai, Jacob! – esfreguei meu braço e lá estava a mordida já ficando vermelha. – E não me chame de Sarinha! – dei um gritinho.

  Virei de lado e fiz um biquinho. Senti dois braços quentes e fortes me abraçarem por trás.  A bochecha de Jacob encostando na minha e sua respiração quente em meu pescoço.

  - Hey, desculpa mesmo, eu não queria te machucar e... – ele parecia desesperado por meu perdão.

  - Calma Jake, estava brincando! Relaxa, bobão! Agora desencosta.

  Me afastei devagar.

  - Assim você me machuca Sarah, renegando meu abraço. – fez um biquinho fofo.

  - É que eu sou meio...

  - Esquisita, eu sei.- completou.

  - Iaí, vai á praia comigo?

  - O que você quiser, Sarinha.

  - Para Jacob! – gritei – Espera, vou falar com a minha mãe.

  Entrei na cozinha, Brigth estava sentada de frente á varanda da parte de trás. Ela observava atenta, uma gaivota voando rumo á praia.

  - Tudo bem, mãe?

  Toquei seu ombro, e o seu rosto estava banhado de lágrimas, o rosto vermelho.

  - Mãe, o que ouve?

  - Me abraça, filha.

  Abracei-a com força, só de vê-la chorando, eu já sentia as lágrimas quentes ardendo em meus olhos.

  - Sarah, queria tanto que seu pai estivesse aqui!

  - Eu também.

  Ficamos abraçadas, uma apoiando a outra. Depois ela se afastou, enxugando as lágrimas.

  - Mãe, se importa de eu ir á praia com o Jacob?

  - Não, vá se divertir! Só não chegue tarde.

  Brigth acariciou meu rosto e sorriu.

  - Eu te amo. Apesar de eu não demonstrar.

  - Eu também te amo.

  Voltei para sala onde Jacob esperava, no momento em que pus meus pés no cômodo, ele me olhou preocupado.

  - Ei baixinha, o que ouve? – perguntou chegando no meu lado.

  Eu devia estar com a maior cara de choro, droga. Odeio quando estranhos me veem chorando, apesar  de  sentir como se Jacob fosse parte da minha vida desde sempre. Para mim, demonstrava fraqueza, odiava me sentir fraca e vulnerável.

  - Nada Jake! Vamos? – abri um meio sorriso.

  Jacob me olhou desconfiado, pegou minha mão e me levou até a porta.

  -Pode contar comigo para tudo, certo? Não quero te ver assim triste. – ele falou olhando diretamente nos meus olhos, fazendo um carinho na minha bochecha assim que chegamos lá fora.

  Não resisti, abracei sua cintura, e afundei meu rosto em seu peito, o seu cheiro era amadeirado, era puro como um bosque na primavera, era como o Sol. Jacob emanava calor, somente com um sorriso. Jacob era como um irmão que eu nunca tive.

  Seus braços me acolheram, como um bote salva-vidas.

  - Sempre estarei aqui. Para qualquer coisa, Sarah. – disse roucamente em meu ouvido.

  Me afastei olhando em seus olhos castanhos.

  - Obrigada, Jake.

  Foi quando um barulho ensurdecedor nos tirou do nosso “momento”, olhamos ao mesmo tempo, para o que um dia foi uma picape Chevrolet, de um vermelho desbotado, que parava quase morrendo em frente da casa dos Black.

  Olhei para Jake, e ele estava com uma expressão de surpresa, felicidade, e outra coisa que não sei se era raiva ou ressentimento . Foi quando lembrei da nossa conversa a tarde, sobre namoradas e ele teve esse mesmo olhar. Então era ela.

  


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Notas finais do capítulo

Bella na área galera. E agora? Comente! :)



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