Para Sempre. escrita por BiancaViglioni, Lucca Americano


Capítulo 3
Educação física.




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POV.:Violetta

O garoto chamado Noah chama bastante atenção. Na primeira oportunidade que teve, a Angelline foi atrás dele.
Angelline é a menina mais popular da escola. Eu não tenho nada contra ela, porém, o olhar de superioridade que ela lança para mim me irrita. Como se ela fosse melhor do que eu. Tudo bem, ela é linda e todos os garotos babam quando ela passa, mas beleza não é tudo. Além disso, ela ri de mim quando faço as piruetas. Diz que meu corpo fica todo torto quando caio. Ambas somos líderes de torcida, e para meu azar, ela é a capitã.
No recreio, encontrei o Martt no refeitório.
- Nossa, que aula chaa....- Martt parou, arregalando os olhos. - Quem é aquele deus?
- Hahaha! é o Noah. Ele é novato. - respondi.
- Sabe de qual sala ele é?
- Da minha. Tira o olho, Martt!
-Mentira! Jura? Nossa, podia tanto ser da minha, ia ter um motivo pra não dormir nas aulas.
- Hahahaha, ele ia afogar com tanta baba que você ia derramar no chão.
-Ia nada, sou discreto.
- É, demais. - disse, sarcástica. - Martt, você acredita que a Angelline já foi atrás dele?
-Nossa, que vadia! nem me deu chances. - falou, fazendo beicinho.
- Hahaha, para com isso. Deixa de ser gay! - dei uma tapa nas costas dele.
-Não! é um estilo de vida.
O sinal bateu e me dirigi para a quadra. Hoje jogaríamos queimada. Eu era razoável. Formamos dois times de sete pessoas. Na primeira aula do ano, os alunos não eram obrigados a fazer educação física. Eu sempre gostei de jogar, mas percebi que o Noah ficou sentado na arquibancada apenas olhando. Meu time era: Eu, Angelline, Jessica, Caroline, Amy, Peyton e Chris. No outro tinha Celina (que jogava muito bem), Marie, Kim, Emily, Lauren, Alice e Charlotte.
Começamos a jogar e reparei que Angelline estava se exibindo mais que o normal. Olhei para Noah e ele não olhava para ela, olhava para mim. Acenei. Ele acenou de volta. Me virei e meu rosto esquentou. Quando menos esperava a bola veio na minha direção e por pouco fui queimada.
- Toma cuidado, Vivi, senão vai se machucar. - Angelline passou por mim, sorrindo e piscando.
- Claro, você também.- respondi.
Quase instantaneamente, Celina lançou uma bola rápida e muito forte. Ninguém tentava pegar as bolas dela, mas Angelline tentou. Assim que a bola chegou em suas mãos, ouvi um grito de dor. Angelline recebeu a bola errado e seu dedo foi atingido. Ela agachou apertando o dedo mindinho muito forte, e o jogo foi pausado. Noah desceu da arquibancada e veio em nossa direção.
- Ai, meu dedo está doendo! Eu preciso de um hospital.- choramingou exageradamente, Angelline.
- Não será necessário, Angelline, vá até a enfermaria e coloque um pouco de gelo para parar de doer.
- Não. Está doendo demais. Noah! vamos comigo, por favor. - gritou, chamando Noah desesperadamente.
Que fingida! Aproveitadora de merda.
Noah a acompanhou, enquanto ela o abraçava pedindo amparo por um dedinho machucado. Isso me irritou. Confesso que fiquei enciumada. Que cretina! Não acreditei que ela fez aquele show só pra chamar a atenção dele.
Na última aula, Noah e Angelline voltaram da enfermaria. Entraram na sala sem contato algum. Angelline segurava uma bolsinha de gelo que pressionava levemente o dedo mindinho.
- Está tudo bem.- Disse Noah, sentando ao meu lado.
Eu sorri. - Que ótimo.
- O que perdi? - perguntou ele.
- Nada demais. O professor ainda não começou a aula.
- Ah. - disse ele, sem assunto.
Ficamos em um silêncio constrangedor por uns cinco minutos intermináveis. Por fim, perguntei a ele quanto tempo ficaria na cidade.
- Não sei. Talvez não por muito tempo. Meu pai é corretor de imóveis, nos mudamos muito. Mas gostei daqui. - falou, sorrindo.
Ele tinha dentes perfeitos e um sorriso lindo.
No momento em que ele disse aquilo, pensei por um milésimo de segundo que poderia ser por minha causa. Mas logo, logo minhas esperanças esgotaram.


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